Foi algo de encher os olhos no Sábado passado - dia 18, quando olhei para o céu da janela do meu quarto e percebi que a lua estava tão grande e brilhante que parecia antecipar situações de ordem sobre naturais. A lua deste Sábado foi a maior em quase 20 anos. Dados publicados por especialistas na Internet, informaram que este é um fenômeno raro, bem mais raro do que a Lua Azul que acontece uma vez a cada dois anos e meio. A última Lua Cheia tão grande e tão perto da Terra ocorreu em Março de 1993, foi o que informou Geoff Chester, do Observatório Naval dos EUA, em Washington.
Alguma armadilhas que não consigo lidar...
Foi uma surpresa encontrar o Jerson ontem, aquela hora da tarde tão chuvosa, numa das ruas da cidade que não parecia a nossa, mas outra cidade desconhecida de um lugar qualquer. Nos reconhecemos de imediato, eu de macacão azul, muitos quilos à mais e ele de jeans, camisa social e um suéter bege que não combinava com os cabelos de um amarelo queimado pelo Sol e muitos fios grisalhos.
Acho que no primeiro momento, quando cruzamos nossos olhares, houve uma reciproca negação, como se não quiséssemos nos reconhecer depois de mais de 30 anos, com os aspectos físicos bem diferente do que fomos no passado aos 16 anos.
_Nossa que coincidência, tu por aqui?.. Eu estava passando, quando esta senhora desmaiou e então decidi chamar a ambulância! Será que ela vai ficar bem? -Acho que foi isto que ele falou num meio sorriso...
_Eu já te informo assim que terminar!- respondi num tom de voz tenso e desajeitado, enquanto examinava a paciente sentada numa cadeira de plástico colocada sobre a calçada e protegida pela marquise.
_Nossa que coincidência, tu por aqui?.. Eu estava passando, quando esta senhora desmaiou e então decidi chamar a ambulância! Será que ela vai ficar bem? -Acho que foi isto que ele falou num meio sorriso...
_Eu já te informo assim que terminar!- respondi num tom de voz tenso e desajeitado, enquanto examinava a paciente sentada numa cadeira de plástico colocada sobre a calçada e protegida pela marquise.
Lembrei rapidamente que muitas e muitas noites em que varamos a madrugada jogando conversa fora, ele tocando musicas de Jorge Ben e Vinicius de Moraes no violão, enquanto tentávamos encontrar respostas para aquelas perguntas complexas guardadas em nós e que quando se é jovem, se tem aos montes e só são respondidas com a maturidade que mais tarde, exige novas questões urgentes.
Ele estava parado na rua entre outras pessoas que amparavam uma senhora de rosto muito pálido e então levei alguns minutos para me localizar diante de toda a situação.
Sua voz continuava a mesma, pontilhada, controlada, porém tomada de uma timidez e nervosismo talvez atribuída a toda a situação incomum em que se encontrava.
Ele estava parado na rua entre outras pessoas que amparavam uma senhora de rosto muito pálido e então levei alguns minutos para me localizar diante de toda a situação.
Sua voz continuava a mesma, pontilhada, controlada, porém tomada de uma timidez e nervosismo talvez atribuída a toda a situação incomum em que se encontrava.
Eu me achava em alguns momentos ausente do que estava fazendo e também incomodado, uma vez que me desconforto ao trabalhar sob olhares curiosos e mais ainda, com a armadilha que o destino havia me provocado, sem eu estar preparado.
Nunca imaginei este encontro e se tivesse que idealiza-lo não seria desta forma, num momento atribulado do trabalho e sob o olhar publico de desconhecidos.
Sua presença me inibia tanto quanto me causava um sentimento nostálgico. Inexplicavelmente não conseguia aceitar este encontro cujo o espaço de tempo nos roubou afinidades e agora nos posicionava um diante do outro de forma tão formal e distante. Fiquei sem ação. O que dizer naquele momento: É.., pois é..,vai continuar chovendo hoje?..
Depois de colocar-mos a paciente dentro da ambulância, ele posicionou-se na porta com a expressão menos assustado e despediu-se agradecendo nossa atenção com um breve sorriso reticente.
Depois que cheguei em casa, fiquei pensando no porquê coloquei a culpa em coisas tão subjetivas, me eximindo de responsabilidades. Era só apertar o botão, me desarmar, abrir um sorriso e depois contar uma outra história final.
Nunca imaginei este encontro e se tivesse que idealiza-lo não seria desta forma, num momento atribulado do trabalho e sob o olhar publico de desconhecidos.
Sua presença me inibia tanto quanto me causava um sentimento nostálgico. Inexplicavelmente não conseguia aceitar este encontro cujo o espaço de tempo nos roubou afinidades e agora nos posicionava um diante do outro de forma tão formal e distante. Fiquei sem ação. O que dizer naquele momento: É.., pois é..,vai continuar chovendo hoje?..
Depois de colocar-mos a paciente dentro da ambulância, ele posicionou-se na porta com a expressão menos assustado e despediu-se agradecendo nossa atenção com um breve sorriso reticente.
Depois que cheguei em casa, fiquei pensando no porquê coloquei a culpa em coisas tão subjetivas, me eximindo de responsabilidades. Era só apertar o botão, me desarmar, abrir um sorriso e depois contar uma outra história final.
Roendo ossos e lambendo os dedos
Num dado momento, tudo começa a ficar chato e repetitivo e então você passa a roer os ossos da relação, que foi somente o que sobrou.., mesmo estando noutra...
Enquanto você vai roendo, vai lembrando do que foi antes, do quanto saboroso e prazeroso foi um dia, sem as queixas diárias de cansaço, de desafetos e perseguições no trabalho, da falta de dinheiro e de sexo, da solidão e tantas outras conversas que se tornaram desnecessárias por que afinal, estamos noutra à lamber os dedos.
Eu gostaria antes de publicar esta postagem, de uma totalidade que esmagasse o prescindível!
Devo pedir desculpas quando uso algumas palavras rudes para esclarecer o que estou sentindo? A franqueza por vezes é uma arma, não é um bom negócio também nas amizades, não mantém de pé a politica da boa vizinhança e isto provoca magoas. Eu sinto muito por não aceitar e deixar registrado em palavras o que me incomoda e que me abstém de leveza e tranquilidade.
Aproveito a musica gravada por Bethânia para completar minha idéia:
"Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser e de dizer coisas que podem magoar e te ofender mas cada um tem o seu jeito todo próprio de amar e de se defender.."
Aproveito a musica gravada por Bethânia para completar minha idéia:
"Eu sei que eu tenho um jeito meio estúpido de ser e de dizer coisas que podem magoar e te ofender mas cada um tem o seu jeito todo próprio de amar e de se defender.."
Perdendo referências
Somos cobertos por referencias que vamos enfileirando dentro de nós, a cada passo que damos e absorvemos da vida, através de gestos, atitudes, sons, imagens, compondo o que talvez somos interiormente hoje. É a rua e a casa onde vivemos nossa infância, a árvore que subimos para colher o primeiro fruto com a própria mão, o botequim onde bebemos a melhor cerveja, o filme que mais nos emocionou ou nos deixou pensativos, a musica que lembramos de alguém, a viagem mais bonita e ai se vão uma infinidade de lembranças, que talvez sejam substituídas mais tarde por outras, mas que num dado momento, são despertadas por algum fato marcante ou não, pois estavam apenas adormecidas dentro de nós e refazem a importância que tiveram sobre nossas vidas.
Desde a morte de Elis, Tom Jobim, Cazuza, Renato Russo, Cassia Eller e muitos outros que tornaram-se referencia, contribuindo com sua arte na formação intelectual das pessoas, é que tenho percebido distanciar-se uma fatia do tempo tão rica e que embalou emoções contribuindo na formação de opiniões e atitudes que se deslancharam para as questões sociais, ecológicas e politicas. A morte destas pessoas publicas, que num dado momento, serviram de sustentação em nossas vidas, quebram a ilusão de imortalidade, deixando claro para nós, que o que é eterno foi o que deixaram como legado. Hoje pela manhã, quando soube da morte, aos 79 anos, de Elizabeth Taylor, uma das grandes lendas do cinema mundial e que ajudou através de suas atuações, em mais de 50 filmes, no questionamento e revisão de atitudes da época, fiquei pensando sobre isto.
Mesmo sem estar atuando a algum tempo, por questões de saúde, senti estar perdendo mais uma referencia da minha vida. Dos tantos filmes que assisti e me senti contribuído com sua atuação, lembro-me de: “Quem Tem Medo de Virginia Wolf?” “Assim Caminha a Humanidade“, “Gata em Teto de Zinco Quente“, “A Megera Domada” e o épico “Cleópatra“.
Mesmo sem estar atuando a algum tempo, por questões de saúde, senti estar perdendo mais uma referencia da minha vida. Dos tantos filmes que assisti e me senti contribuído com sua atuação, lembro-me de: “Quem Tem Medo de Virginia Wolf?” “Assim Caminha a Humanidade“, “Gata em Teto de Zinco Quente“, “A Megera Domada” e o épico “Cleópatra“.
A pergunta cuja as respostas não me convencem
Por vezes penso estar vivendo num mundo que eu não gostaria de estar fazendo parte e não me refiro as guerras, catástrofes ou acidentes naturais, mostrados constantemente na TV e que de certo modo, parecem estarem tão distantes de mim, separados por uma tela com micro pontos luminosos, formando imagens surpreendentes. Nesta área de conforto entre meu sofá e a tela, sinto que nada pode me atingir. Existe uma onipotencia estruturada dentro de nós, seres humanos, que alimenta a falsa certeza de que temos poder de suplantar fatalidades impostas e inclusive a própria morte.
Num dia estamos felizes e sorridentes e no outro triturando magoas, decepções, desajustes que não temos controle e nem podemos modificar por serem ditadas pela vida. Existem muitas outras dores espalhadas entre nós e não divulgadas na tela da TV e que por desatenção ou comodidade passam desapercebidas diante de nossos olhos que se negam a enxergar o que é duro de aceitar.
Tenho convivido com a perda de amigos, doenças graves em familiares de outros amigos, que parecem verdadeiros pesadelos e cuja a impotência humana diante disto me desestabiliza em incertezas.
Algumas dores são inimagináveis para quem não esta diretamente envolvido e mesmo buscando através de uma simulada transferência, se pôr no lugar, não é possível ter uma noção da sua verdadeira dimensão.
Num dia estamos felizes e sorridentes e no outro triturando magoas, decepções, desajustes que não temos controle e nem podemos modificar por serem ditadas pela vida. Existem muitas outras dores espalhadas entre nós e não divulgadas na tela da TV e que por desatenção ou comodidade passam desapercebidas diante de nossos olhos que se negam a enxergar o que é duro de aceitar.
Tenho convivido com a perda de amigos, doenças graves em familiares de outros amigos, que parecem verdadeiros pesadelos e cuja a impotência humana diante disto me desestabiliza em incertezas.
Algumas dores são inimagináveis para quem não esta diretamente envolvido e mesmo buscando através de uma simulada transferência, se pôr no lugar, não é possível ter uma noção da sua verdadeira dimensão.
Se somos colocados diante destas situações difíceis, para exercício e entendimento de nossas fragilidades, crescimento pessoal, emocional e espiritual, do qual temos tanta intuição mas pouco manejo, ainda assim parece sobrar a simples pergunta "por que", cuja as respostas ainda não me convenceram de fato.
Acreditando em mudanças
A vinda do presidente Barack Obama ao nosso país, me causou além de surpresa, uma pontinha de contentamento e isto esta ligado ao fato de emocionalmente eu ter torcido por sua vitoria na eleição presidencial americana e desta forma ter sido o primeiro homem negro a conquistar o comando de um pais tão racista quanto os USA. Isto indiscutivelmente criou-se uma linha de esperança e a expectativa de que certas coisas estagnadas e incompreensíveis nas politicas e filosofia dos pensamentos mundiais, tenham grandes possibilidades de um dia mudarem seu perfil para melhor.
Bom não estou aqui tentando discutir politica internacional, assunto que não domino, como também não sou tão inocente para acreditar que sua visita, não tenha sido de cunho politico e económico, por que afinal das contas é esta a função dos governantes, como é disto que depende todas as mudanças que ocorrem no mundo e interferem em nossas vidas até quando damos descarga no vaso sanitário.
Debaixo dos sorrisos, abraços, poses para fotos e cerimonias protocolares ou não, existem interesses paralelos entre os dois governos em prol de favorecimentos mútuos. O que quero na verdade, é colocar minha esperança e credibilidade nas alianças que tem sido discutidas e que trata de Democracia, Direitos Humanos, Igualdade Racial, e Inclusão Social. Decisões importantes para que possamos deixar aos nossos filhos e netos um mundo mais digno, justo e menos hostil.
Quanto a minha simpatia por Obama, vai alem da sua cor de pele, postura simples de comunicar-se e atitude menos austera de fazer politica, algo que inegavelmente aproxima-se do referencial que nos brasileiros conhecemos, a tentativa e esforço de acertar na raça.
Debaixo dos sorrisos, abraços, poses para fotos e cerimonias protocolares ou não, existem interesses paralelos entre os dois governos em prol de favorecimentos mútuos. O que quero na verdade, é colocar minha esperança e credibilidade nas alianças que tem sido discutidas e que trata de Democracia, Direitos Humanos, Igualdade Racial, e Inclusão Social. Decisões importantes para que possamos deixar aos nossos filhos e netos um mundo mais digno, justo e menos hostil.
Quanto a minha simpatia por Obama, vai alem da sua cor de pele, postura simples de comunicar-se e atitude menos austera de fazer politica, algo que inegavelmente aproxima-se do referencial que nos brasileiros conhecemos, a tentativa e esforço de acertar na raça.
Relações necessárias
Fiquei três dias sem Internet, isto serviu para testar minha dependência, minha paciência e também abstinência neste vicio que fiquei dependente a pelo menos uns quatro anos.
Bom já que estou aqui, evidencia que sobrevivi, por que afinal das contas, sobrevivemos a tantas coisas que não nos dá prazer, imagina as que dão?.. Nos faz correr atrás para não ficarmos com aquela desagradável sensação de que falta superfície em baixo dos pés.
Mas hoje alem de recuperar meu vício, ganhei um grande abraço, com direito a uma declaração de amor, fraternal, e isto me deixou tão pra cima, me fez sentir tão importante, tão indispensável que agora me faltam palavras para explicar estas relações de aféto que se fazem tão necessárias a o brilho da alma, sem garantias impostas.
Um dia diferente
Sabe aqueles dias em que você parece estar diferente e que tudo a sua volta também?.. E eu quero dizer diferentemente bem! O dia não foi como na maioria dos outros, pesado, cansativo, embora estivesse chuvoso e eu diante das maiores atrocidades e desgrasseiras humanas que meu trabalho é capaz de mostrar e sem qualquer alteração emocional que me deixasse incomodado. O dia parecia orvalhado e eu me sentia no mesmo clima.
No final do plantão, pensei que hoje é Sexta-feira e eu até poderia me sentar num boteco de rua, beber alguma coisa, olhar a lua que estava magnifica, falar com alguem sobre coisas fúteis etc.. e tal, mas não é sempre que se encontra companhia disponível para estas coisas e que esteja no mesmo clima e vibração que a gente, então resolvi ir para casa. O celular até que tocou, mas decidi não arriscar em atende-lo com a possibilidade de outros programas. Eu não poderia nem pensar na possibilidade de receber algum convite que não fosse o que idealizei hoje, mesmo que seja somente em minha própria companhia.
No final do plantão, pensei que hoje é Sexta-feira e eu até poderia me sentar num boteco de rua, beber alguma coisa, olhar a lua que estava magnifica, falar com alguem sobre coisas fúteis etc.. e tal, mas não é sempre que se encontra companhia disponível para estas coisas e que esteja no mesmo clima e vibração que a gente, então resolvi ir para casa. O celular até que tocou, mas decidi não arriscar em atende-lo com a possibilidade de outros programas. Eu não poderia nem pensar na possibilidade de receber algum convite que não fosse o que idealizei hoje, mesmo que seja somente em minha própria companhia.
Rosa Passos
Rosa Passos é cantora baiana, compositora e violinista, talves pouco conhecida da maioria dos brasileiros. Sua voz afinadissima e de rara beleza interpretando "Dunas", faz a gente pensar na delicadeza das pequenas coisas exibidas pela natureza e nos presenteando com dias melhores na delicadeza de sua voz.
Rosa estreou no mercado fonográfico com o disco "Recriação". Mais tarde lançou Curare, onde gravou clássicos da musica popular brasileira, em 1993 o CD "Festa", interpretando parcerias com Fernando de Oliveira e Aldir Blanc, entre outros, e três anos depois, gravou o CD "Pano pra manga", predominantemente autoral.
Em 2002, lançou somente para o mercado americano o CD "Me and my heart" com Paulo Paulelli (baixo acústico e percussão de boca) e participou de diversos festivais de jazz, acompanhada por vários músicos de renome internacional, como Toots Thielemans e Paquito D'Rivera. No mesmo ano, lançou o CD "Azul", contendo composições de Djavan, Gilberto Gil e João Bosco.
A fama de Rosa Passos cresceu a partir do CD Curare (1991), quando se aproxima definitivamente do repertório de bossa nova, gravando temas de Tom Jobim como "Dindi", "A felicidade" e "Só danço samba". Desde então vem realizando turnês pelos Estados Unidos, Europa e Japão com um extenso repertório de temas próprios e interpretações de clássicos como Gilberto Gil, Djavan, Dorival Caymmi, Ary Barroso, Edu Lobo, etc.
Entre fases e fezes
É curioso perceber que nos arrastamos longos meses com esses entraves provocados pelo trabalho e problemas pessoais de toda a ordem, até tirarmos alguns dias de merecido descanso; Levamos algum tempo a nos adaptarmos ao novo modelo de vida relaxado, com os problemas sendo postos de lado e em busca de coisas que nos dão alegria e prazer...Estes dias maravilhosos passam tão rápido que quando percebemos, acabaram...
Na volta, as mesmas caras feias, os mesmos problemas crônicos, os mesmos nós não desatados...
Hoje pela manhã (no termino do plantão), assistindo uma entrevista de uma jovem na TV que falava sobre sua reabilitação física e emocional após ter ficado tetraplégica, recebi uma dose terapêutica de ânimo que eu talvez estivesse precisando.
Entre tantas coisas que ela falou na sua entrevista, algumas frases ditas, ficaram na minha cabeça servindo-me como uma verdadeira lição de adaptação as controvérsias da vida e é bom ouvir isto.
_Eu não nasci tetraplégica, entrei caminhando no hospital para uma consulta e sai algumas semanas depois, numa cadeira de roda!..
_A cada momento de aceitação a minha nova condição de vida, fui aprendendo a valorizar as pequenas coisas que antes não valorizava, por simplesmente não dar importância para elas. Hoje sei da importância que deve-se dar a cada dia e não tentar viver o passado que se foi e o futuro que é incerto!..
_Nossa vida é cheia de altos e baixos e somos pressionados a aceitar a "ditadura da felicidade". Não acho que deva ser assim. Precisamos é viver com intensidade cada momento apresentado. Afinal vivemos entre fases e fezes!..
Fagocitose
Eu fiquei observando disfarçadamente aquele casal que já conheço de muito tempo, tão próximos um do outro e de mãos entrelaçadas, enquanto todos conversavam no grande grupo de pessoas em volta da mesa com doces, bebidas e salgados. Eles pareciam retratar a equilibrada relação que todos esperam de um casamento, uma cumplicidade de gestos e olhares, sem qualquer expressão de reprovação ao que o outro falava. A resposta de um, parecia a permissividade silenciosa do outro que finalizava tudo numa ideia unilateral, de simetria cuidadosa.
As frases pareciam consentidas, pré aprovadas, politicamente corretas, equilibradas nas normas que envolvem o enlace e suas regras do bem viver a dois.
Não pareciam dois indivíduos com pensamentos independentes, mas uma só pessoa, uma única personalidade em dois corpos com liberdade de movimentos, ligados a um fio condutor de regras incorporadas e com mesmo enfoque de pensamentos, de ideias morais, de opiniões que se combinam perfeitamente.
Falar com um, dava a sensação de se falar com o outro, um eco da mesma voz; Uma espécie de instituição organizada, uma célula fagocitada, que parecia suprimir as diferenças existentes entre as personalidades, que sabe-se, são diferentes entre si por natureza.
Enfim.., faltava-lhes naturalidade, as dobras que não se encaixam, as pequenas diferenças que faz tudo parecer naturalmente normal.
Diante de tanta perfeição, me senti o mais imperfeito dos convidados presentes!
As frases pareciam consentidas, pré aprovadas, politicamente corretas, equilibradas nas normas que envolvem o enlace e suas regras do bem viver a dois.
Não pareciam dois indivíduos com pensamentos independentes, mas uma só pessoa, uma única personalidade em dois corpos com liberdade de movimentos, ligados a um fio condutor de regras incorporadas e com mesmo enfoque de pensamentos, de ideias morais, de opiniões que se combinam perfeitamente.
Falar com um, dava a sensação de se falar com o outro, um eco da mesma voz; Uma espécie de instituição organizada, uma célula fagocitada, que parecia suprimir as diferenças existentes entre as personalidades, que sabe-se, são diferentes entre si por natureza.
Enfim.., faltava-lhes naturalidade, as dobras que não se encaixam, as pequenas diferenças que faz tudo parecer naturalmente normal.
Diante de tanta perfeição, me senti o mais imperfeito dos convidados presentes!
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