NOVA ROMA DO SUL.


Nova Roma do Sul é um paraíso de atrações para quem gosta de curtir a beleza da serra e praticar esportes radicais. Mas seus atrativos vão alem de belas cascatas, grutas, rios turbulentos, pontes antigas e morros encobertos pela mata nativa para exercitar a adrenalina. 
O município está localizado na região dos vinhedos da Serra Gaucha, a 155 Km de Porto Alegre, cercado pelo Rio das Antas e da Prata, com acesso pela RS-448 a partir de Farroupilha, disponibilizando muitas belezas e encantos para serem descobertos e apreciados.


O centro da cidade é pacato e não possui um acervo de casas tombadas pelo IPHAN como em Antônio Prado, do qual fez parte por mais de um seculo, até se emancipar em 1987, mas trafegar por suas estradinhas estreitas, ora asfaltadas, ora de chão batido, entre parreirais, paredões de rochas e de mata nativa, que quase formam tuneis mágicos, é uma benção da natureza para os apreciadores desta conexão.


Além disto, somos surpreendidos a cada curva, por velhas casas e propriedades abandonadas. Em alguns recantos da estrada, é possível avistar oratórios ou capelas com algum santo de devoção, encrustadas  na mata , sobre rochas, que nos faz pensar sobre a religiosidade evidenciada nos costumes daquele povo, que construiu uma história, firmando assim, sua identidade própria .



Nova Roma do Sul é sem duvidas um destino para as varias formas de lazer e principalmente para momentos de introspecção junto da natureza. Dentre alguns atrativos turísticos, podemos destacar:

A PONTE DE FERRO: Considerada um cartão postal da cidade. Cruza o Rio das Antas e foi inaugurada em 1930 sob o governo de Getúlio Vargas, então presidente de Estado. Uma de suas características, é um pilar de 22 metros de altura, que a sustenta, no meio do rio.



GRUTA NOSSA SENHORA DE LOURDES: Inaugurada em 1981, o local tem uma vista privilegiada do Vale do Rio das Antas e banhada por uma linda cachoeira, local onde se realiza a Festa de Nossa Senhora de Lourdes.


TRAVESSIA DE BALSA: Travessias pelo Rio da Prata e Rio das Antas, ligando as cidades de Veranópolis e Nova Roma do Sul e também as cidades de Nova Roma do Sul e Nova Pádua. Atrativo diferenciado que chama atenção, porque o trabalho de travessia é braçal e pelas belas paisagens que podem ser apreciadas.


Além de algumas propriedades centenárias, o próprio rio das Antas, o mirante da Barragem da Usina Castro Alves, no acesso à Nova Pádua e o Cachoeirão do Rio das Antas.
O povo de Nova Roma do Sul conserva fortes traços culturais de seus antepassados, que podem ser observados na vida cotidiana e principalmente em suas festas religiosas, na Semana de Poesia Oscar Bertholdo - (Shows, oficinas, talentos locais, feira do livro e muito mais) e na festa maior do município La Prima Vendemmia - (evento que celebra a primeira colheita das uvas).
Até a próxima viagem.

A PONTE DE FERRO

Uma das grandes atrações num passeio para Nova Roma do Sul, é visitar a bela “Ponte de Ferro” e por esta razão decidi fazer um post aqui no blog, contando a sua história.


LOCALIZAÇÃO:
Construída sobre o Rio das Antas, demarcando o limite entre os municípios de Nova Roma do Sul e Farroupilha, a ponte de ferro é daqueles atrativos que a gente é surpreendido, por estar numa curva da estrada, quase no meio do nada e tem vontade de parar e contempla-la por algum tempo. Também é possível chegar até ela, vindo por caminhos alternativos de Antônio Prado, apreciando no caminho sinuoso, pequenas cascatas que escorrem pelos paredões rochosos, cercados por muita mata nativa e pequenas propriedades rurais que se dedicam a agricultura.


CARACTERÍSTICAS E DATA DA CONSTRUÇÃO:
A construção da ponte, é datada de 1928 durante o governo Getúlio Vargas, então presidente do Estado. Uma de suas características, é um pilar de 22 metros de altura, no meio do rio, cujas as pedras foram retiradas de duas pedreiras, do próprio rio.


HISTÓRIA DE SUA INAUGURAÇÃO:
Sobre a historia da sua inauguração, que deveria ocorrer no dia 12/10/1930, tem um fato pitoresco: A ponte permanecia fechada com correntes, aguardando a data escolhida para a inauguração, mas nove dias antes, quando culminou a Revolução de 30, caminhões do Exército, que dirigiram-se a São Paulo, chegando à ponte, desamarraram as correntes que a mantinham fechada, dispararam tiros de fuzil contra a placa, dando assim por inaugurada a ponte Getúlio Vargas, nome que não pegou. Hoje é chamada popularmente de “Ponte de Ferro”.

ANTÔNIO PRADO.


Minha motivação em conhecer Antônio Prado, foi por ela ter sido a última colônia italiana, criada pela governo imperial, a partir de uma política oficial de "embranquecimento da população brasileira". Alem disto, possuir o maior acervo arquitetônico construído em madeira do país, tombado pelo I.P.H.A.N tendo sido inclusive palco das gravações do filme "O Quatrilho".




Então neste Sábado, 22/08/2015, decidi convidar os amigos, Alba, Rosane e João (irmão de Alba) e visitarmos a cidade de Antonio Prado, que parece uma cidade cenográfica, com suas casinhas coloridas e alinhadas uma do lado da outra, como um desenho de uma revista de histórias infantis.
A cidade fica localizada no Vale do Rio das Antas, na serra gaucha, a 184 quilômetros de Porto Alegre e é considerada a cidade mais italiana do Brasil.


PRÉDIOS TOMBADOS PELO IPHAN:
Antonio Prado possui o maior e mais completo acervo arquitetônico construído em madeira e datado da época da colonização italiana no país, localizado em seu centro histórico e tombadas pelo IPHAN desde a década de 1980. São 48 imoveis preservados, com sobrados coloridas, floreiras nas janelas e cuja uma das marcas é o lambrequim, (ornamento de madeira usado na beira dos telhados), provocando em quem as visita, um clima bucólico e de romantismo.


PALCO DE UM FILME:
Em 1995, a cidade recebeu a equipe de filmagens de O Quatrilho, o segundo filme brasileiro a ser indicado ao Oscar. Algumas ruas da área central, tiveram os paralelepípedos cobertos de terra e os postes de iluminação retirados, para que fossem recriadas as ruas da cidade de Caxias do Sul no início do século XXI.





HISTORIA DA IMIGRAÇÃO:
A antiga colonia surgiu, a partir de uma política oficial do governo brasileiro de "embranquecimento da população brasileira". Isto abriu espaço, no final do século XIX, para que o governo imperial colonizasse a região com uma população europeia. Desta forma, milhares de imigrantes foram instados, após a expulsão dos índios caigangues pelos "bugreiros" (homens contratados pelos colonos-imigrantes, para exterminar os índios. O termo se origina da palavra bugre, como eram conhecidos pejorativamente os indígenas do sul do Brasil.
Antônio Prado foi a sexta e última colônia italiana, criada pela governo imperial. Em 1886, os primeiros italianos se instalam na região, dedicando-se à pequena agricultura de subsistência.


Atualmente Antônio Prado é uma cidade limpa, com 12.837 habitantes no último censo, onde 91,8% são brancos, 5,2% são pardos, 2,3% são negros e 0,6% indígenas, que divide espaço entre construções antigas e modernas e sua maior qualidade é a hospitalidade com que recebem seus visitantes.


ORIGEM DO NOME:
Surgiu em homenagem a Antônio da Silva Prado, fazendeiro paulista que como Ministro da Agricultura da época, promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil, e instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul.





O QUE VISITAR NA CIDADE:

CENTRO HISTÓRICO: 
Composto por todo o acervo arquitetônico, com casas de madeira e outras não, datadas do final do Seculo XIX e inicio do Século XX, onde em suas fachadas apresentam uma placa com uma numeração de tombamento, o nome da casa, a identificação de seu antigo proprietário, data aproximada de sua construção, e o depoimento de alguém que teve alguma ligação com sua historia. É importante salientar, que muitas outras casas igualmente antigas e espalhadas pela cidade, não foram tombadas pelo IPHAN, mesmo mantendo suas características do passado.


MUSEU MUNICIPAL: 
Instalado numa casa de madeira, construída em 1910, abrigava na parte térrea, uma ourivesaria (local onde eram trabalhados metais preciosos na fabricação de joias e ornamentos. No andar superior, fica a antiga moradia da família. 
É a única casa tombada e inscrita no livro tombo de Belas Artes, considerada uma obra de arte.






No espaço destinado ao Museu Municipal, encontra-se boa parte da história de Antônio Prado, como peças e objetos de grande significado histórico-cultural, que retratam a identidade local. A visita ao museu proporciona uma viagem ao passado. Atualmente a casa abriga também o Arquivo Histórico e a Central de Informações Turísticas.
Rua Laurindo Zanotto, 158 Centro.


IGREJA MATRIZ: 
Construída em alvenaria entre  1891 a 1897. Entre os anos de 1925 a 1928, passou por reformas onde ganhou vitrais e nova escadaria de acesso. Seu interior foi pintado pelo artista italiano, Emílio Benvenutto Zanon, na década de 50.


MOINHO FRANCESCATTO: 
Trata-se de um antigo moinho, construído pela família Francescatto, localizado na linha 30. O moinho é visitado e admirado por visitantes das mais diversas partes do país.

CASCATA DA USINA: 
Localizada na Estrada Julio de Castilhos, a cerca de 6 quilômetros do centro da cidade. As quedas d'água, oferecem a os visitantes a beleza oferecida pela natureza. que podem ser apreciadas através de três plataformas no local.

Apesar de sermos agraciados com toda a beleza natural serrana em torno e seu acervo arquitetônico, bem preservado no centro histórico, Antônio Prado nos presenteia com outras surpreendentes construções, não menos belas, localizadas em outros cantos da cidade e em zonas rurais, que foram marcadas pelo desgaste do tempo e que nos faz navegar por épocas de simplicidade, de luta, sonhos, principalmente na construção de uma identidade própria que é mantida até hoje.

EVENTOS:
Antônio Prado possui muitos eventos festivos como a FENAMASSA e a FESTA ITALIANA, que mobiliza toda a cidade e recebe visitantes de varias partes do país.
Até a próxima viagem!..




UM CAFE EXPRESSO POR FAVOR!


Tudo bem, podem me xingar à vontade! .. Mas hoje de manhã quando fui a uma lanchonete, aqui perto de casa, para comprar "cigarros", fui interpelado por um senhor que já se encontrava dentro do estabelecimento e que com cuidado e simpatia se aproximou do balcão onde eu estava e me pediu que eu lhe pagasse um café expresso. Claro que eu, flexível como muitas vezes sou, aceitei o seu pedido, sendo observado silenciosamente por outros clientes e funcionários que pareciam inicialmente tensos com o que presenciavam e somente relaxaram quando assistiram na pratica a xícara de café ser servida.
Lembrei do Café Pendente ou compartilhado, que já postei AQUI no blog e que diferentemente do que aconteceu comigo na lanchonete, trata-se de uma troca gentil entre anônimos: um sistema no qual você toma um café pago por alguém e pode fazer a mesma gentileza: deixar um café pago para outra pessoa que nunca viu. 
O “café suspenso” é uma tradição local criada em Napolis, durante a Segunda Guerra Mundial e que ressurgiu há alguns anos como resultado dos tempos difíceis.  
Revirei a Internet, procurando Cafés, aqui em Porto Alegre, que utilizam esta pratica, que eu chamaria de fraternal e encontrei apenas um: Agridoce Café - na Sarmento Leite 1024- Cidade Baixa, postado no blog de Mariana Fritsch.
Que bom seria, se outros estabelecimentos também adotassem este sistema e ficassem de fora do elitismo e da auto promoção.

ATENÇÃO AO DOBRAR UMA ESQUINA.


O que salva os nossos dias do stress, provocado pelas intemperanças no trabalho, nas burocracias, nas regras desregradas, nos desencontros de informações, na falta de educação e desumanidade, no mau funcionamento das maquinas, na ansiedade de mudanças, são os pequenos paraísos que encontramos do nosso lado ao lançarmos nosso olhar sobre o muro, ou ao dobrar uma esquina. "É preciso estar atento e forte, não temos tempo de temer a morte".

PERFECT MORNING.

Às vezes a gente acorda assim, meio artista, meio poeta, se sentido parte deste mundo essencial que é a natureza e a sua energia. Não sabemos se o responsável por isto é agente mesmo, ou o que está a nossa volta, trabalhando silenciosamente na produção destes sentimentos.


Acordei ansioso por fotografar gente em toda a sua plenitude de expressão, mas na ausência delas... O dia está convidativo para uma festa com a natureza. Sentar num banco de praça ou deitar de baixo de uma arvore, ouvindo a cantoria de pássaros.


Parece que esta manhã nasceu com este objetivo; dia bonito e a vontade de produzir e dividir arte. Sopra uma brisa que lembra aquelas manhãs de primavera com arvores floridas. A calçada acarpetado de pétalas roxas e amarelas, o sol que somente aquece. Está perfeito.



A ANTIGA COLÔNIA AFRICANA EM POA.



Nesta Sexta-feira 14/08/05 à tarde, eu uma amiga (Alba), saímos a caminhar por algumas ruas do bairro Rio Branco, em poa, observando e fotografando alguns prédios antigos, que ainda resistem a o tempo e a contemporaneidades de um novo tempo. 
O que tem de interessante nesta empreitada? Bom, alem de fazer uma caminhada, que é bom para a saúde do corpo e da mente, tu vais conversando e vendo coisas, pessoas, casas modernas, antigas e diferentes. Tu faz um reconhecimento do lugar por onde está andando e com isto, vai abrindo um leque de curiosidades e de informações, que traça a historia e a cultura daquele espaço, que faz parte da cidade onde tu vives.


O Rio Branco por exemplo, e que muito pouca gente sabe, era chamado de Colônia Africana, por ser um dos redutos de população negra, surgido por volta do final do século XIX e inicio do século XX (época da abolição da escravatura), quando foi permitido aos ex- escravos se estabelecerem naquelas áreas menos valorizadas e alagadiças de chácaras pertencentes a famílias ricas como a Mostardeiro e a Mariante.


Com o fim da escravidão, em 1888, os negros não tiveram nenhum tipo de assistência para se adaptarem à sua nova condição, a de “liberdade”. Então, a grande maioria foi se realocando em lugares ruins de morar, porém próximos da zona urbana, nos locais onde havia trabalho e podiam ir a pé, sem gastos com o transporte.


A Colônia Africana, assim como a Ilhota (atual bairro Cidade Baixa), era conhecida como uma zona de criminalidade e após uma campanha do governo de fazer uma limpa geral na cidade, para a recuperação de áreas degradadas, com a inclusão de saneamento e posteriormente a cobrança de impostos, foi sendo gradativamente urbanizada e recebeu o atual nome, uma homenagem ao Barão do Rio Branco, na década de 1920. 
A população negra foi aos poucos sendo expulsa, pela força da tributação territorial e pela pressão das autoridades policiais, para a região onde estão localizados os bairros Mont'Serrat, Auxiliadora e Petrópolis.




Em 1910, imigrantes judeus começaram a se estabelecerem por ali, vindos do bairro Bom Fim, um reduto judaico, em busca de expansão territorial, juntando-se a portugueses e negros que ali já dividiam espaço. Não é a toa que algumas ruas ainda mantém nomes que são ligados ou trazem alguma referencia aos negros e ao abolicionismo como: Rua Liberdade, Rua Castro Alves (o poeta dos escravos),
Veja que com tantos grupos de diferentes etnias, o bairro foi se transformando num ponto de convergência de diferentes culturas, como o catolicismo, judaísmo e religiões africanas em função da questão territorial.


O bairro atualmente, não é apenas residencial, possui inúmeras empreendimentos comerciais como, pizzarias, Pubs, cafés, restaurantes, lojas de decoração, academias de ginastica, consultórios médicos, odontológicos, hostels e casas voltadas a cultura em geral, sem ser  comercialmente caótico, mas sua beleza está justamente nos traços deixados pelo passado em prédios e palacetes antigos, assim como nas ruas arborizadas que formam verdeiros tuneis verdes.
Eu que vivi por um longo período de tempo, neste bairro e assisti algumas mudanças como a construção do Parcão, a expansão da Avenida Goethe, e da Rua Vasco da Gama e me deparei com este deposito de ferros velhos, com um antigo bonde da Carris- (foto 1), que já existia quando eu morei por lá, nos anos 70, localizado entre a Rua Miguel Tostes e a  Dona Laura me causou muitas saudades!

ANTIGA PRAÇA DO PORTÃO EM PORTO ALEGRE.


Dá pra imaginar que um dia Porto Alegre foi cercada por muros, cuja a entrada havia um portão que era fechado e ninguém mais entrava ou saia, depois de um determinado horário, para resguardar seus cidadãos de invasores e saqueadores?
Isto foi a muito tempo, lá por volta de 1773, quando Porto Alegre ainda era uma vila e tinha como nome Vila de Porto de São Francisco dos Casais.
Em 1829 o portão, já não existia, mas emprestava o nome a uma praça, à “Praça do Portão”, recanto entre o extinto quartel do Oitavo Batalhão e a Santa Casa de Misericórdia e, por extensão, ao largo existente diante do quartel.
Outro fato para quem tem boa memória, é que existia nas redondezas, uma loja que diariamente fazia liquidações de suas mercadorias, utilizando como slogan: "CASA REINALDO, A MALUQUINHA DA PRAÇA DO PORTÃO", cuja a propaganda causava filas quilométricas no quarteirão.
Chego a ouvir a voz de minha mãe, me dizendo no ouvido: Vamos ali na Maluquinha da Praça do Portão, ver as promoções!..
Em 1912, a praça, tem seu nome alterando pelo Intendente José Montaury, para Praça Conde de Porto Alegre.


Na administração do prefeito Telmo Thompson Flores (1969-1975) o espaço sofreu nova reforma, para a construção do Viaduto Loureiro da Silva, restando apenas uma pequena parcela do que foi sua área no passado.
Na foto acima, mostra a Construção do Viaduto Loureiro da Silva (Duque de Caxias sobre a João Pessoa), na antiga Praça do Portão, na década de 70.

PREDIOS DA UFRGS - NA AV. OSVALDO ARANHA EM POA








VAGA LEMBRANÇA.

De Antonio Barbosa, lembro do silencio e da pouca simpatia que tinha por mim, embora dissessem que foi um homem bom e temente a Deus. Dona Maroca carregava um silencio de viúva ou de alguém que nunca se casara. Dorinha, a filha de Antonio, era muito ativa e desbocada. Deixou um filho chamado Homero que só vi na infância. Homero era muito mimado, razão de vida da sua mãe.
Existem pessoas que não lembramos entrar, nem sair da nossa vida, ficam presas numa lacuna do tempo, num pequeno espaço de lembrança, de passado e que nunca mais se sabe das suas existências.

O QUE DE ESTRANHO EXISTE EM CIMA DO MORRO


Vou contar um sonho, que me deixou pensativo por alguns dias. 
Eu precisava subir um morro para ver a cidade lá de cima e enquanto me empenhava na subida íngreme, percebi que não haviam vegetações, era árido e de um terreno quase rochoso. No trajeto, algumas pessoas seguiam noutra direção que a minha e entre elas uma amiga completamente nua, carregava uma criança, também sem roupas, entre seus braços. 
Me desviei para um pequeno grupo de jovens hippies, sentados no chão e que pareciam ansiosamente aguardarem algum acontecimento especial e por alguns minutos mágicos, começou a desfilar diante de nossos olhos, arvores com enormes raízes, que flutuavam no ar, causando-me estranheza. 
Por uma outra estrada, surgiram cavaleiros de madeira, montados em cavalos também de madeira, que me fizeram deitar sobre numa maca de lona, levando-me para uma sala repleta de chás, incensos e de outras ervas, que eu jamais tinha visto.

ELOS DE UMA CORRENTE.

Antes de fazer esta fotografia, fiquei olhando para os elos grossos desta corrente e viajei... É, eu viajei nestas questões que se tem conhecimento e ficamos pensando no que fazer para modificar o que é quase impossível de ser mudado.


Acontece que passamos tanto tempo escravizados, que acabamos nos acostumando com os instrumentos de tortura. As correntes viram um relógio de pulso que te impõe responsabilidades, um cartão ponto magnético que te prende a o cabresto. 
Para o patrão, pouco importa o bem estar de quem lhe presta serviço, pois o seu objetivo é manter a produtividade, dar resposta de funcionamento aos outros que também lhe sustentam.
Na verdade nunca fomos alforriados, os sistemas surgem e criam novos tipos de escravos. Sentimos culpa por uma divida que não é nossa e nunca vai ser paga. A regra acertada entre os poderosos, é que trabalhemos e nos arrastemos pelos corredores do casario até morte e então nossos filhos e netos continuarão como nós na mesma luta interminável, presos como elos de uma corrente. Livrar-se disto é muito difícil, mas não impossível.

O PALACETE DA OSCAR PEREIRA. URBEX- 11












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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...