Eu estava seguindo o blog Matando Carpinejar, que elogiei aqui no Diário de Bordo pela forma ousada e diferente com que sua autora (esposa do escritor), falava dos seus sentimentos com que tratava suas relações afetivas com o marido, também suas diferenças, enfim... O Matando Carpinejar fez tanto sucesso por sua peculiaridade, criou tantas expectativas e surpresas que rendeu até uma entrevista no Programa do JÔ. Depois da ultima postagem publicada a algumas semanas, não houve mais nenhuma novidade, quando fui vista-lo hoje, bati com o nariz na porta com a seguinte informação. O blog agora só pode ser acessado por pessoas convidadas. Será que o negócio se elitizou, ou foi apenas uma estratégia de marketing? Eu não entendo estas coisas que começam públicas e depois se tornam privadas.
Evasivas e frases de efeito enquanto chove.
Eu fiquei agora a pouco, conversando com uma amiga por longos minutos no Facebook. E sabe do que falavamos? De relacionamentos, de casamento, de tentativas ineficazes de mudar a outra pessoa em prol de nossas vaidades, de relações que nos provocam e de outras que nos despertam cuidados e junto com isso algumas frustrações à tira colo e outras de arrasto. Sabe a que consenso chegamos? Nenhum, por que este tipo de conversa é daqueles que não leva a lugar nenhum e faz a gente ir trocando eternas informações em defesa de nosso ego e por isto sempre temos um item a mais a acrescentar e a defender. A gente pensa que sabe de tudo, que se conhece, mas não sabe de nada e o que fizemos é preencher nossas duvidas com evasivas e frases de efeito. Mas evasivas e frases de efeito, só servem para tirar a atenção daquilo que não compreendemos mesmo e hoje como está chovendo...
Cartilha para identificar possíveis gays
Noticia que indignou centenas de usuários de redes sociais pelo mundo como o Facebook, foi a cartilha criada pelo governo da Malásia, para identificar crianças homossexuais nas escolas. No país, ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo é crime e pode levar a 20 anos de xilindró. O governo que afirmou estar trabalhando para conter o “problema” da homossexualidade, realizou seminários onde distribuíram um folheto com uma lista de “sintomas” aos professores, para identificar uma criança homossexual de inicio, antes que o problema se agrave. Os sintomas gays, descritos na cartilha são; sentir atração por pessoas do mesmo sexo, ter um corpo musculoso e gostar de exibi-lo, preferir roupas justas e de cores claras, gostar de usar bolsas grandes, assim como camisas com gola V e sem mangas.
Engraçado, mas eu tenho um bando de conhecidos que acreditam que estas caraterísticas descritas acima e que não se aplica somente a crianças e adolescentes, mas também à adultos e que por aqui, eles chamam de "dar pinta", e que serviriam de pistas para identificar gays ou tendenciosos a homossexualidade. Eles certamente acrescentariam mais algumas características (sintomas) a esta lista como; usar brincos na orelha, gel no cabelo, tênis muito coloridos, acessórios como anéis, pulseiras, echarpes... Eu fico pensando, será que eles são malásios e eu nem sabia?
Elogios e criticas aqui no Blog
Eu estava num grupo de amigos, dia desses, quando surgiu um comentário em forma de brincadeira e que culminou em grandes gargalhadas, inclusive fomentada por mim, de que as pessoas presentes tivessem cuidado no que fossem falar, pois muitas das historias e comentários feitos por elas, eram posteriormente por mim postados aqui no blog, de forma elogiosa ou critica. Entendi a brincadeira descontraída que logo foi trocada por outro assunto, mas que depois fiquei pensando quando cheguei em casa. Na minha opinião, costumo fazer mais criticas do que elogios aqui no blog, até por que os elogios são mais simples e menos complicados de se dizer pessoalmente e são sempre bem aceitos, já que é o que todo mundo quer ouvir, não é mesmo? Na verdade minha intenção não é a de expor as pessoas ou sair por ai postando suas opiniões e particularidades de forma a ultraja-las, mas criar uma linha de liberdade, onde todos que aqui chegam e leem, possam pensar e refletir sobre algumas atitudes e pensamentos humanos, somado a minha opinião à respeito, nem sempre correta e infalível. Além disso tomo sempre o cuidado de ser discreto e de manter os anonimatos. Acredito que este blog, assim como outros que sigo na Internet, seja um exercício democrático de cidadania e algumas outras pluralidades cujo os interesses humanos são comuns. Afinal se aprende muito mais com os erros humanos do que com os acertos, não é mesmo?
Eu juro que não vou mais implicar.
Soube por uma publicação no Facebook, que meu filho fez uma nova tatuagem que eu juro não irei mais implicar, quando ele aparecer aqui em casa para me visitar. Alias, comecei a trabalhar meus sentimentos de aceitação com relação as suas decisões quanto a sua vida e com o que quiser fazer com seu corpo, que somente a ele pertence. Por que estas manifestações paternais de proteção contra a liberdade de escolha dos filhos, já que são livres? Não estou mais me importando se ele ficar com o corpo todo estampado como o da Penélope Nova, é uma decisão dele e não minha. A aceitação ou rejeição, são apenas elementos de um exercício emocional cujo os pesos podemos colocar ou retirar, aos critérios a que damos importância.
Decidi que devo retirar o peso da barra da rejeição e colocar sobre o da aceitação e o que ele decidir quanto ao seu padrão estético.
Um ledo engano ao alcance da modernidade.
Comprei um par de tênis pela internet, que publiquei minha insatisfação aqui no blog, quanto ao largo prazo de entrega, oferecido pelas transportadoras. Acho que são elas que definem o prazo, não sei. Mas esperar um produto além de dois dias, esta fora de cogitação. Por que não criam uma pagina especifica para agendarem uma data que defina a entrega do produto, ou então avisem por batidas de tambores, não sei? Ninguém mais tem tempo pra isto!
Outra coisa, comprar produtos pela Internet está aquém das vantagens prometidas. Além da demora e toda a burocracia que envolve se produto vier errado, ainda tem o engano de se comprar algo que não é bem aquilo que queríamos. Eu ja desconfiava disto, mas mesmo assim insisti em navegar contra o que eu acreditava e me dei mal. Primeiro que uma foto do produto de nosso interesse, nem sempre condiz com aquilo que desejamos, ja que uma foto por mais qualidade que tenha, compromete por vezes a realidade do que estamos vendo seja na definição real da cor e em outros aspectos gerais do produto. Desta forma, nada substitui a nossa a percepção do toque direto. Meu tênis por exemplo, parecia na foto, um cinza bem mais escuro do que realmente é, alem da aparência geral que parecia ter mais resistência, cadarços fortes , camurça mais grossa e o pior de tudo, não é confortável. Por isto comprar pela Internet, pode ser um ledo engano sem sair de casa. Para os que não tem do que reclamarem quanto a o prazo de entrega ou qualidade do produto, penso que seja por pura sorte, afinal ela também existe.
Uma puta insatisfeita.
Sol, é isto que estou vendo brilhar daqui da janela da minha casa nesta manhã?. Gritos de crianças na praça aqui em frente? Um sol maravilhoso em contrapartida a esses dias que se mostraram umidos, chuvosos ou nublados? Parece mais uma ilusão!..
Mas eu também pareço uma puta insatisfeita com oque a vida tem para oferecer, quando chove quero sol, quando esquenta quero frio. Devo concordar que o tempo ta ficando parecido com o nosso temperamento, intempestivo!
O despertar de um sonho.
Sonhei com meu pai e ele não era o mesmo homem que costumava ser enquanto existia, pois utilizava um outro corpo, uma outra voz, o corpo de um homem desconhecido e uma voz mais delicada, mesmo assim eu sabia que era ele e tratava-o por pai, enquanto ele segurava a minha bagagem que insistia em carregar até o embarque de um aeroporto.
Eu pretendia viajar para uma cidade desconhecida, que ele insinuava querer me acompanhar embora eu me fizesse de desentendido sobre a sua intenção. Ele me perguntava pra onde eu iria, e quanto tempo ficaria neste lugar, enquanto eu lhe respondia com evasivas e frases reticentes. Não nos olhávamos no olho e enquanto falávamos, parecíamos criar uma grande barreira de timidez que nos distanciava cada vez mais um do outro. Eu me perguntava em cada intervalo de nosso escasso dialogo, o por quê de sua intenção de querer ir comigo se nada mais tínhamos em comum, se não nos víamos a muito tempo e não possuíamos qualquer intimidade para virarmos colegas de viagem. Pensei em despista-lo e então fugir sem que percebesse, mas não conseguiria digerir bem esta atitude covarde, a não ser que eu me forçasse a acordar do sonho. É, eu sabia que tudo aquilo era um sonho e sentia que a unica forma de desfazer aquela situação embaraçosa e ficar sem culpas, era me despertando do sonho, como quem troca o canal da TV.
Uma noite duplamente ganha,
Depois de um dia de trabalho, com um tempo chuvosos e feio desses, lidando com gente mentalmente doente, gente preconceituosa, gente dissimulada e muito chata, eu precisava me distrair com um pouco de entretenimento e somado com arte, melhor ainda. Convidei uma amiga para assistir comigo o show da Tássia Minuzzo no auditório da faculdade de medicina da UFRGS hoje às 19 horas num tributo a Edith Piaf.
Pena ter sido apenas uma horinha britânica de show batido no relógio e minhas fotos saírem uma merda. Foi uma viajem no tempo a Paris e seus cabarés dos anos 30. No término do show, percebemos dois estudantes (do mesmo sexo), saírem do espetáculo de mãos dadas e esbanjando carinhos na maior naturalidade. A noite estava duplamente ganha, porque a vida não é só feita de dores e mediocridades, mas de arte e autenticidade.
O ambiente menos honesto da minha casa.
Hoje de manhã ao acordar, tomei meu café sentado no safá da sala e isto me causou a sensação de estar num ambiente estranho e impessoal, possivelmente por estar fugindo da força de um hábito por mim estabelecido. Esta frase direta em que iniciei o texto, também me obrigou a revelar nas sub linhas, que eu tomo o café da manhã antes de fazer a higiene pessoal e faz parte de uma das manias que adquiri no decorrer da vida e não sei explicar por qual razão. Como beber um copo de água quase gelada depois do café, como comer um pouquinho de creme dental depois de escovar os dentes, ou dar uma cheiradinha nas axilas para constatar se o desodorante não venceu.
Mas eu não sei o por quê fui a fundo nestas revelações intimas, já que minha intenção ao iniciar esta postagem tem outra intenção que vou retomar agora. Bom, eu estava sentado no sofá da sala bebendo o café da manhã, onde toda a neura começou, lembra?
Primeiro, eu quase nunca sento no sofá da sala, com exceção quanto recebo visitas ou preciso amarrar os cadarços do calçado, bebo meu café de qualquer jeito e qualquer lugar, jogado sobre a cama, de pé na cozinha ou na janela e até já aconteceu, sentado no vaso sanitário lendo algum jornal com data vencida. O café da manhã, hoje por mim bebido no ambiente social, me fez pensar que talvez nem fosse necessário eu ter este ambiente, a não ser pelo fato de que as vezes recebo visitas e que não são muitas. A sala estabelece pra mim, uma divisão emocional entre minhas atividades sociais, cujas as atitudes são mais cuidosas, cerimoniosas, sociais e a minha intimidade do dia a dia ( no quarto, na cozinha, no banheiro). Talvez eu nem precisasse de sala, se não fosse a necessidade do social, das cerimonias. A sala por ser um ambiente social é também uma especie de cartão de visitas oferecida a o publico que nos frequenta. Enfeitar a sala, significa também nos enfeitarmos para os outros. Acredito que ela seja o lugar menos honesto da nossa casa e não é a toa que o Cazuza disse em sua musica "Bete Balanço"; Sentadas são tão engraçadas, donas de suas salas... Acho que foi isso, me senti engraçado e numa especie de cerimonia!
Eu tô muito chato hoje!
Eu tô cheio dessas opiniões corporativistas que tendem sempre pro mesmo lado, pro mesmo ponto de vista e que faz todo mundo sacudir a cabeça concordando, incorporando a mesma ideia. Na verdade essas opiniões se convergem para o mesmo ponto, por que não tem respostas que se contraponha a altura, estão escassas ou não existem de fato.
Todos estão no mesmo barco, na mesma convergência de opiniões e sobrevivendo por que ninguém tem respostas. Ninguém possui novidades capaz de mostrar soluções que se diferenciam daquilo que já ouvimos e parecem não dar soluções. As frases que traduzem ideias, podem ter intonações diferentes, verbos, verbetes, adjetivos, sinônimos mais elaborados, sofisticados, educados, mas são as mesmas que ouvimos de todas as bocas e se repetem, se repetem, se repetem.., como num disco arranhado.
Todos estão no mesmo barco, na mesma convergência de opiniões e sobrevivendo por que ninguém tem respostas. Ninguém possui novidades capaz de mostrar soluções que se diferenciam daquilo que já ouvimos e parecem não dar soluções. As frases que traduzem ideias, podem ter intonações diferentes, verbos, verbetes, adjetivos, sinônimos mais elaborados, sofisticados, educados, mas são as mesmas que ouvimos de todas as bocas e se repetem, se repetem, se repetem.., como num disco arranhado.
Tomara eu conseguisse ouvir idéias diferentes, saídas diferentes, mas isto tá dificil, quase impossível por que estamos perdidos, de olhos cinzas e sem brilho, vivendo de referenciais alheios. Estamos perdidos em nossos próprios entendimentos, nesses conceitos homogêneos, que todos copiam, que todos repetem por acharem bonito, poético, politicamente correto, sem nos arriscarmos numa contracultura enquanto estamos vivos.
Assinar:
Comentários (Atom)
Postagem em destaque
PINGOS
Hoje eu acordei com os pingos da chuva, pingando, pingando... Pingando nos telhados, nas calçadas até o amanhecer. Escorrendo nas paredes e ...
-
Dia 06, pela manhã, parti de carro, para um paraíso composto de muita agua salgada e areia branca, numa vila pequena, cercada de muit...
-
esqueleto de uma embarcação em Mostardas O que achas de conhecer uma cidade pacata no interior do estado, com traços arquitetônicos açori...
-
Mato Fino foi um local de lazer, onde alguns amigos meus, curtiram tomar banho e acampar quando jovens e que por alguma razão eu nunca...

