CASA GODOY EM PORTO ALEGRE.

Caminhando pela Avenida Independência, em Porto Alegre, podemos encontrar diversas construções antigas e abandonadas por alguns proprietários, que receberam estes imoveis de herança e não possuem condições financeiras para restaura-los devido aos altos custos. Alguns herdeiros então sem saída, alugam esses imoveis para pequenos estabelecimentos comerciais, despreocupados com a aparência desses prédios, que necessitam de uma intervenção urgente antes que desabem. 



Entre este grande acervo de obras de arte; sim eu considero-as uma obra de arte pelos seus traços e linhas arquitetônicas utilizadas no passado, encontra-se a Casa Godoy construída em 1907, sendo um dos mais importantes exemplares da arquitetura art-nouveau no Brasil.
A casa cujo o primeiro proprietário, Arno Bastian Mayer, foi projetada pelo arquiteto alemão Hermann Menchen, que não poupou esforços para que ela traduzisse o movimento francês surgido na Europa e que buscava nas curvas sinuosas da natureza a sua inspiração.
O projeto foi minucioso, desde o desenho dos adornos na fachada, até a escolha dos materiais empregados nas paredes, como forros, esquadrias e mobiliário.


Somente em 1988 a Casa foi adquirida pela família Godoy, tornando-se referencia na vida social de Porto Alegre, pois além de residência da família, a casa abrigava no andar térreo, o consultório do Dr. Jacintho Godoy - precursor da neuropsiquiatria no Rio Grande do Sul. O Médico Jacintho Godoy foi criador do Manicômio Judiciário, do Serviço de Neurologia da Santa Casa e do Sanatório São José. Foi também político, poeta e teatrólogo, razão pelo qual promovia encontros artísticos, ligados a música, literatura como chorinhos e sarais poéticos. A Casa foi tombada como Patrimônio Histórico e Cultural do Município em 1997 e adquirida pela Prefeitura Municipal de Porto Alegre.
Outros exemplos deste estilo em Porto Alegre, destaca-se a Universidade de Porto Alegre (atual Universidade Federal do Rio Grande do Sul), como o Castelinho (1906) e o Observatório Astronômico (1906), a Farmácia Carvalho (1907). O pórtico do Cais Mauá e seus armazéns adjacentes (1917-22), entre outros. Na fotografia acima, dá para se ter uma ideia das condições atualis do predio

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