Particularmente eu gosto de dança contemporânea e nem sei quando começei a gostar, mas lembro que numa noite, fiquei até a madrugada assistindo na TV Educativa. Por acaso o grupo Corpo é um dos meus favoritos. Breu, é a tradução poética da violência dos dias em que vivemos, através de movimentos densos e agressivos, sem perder a magnifica harmonia gestual e cadenciada do grupo. A trilha sonora é de Lenine e coreografia de Rodrigo Pederneiras, uma união perfeita.
Sonhos
Sonhei que estava visitando um lugar paradisíaco, com muitos lagos, árvores e recantos que jamais pensei que pudessem existir. Depois entrei numa pequena e antiga cidade, onde as igrejas centenárias eram construídas em madeira numa cor azul tão clara que pareciam a cor das nuvens. Uma amiga do meu lado, me dava lições de historia sobre a construção das capelas antigas e algumas inscrições escritas em aramaico. Caminhávamos de braço dado observando tudo atentamente, naquele lugar de indescritível beleza e simplicidade. Em alguns momentos nos olhamos perplexos e nos perguntamos, o que fazíamos ali.
Sarau no Farofa
Sexta à noite com toda aquela chuva, peguei carona de amigos até o Sindicato dos Bancários para algumas horas de distração no sarau de poesia e musica que acontece uma vez por mes, agora no restaurante Farofa (cujo os elogios, já postei aqui no blog).
Protagonizado pelo musico Beto Harmann, com vários trabalhos infantis reconhecidos e publicados, o evento disponibiliza o encontro de pessoas ligadas aos mais diversos segmentos artisticos com o intuito de divulgar poesias, textos, composições musicais autorais e também de autores conhecidos.
Os sarais, para quem desconhece, são eventos onde as pessoas promovem encontros com a finalidade de se expressarem artisticamente através da dança, musica, poesia, leitura de livros e também outras formas de arte como pintura e teatro. Bastante utilizado no século XIX, hoje tem sido reutilizado por seu carater de descontração, intimidade e prazer. Há alguns meses atrás estes encontros aconteciam no Bar Van Gogh, que eu particularmente achava incomodo por questões de espaço e luminosidade do local, agora no Farofa, ficou perfeito!
Endereço: Rua General Camara 424.
Horario: 20h às 24h.
Corvette: R$ 5,00.
Endereço: Rua General Camara 424.
Horario: 20h às 24h.
Corvette: R$ 5,00.
Coco antes de Chanel
Estas noites frias, me tem posto cedo debaixo das cobertas para assistir alguns filmes locados aqui perto de casa, então depois do banho, me preparo com um copo de café e escolho na hora, o que pretendo assistir primeiro.
Terça-feira foi a vez de "Coco antes de Chanel" filme que criei expectativas em torno da historia da mais célebre estilista do século 20, cujo nome se tornou sinônimo de elegância e sofisticação, mas que na verdade, causou-me a surpresa de ser superficial e fraco, onde os personagens pareciam desprovidos de interioridade e emoção. Apesar de relativa beleza fotográfica e algumas movimentações de cenas como as filmadas na rua e no cabaret onde Coco trabalhou, o resto me pareceu uma fragmentação do que poderia ser mostrado de fato. A cena inicial, onde Coco e sua irmã, ainda pequenas, são abandonadas pelo pai num internato de freiras, talvés tenha sido na minha opinião o ponto alto, dando-me a sensação que assistiria um filme pelo menos interessante. O filme não toca, não convence, não toma a atenção do expectador e peca pelo essencial, uma historia mal contada e de escassa emoção.
Terça-feira foi a vez de "Coco antes de Chanel" filme que criei expectativas em torno da historia da mais célebre estilista do século 20, cujo nome se tornou sinônimo de elegância e sofisticação, mas que na verdade, causou-me a surpresa de ser superficial e fraco, onde os personagens pareciam desprovidos de interioridade e emoção. Apesar de relativa beleza fotográfica e algumas movimentações de cenas como as filmadas na rua e no cabaret onde Coco trabalhou, o resto me pareceu uma fragmentação do que poderia ser mostrado de fato. A cena inicial, onde Coco e sua irmã, ainda pequenas, são abandonadas pelo pai num internato de freiras, talvés tenha sido na minha opinião o ponto alto, dando-me a sensação que assistiria um filme pelo menos interessante. O filme não toca, não convence, não toma a atenção do expectador e peca pelo essencial, uma historia mal contada e de escassa emoção.
Teoria pessoal
Esta semana conversei com Gianne e entre tantas observações por nós divididas, percebi sua ansiedade por conta da emoção abalada e sua teoria pessoal, onde tudo que se ganha, também se perde numa proporção inversa e dolorosa. Me perguntei se isto é uma verdade ou uma impressão provocada pela dualidade humana, cujos ângulos de visão pessoal modificam a perspectiva de nossas leituras pela a vida? Isto é lei de igualdade matematica ou constatação de nossas eternas insatisfações e erros repetindo uma equação incompreendida? Ora, estas conversas não levam à soluções, mas ajudam a perceber que não estamos no barco sozinhos!
O Fabuloso Destino de Amelie Poulain
Eu tenho sentido muita raiva nesta ultima semana, mas isto não faz com que eu focalize este sentimento nas pessoas, mas em algumas circunstâncias estressantes, que o cotidiano cria e me enreda, nos momentos menos esperados em que a imunidade psíquica parece estar baixa.
É necessário cuidar para não chegar ao extremo e me transformar num monstro de garras afiadas, mudar o foco, a sintonia, a energia.
Buscar um antídoto que impeça estas ações nocivas pode ser difícil ou um elemento de sorte. No meu caso, acho que fui sorteado quando escolhi em meu recolhimento, assistir ontem à noite, "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain"- de Jean Pierre Jeunet, com magnifica atuação de Audrey Tautou. Resumidamente, o filme trata não só de sensibilidade, mas de elementos transformadores, em como é possível transformar sonhos e reconstruir vidas através de pequenas atitudes e assim conferir beleza em gestos tão simples. É um filme não para pensar, mas para sentir e se surpreender. Entre as cenas que me chamaram a atenção, destaco:
- A morte cômica de sua mãe.
- A forma como ela incentivou seu pai a conhecer os lugares que sempre desejava conhecer, mas que arrumava desculpas infundadas, que o impediam.
- As fitas que enviava para o velho pintor vizinho, motivando-o a ter uma visão mais sensível e bela sobre a vida e arte.
- Encontro de Dominique Bretodeau com sua caixinha de pertences da infância, no abrigo telefônico. Quem não o assistiu, eu recomendo. Vale a pena!
Dando o braço
Eu falei hoje, falei no Sábado e lembro de ter falado tantas outras vezes, que em certos momentos precisamos ser pego pelo braço como crianças assustadas e ser-mos conduzidos, por que ficamos meio cegos, sem referencias e somos tomados de medos e inseguranças. Bom, conselhos é bom pros outros e as vezes pra gente mesmo. Eu só não entendo, por que fico marrando e não me permito de vez enquando ser conduzido? Medo de dependencias?.. De ser cobrado depois?.. E dáiii?...
Outro resultado
Mesmo frio, a festa de ontem estava animada e eu muito pouco, embora me esforçasse para melhorar. O problema é que meu egoísmo superava até os motivos que me levaram estar lá. Eu senti que trabalhei para que tudo chegasse ao ponto em que chegou, mas meus sentimentos de dependência parecem que não acompanharam na mesma velocidade as atitudes.
Sabe aquele diretor que monta um texto e aguarda um resultado que não acontece por que ninguém entendeu a sua ideia?... Então ele chega pra todos e diz: _Vocês não estão preparados para isto!..
Sabe aquele diretor que monta um texto e aguarda um resultado que não acontece por que ninguém entendeu a sua ideia?... Então ele chega pra todos e diz: _Vocês não estão preparados para isto!..
Resultado
Sabe quando vc se sente traído, embora a razão te diga que é tudo invensão da cabeça e ainda assim, vc continua com a mesma sensação desconfortavel? Melhor dizendo, quando vc tem a sensação de que quase tudo parece estar contra vc, (amigos, colegas, vizinhos, estranhos...)e o que não está contra, também não parece estar a favor?... É uma fase?.. Mas que fase é esta?
Não, eu não sinto como se isto fosse uma conspiração, ao contrário, talvés uma crise paranóica, mas tenho sentido minha relação com as pessoas diminuida, completamente improdutiva e dispensável.
Relevar,... para Revelar-se!..
Não, eu não sinto como se isto fosse uma conspiração, ao contrário, talvés uma crise paranóica, mas tenho sentido minha relação com as pessoas diminuida, completamente improdutiva e dispensável.
Relevar,... para Revelar-se!..
Vida e Morte discutidas
Ontem à noite, assisti um documentario na TV Futura (que não lembro o nome), mas que me fez pensar sobre estas questões reticentes da vida. Na verdade reticentes por serem nebulosas e causarem mais dúvidas do que certezas, quando falamos à respeito. O programa abria discussão entre os moradores de uma região ribeirinha muito pobre, objetivando a visão deles sobre questões como vida, morte, medo de morrer, céu e inferno, (vida depois da morte). Pude perceber que dentro da simplicidade daquelas pessoas, de seus traços rudes, de olhar de quem leva uma rotina dura e resignados a sua própria condição precária, que seus anseios são os mesmos nossos, mas com o diferencial da simplicidade, descomplicação e inocência com que vêem e aceitam estas mazelas de difícil compreensão e aceitação.
A maioria das pessoas vivem de maneira à serem felizes, não importando as condições que a vida lhes oferece e as dificuldades por que passam. Que existem perguntas que a melhor resposta no turbilhão de dúvidas, é a que temos para nos dar e isto nos basta diante da complexidade de temas como a vida e a morte.
Quando perguntado a um velho senhor, sobre o que ele achava da vida e da morte, ele respondeu deitado em sua rede de descanso: "A vida são as coisas simples que fizemos, trabalhar, namorar, viver com alegria e colorir os dias como uma obra de arte, ao contrario disto o individuo já está morto sem a o menos saber da sua condição de morto."
Sobre o medo da morte o outro respondeu que a temia e desta forma criava uma resistência a sua chegada. "Quando não temos medo a gente se entrega sem restrições e defesa, ela então te leva mesmo".
Raça
Eu digo que ela tem raça e razão sobre muitas coisas, porque tem um jeito especial de olhar, avaliar e descomplicar aquilo que parece não ter solução, porem em outros momentos suas reflexões pessoais tornam-se tormentas e desencadeiam climas instáveis que poderiam ser detectados e reavaliados com a simplicidade e razão de quem parece funcionar somente quando o problema é dos outros. Bom, é preciso paciência e saber que alguns situações alheias as nossas, reservam saidas desiguais para cada pessoa, onde permeiam suas diferenças. Assim, reservo-lhe o meu aféto!
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