Uma estória que li

Uma jovem mulher e um belo homem apaixonam-se e, quando isso acontece, eles decidem casar-se imediatamente. A mulher - culta, sofisticada e experiente - diz: "Só com uma condição...".
O homem responde: "Qualquer condição é aceitável, pois não posso viver sem ti."
Ela diz: "Primeiro ouve a condição; e depois reflete. Não é uma condição vulgar. A condição é que não vivamos na mesma casa. Eu tenho uma terra vasta, um belo lago rodeado por árvores, jardins e relvados. Farei para ti uma casa do outro lado, oposto àquele onde eu vivo."
Ele responde: "Mas então qual é o interesse do casamento?"
Ela diz-lhe: "Casar não é destruirmo-nos mutuamente. Não é limitarmo-nos um ao outro. Não é matarmos o amor que sentimos. É, sim, fazermos com que o amor possa crescer. Estou a dar-te o teu espaço. De vez em quando, passeando de barco no lago, poderemos encontrarmo-nos acidentalmente. Ou, por vezes, posso convidar-te a tomar chá comigo, ou tu podes convidar-me."
O homem responde-lhe: "Essa ideia é simplesmente absurda."
A mulher responde-lhe: "Então, esquece os planos de casamento. Esta é a única ideia correta - só assim o amor pode crescer, porque seremos sempre jovens e novos. Nunca tomaremos o outro como certo. Tenho todo o direito de recusar os teus convites, assim como tu tens o direito de recusar os meus; a nossa liberdade individual nunca será perturbada. Entre estas duas liberdades, a tua e a minha, desenvolve-se o belo e fascinante fenômeno que é o amor."

Rabindranath Tagore

Mudanças internas


Quando ocorrem mudanças que te modificam o interior, estas mudanças te pegam de surpresa. Quando voce se vê, ja é quase todo outra pessoa e então aqueles velhos conceitos do qual voce acreditava ser feito, ja não lhe dizem nada ou quase nada. Tudo parece estranhamente atípico, impessoal, por que voce é um pouco do velho com novas verdades somado a mais um pouco do novo que voce passa a ser. Custa um pouco voce passar de um  para o outro e elaborar esta transição, este novo modelo doqual está se transformando.

DIA DOS MORTOS.

Caminhando pelas ruas daqui, observo belas casas de construções planejadas, jardins elaborados, cercas elétricas, cães de rara beleza e bem alimentados, mas percebo também um panorama triste, deserto neste dia que garôa e me confundi a estação do ano em que estou. Dia 02 de Novembro é dia de mortos e dia dos mortos sempre parece-me assim com este ar de tristeza estampado na cara do dia. Janelas, portas e portões fechados. Haverá alguém dentro destas casas que passo pela frente? E o que fazem, se protegem da garôa, oram pelos mortos? Não lembro de meus mortos pois lembro deles num dia mais bonito que o de hoje, fico apenas caminhando e perguntando-me pelos vivos que moram por aqui escondidos em suas residencias fechadas e sem nenhum sinal de vida. Enterrados em suas moradias como se não existissem.

Amor e Liberdade.

Comumente ouvimos falar sobre as escolhas que devemos fazer em nossas vidas e uma delas é o amor em contra partida da liberdade. Cedo aprendemos que elas não se casam, são incompátivies e antagônicas, mas também de suma importância em nossa existência. Como amar e sermos livres a o mesmo tempo, se nosso amor parece ser regado de promessas que posteriormente transformam-se em obrigações intermináveis reforçados a cada gesto e olhar sob a supervisão das expectativas criadas, cobradas, exigidas e algumas vezes não correspondidas, embora negamos isto? E a liberdade que nos põe descompromissados de eventuais promessas? Afinal ser livre e respeitar as diferenças de nossas idéias, verdades, sentimentos, opiniões; É caminhar em outras direções, procurar caminhos que melhor nos convir, mudar, hoje amar mais, amanhã menos, renovar-se. Amar é essencial em nossa vida e a liberdade imprescindivel pois é nosso espirito. Oque seria do amor sem liberdade e a liberdade sem um amor?
Osho diz: =>"ser amado e amar é praticamente um respirar espiritual. O corpo não pode viver sem a respiração, e o espirito não pode viver sem o amor."
Desta maneira, vivemos movimentando-nos nas duas direções, ora desejando amar e sermos amados, ora em busca de nossa liberdade pessoal. Vivemos nos arrastando de um lado para o outro, capengas, pois não conseguimos administrar intensamente estas duas palavrinhas com suas alternativas contraditórias e que nos mostra contrapontos.
Osho diz também: =>"A liberdade vem quando você atinge uma síntese entre o amor e a liberdade. Escolha o paradoxo, não escolha as alternativas que o paradoxo lhe deu. Escolha todo o paradoxo. Não escolha um, escolha ambos, escolha-os juntos. Entre no amor e permaneça livre, mas nunca torne sua liberdade contrária ao amor."


Casados, cinqüenta anos depois:

Li este miniconto de Ana Mello em seu blog e achei da maior delicadeza e sensibilidade. Não pude deixar de copia-lo e colocar em meu blog:

"Com o passar dos anos meus beijos foram ficando diferentes. Suaves demais, rápidos, superficiais.
Segurando sua mão só pensava nisso, quando ela abriu os olhos e perguntou:
- Eu morri?"

Semana passada sonhei com o mar, caminhava por cima das ondas, como aquela famosa cena em que Jesus Cristo milagrosamente flutua sobre as aguas deixando seus seguidores boquiabertos com o milagre. No meu sonho não haviam discipulos ou outras testemunhas para se espantarem, apenas eu, somente eu. Neste fim de semana, visitei o mar e enquanto caminhava pela beira da praia adimirando sua grandeza, lembrei-me novamente do sonho. Fiquei imaginando o quanto podemos ser diferentes do sonho para a realidade. 
Quando nos tornamos mais livres ficamos também mais leves e verdadadeiros, algumas vezes, comprometemos a nossa sanidade mental diante das pessoas que antes nos julgavam normais!

I Love You Porgy

Olhando daqui de cima, tudo parece tão plano e limpo, lavado pela chuva fina e persistente que bate no corredor por onde passam carros, na vidraça da janela. A chuva renova energias. A noite tem a cor eo movimento esperado nesta vida que não descança e que as vezes se imita.
Ouço sons absurdamente confusos, misturados aos meus, até que me venha o sono e durma acariciado por I Love You Porgy na voz rouca e negra de Nina Simone.

Coisas do tempo...

Depois do dia escaldante de trinta e poucos graus de ontem, Porto Alegre acordou com cara diferente, parecendo revelar uma quinta estação desconhecida. Calor ainda, mas com uma brisa refrescante e umida acariciando o rosto das pessoas nas ruas, nas praças e jardins. Sol escondido por traz de nuvens brancas e esticadas, grama úmida e colorido cinza de fita de cinema mudo, irreal, verdadeiro apenas na imaginação. Possivel de viver sómente em sonho.

CABO HORN

Ontem à noite fui convidado por colegas de trabalho, à conhecer a danceteria Cabo Horn, situada na rua Republica 649, Cidade Baixa. O nome faz referencia ao Cabo que divide o oceano Atlântico e Pacífico, sul da Patagônia e Terra do Fogo. 
O estabelecimento é um casarão de dois pisos e faixada na cor verde escuro, com mesas na rua, ideal para reunir grupo de amigos.
No primeiro andar, há um espaço com bar e palco onde se apresentam artistas locais. No segundo andar, espaço para dança com musica eletrônica e mais um bar independente, som dos anos 70, 80 e 90. Rock'n roll, Pop nacional e interacional, MPB. No cardápio da casa, bolinhos de aipim com carne seca, quibe, empadas (que não experimentei) e um delicioso pastelzinho assado no forno, com catupiry. Administrado pelos irmãos gêmeos César e Paulo Audi do antigo Dr. Jekill, a danceteria faz sucesso não só pela sua animação e localização, mas também pela simpatia de seus donos e frequentadores.


ANIVERSARIO DA BORBA

Dia 09 de Outubro, filhos, netos, bisnetos e amigos ganharam um belo presente, um presente de valor inestimável, que foi festejado com alegria e emoção. Borba completou 72 anos de vida de lutas, perseverança, e força interior. Todos os anos no dia de seu aniversario sabemos intimamente que não festejamos somente mais uma data de seu aniversario mas que somos abençoados pela sua companhia impar e sua alegria de viver.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...