O que tem de ser, será. Não pode!

Frases como "O que tem de ser será..", O que é meu está escrito..", me deixam por vezes numa situação incomoda e embaraçosa. Parece um alerta divino e superior que tutelam os meus comandos pessoais, de que nada posso fazer para mudar o meu destino, o meu rumo, os meus desejos, para que prevaleça  a minha vontade neste mundo. Parece-me um conselho óbvio para manter a calma e diminuir as expectativas e inquietações, um tranquilizante, um estímulo para que eu fique esperando as coisas acontecerem, sem reivindicações, por que já está escrito e assim será. 
Tenho medo de assumir estas atitudes acomodadas, de não assumir minhas próprias verdades e lutas que mudam a cada instante. Será que isto é uma rebeldia da minha parte? Não simpatizo com esta ideia de que sou manipulado por forças maiores que a minha consciência e vontade.

Be happy, be you, be Gang.

 
Faz alguns dias que eu passo na Avenida Antonio de Carvalho com a Bento Gonçalves e observo o Outdoor criado pela Agência Bistrô, para a campanha do Dia dos Namorados da Gang 2013, com o mote “Be happy, be you, be Gang”  "Seja Feliz, seja voce, seja Gang", que apresenta diferentes estilos de casais, para defender que o mais importante na vida é ser feliz independente das formas de amor. O Outdoor me surprendeu por ser a primeira vez que vejo uma empresa gaúcha incluir casais homosexuais em anúncios referentes ao Dias dos Namorados. A Gang é precursora em se posicionar e levantar bandeiras, só não entendi o por que o anuncio foi escrito em inglês e não em português para que todos possam entender!..
Ah, a foto saiu uma merda, uma pena!..

Leveza de Valsa.

Preciso chegar em algum lugar.

O dia de hoje estava ruim e parecia que tudo me incomodava. Apesar da tarde ensolarado, alguma coisa que fugia da minha compreensão parecia deixar tudo mais tenso, mais pesado, mais irritável do que nos outros dias. Fico surpreendentemente esquecendo de coisas, perdendo objetos, caminhando em nuvens; Então pensei em deixar a barba crescer, mesmo com a quantidade de fios brancos. Preciso entreter -me com coisas novas ou velhas, porem conhecidas. Preciso chegar em algum lugar, mesmo que seja uma tolice, uma superficialidade, o método escolhido.

Mal- entendidos.

Faz algumas semanas, depois que retornei de viagem, que me encontro naquela fase de achar que sempre existe uma segunda intenção nas atitudes de algumas pessoas conhecidas e desconhecidas, mas não que a atitude delas seja proposital, não, elas surgem muitas vezes de forma inconsciente e sempre que se fala ou pensa em coisas inconscientes, não existe culpados diretos, apenas mal entendidos ocasionais. Será que eu tô ficando paranoico?

PENSAMENTOS SOLTOS.

 

Eu como todo mundo busco a felicidade talvez em redemoinhos que possivelmente não a encontrarei. Eu não quero repetir esta frase feita de que"A Felicidade está dentro da gente e não fora". Mas olha que é difícil acostumar-se com esta ideia sem quase desfalecer na praia. É difícil ficar buscando dentro e fora, sem quase morrer por asfixia.

Remendos de inverno.

Eu queria cantar, mas não cantei, faltava-me voz, tom. Procurei rosas lilases, mas não encontrei, então presenteei-a com copos de leite da mesma cor, fabricados por japoneses. Enfim, cantei falho e de voz baixa, bebi, sorri, brinquei, mas eu preciso é do que está longe e então fico sorrindo, falando pelos cotovelos, cantando baixinho para que ninguém ouça os sub tons, para que ninguém descubra o que me falta. É isto, faço remendos nessas noites frias de inverno...

Urgências.

Ainda hoje eu estava conversando com uma amiga, que dividimos reciprocamente um passado longo de confidencias pessoais: Eu não gosto de fazer o mesmo trajeto simples nas minhas relações, de fazer sempre a mesma rota que arrisca transformar-se numa rotina sem volta. Eu preciso de mais profundidade, criatividade e entusiasmo, de menos distancia, caso contrario  perco as forças e retorno para as distrações.

Joga Arroz!

Já está no ar a música dos Tribalistas: Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes para celebrar o casamento igualitário. A música é bem simplesinha, facil de gravar e  perfeita para se cantar em passeatas.
 

O BEIJO QUE NÃO DEI

 

Falar contra preconceitos, não significa que não o tenhamos não é verdade, e é por isto que eu falo da necessidade de estarmos sempre atentos a nós mesmos, nos vigiando para não cometermos desatenções, grosserias, cagadas. Dia desses em um encontro marcado num lugar publico, eu cheguei como sempre faço e cumprimentei-o com um sorriso e um abraço discreto, já que estávamos na entrada de um shopping de grande movimentação aqui da cidade e saímos para pegar o carro estacionado do outra lado da rua, quando ele educadamente me disse: Quando quiseres me beijar fica a vontade, por mim não há problema. Caramba, que eu fiquei meio que gaguejando uma explicação esfarrapada que nem a mim me convenceu.
E então por coincidência, hoje, três dias depois, assisti este vídeo na Internet, que me chamou a atenção e me fez questionar sobre a minha conduta e daí retomar vários questionamentos à respeito. Eu estou sendo preconceituoso em não beija-lo em publico? sim, estou sendo. Eu fico temeroso de tomar esta atitude de beija-lo publicamente e então chamar a atenção das pessoas e assim causar alguma provocação, mesmo não sendo esta a intenção? Sim, eu tenho medo disto e de algumas reações de protesto das pessoas. Bom, eu decidi que preciso conversar mais a respeito disto. Inicialmente com ele.

Pro dia nascer feliz.

 
Sabe o que eu acho?.. Acho que este blog está cada vez mais gay, discutindo, questionando, falando, informando sobre um assunto que corre diariamente do nosso lado, na sociedade da qual fizemos parte e só agora tem sido discutido com seriedade, com coragem e a sensibilidade necessária a que merece. Este blog não está ficando mais gay a toa, pois a muito tempo que falar sobre este assunto deixou de ser uma frescura, mas uma discussão necessária com objetivo de educar, esclarecer, conscientizar, sensibilizar as pessoas de um modo geral, sobre um assunto que gerou tabu por muito tempo, classificando pessoas a viverem infelizes, no anonimato, na obscuridade, na marginalização, tirando-lhes o direito de serem quem são, excluindo-as de sua cidadania, seus direitos de liberdade. Falar sobre homossexualidade não é hoje apenas um bate papo da moda, mas uma pauta carente de discussões e que só agora tem recebido a devida atenção. Que se esgotem todas as questões a serem discutidas, para que os dias renasçam mais felizes.

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