PINTURA TRAGICA
Renascer...Recomeçar?
Mais do que a trama e enfoques que centralizam as divergências de cunho moral, onde bem sabemos que velhos são excluídos, abandonados, subestimados, algumas vezes massacrados e proibidos de amar e ter uma vida sexual ativa, o filme é um grito de socorro e por que não dizer um alerta, uma declaração óbvia de que o corpo envelhece mas a alma não, e que decididamente nos mantemos emocionalmente, latentes, receptivos a tudo, por toda a vida, inclusive à amar, ter desejos e que para a velhice ninguém está preparado.
No final, deixando a familia, sua casa, o jovem amante para traz, ela sai com alguns pertences em baixo do braço em busca de si mesma, talvez de sua felicidade.
Filme: Recomeçar/ The Motter
"Um lugar chamado Notting Hill".
Relaxe
Chardonnay & Porre
Ontem resolvemos aprontar. Depois de uma deliciosa garrafa de chardonnay da reserva Miolo, tudo parecia ainda insuficiente, faltava mais, muito mais... A noite prometia emoções, bate-papos, amigos gargalhando, mais vinho, para dividir aquele momento imaginado... Fomos atrás e encontramos. Tiramos amigos da cama de pijama, recordamos viagens, planejamos outras sob o clima de muita alegria.. No final? Um porre daqueles, acompanhado de tonturas, nauzeas, delirios e tudo que uma embriaguês "daquelas" pode causar. Dormimos no chão sobre sobre a cama deliciosamente improvisada e tudo valeu muito apena, apesar do mal estar no outro dia.
Projetos & Projetos
Conjunto Z
Passeio pelo Bric
Quando abri a janelas de meu quarto, a manhã prometia um belo dia de sol. E realmente cumpriu-se. Espreguicei-me, tomei meu banho e então a lembrança abençoada: Férias? Parecia inacreditável, mas era verdade. São apenas quinze dias sem prévios planos, sem dinheiro, mas já dá pra desopilar, descarregar, limpar um pouquinho a cabeça do stress mental dos últimos meses de plantões corridos, agitação, adrenalina, paradas cardíacas, atropelamentos, motociclistas caído ao solo, surtos psicóticos e daí se vão... Peguei meu carro e fui dar um passeio no “Bric da Redenção”, como há muito tempo não fazia. Encontrei entre alguns rostos conhecidos uma porção de desconhecidos, alguma manifestação política, que sempre se encontra aonde quer que vá. Entregas de panfletos do PT, do P Sol, encontros de grupos não governamentais em favor do meio ambiente, da prevenção do câncer de mama, dos homossexuais, adoção de filhotes de gatos e cachorros vira-latas, por que os de raça são vendidos, homem e mulher-estátua, palhaços gigantes e coloridos, som de violão misturado com gaita de boca, cantores nordestinos interpretando musicas Zé Ramalho, dança e cantorias indígenas, a classe média desfilando cuias de chimarão e animaizinhos de estimação perfumados, filas quilométricas na banca do acarajé, do suco natural sem açúcar... Visitei minhas preferidas, as de pintura a óleo e moveis antigos, andei mais um pouco pelo parque almoçei um quibe com suco de abacaxi entre pequenos empurrões e com -licenças educados e fui-me embora ver o sol no Guaiba.
Numero do azar
Disse-me que se sentia como um dia eu descrevi e não mais lembrava: Numa pequena sala de estar com outras pessoas conhecidas, segurando na mão uma ficha numerada e que a todo o momento alguém abria a porta e anunciava um numero sorteado. Todos olhavam para suas fichas apreensivos, desconfortaveis. Então alguém cruzava pela porta de cabeça baixa, triste de seu fim, com o maldito numero na mão. O numero era o chamado para a morte do qual todos ali seriam sorteados sem exceção.
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Tadeu
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