Será que é só eu, que me sinto cansado, desestimulado, desamparado, pensando que o mundo não tem mais saída e que as pessoas não vão melhorar e que qualquer promessa positiva de mudança é somente um engodo pra continuarem egoístas, preconceituosas, intolerantes, violentas e infelizes?.. Eu como cidadão brasileiro e negro, não aguento mais viver com tantas injustiças cometidas com seres humanos da minha cor.
Acontece que desde do dia 25 de maio de 2020, começou um protesto em varias cidades americanas, que já dura quase uma semana e promete não parar tão cedo, a menos que os governantes tomem medidas legais que não discriminem os cidadãos pela cor da pele no país, dando-lhes direitos igualitários na sociedade americana branca. A passeata iniciou-se em repudio a abordagem feita por um policial branco a um homem negro, George Floyd , em Minneapolis, que foi asfixiado, até a morte, mesmo depois de ser imobilizado. A passeata que tem adesão também de cidadães brancos, se espalha por outras cidades americanas e pelo mundo, de forma pacifica, tentando sensibilizar os governantes, quanto ao tratamento agressivo dado as camadas menos favorecidas nos EUA, como negros, latinos, gays, judeus e outros, o que não se diferencia daqui do Brasil.
As manifestações que tomam as ruas dos EUA pelo oitavo dia seguido, em protesto a morte de George Floyd, não somente é legitima quanto justa, num país de primeiro mundo e visibilidade global.
A imagem do policial com o joelho sobre o pescoço da vítima, que, deitada na rua e imobilizada, dizia "não consigo respirar", foi o gatilho da onda de indignação que tomou o país após divulgação da imagem gravado por algum transeunte, nos meios de comunicação.
O manifesto virou num caldeirão que protesta não só contra o racismo, mas as agressões da policia americana, e a segregação do estado contra negros, gays, imigrantes, judeus e católicos, que sofrem humilhações da supremacia americana branca por anos.
E quando se fala em supremacia branca, devemos pensar em uma forma de racismo centrada na crença (e na promoção desta crença) de que os brancos são superiores a pessoas de outras origens raciais e que, portanto, os brancos devem governar politicamente, economicamente e socialmente, os não-brancos são considerados uma sub-raça sem nenhuma garantia de direitos.
Manifestações semelhantes ocorreram em 2014 no Estado do Missouri, onde o jovem negro Michael Brown, de 18 anos, havia sido morto por um policial branco. O presidente do país era Barack Obama e em 1968, após o assassinato do líder de direitos civis Martin Luther King Jr.
No Brasil, em Maio de 2020, João Pedro Matos Pinto, um menino negro, de 14 anos, foi baleado e morto dentro da casa de seu tio, em São Gonçalo-RJ, pela policia federal em ação com a policia civil, é a prova de que o alvo da policia, são na grande maioria jovens/adolescentes e crianças negras/inocentes, que sofrem violência por sua condição e cor de pele.
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