Não me surpreendo de ter como referencia o All Star com a tua personalidade, teu jeito de se vestir as vezes estravagante, de movimentar-se pelas ruas e até por que não dizer, o desenho da tua boca defendendo idéias polêmicas. Um dia tive um All Star vermelho que não tirava dos pés e que quanto mais sujo estivesse mais eu gostava de usar. O tempo passa, mas não é capaz de apagar as lembranças, de desfazer paixões. O tênis All Star ainda sobrevive em nossos dias e vai muito bem, obrigado com novos modelos e desenhos cada vez mais atrativos e sofisticados! Foi criado em 1917 e popularizado pelo jogador de basquete Chuck Taylor em 1923. Apesar de estar associado a pessoas que gostam do estilo musical Rock, o tênis foi criado para a pratica do basquete, já que não existiam calçados para este esporte na época. Popularizou-se ainda mais entre os roqueiros a partir da sua utilização por pessoas públicas como o vocalista do Nirvana e do Engenheiros do Hawai. Mais do que moda o tênis passou a ser um divisor cultural.
Diferenças
Estou caminhando atrás de tantas coisas, que por horas me perco tomando novas direções eu sei! Talvez tente buscar em ti estas descobertas que nunca as tive com certeza. Quanto tempo me foi dado para conquista-las, usufrui-las, quanto tempo? Somos tão iguais, tão divergentes e insistentes na busca destas conquistas de objetivos tão semelhantes, mas de métodos que se opõe pelas diferenças. Talvez não saibamos acessar o caminho em nós mesmos, talvez não saibamos de absolutamente nada mas continuaremos, quem sabe, incansavelmente a procurar.
Piaf
Penso que poucas coisas são capazes de me causarem reações pelas quais não posso definir, ao menos nas primeiras horas, nos primeiros dias, deixando-me silencioso e pensativo, depois é que começo assimilar as emoções, diagnosticar e entender os detalhes que fizeram a minha boca ficar seca, os olhos avermelharem-se e a garganta arder como se um choro preso fosse explodir a qualquer momento e sem controle. Ontem me aconteceu isto enquanto estava deitado em minha cama assistindo o filme Piaf- um Hino ao Amor- do diretor Olivier Dahan, que conta a trajetória artística e de vida da cantora francesa Édith Giovanna Gassion (Edth Piaf).
Interpretada pela atriz Marion Cotillard. Cotillard, de 32 anos, transfigura-se para encarnar a cantora da juventude à morte precoce, aos 47 anos, como resultado de uma vida marcada por tragédias e pelo abuso de álcool e drogas.
O filme pode ter deixado de detalhar algumas passagens da vida da cantora, como sua posição e postura politica na época, como descrevem alguns críticos, mas sem duvidas não deixou de ser uma bela e sensível declaração de amor a sua vida tão polêmica e recortada de sofrimentos.
Non, Je Ne Regrette Rien:
Não! Nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo me é igual!
Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado! (2)
Com minhas lembranças
Acendi o fogo (3)
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!
Varridos os amores
E todos os seus "tremolos" (4)
Varridos para sempre
Recomeço do zero.
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo me é bem igual!
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!
Não! Eu não lamento nada...
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal - isso tudo me é igual!
Não, nada de nada...
Não! Eu não lamento nada...
Está pago, varrido, esquecido
Não me importa o passado! (2)
Com minhas lembranças
Acendi o fogo (3)
Minhas mágoas, meus prazeres
Não preciso mais deles!
Varridos os amores
E todos os seus "tremolos" (4)
Varridos para sempre
Recomeço do zero.
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...!
Nem o bem que me fizeram
Nem o mal, isso tudo me é bem igual!
Não! Nada de nada...
Não! Não lamento nada...
Pois, minha vida, pois, minhas alegrias
Hoje, começam com você!
Pôr- do- Sol
No final da tarde o sol se punha alaranjado sobre as águas do Guaíba, enquanto eu e Alba atravessávamos a multidão em frente ao anfiteatro Pôr- do- Sol, para ver o Show de Nando Reis e Ana Cãnas que deu inicio as comemorações dos 237 anos de Porto Alegre. A plateia formada por um público de diferentes idades, cantou e dançou as musicas conhecidas de seu repertório como: Segundo sol, All Star, No recreio e outras também já interpretadas por Cássia Eller. Fiquei impressionado de ver aquele homem franzino no palco interagir simpaticamente com a multidão e em alguns momentos fiquei saudoso de não ter a voz rouca, poderosa e competente de Cássia lhe acompanhando.
Seriguela?
Alguém sabe oque é Seriguela? Pois bem, lá vai: A seriguela é uma fruta pequena e de formato oval que lembra bastante o cajá. Típica das Américas do Sul e Central (México, Caribe). É eficaz contra anemia, inapetência e a diminuição dos glóbulos brancos. De sabor original e muito cremosa, a polpa de siriguela mantém as propriedades nutricionais da fruta que é rica em Carboidratos, cálcio, fósforo, ferro e vitaminas A, B, C, possui gosto bastante adocicado e ao amadurecer assume uma cor laranja-avermelhado ou amarelo. Pode ser encontrada mais facilmente no nordeste. Além do consumo in-natura, a fruta pode ser usada em sucos , sorvetes, geléias e fica muito bem com vódka e gelo, a famosa Sirigueloska. Como propriedades medicinais é diurética e energizante, além de ser indicada para o alívio de espasmos, diarréia, febre, gases e limpeza de feridas. Experimentei-a em Marataizes no Espirito Santo e sucumbi ao seu sabor.
Ponte Rio-Niterói
Não gosto de cruzar pontes e hoje posso dizer com tranquilidade que apenas não gosto. Houve um tempo em que sentia verdadeiro pânico, como se fosse cair lá de cima em meu carro e só pararia de afundar quando chegasse a o fundo. Sentia até o frio na barriga quando imaginava a queda e o estouro do carro batendo na água depois afundando rapidamente sem que eu pudesse me soltar do cinto. Era em qualquer ponte que eu passasse e visse água em baixo. Um dia, assistindo uma reportagem do Jornal Hoje da Rede Globo sobre um temporal que abalava a cidade do Rio e mostrava a ponte Rio- Niterói em movimentos ondulatórios por causa dos fortes ventos. Sentado no sofá da minha casa perdi o fôlego. Era indescritível a cena do movimento da ponte e a sensação que eu sentia naquele momento. Há uns vinte dias atrás, quando estive no Rio e fui para a Região dos Lagos, tive de cruza-la de carro, graças a Deus não era eu quem dirigia, mas lembrei da cena do tele jornal e de toda a paranóia que eu já tinha sofrido com relação a pontes. A Ponte Presidente Costa e Silva ou Rio-Niterói possui 22,12Km de extensão sendo 8,83Km sobre a água e seu ponto mais alto, 72 metros de altura. Lembro-me que a o chegar do outro lado a tensão foi se desfazendo, paramos num posto de combustível para abastecer o carro e depois seguir viagem . Ao passar-mos por São Gonçalo, imediatamente lembrei-me do refrão da musica de Seu Jorge da qual fez desaparecer por completo a desagradavel sensação de aflição e pensar que afinal ela não é um nenhum bicho de seta cabeças mas apenas uma ponte, uma bela ponte:
...Morando em São Gonçalo você sabe como é
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a pé...
Hoje a tarde a ponte engarrafou
E eu fiquei a pé...
Violências
Inacreditável!... Mas muito mais louco do que os pesadelos que algumas vezes tenho e me fazem acordar assustado e sem entender e que posto neste blog como registro de minha vida, são as loucuras da qual me deparo no dia a dia deixando-me boquiaberto e sem entender de fato. Violências com mortes, assaltos, pobreza, sequestros, parecem ser já coisas corriqueiras quando abro o jornal ou ligo a televisão e tem aquele aspecto de irreal, de ficção, mas quando me deparo frente a frente com elas, com suas vitimas ou quando sou a própria vítima, a coisa toda muda de figura me causando desconforto e revolta por não entender os "por ques" de tudo isto. Mas a violência tem muitos braços, muitas faces e se bobear muda de nome, altera conceitos, explana justificativas plausíveis aos ouvidos de uma sociedade dita politicamente correta. A violência muitas vezes vem fantasia de agressões menores, omissão, desqualificação e tantos outros disfarces.
Ontem recebi a missão de atender um homem em seu domicilio, com dificuldade respiratória, inconsciente e com um histórico de ser portador do vírus HIV. Quando chegamos em sua moradia, que era literalmente um deposito de lixo, pois havia sujeira por todo o lugar que se olhasse inclusive o sofá do qual fazia de leito, me surpreendi com seu estado de degradação. Estava urinado, emagrecido, com uma respiração que passava dos vinte e seis movimentos por minuto, taquicardico, com batimentos cardíacos acima de 150, com a pressão baixissima 80/40, uma concentração de oxigênio no sangue em torno de 58%, quando o nível de normalidade começa a partir de 94, 95% e para finalizar: Inconsciente. Quero deixar claro que inconsciência em nosso trabalho é motivo para se chamar o médico no local afim de dar um suporte profissional maior a quem precisa e foi que fiz. Como resposta recebi a orientação de instalar oxigênio e solução fisiológica e deslocar para o hospital onde o paciente fazia acompanhamento médico a uns quarenta quilômetros de onde estávamos. As orientações foram cumpridas a risca e mesmo assim, o paciente ainda respirava mal e com uma concentração de oxigênio em níveis baixissimos, 82,83%, taquicardico e inconsciente, informação que repassei via rádio sem nenhuma resposta. No caminho do hospital, mais um desconforto, a ambulância apresentou problemas e não andava além de 40 km por hora, avisamos via radio e a resposta do médico foi que se ela parasse então mandariam uma outra. Quanto a o desfecho de tudo isto, o paciente chegou vivo sim em seu destino, embora corresse o risco de ser diferente. Fiquei pensando enquanto retornava para uma nova missão sobre tudo que havia acontecido. Contar a história pessoal deste paciente, com 28 anos, papeleiro, usuário de craque, pai de dois filhos também drogados, portador do vírus HIV e uma esposa que me confidenciou também estar contaminada e vivendo em total miséria é tornar-me repetitivo. É contar uma história já muitas vezes ouvida e talvez ninguém mais tenha saco para isto. A surpresa de tudo isto que estou contando e que me deixou revoltado, foi a falta de compromisso profissional e desrespeito com que este médico tratou a mim e conduziu o paciente, ignorando meu pedido de apoio necessário no local. Desrespeitando a vida do paciente e a mim que estou habilitado a avaliar um situação de risco e solicitar sua presença quando for necessário. Senti que a sua vaidade o impedia de fazer o que eu estava solicitando em prol de uma vida. Que seu preconceito com relação aos profissionais que atuam na linha de frente é maior que o compromisso óbvio que assumiu como médico e que sua arrogância é geradora de uma violência que talvez nem ele próprio tenha consciência. Que talvez seja vítima de si mesmo e que suas atitudes desrespeitosos o torna menos respeitado por nós ínfimos lutadores da linha de frente. Sua conduta é merecedora de aplausos, obviamente dele para si mesmo.
Ontem recebi a missão de atender um homem em seu domicilio, com dificuldade respiratória, inconsciente e com um histórico de ser portador do vírus HIV. Quando chegamos em sua moradia, que era literalmente um deposito de lixo, pois havia sujeira por todo o lugar que se olhasse inclusive o sofá do qual fazia de leito, me surpreendi com seu estado de degradação. Estava urinado, emagrecido, com uma respiração que passava dos vinte e seis movimentos por minuto, taquicardico, com batimentos cardíacos acima de 150, com a pressão baixissima 80/40, uma concentração de oxigênio no sangue em torno de 58%, quando o nível de normalidade começa a partir de 94, 95% e para finalizar: Inconsciente. Quero deixar claro que inconsciência em nosso trabalho é motivo para se chamar o médico no local afim de dar um suporte profissional maior a quem precisa e foi que fiz. Como resposta recebi a orientação de instalar oxigênio e solução fisiológica e deslocar para o hospital onde o paciente fazia acompanhamento médico a uns quarenta quilômetros de onde estávamos. As orientações foram cumpridas a risca e mesmo assim, o paciente ainda respirava mal e com uma concentração de oxigênio em níveis baixissimos, 82,83%, taquicardico e inconsciente, informação que repassei via rádio sem nenhuma resposta. No caminho do hospital, mais um desconforto, a ambulância apresentou problemas e não andava além de 40 km por hora, avisamos via radio e a resposta do médico foi que se ela parasse então mandariam uma outra. Quanto a o desfecho de tudo isto, o paciente chegou vivo sim em seu destino, embora corresse o risco de ser diferente. Fiquei pensando enquanto retornava para uma nova missão sobre tudo que havia acontecido. Contar a história pessoal deste paciente, com 28 anos, papeleiro, usuário de craque, pai de dois filhos também drogados, portador do vírus HIV e uma esposa que me confidenciou também estar contaminada e vivendo em total miséria é tornar-me repetitivo. É contar uma história já muitas vezes ouvida e talvez ninguém mais tenha saco para isto. A surpresa de tudo isto que estou contando e que me deixou revoltado, foi a falta de compromisso profissional e desrespeito com que este médico tratou a mim e conduziu o paciente, ignorando meu pedido de apoio necessário no local. Desrespeitando a vida do paciente e a mim que estou habilitado a avaliar um situação de risco e solicitar sua presença quando for necessário. Senti que a sua vaidade o impedia de fazer o que eu estava solicitando em prol de uma vida. Que seu preconceito com relação aos profissionais que atuam na linha de frente é maior que o compromisso óbvio que assumiu como médico e que sua arrogância é geradora de uma violência que talvez nem ele próprio tenha consciência. Que talvez seja vítima de si mesmo e que suas atitudes desrespeitosos o torna menos respeitado por nós ínfimos lutadores da linha de frente. Sua conduta é merecedora de aplausos, obviamente dele para si mesmo.
A Visita
A menina me vigiava do corredor na expectativa de entrar em meu quarto assim que eu fechasse os olhos e que enfim dormisse!.. Não sabia oque ela queria ou oque pensava, pois tinha olhar enigmático, silenciosa e tinha os cabelos que encostavam nos ombros, vestido branco que descia além de seus joelhos magros. Fiquei deitado, quieto, esperando alguma atitude, qualquer movimento que não acontecia. Me perguntava como podia estar dentro da minha casa e por onde tinha entrado. Depois sumiu no meu piscar de olhos, mágica, da mesma forma com que apareceu. Não era sonho, pois lembro estar acordado, talvés fruto de minha imaginação!
Paraíso Azul.
Do Rio, cruzando a ponte Rio-Niterói e São Gonçalo até a região dos Lagos, dá umas três horas de viagem pela 101, dirigindo sem presa. Então se chega à Casimiro de Abreu, Rio das Ostras, Macaé. Menos glamurosa que as vizinhas Búzios e Cabo Frio, Rio das Ostras é um charme escondido na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A cidade é incrivelmente limpa, com toda infra-estrutura necessária, bem cuidada, os ambulantes são poucos e quando aparecem, são identificados e uniformizados, e a sensação de segurança é constante. Rio das Ostras ganhou emancipação política após o crescimento da industria de petróleo na vizinha Macaé a pouco menos de 30 quilômetros. Nesta região, saem mais de 80% da produção de óleo que alimenta a industria petroquímica do país. “A Famosa Bacia de Campos”. Sendo Macaé um pólo petroleiro que agrega toda esta complexa linha de trabalho atraindo empregos e como carro chefe, a Petrobrás e outras pequenas e grandes empresas também prestadoras de serviços. A cidade de Macaé ficou pequena para acomodar tanta gente. Assim Rio das Ostras, capitania de São Vicente no período colonial, transformou-se em cidade dormitório de Macaé e cresce a sua sombra. A praia Costa Azul é um exemplo disto, além de suas águas limpas e de um azul inacreditável, possui 850 metros lineares de área de lazer, quiosques, ciclovias, playgrounds e 15mil metros quadrados de preservação de restinga. Em seu passeio na orla, um dec de madeira contorna toda a praia. Bancos para vislumbrar o mar, arcos estilizados e coqueiros plantados dando um ar de paraíso em alto estilo. Tudo limpo e bem organizado lembrando um cenário de um set hollydiano. Numa das praças principais uma escultura de baleia em tamanho real tornou-se ponto de atração turística. Eu particularmente prefiro apreciar praias mais rústicas.
CÉU E INFERNO - UMA FABULA.
Recebi hoje a noite duas mensagens em meu celular. Uma me perguntava: _Está feliz? E a outra: _Você tem saudades? Não quis enviar respostas a nenhuma das perguntas que me fizeram mas fiquei pensando a respeito, enquanto selecionava algumas fotos de viagens que fiz em meu fotolog. A felicidade o que é, um estado mental? Sendo assim pode-se trabalhar este estado algumas vezes raro a nosso favor, em melhora de nós mesmos e dos outros. Transformar nossa vida em céu ou inferno a partir de nossas atítudes em virtude de nosso estado de espírito. No momento tenho me sentido bem e livre como um pássaro que voa e não faz questionamentos sobre a sua liberdade e o que vê lá de cima, mas apenas deixa-se sentir o vento em seu corpo, em suas asas. Quanto a ter saudades, somente das coisas que me trouxeram alegria e prazer de estar por aqui vivendo meus dias sem culpas e sem magoas. Quando conversei com o Monge Budista há alguns dias atrás, lembrei desta história que li em algum lugar:
Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas._Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O Monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e simulando desprezo, lhe disse:
_Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina de sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe. O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguia dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
_Aí começa o inferno, disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silencio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
_Aí começa o céu.
Conta-se que um dia um samurai, grande e forte, conhecido pela sua índole violenta, foi procurar um sábio monge em busca de respostas para suas dúvidas._Monge, disse o samurai com desejo sincero de aprender, ensina-me sobre o céu e o inferno.
O Monge, de pequena estatura e muito franzino, olhou para o bravo guerreiro e simulando desprezo, lhe disse:
_Eu não poderia ensinar-lhe coisa alguma, você está imundo. Seu mau cheiro é insuportável. Ademais, a lâmina de sua espada está enferrujada. Você é uma vergonha para a sua classe. O samurai ficou enfurecido. O sangue lhe subiu ao rosto e ele não conseguia dizer nenhuma palavra, tamanha era sua raiva. Empunhou a espada, ergueu-a sobre a cabeça e se preparou para decapitar o monge.
_Aí começa o inferno, disse-lhe o sábio mansamente.
O samurai ficou imóvel. A sabedoria daquele pequeno homem o impressionara. Afinal, arriscou a própria vida para lhe ensinar sobre o inferno. O bravo guerreiro abaixou lentamente a espada e agradeceu ao monge pelo valioso ensinamento.
O velho sábio continuou em silencio.
Passado algum tempo o samurai, já com a intimidade pacificada, pediu humildemente ao monge que lhe perdoasse o gesto infeliz.
Percebendo que seu pedido era sincero, o monge lhe falou:
_Aí começa o céu.
O dia estava para...
Hoje o dia estava para ver amigos, comer sorvetes, sentar na grama das praças para ver quem passa apresado ou destraido com seus pensamentos. De noite, sair, dançar, beber cerveja gelada, cantar, beijar na boca, brincar com amigos, ouvir e contar estórias. Então fui para casa comer pizza com meu filho e sua namorada e foi bom estar com eles!
CHAGDUD GOMPA EM TRÊS COROAS
Na RS 020, em frente a parada 177, entrei a esquerda, numa estrada de terra "Estrada de Águas Brancas" e segui mais mil metros onde avistei a placa: "Chagdud Gompa".
Estaria eu sendo guiado instintivamente para aquele lugar conhecido de passagem mas nunca visitado por mim antes?
Seguindo em frente, encontrei uma bifurcação, onde entrei à direita. Cruzei um portão, até chegar a uma casa de madeira, dobrei novamente à direita numa estrada íngreme e após 500 metros, estacionei o carro.
Andei mais alguns metros à pé e cheguei até o portão principal do templo. Neste portão antes de abrirem é necessário identificação através de um interfone, informando o nome, local de onde vem e placa do veiculo.
Estava uma manhã de sol quando cheguei, mas em poucos minutos o céu ficou completamente escuro e logo caiu uma forte chuvarada que parecia que o céu estava por desabar. Abriguei-me sob um telhado e depois que a chuva parou, uma neblina magica baixou, transformando todo ambiente numa atmosfera de paz e silencio incomum.
Eram poucas as pessoas de visita ao templo neste dia, talvez além de mim, um casal de paulistas que encontrei no portão de identificação e depois não os vi mais.
O templo é de um vermelho intenso que parece destacar-se de tudo diante de nossos olhos. Soube por seu guardião, (um homem careca de trajes típicos, sentado do lado de fora do templo, que o mesmo foi construído da forma tradicional. O prédio é uma réplica do Templo de Guru Rinpoche, o grande mestre iluminado que levou o Budismo Vajraiana ao Tibete no século oitavo. O último desejo de S. Ema. Chagdud Tulku Rinpoche era o de criar esse tesouro e conseguiu.
O templo é imponente e seu interior possui cores também fortes como vermelho, azul, verde, dourado e cheiro de incenso, causando um certo impacto, pela beleza, paz e sensação de que estamos em algum lugar realmente oriental e de muita vibração positiva. Não seria tão absurdo olhar para os grandes vales que cercam o lugar e acreditar que estamos realmente nas montanhas do Tibete.
É proibido fotografar o interior do templo e em sua entrada deve-se retirar os calçados em sinal de respeito. Tudo é muito cheio de detalhes estéticos e misticismo, mas assim mesmo a gente se sente com muita paz de espirito e confortável .
Lá, você encontra um visual inacreditável, muita paz de espirito e a possibilidade de pensar sobre a sua vida, suas crenças e talvez até por em xeque as suas verdades.
Conhecer mesmo que superficialmente a cultura budista é sempre uma maneira de reflexão, adquirir conhecimento e aprofundar nossas vivencias pessoais. Fiquei feliz de ter visitado este lugar que me confortou e me causou muitas surpresas.
Até o próximo passeio!
GRUMARI
Na segunda quinzena de fevereiro de 2009, fui ao Rio e conheci a praia de Grumari que decididamente não se parece com o Rio de Janeiro, (talvés com o que um dia foi) É de uma beleza impar e diferente das outras praias na area central da capital carióca. A natureza esbanjou beleza na construção de Grumari. Para se chegar até a praia sobe-se montanhas e se vê toda a beleza da orla do Rio de Janeiro e suas ilhas. Bem perto existe uma lagoa de aguas escuras, que o pessoal apelidou de lagoa da Coca Cola. Os banhistas passam o dia e fazem até churrasco nas pedras, perto do mar. Rústica, a praia de Grumari fica em uma área de preservação ambiental e é cercada por costões e morros com vegetação de restinga e a estrada até lá é asfaltada. O mar tem ondas fortes que atraem os surfistas. No canto esquerdo abriga a praia naturista do Abricó, com pouco mais de um quilômetro de extensão.
O nudismo, entretanto, é praticado em um trecho de cerca de 300 metros, mais selvagem e protegido por pedras. Com um pouco de atenção, e paciencia pode-se ver da estrada, algumas "bundas peladas" caminharem em direção ao mar para o banho.
Como diz uma internauta: "A praia de Grumari é uma excelente forma de vislumbrar o que o Rio de Janeiro já foi. Natureza exuberante em todas as direções, que nos fazem pensar como o homem foi cruel na ocupção dessa cidade!"
Vou deixar a vida me levar!
Olhos abertos, atentos para a janela que flui o vento. Chá preto com canela na caneca presa entre os dedos. Estrelas opacas na noite que marca onze horas. Cada minuto passa, voa em nossas vidas. Amores se fazem e se desfazem lá fora, aqui dentro e nem poderia ser diferente pois assim é a vida na construção de histórias e de nosas experiencias, por isto que vou deixar a vida me levar e ver a cidade se acender.
Sutis Revelações
Então desviei meu olhar para gaveta aberta e com alguns objetos revirados, depois para a janela, a televisão desligada, o led do telefone que não parava de piscar. Pensei logo que pudesse estar ansioso. E é assim que começa, uma pequena irritabilidade e depois inicio a andar pela casa toda, ligando e desligando luzes, medindo meus passos, pensamentos soltos e sem direção. As vezes desconfio que não sou deste mundo pois surgem visões, fantasias, intuições.
Navego em mares de sonhos irreais, tempestades. Assisto meus próprios naufrágios, tentações. A noite quando deitei-me para dormir, Chico cantou em meu ouvido, musicas de seu repertório extenso. Algo me precisava ser dito, talvez de forma poética, sensível, secreta, como são as suas letras. Me debati sobre a cama durante toda a noite não querendo acreditar, mas ao amanhecer pensei estar mais forte.
Navego em mares de sonhos irreais, tempestades. Assisto meus próprios naufrágios, tentações. A noite quando deitei-me para dormir, Chico cantou em meu ouvido, musicas de seu repertório extenso. Algo me precisava ser dito, talvez de forma poética, sensível, secreta, como são as suas letras. Me debati sobre a cama durante toda a noite não querendo acreditar, mas ao amanhecer pensei estar mais forte.
BOTECO DO SARDELA
Esta manhã, depois da maratona nos bancos, sentei-me a sombra de um pé de Cinamomo em frente de um boteco no bairro Jardim Botânico. Parecia não estar com fome e então bebi uma deliciosa cerveja gelada, enquanto olhava os carros passarem pela rua. Lembrei -me que hoje é sexta-feira e não planejei o que fazer durante a noite. Talvez queira ficar em casa, olhar televisão, ou ouvir o antigo cd de Fagner que a meses não ouço. Lembrei -me também que a dias atráz estava no Rio, apreciando um delicioso prato de peixe frito com pedaços de limão e um vidro de pimenta para enriquecer o sabor, no boteco do Sardela em Xerém, na Mantiqueira. Este boteco, sobrevive a mais de trinta anos, administrado por uma família que mora na localidade e sua especialidade é o peixe frito na hora. Você entra, escolhe os peixes que deseja comer e é só esperar pela fritada. Os peixes custam entre R$2,50 à R$4,00 a unidade e medem em torno de 15 à 18 cm. Não são pesados. No dia em que estive por lá haviam quatro variedades. Os mais gostosos evidentemente são os de R$4,00 que não lembro o nome. O boteco do Sardela ganhou minha simpatia também pela simplicidade de seus administradores. Sem isto, acho que nenhum négocio sobrevive.
Opiniões
Custa um bocado de tempo para perceber-se que não temos o poder de mudar as pessoas conforme nossos desejos e consequentemente suas atitudes de acordo com nossas expectativas emocionais.
Levará um pouco de tempo até percebermos que também somos difíceis de sermos mudados e que não se projeta sonhos tendo as pessoas como pano de fundo. O ideal não é o que se busca, mas o que se ganha e assim aproveitar o que de bom podemos receber.
Evidentemente os insanos, maldosos e de má índole estão de fora! Fiquei olhando dentro dos olhos negros e brilhantes de minha amiga enquanto ela me revelava sua opinião e caminhava apressadamente na sala onde trabalhava.
Afinal entre tantos erros e acertos, haverá os que nos derrubam e os que nos jogam para cima e isto é que nos faz crescer e dar os primeiros passos para nossa real mudança. Mudança forçada por nós mesmo, adaptada as nossas necessidades e não a dos outros!
Levará um pouco de tempo até percebermos que também somos difíceis de sermos mudados e que não se projeta sonhos tendo as pessoas como pano de fundo. O ideal não é o que se busca, mas o que se ganha e assim aproveitar o que de bom podemos receber.
Evidentemente os insanos, maldosos e de má índole estão de fora! Fiquei olhando dentro dos olhos negros e brilhantes de minha amiga enquanto ela me revelava sua opinião e caminhava apressadamente na sala onde trabalhava.
Afinal entre tantos erros e acertos, haverá os que nos derrubam e os que nos jogam para cima e isto é que nos faz crescer e dar os primeiros passos para nossa real mudança. Mudança forçada por nós mesmo, adaptada as nossas necessidades e não a dos outros!
A chuva de hoje
Quase no final do plantão, caiu uma chuva fininha e gelada para vingar-se dos dias cansativos e quentes da semana. Fiquei sentado no banco distante do terminal sentido-a cair sobre o meu corpo suado e minha cabeça, escorrer pelo rosto. Lambe-la no canto da boca, vê-la bater no basalto da calçada e formar pequenas poças rasas, iluminadas.
Pensei em ficar ali até encharcar-me e perder a noção do tempo, até nascer de novo, RENASCER... Depois encontrar amigos saudosos para gargalhar e beber cerveja gelada, contar histórias já contadas, as mais belas já ouvidas e sem presa nenhuma de voltar pra casa.
Pensei em ficar ali até encharcar-me e perder a noção do tempo, até nascer de novo, RENASCER... Depois encontrar amigos saudosos para gargalhar e beber cerveja gelada, contar histórias já contadas, as mais belas já ouvidas e sem presa nenhuma de voltar pra casa.
Máscaras
Algumas pessoas podem ter mais rostos que o habitual, mais rostos do que aquele que conheço ou talvez penso conhecer.
Isto do que falo deve ser máscaras, mentira, fantasias ou delirio meu?
Os rostos podem ser de minha imaginação, ou realmente existem?
Quero dizer: Existem varios rostos ou é minha criação, paranóia?
Quem os criou, eu ou as pessoas donas destes rostos?
São rostos confeccionados para o teatro?
Para a vida?
Para a história?
A vida é teatro, é ilusão, é mentira?
Isto do que falo deve ser máscaras, mentira, fantasias ou delirio meu?
Os rostos podem ser de minha imaginação, ou realmente existem?
Quero dizer: Existem varios rostos ou é minha criação, paranóia?
Quem os criou, eu ou as pessoas donas destes rostos?
São rostos confeccionados para o teatro?
Para a vida?
Para a história?
A vida é teatro, é ilusão, é mentira?
Hoje acordei tão cedo que ainda era noite, mas aos poucos a claridade do dia começou a nascer sobre os altos morros de mata nativa, na distante pedra da Congonha que antes não conhecia. Aqui em Xerém, tudo parece ser diferente do resto do Rio, o Rio que se vê, o Rio que se imagina. Ritmos, hábitos das pessoas, clima. O churrasco carióca de ontem estava ótimo e proporcionou o encontro de novos amigos. Estranho estes hábitos tão diferentes, das pessoas simples e sorridentes deste lugar.
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