O dia estava para...

Hoje o dia estava para ver amigos, comer sorvetes, sentar na grama das praças para ver quem passa apresado ou destraido com seus pensamentos. De noite, sair, dançar, beber cerveja gelada, cantar, beijar na boca, brincar com amigos, ouvir e contar estórias. Então fui para casa comer pizza com meu filho e sua namorada e foi bom estar com eles!

CHAGDUD GOMPA EM TRÊS COROAS


Era um dia de semana frio e eu estava angustiado. Durante a  noite, fiquei pensando no que fazer no outro dia e então na  manhã seguinte (Quarta-feira), abasteci  o carro e  ainda meio sem um rumo definido, saí em direção à avenida Bento Gonçalves, perto da minha casa, depois à  Viamão, Morungava, Taquara.
Na RS 020, em frente a parada 177, entrei a esquerda, numa estrada de terra "Estrada de Águas Brancas" e segui mais mil metros onde avistei a placa: "Chagdud Gompa".
Estaria eu sendo guiado instintivamente para aquele lugar conhecido de passagem mas nunca visitado por mim antes?
Seguindo em frente, encontrei uma bifurcação, onde entrei à direita. Cruzei um portão, até chegar a uma casa de madeira, dobrei novamente à direita numa estrada íngreme e após 500 metros, estacionei o carro.
Andei mais alguns metros à pé e cheguei até o portão principal do templo. Neste portão antes de abrirem é necessário identificação através de um interfone, informando o nome, local de onde vem e placa do veiculo.


Estava uma manhã de sol quando cheguei, mas em poucos minutos o céu ficou completamente escuro e logo caiu uma forte chuvarada que parecia que o céu estava por desabar. Abriguei-me sob um telhado e depois que a chuva parou, uma neblina magica baixou, transformando todo ambiente numa atmosfera de paz e silencio incomum.
Eram poucas as pessoas de visita ao templo neste dia, talvez além de mim,  um casal de paulistas que encontrei no portão de identificação e depois não os vi mais.



O templo é de um vermelho intenso que parece destacar-se de tudo diante de nossos olhos. Soube por seu guardião, (um homem careca de trajes típicos, sentado do lado de fora do templo,  que o mesmo foi construído da forma tradicional. O prédio é uma réplica do Templo de Guru Rinpoche, o grande mestre iluminado que levou o Budismo Vajraiana ao Tibete no século oitavo. O último desejo de S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche era o de criar esse tesouro e conseguiu.





















O templo é imponente  e  seu interior possui cores também fortes como vermelho, azul, verde, dourado e cheiro de incenso, causando um certo impacto, pela beleza, paz e sensação de que estamos em algum lugar realmente oriental e de muita vibração positiva. Não seria tão absurdo olhar para os grandes vales que cercam o lugar e acreditar que estamos realmente nas montanhas do Tibete.
É proibido fotografar o interior do templo e em sua entrada deve-se retirar os calçados em sinal de respeito. Tudo é muito cheio de detalhes estéticos e misticismo, mas assim mesmo a gente se sente com muita paz de espirito e confortável .



Nas imediações do templo, há duas casas de rodas de oração, que são cilindros de metal e madeira gravados com emblemas e preces, que giram no sentido horário durante todo o dia. Dentro das rodas há milhares de mantras escritos em papeis. O giro da roda representa a repetição das preces e mantras e o vento que as toca,  espalha as bençãos dessas preces para todo o universo. Somente os budistas seriam capazes de  visão tão absolutamente profunda e poética como esta, não é mesmo?
















Lá, você encontra um visual inacreditável, muita paz de espirito e a possibilidade de pensar sobre a sua vida, suas crenças e talvez até por em xeque as suas verdades.
Conhecer  mesmo que superficialmente a cultura budista  é sempre uma maneira de reflexão, adquirir conhecimento e aprofundar nossas vivencias pessoais. Fiquei feliz de ter visitado  este  lugar que  me confortou e me causou muitas surpresas.

Até o próximo passeio!

GRUMARI


Na segunda quinzena de fevereiro de 2009, fui ao Rio e conheci a praia de Grumari que decididamente não se parece com o Rio de Janeiro, (talvés com o que um dia foi) É de uma beleza impar e diferente das outras praias na area central da capital carióca. A natureza esbanjou beleza na construção de Grumari. Para se chegar até a praia sobe-se montanhas e se vê toda a beleza da orla do Rio de Janeiro e suas ilhas. Bem perto existe uma lagoa de aguas escuras, que o pessoal apelidou de lagoa da Coca Cola. Os banhistas passam o dia e fazem até churrasco nas pedras, perto do mar. Rústica, a praia de Grumari fica em uma área de preservação ambiental e é cercada por costões e morros com vegetação de restinga e a estrada até lá é asfaltada. O mar tem ondas fortes que atraem os surfistas. No canto esquerdo abriga a praia naturista do Abricó, com pouco mais de um quilômetro de extensão.





O nudismo, entretanto, é praticado em um trecho de cerca de 300 metros, mais selvagem e protegido por pedras. Com um pouco de atenção, e paciencia pode-se ver da estrada, algumas "bundas peladas" caminharem em  direção ao mar para o banho.


Como diz uma internauta: "A praia de Grumari é uma excelente forma de vislumbrar o que o Rio de Janeiro já foi. Natureza exuberante em todas as direções, que nos fazem pensar como o homem foi cruel na ocupção dessa cidade!"

Vou deixar a vida me levar!

Olhos abertos, atentos para a janela que flui o vento. Chá preto com canela na caneca presa entre os dedos. Estrelas opacas na noite que marca onze horas. Cada minuto passa, voa em nossas vidas. Amores se fazem e se desfazem lá fora, aqui dentro e nem poderia ser diferente pois assim é a vida na construção de histórias e de nosas experiencias, por isto que vou deixar a vida me levar e ver a cidade se acender.

Sutis Revelações

Então desviei meu olhar para gaveta aberta e com alguns objetos revirados, depois para a janela, a televisão desligada, o led do telefone que não parava de piscar. Pensei logo que pudesse estar ansioso. E é assim que começa, uma pequena irritabilidade e depois inicio a andar pela casa toda, ligando e desligando luzes, medindo meus passos, pensamentos soltos e sem direção. As vezes desconfio que não sou deste mundo pois surgem visões, fantasias, intuições.
Navego em mares de sonhos irreais, tempestades. Assisto meus próprios naufrágios, tentações. A noite quando deitei-me para dormir, Chico cantou em meu ouvido, musicas de seu repertório extenso. Algo me precisava ser dito, talvez de forma poética, sensível, secreta, como são as suas letras. Me debati sobre a cama durante toda a noite não querendo acreditar, mas ao amanhecer pensei estar mais forte.

BOTECO DO SARDELA

Esta manhã, depois da maratona nos bancos, sentei-me a sombra de um pé de Cinamomo em frente de um boteco no bairro Jardim Botânico. Parecia não estar com fome e então bebi uma deliciosa cerveja gelada, enquanto olhava os carros passarem pela rua. Lembrei -me que hoje é sexta-feira e não planejei o que fazer durante a noite. Talvez queira ficar em casa, olhar televisão, ou ouvir o antigo cd de Fagner que a meses não ouço. Lembrei -me também que a dias atráz estava no Rio, apreciando um delicioso prato de peixe frito com pedaços de limão e um vidro de pimenta para enriquecer o sabor, no boteco do Sardela em Xerém, na Mantiqueira. Este boteco, sobrevive a mais de trinta anos, administrado por uma família que mora na localidade e sua especialidade é o peixe frito na hora. Você entra, escolhe os peixes que deseja comer e é só esperar pela fritada. Os peixes custam entre R$2,50 à R$4,00 a unidade e medem em torno de 15 à 18 cm. Não são pesados. No dia em que estive por lá haviam quatro variedades. Os mais gostosos evidentemente são os de R$4,00 que não lembro o nome. O boteco do Sardela ganhou minha simpatia também pela simplicidade de seus administradores. Sem isto, acho que nenhum négocio sobrevive.

Opiniões

Custa um bocado de tempo para perceber-se que não temos o poder de mudar as pessoas conforme nossos desejos e consequentemente suas atitudes de acordo com nossas expectativas emocionais. 
Levará um pouco de tempo até percebermos que também somos difíceis de sermos mudados e que não se projeta sonhos tendo as pessoas como pano de fundo. O ideal não é o que se busca, mas o que se ganha e assim aproveitar o que de bom podemos receber. 
Evidentemente os insanos, maldosos e de má índole estão de fora! Fiquei olhando dentro dos olhos negros e brilhantes de minha amiga enquanto ela me revelava sua opinião e caminhava apressadamente na sala onde trabalhava.
Afinal entre tantos erros e acertos, haverá os que nos derrubam e os que nos jogam para cima e isto é que nos faz crescer e dar os primeiros passos para nossa real mudança. Mudança forçada por nós mesmo, adaptada as nossas necessidades e não a dos outros!

A chuva de hoje

Quase no final do plantão, caiu uma chuva fininha e gelada para vingar-se dos dias cansativos e quentes da semana. Fiquei sentado no banco distante do terminal sentido-a cair sobre o meu corpo suado e minha cabeça, escorrer pelo rosto. Lambe-la no canto da boca, vê-la bater no basalto da calçada e formar pequenas poças rasas, iluminadas. 
Pensei em ficar ali até encharcar-me e perder a noção do tempo, até nascer de novo, RENASCER... Depois encontrar amigos saudosos para gargalhar e beber cerveja gelada, contar histórias já contadas, as mais belas já ouvidas e sem presa nenhuma de voltar pra casa.

Máscaras

Algumas pessoas podem ter mais rostos que o habitual, mais rostos do que aquele que conheço ou talvez penso conhecer. 
Isto do que falo deve ser máscaras, mentira, fantasias ou delirio meu?
Os rostos podem ser de minha imaginação, ou realmente existem? 
Quero dizer: Existem varios rostos ou é minha criação, paranóia? 
Quem os criou, eu ou as pessoas donas destes rostos? 
São rostos confeccionados para o teatro? 
Para a vida?
Para a história?
A vida é teatro, é ilusão, é mentira?
Hoje acordei tão cedo que ainda era noite, mas aos poucos a claridade do dia começou a nascer sobre os altos morros de mata nativa, na distante pedra da Congonha que antes não conhecia. Aqui em Xerém, tudo parece ser diferente do resto do Rio, o Rio que se vê, o Rio que se imagina. Ritmos, hábitos das pessoas, clima. O churrasco carióca de ontem estava ótimo e proporcionou o encontro de novos amigos. Estranho estes hábitos tão diferentes, das pessoas simples e sorridentes deste lugar.

Hoje

Acordei cedo sentindo uma pequena brisa soprar sobre o meu corpo. Hoje é o dia da viagem e ainda não preparei minha bagagem. Folhas ainda verdes de mangericão estavam espalhadas sobre minha cama e no chão quando levantei. Lembrei-me de tê-las espalhado por todo o quarto antes de dormir. Motivo? Não sei. Mas o aroma que se fez no ambiente possibilitou-me um sono tranquilo e com cheiro de natureza. Voar sempre me desestabiliza até por o pé em terra firme. A voz de Ana Carolina está presa em minha cabeça desde ontem e acho que ficará até eu chegar a noite no Rio:
... Não dá pra ocultar.
Algo preso quer sair do meu olhar
Atravessar montanhas e te alcançar
Tocar o seu olhar
Te fazer enxergar e se enxergar em mim
Aqui...

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...