Leveza de Valsa.

Preciso chegar em algum lugar.

O dia de hoje estava ruim e parecia que tudo me incomodava. Apesar da tarde ensolarado, alguma coisa que fugia da minha compreensão parecia deixar tudo mais tenso, mais pesado, mais irritável do que nos outros dias. Fico surpreendentemente esquecendo de coisas, perdendo objetos, caminhando em nuvens; Então pensei em deixar a barba crescer, mesmo com a quantidade de fios brancos. Preciso entreter -me com coisas novas ou velhas, porem conhecidas. Preciso chegar em algum lugar, mesmo que seja uma tolice, uma superficialidade, o método escolhido.

Mal- entendidos.

Faz algumas semanas, depois que retornei de viagem, que me encontro naquela fase de achar que sempre existe uma segunda intenção nas atitudes de algumas pessoas conhecidas e desconhecidas, mas não que a atitude delas seja proposital, não, elas surgem muitas vezes de forma inconsciente e sempre que se fala ou pensa em coisas inconscientes, não existe culpados diretos, apenas mal entendidos ocasionais. Será que eu tô ficando paranoico?

PENSAMENTOS SOLTOS.

 

Eu como todo mundo busco a felicidade talvez em redemoinhos que possivelmente não a encontrarei. Eu não quero repetir esta frase feita de que"A Felicidade está dentro da gente e não fora". Mas olha que é difícil acostumar-se com esta ideia sem quase desfalecer na praia. É difícil ficar buscando dentro e fora, sem quase morrer por asfixia.

Remendos de inverno.

Eu queria cantar, mas não cantei, faltava-me voz, tom. Procurei rosas lilases, mas não encontrei, então presenteei-a com copos de leite da mesma cor, fabricados por japoneses. Enfim, cantei falho e de voz baixa, bebi, sorri, brinquei, mas eu preciso é do que está longe e então fico sorrindo, falando pelos cotovelos, cantando baixinho para que ninguém ouça os sub tons, para que ninguém descubra o que me falta. É isto, faço remendos nessas noites frias de inverno...

Urgências.

Ainda hoje eu estava conversando com uma amiga, que dividimos reciprocamente um passado longo de confidencias pessoais: Eu não gosto de fazer o mesmo trajeto simples nas minhas relações, de fazer sempre a mesma rota que arrisca transformar-se numa rotina sem volta. Eu preciso de mais profundidade, criatividade e entusiasmo, de menos distancia, caso contrario  perco as forças e retorno para as distrações.

Joga Arroz!

Já está no ar a música dos Tribalistas: Marisa Monte, Carlinhos Brown e Arnaldo Antunes para celebrar o casamento igualitário. A música é bem simplesinha, facil de gravar e  perfeita para se cantar em passeatas.
 

O BEIJO QUE NÃO DEI

 

Falar contra preconceitos, não significa que não o tenhamos não é verdade, e é por isto que eu falo da necessidade de estarmos sempre atentos a nós mesmos, nos vigiando para não cometermos desatenções, grosserias, cagadas. Dia desses em um encontro marcado num lugar publico, eu cheguei como sempre faço e cumprimentei-o com um sorriso e um abraço discreto, já que estávamos na entrada de um shopping de grande movimentação aqui da cidade e saímos para pegar o carro estacionado do outra lado da rua, quando ele educadamente me disse: Quando quiseres me beijar fica a vontade, por mim não há problema. Caramba, que eu fiquei meio que gaguejando uma explicação esfarrapada que nem a mim me convenceu.
E então por coincidência, hoje, três dias depois, assisti este vídeo na Internet, que me chamou a atenção e me fez questionar sobre a minha conduta e daí retomar vários questionamentos à respeito. Eu estou sendo preconceituoso em não beija-lo em publico? sim, estou sendo. Eu fico temeroso de tomar esta atitude de beija-lo publicamente e então chamar a atenção das pessoas e assim causar alguma provocação, mesmo não sendo esta a intenção? Sim, eu tenho medo disto e de algumas reações de protesto das pessoas. Bom, eu decidi que preciso conversar mais a respeito disto. Inicialmente com ele.

Pro dia nascer feliz.

 
Sabe o que eu acho?.. Acho que este blog está cada vez mais gay, discutindo, questionando, falando, informando sobre um assunto que corre diariamente do nosso lado, na sociedade da qual fizemos parte e só agora tem sido discutido com seriedade, com coragem e a sensibilidade necessária a que merece. Este blog não está ficando mais gay a toa, pois a muito tempo que falar sobre este assunto deixou de ser uma frescura, mas uma discussão necessária com objetivo de educar, esclarecer, conscientizar, sensibilizar as pessoas de um modo geral, sobre um assunto que gerou tabu por muito tempo, classificando pessoas a viverem infelizes, no anonimato, na obscuridade, na marginalização, tirando-lhes o direito de serem quem são, excluindo-as de sua cidadania, seus direitos de liberdade. Falar sobre homossexualidade não é hoje apenas um bate papo da moda, mas uma pauta carente de discussões e que só agora tem recebido a devida atenção. Que se esgotem todas as questões a serem discutidas, para que os dias renasçam mais felizes.

Por quem os sinos dobram


O que  vou escrever aqui, não é uma queixa, mas sim uma constatação sobre o que me parece ser uma atitude preconceituosa e "inconsciente". Sim elas existem e que precisamos também vê-la não como um bicho de sete cabeças, mas uma atitude natural do ser humano que tem passado por transformações sociais necessárias, um hábito, um vício, que passa tantas vezes desapercebida em suas, (nossas) atitudes e que todo mundo de uma forma mais acirrada ou amena possui independente de seu aporte cultural, pois esta diluída em nossas entranhas e quando percebemos, cuspimos pra fora sem nos darmos por conta... Eu mesmo já me vi em situações destas, (preconceituando) e tento me corrigir quando percebo e me vigiar para evitar estes constrangimentos pessoais.
Duas situações nesta semana me fizeram pensar: Quando encontrei uma conhecida, com o namorado no elevador e ela me cumprimentou toda cheia de alegria como sempre faz, porém chamando-me por um apelido que nunca tinha me tratado antes, "Margarida"... Ué, pensei com meus botões - será que o tratamento seria por ela estar do lado do namorado dito machão e assim tranquiliza-lo quanto a sua euforia diante da minha presença? Não sei, foi o que passou por sua cabeça.
A outra situação foi uma amiga sabendo que eu tive um encontro com o meu namorado em minha casa, fez um comentário sobre este encontro, utilizando a palavra "festinha". Fiquei meio ouriçado, pensando qual seria para ela o sentido ou significado de "festinha" neste contexto em que duas pessoas se encontram para namorar. Eu entendo que a sua intenção talvez não fosse a de desclassificar ou banalizar o meu encontro, mas fiquei inegavelmente caminhando sobre terreno espinhoso, buscando respostas para esta atitude. Quem sabe o meu próprio preconceito sobre tudo isto, não esteja falado mais alto, né mesmo?..Quem sabe "Margarida" e "festinha" foram palavras que pra mim pesaram de uma forma discriminatória, sem ter sido usado com este intuito.
Acabo de ouvir sinos dobrarem, daqui da minha janela. Serão os sinos da liberdade?... Estou ouvindo coisas? Não sei!.


Os desejos do vilão.


 
Conhecido pelo título de Mister Brasil e também pelos muitos ensaios como modelo para grifes internacionais, Lucas Malvacini fez sua estreia como ator na novela das nove “Amor à Vida”, nova trama da Rede Globo. Ele dá vida a um dos homens com que Félix, vilão interpretado por Mateus Solano, se relacionará. Apesar de casado com Edite (Bárbara Paz), o mau-caráter tem uma vida dupla e não assume sua homossexualidade. Eu até fiz uma piadinha no Facebook, se era possível a Bárbara Paz competir com o Lucas. O que vocês acham?..

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