Um novo olhar.

Minhas idas a Montevidéu estão se tornando tão frequentes que daqui um pouco, não terei mais olhos de turista para a cidade, mas de um cidadão comum que conhece a cidade de cabo a rabo e nunca se cansa de voltar. Está previsto para o primeiro fim de semana de Julho-(de 04 à 08), uma nova visita à cidade em função do curso de guia de turismo que estou fazendo, onde ficarei por cinco dias em (el trabajo de campo). 
Eu espero encontrar novidades, ver coisas que passaram despercebidas das ultimas quatro visitas que fiz anteriormente e também retomar o encontro com ambientes que particularmente foram uma curtição pra mim como a Feira Tristán Narvaja aos domingos, ou um agradável café no 1º andar da Livraria Puro Verso, acompanhado de uma canjinha musical dos artistas locais e ainda uma parrilhada no sempre movimentado Mercado Publico.
Tem uma coisa que eu acho importante em cada viagem que faço, mesmo sendo para um lugar que já conheço, que é quem me acompanhará nesta empreitada, mesmo que não seja com o objetivo único de se fazer lazer e diversão. Uma boa companhia consegue despertar na gente, novos olhares e sentimentos, assim como produzir expectativas como se fosse uma primeira vez. Vamos ver como tudo procederá! 
Passarei também pela histórica e charmosa Colonia de Sacramento, que se houver disponibilidade de tempo, matarei minha curiosidade de andar naqueles carrinhos que lembram carrinhos de golf, que da ultima vez não foi possível me aventurar. 
Montevidéu exibe um melancólico ar decadente, com um discreto charme europeu percebido em suas ruas sombreadas por Plátanos, bares, Cafés, Casas de Chás e muitos antiquários que são minha predileção.

Bondinho da Leitura.

Localizado no centro de Curitiba, na Rua XV de Novembro, o bondinho da leitura foi inaugurado em 1973, com a intenção de ofertar a animação as crianças enquanto suas mães realizavam as compras no calçadão da Rua XV de Novembro.
Em 1980 passou a funcionar como serviço de informações ao turista, nove anos depois voltou a ser um espaço cultural.

Em 2010, foi inaugurado como "Bondinho da Leitura", um espaço para difundir a cultura a todos os cidadãos da cidade de Curitiba, no bondinho foi criado uma biblioteca onde todos as pessoas tem o direito de ler e emprestar os livros gratuitamente, as pessoas podem emprestar até 2 livros por 15 dias, para ter acesso ao serviço oferecido, basta apresentar documento de identidade com foto, e comprovante de endereço.

Na primeira impressão.

Os curitibanos me passaram a ideia de um povo quieto, de poucas palavras, as vezes meio inibidos ao conversarem com as pessoas de fora de seu meio, da sua convivência habitual. Será que esta característica esta diretamente ligada ao grande numero de imigrantes de diferentes canto do mundo que lá se instalaram e foram construindo o perfil da cidade? Basta visitarmos os diversos memoriais construídos e espalhados pela cidade como aos ucranianos, alemães, italianos, japoneses e perceber a diversidade de raças e culturas que adotou a cidade para viverem.
O que eu quero dizer é que quando um lugar é ocupado por pessoas de muitas culturas diferentes, elas tendem a se isolarem em pequenos grupos para proteger seus padrões culturais e interesses, de possíveis influencias externas até conseguirem estabelecer laços de confiança, uma confiabilidade social onde todos se respeitam, mas se mantem na sua individualidade sem interferências.
Tudo me pareceu muito limpo, aparado e organizado. Quase sem nenhuma pichação e as poucas existentes, jamais em monumentos públicos-culturais e históricos da cidade. Até na exposição dos convite para a sacanagem, eles me pareceram discretos, como estes cartões de publicidade sexual colocados de forma organizada em cada cabine telefônica do centro da cidade.
Mas como dizia minha sabia avó, a educação pode ser algo muito subjetivo, uma espécie de cartão de visitas, que não se tem acesso as sub linhas da realidade do dia a dia das pessoas, basta lembrar que cidade está entre as capitais com maior índice de violência do país. Bom, água parada no terreno do vizinho pode ser profunda. Esta foi minha primeira impressão, quem sabe numa segunda visita novos detalhes surjam, não é mesmo?..

Arte de Rua.

Depois da iniciativa de postar aqui no blog sobre Arte de Rua, decidi sempre que possível fazer alguma referencia aqui no blog sobre este trabalho por vezes não reconhecido pela sociedade e como uma coisa puxa a outra encontrei este muro grafitado perto da minha casa, na rua Arthur de Oliveira esquina com a rua Dr. Felix Contreiras Rodrigues. Eu só não aprendi ainda a desvendar o nome de quem assina as obras, mas eu chego lá.

De cutícula rasgada.

Eu estou começando a entrar no limite do meu limite, no limite do trabalho estressante que realizo, no limite do curso que estou quase concluindo, no limite da aceitação dessas escolhas que fiz neste primeiro semestre, no limite para todo esse estreito espaço de tempo que sobrou, para fazer outras coisas que gosto e não tenho conseguido espaço para realiza-los a contento. Mas neste momento, me apoderando do titulo do livro de "Lya Luft", em tudo nesta vida há "Perdas e Ganhos" e nas perdas certamente perceberei mais tarde, ter de alguma forma valido a pena; Por enquanto algumas coisas estão me parecendo andar às avessas e na contramão de outras que pra mim devem ser aceitáveis e  estão me deixando pouco à vontade e incomodado. Acho que a maturidade comprovadamente nos torna mais exigentes e contra algumas regras e modelos institucionais que alguém obrigou serem necessárias e de grande importância as posturas sociais aceitáveis e que eu não engulo.
Hoje ganhei elogios numa avaliação curricular, mas também percebi que isto não significou nada pra mim. Não estou bem certo de que sou merecedor deles e por vezes chego a pensar que são armadilhas de caráter puramente moral e desnecessário. Estou desconfiado, cheio de incertezas e incômodos e com a cutícula do dedo indicador rasgada, esta dorzinha enjoada também desequilibra e ajuda a aumentar a sensação de mal estar geral e a expectativa de uma cura sem cicatrização dolorida.

Carrinhos & Pés de Lata.

Semana passada uma cena comum de rua, me fez viajar no tempo. Uma viagem de quarenta e poucos anos no meu passado e quem sabe no de tantas outras pessoas que viveram uma infância em que se produzia o próprio brinquedo utilizando-se apenas da criatividade e o desejo de mergulhar em sonhos e brincadeiras de criança. Eu estava dentro do carro, voltando do trabalho para casa e não pude deixar de observar aquela cena que pra mim parecia ter um gosto quase poético, renascido em poucos instantes diante dos meus olhos. Tratava-se um menino que brincava na calçada, com um desses carinhos feito de lata de leite em pó e que se despreza no lixo, por que aparentemente não tem mais utilidade, mas que quando se é criança, pobre e com alguma criatividade, acreditem tudo é possível criar. Me surpreendi principalmente pelo fato do brinquedo não ter sido esquecido com o tempo e o  menino brincando, me provou isto. 
O brinquedo era feito basicamente de uma ou duas latas, destas comuns de leite em pó, que eram furadas dos dois lados (na tampa e no fundo) bem no centro, com um prego e depois passava-se um arame pelos furos e enchia-se a lata de areia, fechava-se bem a tampa, e atava-se  o arame com outro que servia de puxador, e estava pronto o brinquedo. 
Com o passar do tempo, podia-se aperfeiçoar a técnica, aumentando o numero de latas e também o tamanho do carrinho, assim como, produzir  também o pé de lata, que consistia em duas latas furadas no fundo, onde se passava um barbante preso por um pregos no fundo de cada uma delas e então subir equilibrando-se sobre elas e utilizando-as como um sapato de latas. Nesta epoca da minha vida, nem se imaginava que surgiria video games, internet ou qualquer outra coisa do gênero. A maior parte do tempo da nossa infância era destinado para invenções modestas, mas eram invenções do qual tínhamos orgulho de ter conseguido inventar.

Arte de rua.

Tá certo, eu admito publicamente que gosto destes trabalhos de grafite e que acabei me interessando cada vez mais, por causa do meu filho que é um apaixonado nato pela arte e que acabou me puxando para o mesmo interesse. Hoje quando faço meus passeios por outras cidades, não deixo de observar atentamente os muro ou paredes dos prédios, com esses trabalhos imprimidos, por todos os cantos das cidades e admira-los de fato como um trabalho que vem paulatinamente despertando interesse e adeptos.


Num prédio em Curitiba 

Atualmente o grafite é considerado como uma forma de expressão incluída no âmbito das artes visuais mais especificamente, (da street art) ou arte urbana, onde o artista aproveita os espaços públicos criando uma linguagem intencional para interferir na cidade. Entretanto ainda há quem não concorde, comparando o grafite como uma simples pichação, o que certamente não se trata da mesma coisa.

Num muro em Trindade-RJ

O grafite remonta desde a existência do império romano, onde era costume escrever manifestações de protesto com carvão nas paredes de suas construções, como se fossem mensagens em cartazes. Tratavam-se de palavras proféticas e outras formas de divulgação de leis e acontecimentos públicos. Alguns destes grafites ainda podem ser vistos em sítios arqueológicos espalhados pela Itália.


Mas foi a partir do movimento da contracultura em Paris, quando os muros desta cidade serviram de suporte para inscrições de caráter politico social que a pratica se espalhou pelo mundo, sendo vista como uma nova forma de comunicação visual artística, passando posteriormente a serem expostos nas grandes galerias de arte do mundo moderno.

Trabalho de J. Michel Basquiat.

Um grafiteiro cujo o trabalho foi reconhecido, nesta nova forma de comunicação visual, da arte da contracultura foi; Jean-Michel Basquiat, que despertou o interesse da imprensa de Nova Iorque no final dos anos 70, por suas mensagens poéticas escritas nas paredes de prédios velhos e abandonados de Manhattan, tornando-o um ícone nesta modalidade artística.


Basquiat conquistou fama internacional e logo veio a morrer prematuramente aos 27 anos, em seu estúdio em 1988, possivelmente vitima de heroína do qual era dependente. Basquiat ganhou o rótulo de neo-expressionista e foi reconhecido como um dos mais significativos artistas do final do século XX.

Num muro em La Boca- Buenos Aires.

Atualmente "Os gêmeos", dupla de irmãos, grafiteiros de São Paulo, ganharam o mundo, tornando-se uma das influencias brasileiras mais importantes, ajudando a definir um estilo próprio de grafite. Seus trabalhos são encontrados nas principais capitais do mundo como: Londres, Berlim, Nova Iorque, Atenas, Havana, São Paulo, entre outras. Aqui em Porto Alegre, foram responsáveis por alguns trabalhos num projeto chamado Identidade de Rua, onde coloriram o metro da região metropolitana da capital e algumas cabines telefônicas.

Num prédio em Lisboa- "Os gêmeos".

Aqui em Porto Alegre, existem vários pontos em que o grafite substituiu aquela cor cinza, sem vida para uma nova roupagem colorida e de aspecto contemporâneo. Os próprios trens que circulam na capital para as regiões metropolitanas, ficam mais bonitos e alegres, quando suas paredes externas são grafitados com desenhos de cores vivas, que despertam a curiosidade dos usuários, com suas mensagens sutis. Isto é arte e cumpre sua função de mexer com o senso critico e criativo das pessoas.


Invasão silenciosa.

No Domingo passado, à noite, enquanto fazíamos o check-in no Aeroporto Afonso Pena, para retornarmos à Porto Alegre, percebemos a presença de uma celebridade entre nós. Eu que sou um tanto desligado, ainda custei a identificar de quem se tratava, embora a beleza da moça era de chamar não só a minha atenção como a das outras pessoas que aguardavam na fila a sua vez de serem atendidos. 
Era a atriz Tânia Khalill, cujo o nome rapidamente começou a percorrer pela boca dos presentes, causando um discreto alvoroço e olhares curiosos na sua direção.
Sabe o que acontece comigo nestas situações em que encontro pessoas famosas e de vida publica? Eu fico extremamente inibido; acho que estou incomodando e que se eu me aproximar para falar sobre qualquer coisa, pedir um autografo por exemplo, lhe causará também um certo embaraço. Outra coisa, está atitude das pessoas ficarem também de olho em cima, observando caladas cada gesto e movimento do outro, me parece uma especie de invasão silenciosa que me dá nos nervos. Prefiro ficar na minha e não arriscar invadir esses espaços que considero individual.

ÓPERA DE ARAME




Para quem não conhece Curitiba, é fácil confundir a estufa de vidro do Jardim Botânico em estilo inglês, com a Opera de Arame, já que as duas são feitas de estrutura metálicas talvez semelhantes. Foi o que aconteceu com um amigo meu, ao ver uma foto minha batida diante da estufa do jardim e comentar no Facebook que se tratava da Opera de Arame. Errar é humano e devo confessar que já confundi o Palácio de Cristal em Petrópolis, com a estufa do Jardim Botânico de Curitiba.


A Opera de Arame é mais um dos atrativos da cidade e que virou num dos principais cartões postais de Curitiba atraindo muitos turistas. Construído na cratera de uma pedreira desativada e por isto o lugar é hoje chamado de Parque das Pedreiras, é todo feito de estruturas de aço tubulares e o teto e algumas paredes, com policarbonato concedendo-lhe transparência em todos os seus tres níveis e extensão. 


Sob a base de sua estrutura, foi construído um lago artificial com imensas carpas e uma cascata com cerca de dez metros de queda d'água. Para se chegar a o teatro propriamente dito, cruza-se por uma passarela feito da mesma estrutura do prédio sobre o lago.


A Opera ocupa uma área de 4.000 metros quadrados e o auditório tem capacidade para abrigar 1.648 lugares, inclusive cadeirantes. O espaço cultural abriga as mais variadas manifestações artísticas. Foi inaugurado e entregue para a cidade em 19 de Março de 1992, abrindo o primeiro festival de teatro de Curitiba. Levou 75 dias para ser construído.


Dizem que vê-la iluminada durante a noite, é um dos espetáculos mais bonitos de se apreciar, Infelizmente não tive esta oportunidade.

LARGO DA ORDEM EM CURITIBA.





Falar no Centro Histórico de Curitiba, significa falar no Largo da Ordem, apelido dado pelos curitibanos a o Largo Coronel Enéas, localizado no bairro São Francisco, onde aos Domingos, acontece a conhecida feira de artesanato, com exposição de objetos para decoração, uma variedade de lanches, sucos, bebidas, comidas, roupas, peças de antiguidade, tudo o que se possa imaginar.



É neste local que se concentram importantes construções datadas do seculo passado, como a Igreja da Ordem, a Igreja do Rosário, a Casa Romário Martins, as Ruínas de São Francisco, o bebedouro do Largo da Ordem, a Fonte da Memória, assim como, importantes centros culturais e religiosos como o Museu Paranaense, a antiga Igreja Presbiteriana, a Sociedade Garibaldi, o Museu de Arte Sacra, e o Relógio das Flores.



Bebedouro do Largo da Ordem: Os tropeiros e fazendeiros da região de Curitiba costumavam dar de beber a seus cavalos e mulas no bebedouro, ainda hoje existente, no centro do Largo da Ordem. O bebedouro data de meados do século XVIII. É construído em pedra, com uma bacia de ferro no centro.




Sociedade Garibaldi; Foi fundada em 1º de julho de 1883 com o objetivo de proporcionar aos italianos radicados em Curitiba, uma maior integração, proteção e auxílio em horas difíceis. Em 1895, o terreno foi doado pelo Governo do Estado e o cônsul da Itália concedeu um empréstimo à comunidade Italiana, que lançou a pedra fundamental do atual prédio.




Ruínas de São Francisco de Paula: As Ruínas da igreja São Francisco localizada na Praça João Cândido, foi o que restou de uma construção inacabada que viria a ser a Igreja de São Francisco de Paula. Em 1811, a capela-mor e a sacristia ficaram prontas, contudo, em 1860, as pedras que finalizariam as obras da igreja, teriam sido usadas para erguer a torre da antiga Matriz. Existem relatos, não confirmados, de que foram construídos túneis ligando as ruínas a outros pontos da cidade.






Casa Romário Martins: Construída no século XVIII, em estilo colonial português, a Casa Romário Martins é considerada a casa mais antiga de Curitiba. Já serviu de residência, açougue e armazém de secos & molhados. Restaurada em 1973, recebeu o nome do cronista e historiador Alfredo Romário Martins (1874-1948). Hoje, a Casa é um centro de informações turísticas e referência histórica de Curitiba.





É também no Largo da Ordem, que podemos encontrar uma série de bares e restaurantes para s curtir a noite como o histórico Bar do Alemão, que postei Aqui no blog, especializado na culinária alemã. O Restaurante Sal Grosso; com mesinhas na calçada, muito disputado aos fins de semana e cujo o destaque é a alcatra na tabua, servida com arroz, salada de alface, tomate e maionese.

Tuba´s; Reúne em geral os apreciadores de rock´n´roll que frequentam o Largo da Ordem (e que muitas vezes dão uma passada por lá antes de seguir para o Hangar). Com música ambiente e exibição de DVDs de shows de rock, o bar conquistou seus clientes pelo estilo musical e também pela cerveja gelada e porções de petiscos. 

O Fire Fox: Conta com salão, mezanino e mesas que ficam na área externa, na calçada. Nas TVs, há exibição de DVDs de shows de pop e rock, e também de jogos de futebol. O cardápio conta com petiscos, lanches e pratos especiais, além de comidas exóticas como carne de avestruz e jacaré. 

O The Farm: Apresenta música ao vivo em estilos variados, e traz uma decoração rústica, com tema de fazenda. A ideia inicial era abrir uma pizzaria no local, mas vendo que o ponto ficava numa área mais boêmia, foi decidido que seria um bar. De qualquer forma, a pizza seguiu no cardápio, que conta também com porções e pratos, como o filé a parmigiana e o estrogonofe de filé minhon.

Farol do Saber


Fiquei muito interessado em conhece-los, quando o guia de turismo nos explicou de dentro da van sobre o Farol do Saber, enquanto nos deslocávamos da Opera de Arame em direção a outro ponto turístico da cidade desta forma só os vi de passagem. 
Trata-se na verdade de uma rede de pequenas bibliotecas espalhadas por diversos bairros de Curitiba, cujo o projeto foi concebido e mantido pela prefeitura municipal.  As bibliotecas possuem um acervo de 700 mil livros disponibilizados para empréstimo, além de livros digitais, que podem ser acessados através dos computadores, alem das infinitas possibilidades de pesquisa abertas a partir da internet, como parte de um projeto chamado, "Digitando o Futuro".


A inspiração para o nome e para a arquitetura do prédio veio da Biblioteca de Alexandria (uma das mais antigas do mundo - seculo III A.C) e do Farol de Alexandria (280 A.C). Existem cinqüenta e quatro unidades distribuídas por diversos bairros de Curitiba. O projeto arquitetônico é caracterizado por uma torre de farol com dez metros de altura numa área construída de 88 metros quadrados. O primeiro Farol do Saber foi inaugurado no bairro das Mercês, em 1994, com o nome de Machado de Assis.

JARDIM BOTÂNICO DE CURITIBA.


Eu já achava o Jardim Botânico, daqui de Porto Alegre, sem graça, com grande deficiência de manutenção e com poucos atrativos, anteriormente postado aqui no blog, então quando visitei o de Curitiba no fim de semana passado, tive certeza de que o nosso, mais se parece com um canteirinho desorganizado de fundo de quintal. Mas antes que eu seja interpretado como uma pessoa que não valoriza os atrativos de sua própria cidade, quero dizer antes de prosseguir, que este post serve como um sinalizador, de como é possivel conceber idéias e pô-las em pratica, quando existe ideais e interesses governamentais associados a outras iniciativas púbicas e privadas unidas, com objetivos comuns, como o de valorizar a sua cidade. O Jardim Botânico de Curitiba, é um exemplo deste tipo de parceria e hoje é considerado um dos pontos turisticos mais visitados da cidade paranaense, por sua beleza estética e urbanística, fruto de um trabalho conjunto que provou dar certo. Caminhar por suas alamedas em estilo francês é uma dadiva para quem admira não só a elegância do paisagismo, como também o seu planejamento num objetivo maior que é a conscientização ambiental.


Seu verdadeiro nome, Jardim Botânico Francisca Maria Garfunkel Richbieter, é uma homenagem à uma das pioneiras no trabalho de planejamento urbano da capital paranaense. Inaugurado em 1991, o jardim botânico, contém inúmeros exemplares de plantas brasileiros e de outros países, espalhados por alamedas e estufas de ferro e vidro, cuja a principal delas possui três abóbodas em estilo Art nouveau, inspirada no Palácio de Cristal de Londres, do século XIX. 


A estufa é climatizada e mantém em eu interior, espécies da Floresta Atlântica. Atrás dessa estufa está situado um espaço cultural com a exposição permanente do artista polonês naturalizado brasileiro, Frans Krajcberg. O nome da exposição chama-se "A Revolta" e expressa o sentimento do artista com relação à destruição sem limites provocada pelo homem nas florestas brasileiras. 


São centenas de obras, todas elas feitas a partir de restos de árvores queimadas ou derrubadas de forma ilegal. Outro espaço muito interessante e que desperta curiosidade entre os visitantes, é o Jardim das sensações, inaugurado em 2008, com o objetivo de estimular a intimidade entre as pessoas e a natureza através do tato, olfato e audição.



Se é comum que em áreas verdes de um parque ou jardim, as plantas fiquem isoladas do público para sua natural conservação e apreciação, no jardim das sensações este conceito foi abolido. No passeio, o visitante tem a liberdade de cheirar, ouvir e tocar tudo o que encontrar pela frente, inclusive com a possibilidade de vendar os olhos, experiência que promete aprofundar ainda mais os sentidos.


São cerca dezenas de espécies de plantas instaladas em pequenos canteiros e vasos ao longo de uma pista de concreto de mais ou menos 200 metros para ser percorrida a pé. No final do trajeto. Uma cascata e um conjunto de sinos feitos com bambu movimentados pelo vento reforçam a sensação da audição. A entrada é gratuita e o local é mantido pela prefeitura.
Só para finalizar: Em 2007 o Jardim Botânico de Curitiba, foi o monumento mais votado numa eleição para escolha das Sete Maravilhas do Brasil, promovido pelo site Mapa-Mundi, segundo informação colhida do wikipedia. Mesmo que este dado seja falso, eu seria um dos votantes a escolhe-lo.

MON: O MUSEU OSCAR NIEMEYER.

Entrar no Museu Oscar Niemeyer é como viajar numa nave espacial e estacionar em mundos  absurdamente inexplicáveis e belos, porem emocionalmente reconhecidos em nossas entranhas. Eu me perguntava, pra onde me levaria aquele corredor iluminado? Que novo mundo eu descobria na imensidão daquelas salas?

Talvez aquele imenso olho fosse um veiculo de captação a sensibilidade, aos traços visionários de um mundo particularmente concebido por cada artista a nos instigar silenciosamente. Afinal não é o olho o principal órgão de percepções visuais? Niemeyer foi mais uma vez, um artista visionário ou um iluminado na concepção arquitetônica deste espaço magico por sua forma visualmente futurística, neste imenso labirinto de formas retangulares e sinuosos. O próprio museu por si só já é uma obra de arte.


Uma grande surpresa pra mim, foi ter encontrado entre tantos trabalhos esta gravura de Grace Jones que gosto muito, pelos traços geométricos e elegância de movimento. O mais compensador nesta experiência de estar no museu contemplando seu acervo, é a interação que as obras em exposição nos convida a ter. São momentos de relaxamento apreciando cada detalhe, cada traço, cada pigmentação instigante, que por vezes nos faz também brincar diante de sua surpreendente grandeza.


Alguns trabalhos parecem terem sido arrancados de nosso sub consciente ou de nossos sonhos mais intrínsecos e sombrios e expostos diante de nossos olhos. Fiquei também bastante surpreso com a quantidade de jovens que circulavam pelo saguão do Museu, para conversarem, para dançarem, lerem, namorarem, enfim... Este lugar me pareceu antes de tudo, um polo de atração às necessidades emocionais e intelectuais do ser humano independente de seu interesse consciente pela arte.


Além das salas de exposição, auditório, cafeteria, o museu conta com um grande espaço ao ar livre, onde é possível interagir com a natureza e muitas obras de arte espalhadas ao seu entorno. Na cafeteria, um ambiente acolhedor para um relax e um bate papo (in) formal...


Bar do Alemão.


Visitei neste Domingo o conhecido Bar do Alemão (o Schwarzwald) no Centro histórico de Curitiba, com mais de 25 anos de existência. A casa foi aberta em 1979 e é ponto de encontro obrigatório para quem passeia pela feirinha do Largo da Ordem, aos domingos como referencial histórico da cidade. 
O cardápio é composto por pratos tradicionais da culinária alemã como o eisbein (joelho de porco), petiscos como a carne de onça (carne crua temperada e picada sobre pequenas fatias de pão preto, cebola e tempero verde, sal e azeite de oliva), além de vários tipos de bebidas e chopes. A marca da casa é o Submarino, um caneco de chope branco ou escuro de 500 ml com uma dose de Steinhäger, que vem dentro de uma canequinha de porcelana colecionável. Mesmo perdendo pontos por se tratar de uma visita técnica curricular eu jamais perderia a chance de ter esta experiencia na minha vida.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...