Quando voltava para casa com meu filho, hoje de madrugada, de dentro do carro observávamos a cidade que parecia adormecida. Engraçado ouvir dizer que alguns centros urbanos não dormem, mas Porto Alegre, particularmente dorme principalmente nesta noite atípica. As ruas pareciam desertas e o movimento de veículos nos cruzamentos era quase zero como nas pequenas cidades do interior. Com a janela do carro meio aberta podia-se sentir o vento da noite bater nos nossos rostos como num passeio à beira da praia depois de um longo dia de lazer. Árvores balançavam, calçadas vazias e a voz de Ana Carolina cantando no rádio do carro:
"... Já sei olhar o rio por onde a vida passa, sem me precipitar e nem perder a hora. Escuto no silêncio que ha em mim e basta, outro tempo começou pra mim agora. vou deixar a rua me levar, ver a cidade se acender ..."
Já entrando em casa tivemos a sensação de que éramos os únicos moradores de um prédio de seis apartamentos em completo silêncio.
"... Já sei olhar o rio por onde a vida passa, sem me precipitar
Já entrando em casa tivemos a sensação de que éramos os únicos moradores de um prédio de seis apartamentos em completo silêncio.