FESTA NA USINA.




Hoje foi dia de festa na Usina do Gasômetro por ocasião do Natal 2009 e inauguração da árvore natalina com uma altura de 50 metros nas proximidades do Guaíba. Cheguei as 17h ainda dia e a festa já havia começado, com muita animação e o show da Dupla Fat Duo as 17h 30 min. depois com as bandas, Se Ativa e Pura Cadencia as 19 h. O movimento de pessoas e algumas tribos culturais foi crescente e os ponto mais altos da festa foram a apresentação do grupo Papas na Língua que iniciou as 20h mostrando suas musicas de maior sucesso e a contagem regressiva feita por eles para a iluminação da árvore as 21h acompanhada de muitos fogos de artificio. Concomitente as apresentações de palco haviam muitos outros palanques montados na beira do rio como grupos de Pagode e uma terreira de Umbanda que destribuiu Axé para todos ali presentes que desejavam beneficiarem-se com as bençãos dos Orixás. Valeu a pena estar lá!

Eu só queria exceções...

Algumas coisas nesta vida não valem a pena por que não cabem em nós e naquilo que acreditamos. Assim como, algumas pessoas não valem a pena e não merecem o nosso mínimo esforço de se ouvi-las ou alerta-las de seus erros, por serem uma grande perda de tempo, um atraso, alguns pontos a menos na nossa sabatina diária de vida. O mundo talvez fosse melhor sem elas e nós quem sabe, mais felizes se permanecessem de boca fechada, entretidas em si mesmas, em suas mesquinharias e ignorância sem contaminarem os outros de maldade e pessimismo. São elementos que fazem parte da obscuridade de nossos dias e cujo respeito pelos outros e por si mesmos desconhecem. Ocupam o nosso cotidiano com futilidades, mentiras, falsidades e como dizia a Clarisse da Ucrânia: "O que me mata é o cotidiano. Eu só queria exceções!"

Salvamento frustrado


No final da tarde, durante o plantão, um filhote de sabiá caiu do ninho. Eu e Garcia, meu colega de trabalho, após confisca-lo com cuidado, tentamos recoloca-lo no ninho sob os ataques ferozes de seus pais em voos rasantes em nossas cabeças. Nada conseguimos até chegar um terceiro colega que improvisou um andaime com mesa e cadeira.
Nossa, que trabalheira! Quando aproximou o filhote do ninho, mais dois filhotes assustados, pularam para fora. Acho que na tentativa de ajudar terminamos por complicar mais a situação. Voltei para casa frustrado e preocupado, se conseguiram enfim coloca-los em seu ninho, caso contrario, poderão ser alvos fáceis de gatos e cães que passeiam por lá. Também não sei se conseguiriam voltar para o ninho sozinhos, já que visivelmente ainda não sabiam voar!..

Ai, ai...

Tem dores antigas que ressurgem parecendo ser a primeira vez, mas que de uma hora para outra revive na memória o velho desconforto e sentimento de arrependimento pela certeza da culpa, nossa máxima culpa!.. Não, não estou falando de dores da alma, de emoções não correspondidas, mas de dor física mesmo, no abdome em forma de fisgada após comer um desses sorvete de casquinha, deliciosos e sabor leve, vendidos nas esquinas e que minutos depois perde toda a leveza e começa a pesar na barriga como serragem molhada. Ontem de tarde, caminhando na Osvaldo Aranha com aquele sol quente, não pude resistir, arrisquei e pronto, lá estava eu lambendo um sorvete e algumas horas depois desejando um buscopan na veia, um chá de boldo quente ou qualquer coisa como voltar no tempo para evitar tudo aquilo e assim desaparecesse aquele mal estar e a promessa cínica de que sorvetes, nunca mais.

Outros nortes...

Acabou a congruência de ideias. Os passos já são largos e definem as diferenças que afastam para outros nortes. Talvez exista nas relações algum tipo de duelo inconsciente que tenta demarcar territórios perdidos que não são estes vividos no presente, até que se conquiste um outro, até que se ache novas referencias para se acreditar em outras possibilidades.

Tango

Todos dançavam o mesmo tango, homens com homens, mulheres com mulheres sem o menor pudor e às vezes se trocavam de par. Dançavam de costas, de frente, de pé, deitados, sem perder a estética dos movimentos e o ritmo do bandoneon. Os que assistiam calados, não sabiam quem era quem na penumbra do saloon, por que afinal, era desnecessário questionar coisas tão banais diante de tanta beleza e paixão.

Fiquei pensando!...
















O que me impede de puxar a corda da descarga?... Chutar aquela pilha de baldes ou mandar tudo para a puta que o pariu?... O medo de abrir a janela e conquistar o novo, mesmo sabendo que o velho é só referencias?... E referencias são tão subjetivas!..





A ultima cena



Deitada sobre o corpo dele nu ela sorria. Então ele perguntou meio ofegante:
_Em que está pensando?..
_Em arte! _Respondeu ela, passando os dedos sobre os mamilos dele, que se arrepiavam.
_O ato sexual jamais diminuirá o grande abismo entre as pessoas, só por alguns momentos como este!_ Disse rolando  nua, sobre ele, numa espécie de brincadeira que tinha feito antes.
Ele então sorriu, enquanto pensava nas estranhas palavras ditas por ela.

Tardes de Julho de 1968

Quando pequeno eu ouvia o coaxar dos sapos que vinham de um alagado perto de casa. Eu não sabia se choravam ou cantavam, mas pra mim era uma uma sinfonia de tristeza, um lamento descompassado e incompreensivel que me fazia olhar pela janela e observar acima das casas e das copas das àrvores, o horizonte já quase noite, o fim daquelas tardes chuvosas e misteriosas de Julho. Sombras se formavam do nada e passavam diante de meus olhos entrando corredor à fora. O que os sapos celebravam em dias tão feios de carregadas nuvens escuras e tudo era tão frio e úmido nas paredes de madeira da casa, naquele chão xadrez? Por que eu ficava ali, naquela janela pequena ouvindo aquele som tão triste em todos os meus demorados e repetidos invernos?

Faxinas e Rock And Roll

Resolvi hoje não sair de casa. Nem que me pagassem, botaria o nariz pra fora!.. Sem estímulo para caminhar pelo Bric, tomar um café na praça de alimentação do shoping, ou pegar alguma sessão de cinema na tarde, baixou-me uma espécie de espírito domestico, destes que nos induz ao fanatismo por limpezas e ainda um certo prazer doentio de limpar tudo que vê pela frente. Comigo começou pelo banheiro, alguns pares de tênis, roupas, portas, janelas e depois cozinhar feijão enquanto ouvia Jethro Tull e Pinck Floyd.
Recebi até alguns ligações com convites para sair, mas arrumei desculpas e algumas mentirinhas para me abster de explicações
. Meu dia hoje foi de faxina, lanches leves e rock and roll.

Ouça abaixo, das minha preferidas!.. Wish You Were Here Pinck Floyd.

PERGUNTAS E RESPOSTA

Ontem encontrei a Carmen, que não é a prima e nem a trançadeira, mas a outra, cujo nome se diferencia por terminar com "N" e que um dia pareceu-me amiga indispensável por sua alegria, senso de humor, despojamento e que a distancia, a falta de contato acabou esfriando o que foi prazeroso num curto prazo de convivência, deixando algumas boas lembranças de verões para traz. Quando a encontrei, percebi que não sentia falta do que se esgotou tão naturalmente quanto começou, com poucas perguntas e igual resultado.

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...