Luíza já voltou do Canadá?

Hoje meu colega falando qualquer coisa à respeito de seu filho, concluiu a frase com algo do tipo: _Aquele que trabalha na banda (tal)... e então nos olhamos de canto de olho e caímos na gargalhada,  evidentemente nos lembramos do comercial de vendas de apartamentos de luxo cujo comentário sem sentido, deixou uma tal de Luíza que viajou para o Canadá conhecida por semanas na Internet e provocando risos e piadas entre os internautas. 
Algumas pessoas tem por mal hábito tecer comentários fora de contexto com o objetivo de promover aquilo que acham importante, mas não percebem o quanto isto pode ser absolutamente desnecessário, constrangedor e mal educado.
Como concluiu meu colega ao final da conversa; Tem coisas que não acrescentam nada e ninguém diz: _Aquele meu filho que é um vagabundo e não sabe o que quer da vida! Ou ainda: _Aquela sobrinha que viajou para exterior se deu mal e acabou se prostituindo! 
Um comentário desses não valoriza o ego, por isso ninguém comenta!

Isto eu não aguento!

Eu não aguento mulher controladora, essas que ficam no controle à distancia e a todo o momento ficam ligando pro celular do (marido, namorado, ficante..) perguntando: O que tu tá fazendo?.. A onde tu está?.. Já chegou?.. Já saiu?.. O que ele te disse?.. Já está perto?.. Longe?.. Bem perto ou mais ou menos perto?.. Putiz que eu fico P da vida com isso!..
Hoje um amigo estava aqui em casa para que eu pudesse prestar-lhe um favor e de repente o celular dele começou a tocar, era a sua mulher que ficava questionando como estava seguindo a nossa conversa, se ele já tinha uma posição, se já estava tudo resolvido, se ia demorar muito ainda. A mulher deve ter ligado umas quatro vezes para fazer perguntas e a vontade que eu tinha era de tomar o telefone da mão do cara que falava mansamente e manda-la para aquele lugar!
Eu me perguntava: Se ela queria estar ciente do que estávamos tratando, por que não estava ali do lado dele? Quando terminou nossa conversa e fui leva-lo ate o carro, ela ainda ligou mais uma vez. Eu fico passado com essas pegações de pé que me parecem uma mistura de insegurança, muita curiosidade e falta do que fazer.

Uma maldição.

Atendi uma senhora diabética que solicitou socorro por estar hiperglicêmica (quando a glicose está alta) e esta mesma senhora que eu nunca havia atendido antes, dividia o quarto com sua unica filha também acamada por um câncer de reto nunca tratado. Me chamou a atenção que a moça era também portadora de lábio leporino, (aquele corte ou fissura que acometem algumas crianças ao nascerem) e isto a deixava fanha quando falava ou chorava em demostração de preocupação com estado em que sua mãe se encontrava. Meu colega que conhece a historia desta família, contou-me mais tarde que a doença no lábio da moça se tratava de uma maldição rogada a sua mãe quando esta ainda era jovem e bonita e frequentava alguns bailes que aconteciam no bairro. 
Disse ele, que certa vez apareceu num desses bailes, um jovem que se encantou por sua beleza e insistentemente tentava tira-la para dançar, o que ela se negava pelo fato do jovem ter um defeito no lábio superior. Numa noite, cansado de sempre ser rejeitado pelo motivo que já desconfiava, perguntou indignado: _É por causa da minha boca que não aceitas dançar comigo, não é? Envergonhada a moça virou-lhe o rosto e então ele concluiu: _Um dia, haverás de ter um filho com o mesmo defeito que eu, então saberás o que é sofrimento! Deu-lhe as costas e nunca mais foi visto nos bailes seguintes.
Eu fiquei pensando que uma maldição dessas, mais do que causar preocupação e medo nas pessoas, deveria servir de lição para que algumas diferenças sejam pelo menos respeitadas. Alias, maldições são exercícios forçados de misticismo para que se evite exclusões nem sempre vistas desta forma.

Atitudes que não se entende.

Uma ação, resulta numa reação, de sentimentos, de atitudes, muitas vezes introjetados no nosso intimo e de repente despenca como num jogo de dominó, onde uma pedra bate noutra pedra, desmanchando toda a estruturas antes montada e alterando todo o conceito que fazíamos de algumas coisas e pessoas. É como se não possuíssemos controle sobre esses novos sentimentos e quando nos damos por conta, já elaboramos outras verdades à cerca do que antes acreditávamos. Acho que isto se chama decepção.
Certa vez eu estava assistindo a um espetáculo de dança, junto de alguns conhecidos, quando dois deles começaram a fazer piadas com uma das bailarinas por ela estar bem acima de seu peso, mesmo demonstrando muita agilidade durante sua apresentação. As piadas e comentários discriminatórios, começaram a tomar um rumo que transformaram-se em gargalhadas descontroladas despertando a atenção de poucos que estavam em volta. O mais surpreendente é que um deles era de uma beleza tão duvidosa, que eu não entendi como era possível ele se achar mais aceitável do que a moça em cima do palco. Tem atitudes que a gente não entende por que acontecem. Fiquei imaginando também que tipo de comentários seriam capazes de fazer, quando eu lhes desse as costas e fosse embora.

Os erros também são nossos.

Conheci algumas semanas, outra mulher que se sente magoada por ter sido abandonada pelo marido. Eu digo outra, por que conheci pelo menos quatro, nestas ultimas semanas. 
Abandonada não é o termo correto, talves traída e tantas outras palavras que não caberiam aqui no corpo deste texto, se ficarmos ancorados apenas numa unica perspectiva de opinião, fragilizada por magoas, insatisfações, desafetos que se criaram dos dois lados, por consequência de  falhas geradas por uma serie de erros humanos conjuntos
Ora, mesmo com o risco de apanhar, eu arrisco a dizer que a união entre duas pessoas não deixa de ser uma prestação de serviços, cujas as regras emocionais vão sendo fixados em clausulas complexas  cheia de pontos, números, virgulas e letras pequenas e pouco legíveis à serem desvendados com o tempo. Cada um tem seu motivo para um dia chegar na frente de casa, chutar o balde de lixo, rasgar este contrato e dizer: _Chega, não quero mais isto pra mim!.. As vezes não é nem o companheiro o responsável pelo chute no balde, mas a gente mesmo envolvido em desacertos pessoais.
Mas fico observando esta mulher em sua inquietude, subserviência e falta de vaidade e me perguntando se ela agia assim quando vivia a o lado do marido, acumulando insatisfações e se permitindo criar uma distancia tal que a transformou numa especie de robô doméstico, um objeto que parece estar longe de oferecer prazer! 
Acho que tantas mulheres, assim como homens, se perdem neste ponto ao substituírem sua posição de amantes e amigos em simples serviçais, quebra-galhos, escravos, deixando de lado seus atrativos indispensáveis na manutenção de uma relação amorosa.
Muitas mulheres se protegem atras de baldes, vassouras, aspiradores de pó, cuidados excessivos com os filhos que costumam chamar de responsabilidade domestica e que sem perceberem, vão perdendo o que de melhor possuem, o prazer de viverem e dividirem afetividade com seus companheiros. 
Também não buscam socorro adequado, não param para se avaliarem e discutirem com civilidade o que possivelmente estará com os dias contados. Sentem vergonha de admitir para si mesmas que sua falta de habilidade em lidar com o problema, foi uma das responsáveis pelo inevitável fracasso. Depois que a casa cai, não adianta empilhar tijolos no alicerce e tentar coloca-la de pé, é necessário muito mais do que isto; é urgente uma mudança profunda e radical de atitudes, de pensamentos, sem garantias de que a relação seja salva. Eu não sei se conseguiria dizer isto pra ela, cujo o momento, não consegue assimilar quase nada além da indignação de ter sido enganada!.. As vezes leva muito tempo até que aprendamos alguma coisa com estes erros e admitirmos que eles também são nossos e não somente dos outros.

Estratégia de venda e marketing.

Pois bem, já estou de óculos novo, que prometi tirar da cara somente para dormir e tomar banho. Estou ainda naquela fase de adaptação me sentindo como um daqueles avatares de três metros de altura e tropeçando em degraus inexistentes no meio rua, nas calçadas. Tô um verdadeiro perigo ambulante.
Comprei-o numa conhecida Ótica, que te convence a levar senão o mais caro com todas as novidades e recursos, qualquer óculos mesmo que seja um que te proteja os olhos dos raios de sol. A técnica de convencimento começa com aquela conversa chata de custo e benefícios, de comodidade visual e qualidade de vida e outras explicações técnicas de ajustes e foco de lente, mas com a esperteza de oferecerem também entre sorrisos e muita simpatia, um cafezinho expresso com mini torradinhas, depois água mineral, uma taça de vinho e por ultimo como o dia estava muito quente, picolés que evidenteente recusei.
Estive pensando que esta estratégia muito antiga de pegar o cliente pela barriga, até que funciona, tanto que fechei a compra, o marketing estou fazendo agora.

E não é verdade?

Carta De Um Defunto Rico.

Carta De Um Defunto Rico é desses contos que paradoxalmente aproxima o homem de duas faces distintas, num dialogo comum e de aproximação com a vida e a morte. Fala de um defunto muito rico que escreve uma carta a seus parentes, depois de morto. 
Ele descreve o lugar onde está e diz sentir uma grande satisfação por estar livre de seu corpo. Fala ainda das responsabilidades que tinha e que não tem mais, das etiquetas para receber convidados, de não ser mais obrigado a adquirir títulos de nobreza, de realizar festas pomposas.
Entre tantas bobagens espalhadas pela Internet é prazeroso encontrar uma obra dessas. O texto é de Lima Barreto, interpretado por Beth Goulart no programa Contos da Meia Noite, produzido e exibido pela TV Cultura de São Paulo.

Neguinho.

Neguinho some, desaparece, não telefona, não manda noticias, não pergunta como estou, o que tenho feito, com passei o Natal, o Ano Novo, se por acaso estou vivo, se morri e de repente ressurge com saudades, propostas, desejos de compartilhar coisas e eu fico pensando se é humanamente possível entender uma atitude destas. Não, eu não entendo e nem quero, por que pra mim amizade é outra coisa, não é um jogo de oportunidades que se traça quando outras falham.
Neguinho é descuidado e se trai em suas próprias atitudes e incoerências, neguinho precisa aprender mais sobre a vida e as pessoas. Neguinho precisa se reinventar para não ficar absolutamente desacreditado.

Por outro ângulo.

Hoje durante a macarronada que preparávamos de almoço entre vizinhos aqui do prédio, Jorge me perguntou quanto tempo fui casado antes de separar-me e eu respondi que foram vinte e três anos. Ele então me olhou com serenidade e disse-me ainda pensativo: _Mas vinte e três anos foi muito tempo para se dizer que não deu certo!.. Eu também parei um pouco para pensar e concordei com ele afirmando que nunca tinha pensado nisto por este angulo. Uma relação que acaba, não quer dizer necessariamente que não deu certo.

Os homens que odeiam suas mulheres.

Eu sempre desconfiei da existência de homens que odeiam as mulheres por algumas sutilezas de atitudes com que eles as tratam e acredito que o mundo está rodeado deles, inclusive camuflados nas nossas rodas de amizades e não estou me referindo aos enrustidos que por vezes necessitam se esconder à sombra de uma relação estável e aceitável, porem arrastada de raiva por não ser obviamente e sua praia. Refiro-me mas aos ditos héteros, de vida comum e pacata e os que diferentemente destes, colecionam muitas relações e acreditam que por terem um bom desempenho sexual, são capazes de seduzir e provocar na parceira sentimentos de gratidão e dependência emocional onde a partir disto, começam a escraviza-la, humilha-la, fazendo-a acreditar que são incapazes e que por pura sorte conseguiram pegar a ultima e mais gostosa bolachinha recheada do pacote. Este tipo de individuo é o que costuma punir sua companheira, lançando sobre ela a responsabilidade de suas frustrações e fracassos. Penso também que este tipo de relação muitas vezes é  endossada culturalmente pelas pessoas através daquela conhecida frase: _Ah este cara deve transar muito bem, pra ela aguentar tudo que aguenta dele.
Esta semana eu conversei pelo menos com dois indivíduos deste tipo, que me lembrou o Baltasar da novela das Nove. Eu pergunto ainda, se um bom desempenho sexual vale qualquer tipo de humilhação e desrespeito.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...