Ontem entre amigos, falavamos sobre beijos e eu me lembrei desta cena que tanto me emocionou no final do filme "Cinema Paradiso". Pra mim é a mas pura tradução da sensibilidade e quando a assisto, não deixa de produzir em mim, aquela conhecida sensação de nó na garganta sem que eu tenha uma explicação lógica para isto, afinal são simplesmente beijos!.
Por que eu não gostava dos Beatles:
Assisti um vídeo antigo sobre os Beatles e isto me reportou a alguns anos quando comecei a me interessar por suas musicas. Era 1969 e eu deveria ter uns onze anos de idade. Soube da existência deles através de um jovem que se chamava Marinho (era assim que o chamavamos) e que o pai recem chegado dos Estados Unidos lhe presenteara com um disco. Eu não gostava muito do cara que parecia arrogante, pretensioso e metido a filhinho de papai, talves eu sentisse ciumes de sua posição sócio economica superior a minha e da influencia que causava entre o grupo de amigos que praticamente o veneravam com um ser superior. Beatles me lembrava Marinho e Marinho era tudo que eu não aceitava, ou queria desesperadamente de popularidade para mim. Desta forma levei muito mais tempo a aceitar os Beatles. O disco era "Sgt. Peper's", lançado em 1966 e que só chegou em minhas mãos, muitos anos depois.
Quando se é pobre e tímido, as novidades custam mais a chegar ate nossas mãos e ainda agregado a sentimentos de inferioridade e inveja, geram preconceitos que pesam sobre nós e que só mais tarde temos coragem de repensar e assumir publicamente.
O sorriso da guerreira.
Na quarta à noite encontrei Ada na festa de aniversário do filho de uma amiga e cada vez que a encontro, admiro-a mais por sua força e coragem no enfrentamento de seus problemas que não são poucos. Por vezes me pergunto se eu teria a mesma alegria, coragem e energia que ela disponibiliza para viver a vida e manter seu sorriso luminoso.
Algumas mulheres como ela, possuem esta marca registrada parecendo predestinadas a uma força e paciência maior que a dos homens; Força talves originada de sua própria condição de mulher que se fez guerreira, que aprendeu a driblar as próprias dores numa alegria fundamental e ainda serve de exemplo à muitos. Infelizmente quando voltei para casa já era madrugada, dia de seu aniversário e esqueci de abraça-la e lhe dizer estas palavras.
Algumas mulheres como ela, possuem esta marca registrada parecendo predestinadas a uma força e paciência maior que a dos homens; Força talves originada de sua própria condição de mulher que se fez guerreira, que aprendeu a driblar as próprias dores numa alegria fundamental e ainda serve de exemplo à muitos. Infelizmente quando voltei para casa já era madrugada, dia de seu aniversário e esqueci de abraça-la e lhe dizer estas palavras.
Como nos tempos de guri
Durante a tarde quente de ontem, desabou uma chuvarada sobre a cidade com direito a granizo de campanha, transformando todo o panorama comum de Porto Alegre em algo raro de ser visto. As pedrinhas de gelo colidiam com força contra as paredes da ambulância, dando a sensação de que a transformaria num coador de chá ambulante. O ruído por vezes era assustador.
O tráfego de veiculo praticamente parou na movimentada avenida Ipiranga, cuja a visibilidade ficou completamente comprometida por uma neblina que dificultava de se enxergar meio metro à frente. Estas coisas me fazem lembrar de meus tempos de guri e se não estivesse no horário de trabalho, uniformizado "coisa e tal", arriscaria um banho de chuva como naqueles tempos. De qualquer forma me contentei em apenas molhar uma das mãos e passar sobre rosto.
Verborréias
Durante o jantar de confraternização de fim de ano com pessoas de bons costumes, tudo ia perfeitamente suportável, até um pai de familia presente comentar o seguinte:
-Os homossexuais existem entre nós e a gente nunca sabe quem é quem. Precisamos aceita-los por que daqui um pouco, não nos damos com mais ninguém nesta vida e eles são gente boa!
-Os homossexuais existem entre nós e a gente nunca sabe quem é quem. Precisamos aceita-los por que daqui um pouco, não nos damos com mais ninguém nesta vida e eles são gente boa!
O preconceito fica absolutamente claro, não só quando uma pessoa dessas abre a boca para vomitar um monte de asneiras acreditando estar dizendo uma grande verdade, mas quando os que estão a sua volta se silenciam com o nobre ar de quem não se importa com o que está sendo dito, mas no fundo consentem e endossam calados estas verborréias.
Não pude me calar diante disto e antes que ele mudasse o foco do tema, enumerei uma lista de situações morais negativas, que independe de genero, orientação sexual e cor de pele das pessoas que vivem entre nós causando todo o tipo de destruição nos conceitos de educação e moralidade; Ele entendeu ao que eu me referia.
Quanto ao fato de aceitar os homossexuais para não se sentir isolado, resolvi me abster de formalizar mais opinião para não aumentar ainda mais o caldo da sopa e estragar o prato principal da festa.
Não pude me calar diante disto e antes que ele mudasse o foco do tema, enumerei uma lista de situações morais negativas, que independe de genero, orientação sexual e cor de pele das pessoas que vivem entre nós causando todo o tipo de destruição nos conceitos de educação e moralidade; Ele entendeu ao que eu me referia.
Quanto ao fato de aceitar os homossexuais para não se sentir isolado, resolvi me abster de formalizar mais opinião para não aumentar ainda mais o caldo da sopa e estragar o prato principal da festa.
Demarcando território
Cheguei em casa precisando fazer mudanças, mudanças visuais, estruturais, em alguns detalhes da minha casa. Trocar os moveis de posição, colocar cortinas nas janelas, pendurar quadros nas paredes, recompor todo o ambiente, mesmo sabendo dos transtornos que causariam estas mudanças em se tratando de um apartamento com pouco espaço.
Já faz quase um ano que me mudei e ainda não pendurei os quadros nas paredes. Deixei-os amontoados num cantinho da sala com a espectativa futura de estudar o local ideal e..., acabo esquecendo; Fico me perguntando quando encontrarei tempo e vontade de posiciona-los no devido lugar cada vez que os vejo.
Já faz quase um ano que me mudei e ainda não pendurei os quadros nas paredes. Deixei-os amontoados num cantinho da sala com a espectativa futura de estudar o local ideal e..., acabo esquecendo; Fico me perguntando quando encontrarei tempo e vontade de posiciona-los no devido lugar cada vez que os vejo.
Me disseram que isto é um sinal de desapego, uma forma de prorrogar laços inibindo possiveis afetos, uma vez que imprimimos sentimentos e identidade aos objetos que adquirimos. Lembro de minha avó arrumando seu vaso de porcelana sobre a mesa da sala, quando alguém tirava-o do lugar ou colocava-o numa posição diferente, ela dizia que não era a sua mesa, voltando a reposiciona-lo como ela gostava que ficasse. -Aqui é o seu lugar, não gosto que ninguem mexa! -Dizia pra si mesma.
Acho que somos animais parecidos com os cachorros que demarcam territórios, eles dando mijadinhas pelos cantos da casa e nos ajeitando objetos que nos despertam emoções e criam nossos espaços de conforto pessoal. Eles devem ficar nos lugares escolhidos por nós, no angulo de nossas escolhas, ancorados numa complexa referencia pessoal e estética.
Hoje é Sábado e fui convidado à alguns compromissos que abri mão para ficar em casa. Preciso terminar o livro que iniciei ler e ainda não terminei. Tenho de me decidir sobre muitas coisas e inclusive sobre os quadros antes de começar a mijar pelos cantos da casa demarcando meus territórios. Antes de tudo preciso encontrar o local certo, o angulo perfeito, por que quadros não se coloca em qualquer lugar, precisa ser pensado antes de ser pendurado!..
O presente.
Enquanto houver Natais e fins de ano com festas de "amigo secreto", a vida será um inferno com direito a todos os transtornos de humor à beira de um ataque de nervos, foi o que pensei durante a tarde de hoje na cansativa missão de comprar o presente de minha amiga secreta, depois fui me harmonizando.
Bem, ela foi clara em suas sugestões: Cadeira de praia, chinelos numero 37, copos ou taças que não especificou se de vinho branco, tinto ou água. De qualquer forma, não era nenhuma destas opções que eu estava disposto a presenteá-la, já disse que acho as listas de sugestões limitadoras e queria algo mais personalizado, que se parecesse com ela, mas logo percebi da dificuldade que seria pois o preço estipulado pelo grupo em vinte reais, impossibilitava qualquer investimento mais apurado as sutilezas da criatividade e criatividade hoje é caro e requer maior disponibilidade de tempo e disposição que eu não tinha. Além destes dilemas, a tarde parecia das mais quentes e as lojas estavam tão cheias, que pareciam estarem distribuindo produtos de graça. Depois de vasculhar a primeira, a segunda, a terceira, a sexta loja, dei o braço à torcer. Vai os chinelos que encontrei na terceira com direito a troca se a presenteada não gostar. Retornei e fechei negocio.
Tem coisas que só acertamos quando não planejamos e surgem ao acaso, sem compromissos, sem pressa, sem indisposição. Espero que ela goste, por que eu fiquei na dúvida!..
No domingo à noite saberei!..
A propósito
Ontem encontrei o Clodoaldo na saída do hospital, sorrindo em minha direção.
-E esta forma de !.. -Disse referindo-se ao meu excesso de peso.
-De barril?, é excesso de sexo! - completei sorrindo.
-Sexo oral? - Perguntou-me baixinho e depois gargalhou.
-Sim, não tenho habilidades com coisas duras, não sou traumatologista! - finalizei também baixinho e gargalhando.
Mesmo parecendo um dialogo sarcástico e desrespeitosos, considerei como um suing para estimular nossas testosteronas. Isto prova de que não é o que se diz que ofende, mas como se diz!
Sentença matemática
Alguém me cochichou no ouvido, que são as relações que movem o mundo, todas as relações num ciclo pessoal ou global e eu fiquei pensando que gosto desta palavra, embora toda a complexidade conceitual que me provoca cada vez que a ouço ou a pronuncio.
As relações pessoais vão se modificando com o passar do tempo e me causando surpresas que parecem não terem explicações lógicas. Talves tenham mas eu não tenho saco pra pensar nisto agora.
Será que tudo é um jogo do tipo: Causa e consequencia?..
A única certeza que tenho é que (1+1 não é = 2), se fosse explicaria a razão de pessoas que estavam a quem de minhas verdades perecerem tão próximas, ao contrario das que estavam tão próximas se manterem tão distantes.
Feliz Aniversario
Há algum tempo atrás eu e colegas nos reuníamos para elaborar um relatório de insatisfações e reivindicar algumas mudanças no sistema de trabalho em que ate hoje atuo e que acreditávamos resultaria na melhora das relações humanas e no desempenho do serviço prestado à sociedade. Nesta planilha de reivindicações a solicitação que mais almejávamos era a humanização por parte do serviço, o que significava respeito e tratamento digno e por acreditar-mos que estas coisas deveriam iniciarem-se de cima pra baixo e de dentro pra fora no ambiente de trabalho. Contestavamos atitudes imperalistas que nos submetiam a um trabalho quase desumano, onde eramos subjugados e desvalorizados como profissionais, tornando-nos cada vez mais desmotivados e insatisfeitos. Incansaveis encontros e reuniões foram feitas, sem que nada mudasse, criando-se cada vez mais uma lacuna divisora maior e limosidades entre os que atuam na linha de frente e os que ficam atrás de mesas tomando decisões. Quinze anos já se passaram, gerentes, responsáveis técnicos e chefes diversos também. Muitos desses colegas engajados nesta luta, se aposentaram, morreram, cansaram, desistiram. Desejávamos mudanças simples que nunca foram dada a devida atenção e provando que cada regra nova que surgia, serviam apenas de facilitador a politicas internas que favoreciam somente à pequenos grupos da elite e que nestas ultimas semanas de novembro, comemoraram quinze anos de existência e conquistas.
COLEGA SECRETO
Chegou Dezembro, Natal, festas de fim de ano, sorteio de amigo, (colega secreto), êita coisinha mais impessoal, sortear o nome de uma pessoa que será o seu amigo secreto e cuja a finalidade deveria ser outra coisa e não a imposição de uma troca de presentes que engorda os bolsos do consumo comercial e que no final, nem sempre agrada quem de fato interessa.
Depois tem aquela lista de sugestões de presentes, que eu chamo de limitador da criatividade e que normalmente não foge de uma cadeira de praia, um chinelo Havaiana ou um Kinder Ovo com uma surpresa muy interessante.
Depois tem aquela lista de sugestões de presentes, que eu chamo de limitador da criatividade e que normalmente não foge de uma cadeira de praia, um chinelo Havaiana ou um Kinder Ovo com uma surpresa muy interessante.
Por que as pessoas não se encorajam a modificar estas repetitivas atitudes? Parece que se importam em ganhar e participarem deste jogo que é mais um mediador na politica da boa vizinhança, do que uma atitude natural e carinhosa do tipo: "Olha lembrei de você!". Mas lembrei mesmo.
Eu particularmente curto mais dar, do que receber e preciso parar de beber tanto café e não ser tão crítico.
Eu particularmente curto mais dar, do que receber e preciso parar de beber tanto café e não ser tão crítico.
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