O PENDULO AFIADO.



De repente sinto-me como se  um pendulo afiado e invisível se movimentasse sobre minha cabeça, dividindo-a em duas. Uma que me faz enfrentar situações diante da vida com sociabilidade, racionalidade e aceitação, e outra que me incendeia fazendo-me explodir e o que sobra, são pensamos espedaçados como na visão irracional de um animal acuado que tenta proteger seu alimento prestes a ser roubado naquilo que pensa que o tempo e a devoção lhe concedeu por direito. Mas que direitos são esses.., se a vida segue seu rumo sem regras previamente planejadas? Ninguém sabe do seu amanhã. Mas estas divergências internas que ora prendem fogo, explodem e depois se apaziguam, servem de exercício para que nos acostumemos a lidar com o desapego e nos tornemos seres humanos melhores. O amor, a amizade que construirmos na jornada da vida, agregados a sentimentos de posse e de culpa, não nos concede direitos de modificar o rumo da vida sempre em eternos projetos que nem se desenharam no papel. E quer saber?, ninguém nesta vida, tem direitos adquiridos!

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