NARIZ DE PORCO.


Um cidadão da nobreza inglesa se apaixona pela empregada, ela engravida e por pressões familiares ele acaba se casando com uma nobre como ele. A empregada grávida se mata e a mãe dela  tida como uma bruxa, joga uma maldição: Todas as meninas que nascerem nessa família seriam amaldiçoadas com um nariz de porco. A maldição é secular e muitos anos depois nasce Penélope, a primeira menina da família com nariz deformado e inoperável, lembrando um focinho de porco.
Rica, morando numa mansão digna dos descendentes da nobreza, a menina chamada Penélope, passa a vida escondida dentro de casa, protegida pelos país e poucos empregados fieis, até se tornar moça, quando armam um esquema complexo para lhe arrumarem um marido também de descendência nobre, acreditando que sendo aceita por outra pessoa, quebraria a maldição.
Entre um serie de entrevistas com jovens pretendentes, cuja a maioria se assusta com sua aparência, ela conhece Max, do qual se apaixonam, mas cujo o amor, não é o principal foco da historia, mas sim a aceitação das diferenças e seus padrões estéticos desprezados socialmente como gordura, tipo de cabelos, cor de olho e de pele, no filme estigmatizados por um nariz de porco. 
O filme  nos faz rever esses conceitos de aceitabilidade com a diferença, mexendo em feridas pessoais na medida em que mostra que as desigualdades devem ser aceitas inicialmente por quem é detentor da própria diferença e não acreditar que ela surja à partir dos valores alheios na espera de milagres.
Nos dias de hoje ser alto ou baixo, ter orelhas de abano ou um queixo proeminente, pode ser a ferramenta emocional necessária para que algumas pessoas produzam o seu "nariz de porco", capaz de exclui-las do convívio social pela falta da própria aceitação. Penélope percebeu isto e foi em busca das próprias respostas, da sua liberdade e aceitação pessoal a o decidir sair de casa e descobrir que seu defeito  poderia ser apenas um detalhe e absorvido pelas pessoas à partir de sua naturalidade e aceitação diante da própria diferença. O filme é uma fabula moderna e inocente, mas com muita verdade a ser mostrada de modo a questionarmos nossas atitudes, estando nas duas pontas.

O Diabo Veste Prada

Neste Domingo chuvoso, decidimos ficarmos em casa, eu e meu filho, debaixo das cobertas e assistirmos TV. Revimos O Diabo veste Prada- que para quem não assistiu, trata-se das oportunidades que o mundo empresarial ligado à moda-  pode abrir (e ai usado como pano de fundo, no filme) com muito glamour, beleza, influencia, diferença de valores, competição, decepções, frustrações amorosas, tornando as pessoas escravas deste mundo poderoso, instável e oportunista. A própria Miranda Priestly, personagem- chave, protagonizado competentemente por Meryl Streep na trama, é também uma das vitimas deste sistema aparentemente bonito, elegante e sedutor que se veste nada menos que "Prada" para chamar a atenção, atrair e ludibriar os que se fascinam e se vendem à esta mentira. No final do filme, constatamos algumas características humanas, sobreviventes na grande dama de gelo.

Bate papo de calçada.

Antes da chuva desabar e manter a maioria das pessoas confinadas em suas casas, encontrei a Dé.. parada na calçada e quase não a reconheci. Estava muito mais magra e me disse estar fazendo um curso de pintura em porcelanas e ginastica duas vezes por semana. Achei estranho por estar fazendo essas atividades, por não parecerem com o seu perfil, ora temporariamente do avesso, ora completamente distraída e sem saco. 
Depois que nos despedimos e já distantes, me perguntei por que trocou suas paixões de carne, ossos e músculos, por outras técnicas de satisfação pessoal.
Ah.., lembrei.., disse-me noutro contexto da nossa conversa, ter sido enganada. Deve estar aí a razão de seu novo entusiasmo por diferentes buscas de prazer.

Onde vai dar

      Eu estou aqui, cansado e afoito.
                 Eu quero ouvir, eu quero enxergar um sinal.
                                Antes das cortinas se fecharem, me alcance um chá ou uma champanhe.
                                                Eu não sei se  aceito as luzes  se apagarem depois de brindar
                                                                                                                            e cair a noite..
                                                                      Onde tudo vai dar, onde vai dar...
                                                                                                                      Eu não sei.

Antidesportismo no Futebol

Achei um absurdo a atitude do goleiro Gustavo do Sport pernambucano, em agredir o jogador Elivélton do Vasco no jogo desta semana em disputa pela Taça BH de juniores. O goleiro com uma violenta  e covarde voadora, atingiu seu adversário pelas costas, assitida por todos os telespectadores na TV. O golpe, poderia ter levado o outro jogador senão a morte, a uma lesão seria.  Sim, por que a atitude do goleiro foi deliberadamente criminosa. O volante do clube carioca deixou o campo de ambulância, com suspeita de trauma na coluna cervical, com grande comoção social e uma nota mais tarde de que teria sido demitido  do clube a que fazia parte, por sua atitude antidesportista. Nada mais justo eu pensei. Este tipo de atitude deve ser combatida pelos próprios clubes com punições severas e exemplares.
Horas depois, o goleiro reapareceu na TV com ares de bom moço, de menino arrependido, com aquele vocabulário tosto de jogador de futebol descoberto no Carandiru e pasmem, o club o perdoou...por que o cara até chorou de arrependimento, fazendo crer que tudo não passou de um impulsividade gerada pelo espirito competitivo.  
Sabe o que eu odeio no futebol? É essa falta de responsabilidade que começa à partir dos dirigentes desses times, dando a impressão de que nada deve ser levado muito à serio, afinal o pior não aconteceu mesmo.

Foto bonita

Esta foto me chamou a atenção não somente por seu visual encantador, mas também por se tratar de uma mulher corajosa de 36 anos, que resolveu encarar as águas geladas do Mar Branco, próximo do circulo polar, completamente nua. O objetivo de Natalia Asveenko, que é campeã mundial de prender a respiração embaixo d'água, é comprovar sua teoria de que baleias-brancas e golfinhos, possuem uma especie de radar que registra as ondas emitidas pelos seres humanos e  com isto estudar o comportamento dos animais.
Com o feito, Asveenko conseguiu não só chamar a atenção sobre sua teoria, mas também muita notoriedade  para si, afinal não é todo o dia que se tem a chance de ver uma foto bonita dessas espalhada pelo mundo, não é mesmo?

Medo de avião.

Não foi tão surpreendente prá mim saber que minha colega tem verdadeira fobia de viajar de avião, afinal deve existir muita gente com este mesmo problema. Enquanto me confidenciava baixinho, demonstrava assim, preocupação de que outras pessoas a ouvissem, deixando claro seu sentimento de timidez e até inferioridade com este fato. Eu pessoalmente me sinto sempre incomodado de estar lá em cima, com o chão a muitos mil pés abaixo de mim, mas fobia é algo mais sério do que um simples medo e possui reações psicossomáticos que devem ser tratados com profissionais competentes, muita paciência e delicadeza. 
A fobia é algo que impossibilita as pessoas nos mais complexos entraves emocionais, reduzindo a liberdade e a igualdade com  outras pessoas. Imagina não poder fazer uma magnifica viagem por simplesmente não conseguir entrar num avião? Pra mim seria o fim!..
Mas a fobia desta colega, não para por aí, ela não consegue nem mesmo sair de carro para muito longe. Viajar de Porto Alegre para outro Estado, está completamente fora de cogitação, por causar-lhe a sensação de risco de morte.

Tu tá ficando muito branco!

Na fila do caixa do supermercado ontem, um menino se agitava de ansiedade em volta de sua mãe, enquanto o outro, mais velho, mexia destraido no carrinho de compras. O menorzinho, a que me refiro e que não passava dos cinco anos de idade, parecia balbuciar alguma coisa que não dava para entender, enquanto puxava a mulher  pela manga do casaco, chamando-lhe a atenção insistentemente. Ela em silencio, olhava-o com ar de reprovação, até que ele resolveu falar de modo silábico e audível: 
_Mas- tu- me- pro-me-teu!..disse mostrando-lhe a língua em sinal de protesto.
A mulher envergonhada e talves se sentindo desrespeitada, começou a falar:
_Tu tá bem., tem certeza?
_Eu tô te achando um pouco pálido.
_Olha meu filho, o que eu te falei!
_Tu tá ficando muito branco!
Então o garoto baixou os olhos e despencou no chão, como se tivesse desmaiado; o que parecia uma simulação. A mulher então nervosa e visivelmente irritada com a situação, começou a sacudi-lo pelos ombros e repetia:
_Eu te falei que o dinheiro não ia dar! 
_Eu te falei que tu tava ficando pálido!.. 
O garoto então subitamente levantou-se e saiu em outra direção enquanto ela sorria aliviada.
Eu achei estranho aquele dialogo e fiquei me perguntando que diabos de relação era aquela, cujas as atitudes, principalmente da mãe, me parecia tão doentia.

Amy Winehouse

Algumas pessoas são tão incomuns, que parecem não fazerem parte do mesmo mundo que a maioria das pessoas ocupam. Se sentem presas neste sistema que lhes causam angustia e sofrimento tornando-as vitimas de si mesmas. Tornam-se inadaptáveis, fora de contextos sociais, alheias, inapropriadas, desconexas, ridículas, loucas, perigosas, questionáveis, estranhas, mas que quando ouvidas com atenção, percebe-se uma grande sensibilidade, que as tornam muito diferentes. Foi o que sempre sentí com relação a Amy Winehouse, desde que a ouvi cantar, ou em entrevistas, onde demonstrava muita intensidade.  
Billie Holiday, Janes Joplin, Jim Morrison, Jimi Hendrix e agora Amy Winehouse, foram protagonistas desta dura realidade de quem se joga nas drogas e não consegue escapar de suas malhas destruidoras. Eu soube de sua morte, na tarde de hoje, noticiado pela Globo News, poucas horas do ocorrido.
Amy, assim como todos os cantores citados, encerraram a carreira e a vida por envolvimento com drogas antes dos 30 anos, o que é de se lamentar. 

Maus hábitos

No programa Saia Justa desta semana no GNT, Monica Waldvodgel, Camila Morgado, Teté Ribeiro e o Dan Stulbach, depois de tantos achismos e observações sobre a importância da arte na vida das pessoas,  comentaram  sobre alguns de seus vícios pessoais que por vezes são difíceis de serem controlados.
Camila Morgado falou de seu mau costume de se esforçar para ouvir discussões alheias ou observar pessoas pela fresta de janelas, enquanto Dan Stulbach, revelou um habito que tinha quando era mais jovem e agora não mais, de interpretar algumas canções de Fabio Junior, usando as mesmas entonações e expressões utilizadas pelo cantor; Uma imitação que se transformou num vicio pela insistência de se parecer com aquilo que gostava,  quem já não fez isto? 
O mais engraçado foi um dos hábito assumido por Teté Ribeiro, que segundo ela, tem uma curiosidade quase incontrolável de observar cachorros fazendo coco e cuja a reação dos outros convidados foi de Uuuhuhuhuhuhu!..
Eu lembro de um amigo que assumidamente demostrava expressões de prazer ao assistir cães fazendo sexo na rua. Ainda mais recentemente, tenho um colega, que demonstra alguma excitação com isto.
Acho que todo mundo, no obscuro de sua mente possui alguma coisa deste tipo, mas que dentro dos conceitos éticos e morais vigentes tenta sufocar ou guardar a sete chaves para que ninguém fique sabendo e até por não ser aceito por si mesmo. Falar à respeito serve de exercício para eliminar tabus e não transformar ações pouco aceitáveis em obsessões.

Do inexplicável e imaginário.

Revi ontem na TV fechada o filme Avatar, cuja a história pra mim é simples, previsível, mas as fotografias me resgatam antigos sonhos e fantasias da minha infância e adolescência. Gosto demais das fotografias do filme, daquelas cores psicodélicas, dos animais voadores, os cavalos, as plantas que se iluminam à noite ao serem tocadas, o azul da pele dos personagens e sua interação com a natureza.
Não sei por que gosto tanto destes filmes de magia e que me completam de fantasias e coisas irreais. O primeiro filme da serie O senhor Dos Anéis, também me provocou estas excitações. Eu cheguei a sonhar com Gollum o monstrinho que acompanha Frodo, na missão de destruir  o anel, me perseguindo para comer meu fígado. Harry Potter eu também gosto, mais do primeiro filme, embora não tenha ainda assistido o ultimo da saga.

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