Morro de São Paulo é um vilarejo localizado no sul do Estado da Bahia, á 308 quilometros da Capital Salvador é só existe três formas de se chegar a este paraíso de águas mornas e cristalinas margeado de mata nativa e altas plantações de coqueiros:
De avião:
Leva 20 min. e custa: R$210,00 (Aero Star: 71-3377-4406 e 75-3652-1535) ou
R$210,00 (Addey: 71-3204-1393).
De catamarã ou lancha rápida:
Demora em torno de 2 horas e custa R$75,00 (entre 8:30 e 14:00 hs) (embarque em frente ao Mercado Modelo). Lancha: 8:30 h (75-3652-1715) e 11:30 h (75-9994-3746 ou 9971-1975)
Catamarã: 9:00 h, 13:30 h e 14:00 h (71-3326-7674 ou 75-3652-1174).
De Ferry-boat:
(71-3254-1020) até Bom Despacho (Itaparica), de ônibus (Viação Cidade do Sol - 73-3525-4611) até Valença e de barco até Morro de São Paulo. O total do percurso leva entre quatro e cinco horas e custa entre R$ 25,00 e R$35,00. O último barco de Valença para Morro é às 18:00 h na baixa e 19:00 horas na alta temporada.
COMO CHEGAR:
Do aeroporto, pegue o micro-ônibus (Praça da Sé - R$4,00) com ar condicionado, o ponto final é bem perto do elevador Lacerda. Descendo pelo elevador, caminhe até o Mercado Modelo, em frente é o local de embarque do catamarã ou da lancha rápida.
Transfer 24 horas (do aeroporto até algum albergue em Salvador):
De Valença para Morro: Estando no sul da Bahia, Itacaré, Ilhéus, Porto Seguro ou Lençóis, ou estando de carro, não é necessário ir até Salvador, vá direto para Valença, de onde saem os barcos para Morro de São Paulo.
entre 6:00 e 18:00 hs. Convencionais, R$ 6,00 (2 à 3 horas) ou lanchas rápidas, R$14,00 (35 à 55 minutos). Os preços e horários acima mencionados estão sujeitos a alterações e as informações me foi repassada por Francisco Valpino da Pousada do Morro por e'mail, quando eu ainda estava consultando preços e localizações acessíveis.
Chegando ao cais de Morro de São Paulo, você pagará uma taxa de R$ 10,00 para permanecer na ilha e em seguida será abordado por carregadores de bagagens e guias que oferecem passeios e o transporte da bagagem até a sua pousada. O preço é de R$10,00 por bagagem, mas poderá ser negociado. Como a entrada para a vila é uma ladeira íngreme e as ruelas são de areia ou terra em quase toda a região, você vai precisar deste serviço. Negocie o preço antes.
Se você ainda não fez reserva em alguma Pousada, leve consigo pelo menos uma lista das que mais te interessam. Os preços variam entre R$ 90,00 à mais de R$ 500,00 de acordo com os serviços e confortos oferecidos. Ao cruzar o Portal de entrada, você já estará na vila e descendo pela unica estrada de chão a sua esquerda, encontrará a Primeira Praia, depois a Segunda, a Terceira, Quarta, etc...
As praias são deslumbrantes e cada uma possui seu diferencial; Quanto mais longe da vila, menor o numero e concentração de pessoas, bares e restaurantes, revelando paisagens paradisíacas, com muitos coqueiros e pessoas simpáticas e hospitaleiras.
Como M. de S.Paulo está situada numa ilha e é proibido a circulação de carros no vilarejo, não possui poluição, barulho de buzinas e stress das grandes cidades. Até mesmo as musicas tocadas nos diversos bares e restaurantes na beira da praia, parecem conviverem em harmonia, sem ofuscar o som do bar vizinho. É o lugar perfeito para relaxar. Encontra-se durante a noite muita badalação, luaus, shows de musica na beira da praia, (Axés, reage), grupos de capoeira, além de uma diversidade gastronômica local e internacional, belos artesanato e gente bonita.
17/02-PRIMEIRO DIA:
Chegamos em Morro de São Paulo, pagamos a um carregador de bagagens R$15,00 para levar nossas tralhas até a
Pousada Kanzuá do Marujo (Hostel Black White), na Terceira Praia de frente para o mar. Esta pousada é administrada por sua proprietária Soraia, uma baiana simpaticíssima, que abriu suas portas a o turista Israelense, que procuram sua hospitalidade diferenciada o ano todo. A pousada possui um cardápio elaborado aos costumes alimentares do povo judeu e escrito em hebraico. Só para se ter uma ideia, na semana em que estivemos hospedados por lá, éramos os únicos brasileiros na pousada.
Pagamos R$ 130,00 a diária, num quarto confortável com ar condicionado, cama de casal, beliche para mais duas pessoas, frigobar, banheiro privativo e café da manhã incluído. Como estávamos em três, o valor saiu por aproximadamente R$ 43,00 para cada um.
A limpeza e troca de lençóis e toalhas de banho eram feitas diariamente. O café da manhã, servido à partir das 8 horas era composto de pão francês, presunto, queijo, margarina e dois tipos de geleia, bolachas doces e salgadas, chocolate em pó, frutas diversas, bolo, suco, ovos mexidos e salada verde (hábito dos Israelenses), Internet com antena wireless e TV no quarto.
A própria pousada nos indicou um lugar de preço acessível para fazermos as outras refeições, chamado
Maria do Pão. que ofereceu uma deliciosa comida caseira por um preço incomparavelmente baixo, num ambiente familiar e muito procurado. O pessoal é tão hospitaleiro, que Soraia (dona da pousada), nos presenteou num dos cafés da manhã, com um prato saboroso de cuscuz.
18/02-SEGUNDO DIA:
Fizemos caminhadas pela beira do mar até a Quarta Praia, onde percebemos que a paisagem vai ficando mais agreste e com piscinas naturais de água morna que se formam com a maré baixa. O mar fica tão afastado da costa que parece um prenuncio de Tsunami, voltando a encher em torno das duas horas da tarde. Nesta praia, oferecem passeios de charrete até a Quinta Praia, também conhecida por Praia do Encanto, por preços de R$25,00 por pessoa.
No caminho de volta para a pousada, fechamos um pacote turístico para o outro dia, pela manhã, com a empresa "Puro Prazer" que ofereceu passeios de lancha para alguns locais do arquipélago de Tinharé, com:
-Piscinas Naturais de Guarapuá e ou Moreré.
-Praias de Tassimirim, Cueira e Boca da Barra.
-Povoado de Velha Boipeba.
-Bar de Ostras.
-Cidade histórica de Cairú.
-Passagem por belas praias e manguezais.
O valor do pacote é R$ 60,00 por pessoa, parecia salgado, mas depois percebemos ter valido à pena. A previsão de saída foi as 10h.30 min da manhã na Terceira Praia com previsão de retorno para as 17h 30mim no ancoradouro do M.de S.Paulo. Foi neste passeio que conhecemos a Soon, uma Paulista de descendência coreana que veio para Morro à passeio, sozinha.
A noite resolvemos experimentar a variedade de caipirinhas de vodca com todos os tipo de frutas expostas nas banquinhas em frente a Segunda praia, o que se tornou quase um hábito nas noites seguintes e nos transformando em clientes especiais. A que mais gostei, foi a de abacaxi com maracujá e vodca.
19/02-TERCEIRO DIA:
Embarcamos na lancha da empresa turística Puro Prazer e fomos conhecer as piscinas naturais de Garapuá e Moreré, 40 minutos de banho e mergulho entre os recifes e peixes coloridos. É inacreditável a obra da natureza!.., ou seria de Deus?.. Água morna e de transparência surpreendente!..
Depois de observar as praias de Tassimirim, Cueira e Boca da Barra, fomos visitar o povoado de Velha Boipeba com parada para almoço, num dos restaurantes locais à beira mar, onde experimentamos a famosa moqueca de peixe com pirão arroz branco e cerveja geladíssima.
Mais tarde Visitamos o "Bar da Ostra", que é um bar flutuante no meio de um canal, onde oferecem pratos á base de ostras.
Eu experimentei as ostras gratinadas ao forno com palmito e queijo, não tive coragem de come-las crua com limão e sal.
Roseli, uma turista mineira divertidíssima, que estava no passeio, fez cara de nojo e disse que aquele prato à base de ostras era uma mistura de lesma com qualquer coisa do tipo escarro.
A próxima parada, foi na Cidade histórica de Cairu, que conforme disse o guia, era a segunda cidade mais antiga do Brasil. Já foi chamada de Araca juru - casa do sol pelos indígenas que lá habitavam e hoje sobrevive da pesca, agricultura (dendê e piaçava) e do turismo local.
A cidade é pequena e graciosa, abrigando prédios históricos como um Convento, ( em restauração) e a Igreja Santo Antônio de Cairu, construída num dos pontos mais altos da cidade e com vista privilegiada da região. Experimentamos nesta cidade um delicioso sorvete de tamarim de arrepiar as papilas degustativas.
Caminhar por suas ruas estreitas e casarios antigos é como voltar no passado. Alguns telhados possuem duas ou três beiras, característica que identificava o poder econômico de seus moradores no período colonial. Quanto mais beiras tinham as casas, mais poder econômico, possuíam os seu donos. O que originou a antiga frase para designar os menos afortunados: "Sem era nem beira."
Depois retornamos para a lancha, a fim de apreciar as belas praias e manguezais com muitos pássaros e armadilhas montadas para a pesca artesanal. O final do passeio foi no Porto de M.de São Paulo onde chegamos mortos de cansados e loucos por um banho quente.
20/02-QUARTO DIA:
Banho de mar nas piscinas naturais da Quarta Praia e depois na Primeira Praia, onde percebemos ser a menor delas em extensão, cerca de 500 metros.
É na Primeira Praia que existe a Tirolesa, que consiste em um cabo aéreo ancorado horizontalmente entre dois pontos e neste cabo a pessoa se desloca através de roldanas presas por mosquetões a uma cadeirinha de alpinismo, sendo projetada dentro d'água num banho refrescante por R$ 30,00. Neste dia Soon, que conhecemos no passeio de lancha, passou boa parte conosco, já que estava hospedada numa pousada bem próxima dali e sem companhia.
Passeamos pela Vila do M. de S. Paulo e conhecemos o interior da Igreja Nossa Senhora da Luz, na praça de mesmo nome, concluída em 1845 com relíquias dos séculos XVII e XVIII e a Fonte Grande ou Fonte do Imperador como também é chamada, construída em 1746 pelo vice-rei do Brasil.
A Fonte foi o maior abastecimento de água potável do vilarejo e do presídio que ficava localizado próximo a Fortaleza de Tapirandú, próximo da entrada do morro.
Existe um motivo para a Fonte ser conhecida como "Fonte do Imperador". No ano de 1859, Dom Pedro II esteve na cidade de Valença para conhecer a Fabrica de tecidos e fez uma visita a Morro de São Paulo, onde teria tomado um banho na Fonte Grande, junto com a Marquesa de Santos. Nos seus escritos sobre a viagem, deixou registrada a importância desta fonte de três bicas e que atualmente me pareceu com aspecto de abandono.
21/02-QUINTO DIA:
Eu, Cristina, Rosane e Soon, resolvemos fazer outro passeio oferecido pela empresa de nome RBH para conhecermos do outro lado das ilhas. Agendamos no dia anterior, quando visitávamos a vila e a Primeira Praia. Desta vez, embarcamos num saveiro, (R$ 30,00 o pacote), que nos levou a outros lugares também magníficos como:
-A Ilha de Caitá para banho e mergulho entre os recifes.
-Parada entre o Forte do Morro de São Paulo (Fortaleza do Tapirandu, considerado um dos maiores conjuntos defensivos do Brasil, com 678 metros da sua cortina de muralhas e ruínas, hoje protegidas pelo Patrimônio Histórico Nacional).
A construção do Forte se iniciou em 1630 para proteger a entrada de esquadras piratas inimigas na chamada "barra falsa da Baía de Todos os Santos" entrada estratégica para o Canal de Itaparica até o Forte de Santo Antônio (atual Farol da Barra) e também proteger o Canal de Tinharé, essencial no escoamento da produção dos principais centros da colônia (Boipeba, Cairu, Camamu e Itacaré) para o abastecimento da capital, Salvador.
-Observação da montanha de argila (sem sair do barco) que fez uma parada na Vila de Gamboa para agendamento e escolha do almoço. O garçom trouxe o cardápio ate o barco e somente depois fomos liberados para um banho de argila medicinal, banho de mar e seguir viagem com parada num banco de areia, (local onde a dançarina Carla Perez tirou fotos para a revista Playboy e que os moradores locais se orgulham).
-Nova parada em Ponta do Curral (local onde desembarcaram as primeiras cabeças de gado trazidas pelos portugueses ao Brasil, fato que inspirou o nome da praia.)
-Mais banho de mar para nos refrescarmos e retornamos a vila de Gamboa do outro lado da margem para um almoço merecido. Final do passeio foi no Porto de M. de São Paulo novamente mortos de cansados.
22/02-SEXTO DIA:
Visita e compras nas lojas de artesanatos à procura de lembranças para os amigos, muitas caipiras de vodca com frutas...
Será que a caipira era vodca mesmo? Por vezes eu desconfiava que era de cachaça pois o preço era muito barato!..
De noite fomos jantar num restaurante de nome Tia Dadai, indicado por um nativo que encontramos em Boipeba e nos informou que a comida caseira era muito gostosa, bem servida e barata. Trocamos e'mais com Soon, pois era nossa ultima noite e nos despedimos. Tínhamos de retornar para a pousada arrumar nossas bagagens.
23/02-SÉTIMO DIA:
Já com os ingressos do Catamarã comprados no dia anterior, partimos as 9 horas da manhã, de M. de S. Paulo para um rápido Tour no centro de Salvador.
O pouco espaço de tempo, só nos permitiu visitar o Mercado Modelo para algumas compras adicionais, o Pelourinho onde almoçamos e tiramos fotos, a escultura da cruz caída, apreciar a Baia de Todos os Santos do elevador Lacerda, pegar o ônibus na Praça da Sé e depois correr para o aeroporto, que contarei numa próxima postagem
AQUI no Diário de Bordo.
Ah, esta baiana simpática na foto acima é a Simone, que encontramos no Pelourinho para uma fotografia de recordação para o nosso álbum de férias.
Até a próxima viagem!..