TUDO É JAZZ EM OURO PRETO.



A decisão de comprar as passagens não foi planejada, aconteceu num momento de impulso diante do computador, tanto que eu não lembrei dos festejos da "Semana Farroupilha" por aqui em Porto Alegre e que aconteceria o "Tudo é Jaz" lá por em Minas. Sorte minha e dos que me acompanharam!.. Eu pensava em apenas conhecer a cidade histórica e enquanto isto, me pareceu que somente assim nasce os momentos inesquecíveis, quando não planejamos, e as coisas vão acontecendo, se montando aos acontecimentos, agregando um sabor diferente, uma expectativa que só é saciada depois do feito realizado. Participaram também deste passeio: Cristina e Beto, Tânia, Rosane e eu.


Sexta-feira 17/09/2010:
voo saiu do aeroporto Salgado Filho-PoA às 6h.30min. com uma escala em Campinas e parada final no Tancredo Neves em Confins (onde locamos um carro). Foi o pulo do gato, para nós, sedentários, outros safenados, hipertensos e preguiçosos, com GPS que nos facilitou o percurso até Ouro Preto e também agilizou os passeios pelas ladeiras íngremes e ruelas no centro histórico da cidade histórica e arrabaldes.

 O JECA TATU:
Na ida para Ouro Preto, paramos na estrada algumas vezes para lancharmos, matarmos a sede e entender o GPS que parecia ser o sexto passageiro, nos orientando com voz feminina e sexy: (Mantenha-se na esquerda da pista!..Você está acima da velocidade permitida!..). 

Um destes lugares, foi o "Jeca Tatu" em Itabirito no quilometro-45 da Rodovia dos Inconfidentes, uma espécie de lancheira/restaurante com pequeno museu de móveis, utensílios antigos e muitos discos de vinil, onde comemos uma deliciosa empada de frango. 
Informaram-nos que serviam almoço, mas como chegamos tarde, só sobrou como opção uma limitada variedade de salgados.. 
A moça simpática que atendia no balcão permitiu bater uma foto sua, que eu prometi colocar aqui no Diário de Bordo, quando voltasse pra casa. Lamentei depois, não ter experimentado o pastel de angu oferecido por ela, e que mais tarde descobri ser a especialidade da casa.


O "Jeca Tatu" lembra uma espécie de rancho de beira de estrada, muito simpático, decorado também com artefatos campeiros, como carretas, arados, rodas de madeira, cadeiras antigas e um pequena capela de pedras com uma santa que esqueci de perguntar o nome.

Jeca Tatu
Descansamos alguns minutos debaixo das árvores e seguimos viagem. Logo que se toma o acesso para Ouro Preto, já se encontra pelo caminho as famosas panelas de barro e de pedra sabão, expostas nas calçadas para apreciação e venda. Tem todo o tipo de artesanato e as panelas de variados tamanhos, achei-as com preços salgados. A Tânia que sofre de compulsão por comprar, teve de ser contida para não saltar pela janela do carro. 

Chegando ao centro de Ouro Preto, já percebemos além da movimentação de pessoas pelas ruas, o trafego intenso de veículos em volta da Praça Tiradentes, o entra e sai de pessoas em lojinhas, bares e igrejas, as ladeiras íngremes e estreitas de calçamento de pedras irregulares, dando acesso à catedrais enormes, capelas, fontes e casarões em estilo barroco. A Praça Tiradentes é sem duvidas o coração de Ouro Preto, cujo o centro ergue-se um monumento à Joaquim José da Silva Xavier, cercado de prédios veículos, uma muvuca total.



ORIGEM DO NOME OURO PRETO:
O nome Ouro Preto foi adotado em 20 de maio de 1823, quando a antiga Vila Rica, foi elevada a cidade. "Ouro Preto" vem do ouro escuro, recoberto com uma camada de óxido de ferro, encontrado na cidade.
 

TUDO É JAZZ:
Ouro Preto é cheia de acessos, curvas que se desdobram e confundem os olhos dos visitantes abrindo-se para uma pequena e surpreendente praça, com casarões germinados de janelas e portas coloridas - muitos deles utilizados como republicas estudantis.


Neste fim de semana, além do movimento habitual provocado pelos turistas, a cidade estava como esperávamos encontrar, muito mais movimentada e respirando Jaz por todos os poros, por estar sediando a nona edição do "TUDO É JAZ" evento artístico com o objetivo de promover o intercambio entre artistas internacionais e brasileiros e homenagear Louis Armstrong- ícone do jaz internacional e os 300 anos de Vila Rica - (Ouro Preto).



Outra coisa que nos chamou a atenção, foi ter notado pelas ruas, vários carros estacionados e de janelas abertas. Será que não ocorrem furtos na cidade?.. Também não presenciamos qualquer tipo de algazarra entre jovens e olha que a cidade estava cheia deles com latinhas de cerveja na mão.



O HOSTEL:
Ficamos hospedados no Hostel Brumas, na ladeira da Igreja São Francisco de Paula, pertíssimo da rodoviária. O hostel localizado no alto da ladeira é simples, de decoração colorida, com uma vista privilegiada da cidade e oferece um serviço que a maioria dos hospedes esperam, simpatia, hospitalidade e preocupação com o bem estar e satisfação dos clientes sem ostentação e luxo. Era do que precisávamos.


A tarde fomos conhecer as igrejas, museus e fontes espalhadas pela cidade e a Feira de Artesanato em pedra-sabão que vende uma infinidade de objetos decorativos e se concentra grande quantidade de turistas em busca de suvenires.


Nas proximidades da Praça Tiradentes, está a Rua das Flores e a Rua Direita. Nesta segunda, pudemos visitar a antiga residência de Tomás Antônio Gonzaga, que ocupou o cargo de Ouvidor de Vila Rica. Desembocando na Praça Reinaldo de Brito, está situada a Casa dos Contos que serviu de prisão para os inconfidentes.


A Casa dos Contos é uma das poucas construções que existe em seu interior uma senzala preservada e aberta a visitação.


IGREJA NOSSA SENHORA DO PILAR:

É a Igreja mais rica e requintada de Minas Gerais e que consumiu mais de 400 quilos de ouro e de prata em pó para ornamentar as talhas da nave e da capela-mor. Na sacristia da igreja funciona o Museu de Arte Sacra, repleto de peças do século XVIII.

IGREJA SÃO FRANCISCO DE ASSIS:

Considerada a obra-prima de Aleijadinho e um dos mais belos exemplares do barroco brasileiro, a igreja tem projeto e grande parte das esculturas assinadas pelo artista. A pintura ilusionista que cobre o teto da nave, retratando a assunção de Nossa Senhora da Porciúncula, é de autoria de Mestre Athayde. A obra foi iniciada em 1765 e concluída em 1869.

Igreja São Francisco de Paula
    

Ponte do Contos- construída em 1745.


PASSO PIZA BAR:

A noite fomos conhecer o bar restaurante "O Passo Pizza Jazz"- localizado à poucos metros da "Ponte dos Contos", na rua São José -56, do qual ouvimos inúmeros comentários positivos enquanto caminhávamos pelas ruas. O bar ocupa o segundo piso de um casarão centenário com as paredes pintadas de um marrom terracota e pinturas de efeito que lhe dão um aspecto envelhecido e nobre, junto com o assoalho de tabuas largas, muito usado no período colonial, alem disto possui uma sacada lateral, onde apresentavam-se alguns músicos de Jazz. Como tínhamos nos alimentado somente com lanches durante o dia, o Beto pediu neste bar um Bife San Telmo que consiste em: Contra file Argentino grelhado, (relativamente mal passado), com farinha do norte na manteiga, batata dourada com alho e molho chimichurri. Além da boa apresentação do prato, as batatas estavam mal cozidas, mas com certeza passaram desapercebidas quando um dos músicos do "Bendito Blues" cantou Summertime em homenagem a grande dama do Jazz Billie Holiday. Eu, Cristina e Rosane, ficamos degustando um prato de batatas fritas temperadas com alho que eram uma delícia.

    


BAR E RESTAURANTE TOFFOLO:

Localizado na rua São José- 72, ao lado do "O Passo Pizza-Jazz" e a poucos passos da Ponte dos Contos, o bar Toffolo, com aspecto de restaurantes antigo, porém simples e com pequeno recuo da calçada, que possibilita acomodar mesas e cadeiras na rua. Quando passávamos em frente, tocava musica popular brasileira da mais alta qualidade ao som de Violão, clarinete e pandeiro. 
O musico tocador de pandeiro, estava hospedado no mesmo hostel que nós, e o apelidamos de Lenine por seus traços semelhantes a o do cantor. O administrador e filho da dona do bar, um homem beirando aos 58 anos e muito falante, me confidenciou que tem preferencia pelas musicas populares brasileiras, nada de Jazz. (Temos que valorizar nossas raízes e o que é nosso, jazz é coisa de americano e eu sou antiamericano!.. - protestava). 
A comida é muito gostosa e ainda tem de aperitivo a famosa cachacinha mineira que não arde na garganta mas atrapalha as ideias. A Tânia comprovou o poder desta bebida, no ultimo dia por lá!..

Passeio de Trem até Mariana
Sábado 18/09/2010:

PASSEIO DE TREM:
No Sábado levantamos cedo para fazermos o passeio de Trem de Ouro Preto à Mariana, conforme combinamos. Eu e Rosane fomos à pé para a estação enquanto os outros se arrumavam e iriam de carro encontrar-nos, mas infelizmente chegaram depois da partida do trem



Chegamos antes das 10 h na estação e fomos os últimos a conseguir lugar, por ser um passeio muito concorrido. A viagem leva em torno de uma hora de uma estação à outra, cruzando por vales, pontes e tuneis que quase encostam nas paredes do trem, descortinando toda a bela paisagem da serra mineira. Um dos funcionários do trem, caminhava pelos vagões e nos informava sobre cada detalhe da paisagem que passavam pelas janelas.



Durante o passeio fomos presenteados, dentro do trem, com o Show do "Russo Jaz Band", um grupo de brasileiros (paulistas), formados por seis músicos que se utilizam do trompete, sax alto, trombone de vara, tuba, banjo e washboard, para tocarem músicas tradicionais americanas como dixieland, ragtime, marchas, jazz e blues, até a estação (rosada) de Mariana. Este foi um dos momentos que mais apreciei no passeio, causando a sensação de estarmos nos reportando no tempo!

O show continuou ainda por longo tempo em frente a estação de trem rosada, onde as pessoas se aproximavam e dançavam ao som da balada do jazz, que lembrava os tempos de ouro em Nova Jersey.

MARIANA:
Caminhando pelas ruas de Mariana, percebemos que é uma cidade graciosa, mas não possui tantas ladeiras quanto Ouro Preto e talvez por estar localizada num ponto mais baixo, faz muito calor e parecia abafada. Almoçamos no restaurante "Rancho Fogão à lenha" na Praça Frei Gomes 108, com comida tipicamente mineira à vontade e em seguida fomos caminhar mais um pouco pela cidade.


RANCHO FOGÃO A LENHA

Ficamos impressionados com a quantidade de igrejas que se concentram em toda aquela região. São tantas, que chega a ter uma do lado da outra, causando aquela sensação cansativa de que está se repetindo um cenário que você  viu inúmeras vezes. Mariana fica á 12 quilômetros de Ouro Preto e pode-se deslocar de uma pra outra à pé se tiver energia suficiente.

CENTRO DE MARIANA

Um fato histórico importante e que vale colocar aqui, é que no século XVII, Mariana tornou-se a primeira capital de Minas Gerais por participar de uma disputa onde a vila que arrecadasse maior quantidade de ouro, seria elevada à Cidade, sendo a capital da então Capitania de Minas Gerais. A Origem do nome Mariana: foi dada em homenagem à Rainha D. Maria Ana de Áustria, esposa de D. João V.



Ao final da tarde, antes de anoitecer, fizemos o caminho de volta, no carro que havíamos locado. Em Ouro Preto, o show de rua se deu por conta de dois ilustres desconhecidos (um no violão e outro no violoncelo) num palco montado sobre um palanque de rua, ao lado da igreja do Rosário. Com repertórios que passeava de Vila Lobos, Jacó do Bandolim, Gilberto Gil, Tom Jobim e outros nomes de peso, os dois músicos arrancaram emoção da platéia e andantes que por ali passavam curiosos e paravam para assisti-los boquiabertos. Voltamos para casa cansados e muito emocionados com o espetáculo à céu aberto do qual assistimos.

IGREJA DO ROSARIO - OURO PRETO


Domingo 20/09/2010:I

MINA DE PASSAGEM:
No nosso ultimo dia, pegamos novamente a estrada pela manhã e fomos conhecer a Mina de Passagem, antiga mina de ouro, que atualmente é a maior mina aberta à visitações turísticas do mundo, à 5 km de Mariana. Com 315 metros de extensão e 120 metros de profundidade e um lago natural de água azul transparente no seu interior pouco iluminado, a mina é um dos pontos altos do local e atrai turistas de todos os lugares para conhece-la. O guia nos informou da existência de outras galerias abaixo de onde estávamos e que durante as escavações, um lençol freático foi encontrado ocorrendo inundações nas galerias inferiores, formando-se o lago nas partes mais altas, atualmente propício a prática de mergulho turístico. Contou também que no passado foi retirado 35 toneladas de ouro para os europeus.



A exploração de ouro teve seu inicio em 1719 e finalizado em 1984. Em 1999 a mina foi reaberta para a exploração turística. Com tanta história ao longo de sua existência, a mina, não deve deixar de ser apreciada por quem visita Ouro Preto e Mariana.

LAGO SUBTERRANEOA EM M. DE PASSAGEM




O trajeto até a mina, se faz num pequeno trolley (espécie de vagão com bancos de madeira), puxado por um cabo de aço, usado pelos mineiros na época da exploração do ouro, a mais de 120 metros de profundidade, o equivalente a um prédio de 30 andares. As galerias são iluminadas e foi possível ver tudo a nossa volta, como maquinários de perfurações e de sucção da água, os salões, os veios minerais que compõe as paredes rochosas.



Ao contrario do que eu pensava a mina não é apertada, possui muito espaço onde é possível andar de pé e com um grupo relativamente grande de pessoas no seu interior. Numa das galerias existe inclusive um altar com a imagem de Santa Bárbara, a pedreira dos mineradores.



A mina conta também, a alguns metros de sua entrada, com um restaurante, o "Clube do Ouro", que serve comida mineira feito num típico fogão de pedras e barro e um pequeno museu, com exposição de objetos utilizados na extração do ouro e uma liteira do século XVIII, (espécie de transporte), pertencente ao arcebispo de Mariana. A peça está bastante preservada.


Ao final do passeio, fora da mina, o guia nos fez uma demonstração de como era feita a separação do ouro inicialmente misturado a rochas moídas é outros metais, numa bandeja de aço apropriada para este trabalho e utilizada neste processo manual.


PICO DO ITACOLOMI:
Depois de conhecer a Mina de passagem tentamos conhecer o Pico do Itacolomi, localizado no Parque Estadual do Itacolomi, nos municípios de Mariana e Ouro Preto. Com 1.772 metros de altitude, servia como ponto de referencia aos antigos viajantes da Estrada Real, com longas curvas e uma flora de encher os olhos. A palavra Itacolomi vem da língua tupi e significa "Pedra Menina" pois os índios viam o pico como um filhote da montanha.


Neste ultimo dia, não foi possível ver muita coisa, pois o dia estava nublado, dificultando a visibilidade do pico, além do que, chegamos muito tarde para solicitar uma visita guiada. Ficamos somente nas proximidades de um lago e no morro das antenas.


Voltamos para o hostel frustrados com este ultimo passeio que não deu certo, mas muito satisfeitos com os outros que deram e aprendemos muito sobre a história do Brasil- Ciclo do ouro e daquela região. No frigir dos ovos, foi um fim de semana inesquecível que com certeza nos causará saudades e grandes gargalhadas quando sentarmos para relembrarmos.


Na ultima noite em Ouro Preto, nos despedimos da cidade com um ultimo jantar no Restaurante Toffolo, onde conhecemos sua proprietária, para depois seguirmos de carro, até o aeroporto de Confins. Acidentalmente o grupo se dividiu, pois não conseguimos voo para todos no mesmo horário. Voltamos em aeronaves diferentes. 
Chegamos todos bem em Porto Alegre, cansados, com muitas histórias para contar aos amigos e também saudosos das ladeiras, igrejas, casebres centenários e a vida noturna de Ouro Preto que é muito boa e animada. 

BAR RESTAURANTE TOFFOLO

Algumas dicas importantes: 
A o passear por Ouro Preto, use roupas confortáveis. Use calçados baixos e aderentes para andar nas ladeiras ìngremes e resvalantes de Ouro Preto. 
Durante o dia faz calor, mas a noite a temperatura cai.
Para visitar os espaços turísticos, fique atento ao horário de funcionamento, muitas atrações não abrem às segundas-feiras. Em algumas, há cobrança de ingresso e não é permitido o uso de câmeras fotográficas e filmadoras.
Taxis:
O serviço de táxis por lá, parece comunitário. Varias pessoas compartilham o mesmo veiculo e é cobrado uma taxa única para cada passageiro.

Compras de artesanato:
O souvenir típico de Ouro Preto, é o artesanato em pedra-sabão, encontrado nas principais feiras da cidade: O Largo de Coimbra e da Associação dos Artesãos de Ouro Preto (Avenida Padre Rolim), que funcionam todos os dias.
Lugares para comer: 
São muitos espalhados pela cidade, mas eu recomendo: O Passo Pizza Jazz- Rua São José 56/andar-1.
e o Bar Restaurante Toffolo- Rua São José 72 que faz mais o meu estilo.

Passagem de trem Ouro Preto/Mariana: 
Ingresso: R$22,00 à partir das 10 h e somente nos fins de semanas e feriados.
Mina de passagem: 
Ingresso: R$24,00

Restaurante em Mina de Passagem:
R$ 22,00 comida mineira-bife livre
R$ 26,00 comida mineira-bife livre+ sobre mesa.
R$ 29,00 comida mineira/bife livre+ Churrasco.


O que deixamos de visitar e ficará para um nova oportunidade:
A cidade de Tiradentes, 
Os doze profetas em Congonhas, 
A mina do Chico Rei
Cemitério afro da cidade.

Até o próximo passeio gente!

Foi o Vinte de Setembro..




Foi o Vinte de Setembro o precursor da Liberdade!...

Se não ganhamos a guerra, ganhamos o direito de fazer a festa! Mas eu particularmente não me ajusto a festa, as comemorações tradicionalista das minhas origens, então devo buscar o que me convém: Tudo é Jaz - Ouro Preto - Minas!. A nona edição aconteceu neste fim de semana com a participação de varias expressões do Jaz internacional e muita canja musical nas ruas, bares, escadarias de igrejas, onde era possível expressar e dividir musicalidade de bom gosto, comida e bebida do jeitinho mineiro.

Para onde vão algumas pessoas?

"Os bons vão para céu, os maus para o inferno, mas os aventureiros para qualquer lugar!.."
Hoje li na pagina de um blog, esta frase que achei interessante.  Isto dá aos aventureiros a possibilidade de conhecer e portanto fazer escolhas, de certa forma, uma liberdade que se difere dos demais.

Algumas coisas que damos o nome de coincidência

Tem coisas que não temos explicação nesta vida e então por pura preguiça ou comodidade intelectual, damos o nome de "coincidências".
O fato é que nestes dias, me tem chegado as mãos "coincidencidentemente", alguns filmes com temas espiritualistas para assistir, sem que eu os tenha escolhido.
Primeiro foi "Minha vida no outra vida" que assisti na casa de uma amiga na Sexta- feira de tarde e que me deixou constrangido por ter me deixado com aqueles nós insolúveis na garganta depois de ter acabado o filme. Cafés e mais cafés e o nó perssistia!
No Domingo à tarde, "As Cinco Pessoas que você encontra no Céu"_ pela Ulbra TV, durante o plantão com meu colega e que mesmo tentando disfarçar, não consegui esconder os olhos vermelhos. Hoje ele retirou de sua pasta o DVD com o filme, "Chico Xavier"que de todos, menos mexeu com minhas emoções, mas tambem não deixou em certos momentos de me balancear e levantar certas questões.
Se não fosse pela minha insistência em acreditar nas "coincidências", eu diria que a vida está tentando me aprontar algo!..

As Cinco Pessoas Que Você Encontra No Céu.


Com título sugestivo e por isto causando certa curiosidade, o filme conta uma história para nos fazer refletir sobre o verdadeiro significado de nossa existência. As Cinco Pessoas que Você Encontra no Céu, conta a história de Eddie, o mecânico de um parque de diversões que morre no dia de seu aniversário de 83 anos, tentando salvar uma garotinha.
Imerso numa rotina de trabalho e solidão, ele passou a vida se considerando um homem fracassado. Ao acordar no céu, encontra cinco personagens inesperados que lhe mostram o significado e a importância de sua vida sobre algumas pessoas com quem ele conviveu. Independente de qualquer apelação espiritualista que o filme possa sugerir, ele é uma lição de vida, pois frequentemente nos sentimos frustrados, impotentes e sem a importância que gostaríamos de ter. Nos faz lembrar que vivemos numa ampla teia de ligações inexplicáveis e que ainda assim temos o poder de mudar o destino dos outros, com pequenos gestos muitas vezes pouco valorizados.

LAGUNA



Laguna é pra mim uma cidade peculiarmente bela e parece emanar uma energia diferente das outras cidades catarinenses que conheço. Cidade da heroína Anita Garibaldi e de importante papel na historia brasileira, uma vez que se tornou um marco histórico cultural, servindo no seculo passado como referencia para a assinatura do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha. De ter participado da revolução Farroupilha e se tornado uma capital independente do Império Brasileiro, mesmo por pouco tempo e guardando consigo registros de importantes acontecimentos históricos locais.. .


SIGNIFICADO DO NOME:
Segundo a Wikipédia- enciclopédia livre, a palavra laguna se refere a uma depressão formada por água salobra ou salgada, localizada na borda litorânea, comunicando-se com o mar através de canal, constituindo assim uma especie de quase-lago.

DISTANCIAS:
De Porto Alegre até Laguna são 354 Km pela BR 101 em direção norte/leste. O trevo de acesso a cidade fica no km 335 da rodovia depois de cruzar por vendedores de butiá e camarão próximos e na travessia da ponte sobre a lagoa Imaruí e Santo Antônio.
Sua área central são de ruas estreitas com calçamento de pedras de paralelepípedo e casarios coloridos lembrando sua influência da colonização açoriana estabelecida ali no passado.


Alem de numerosas praias, a costa lagunense reserva outras surpresas, como o centro histórico onde é possível conhecer:

MUSEU CASA DE ANITA:
Anita Garibaldi também recebeu um espaço especial que conta um pouco de sua história. A casa transformada em museu foi construída em 1711 e foi onde Anita se vestiu de noiva para seu primeiro casamento. Estão expostos a visitação móveis da época e utensílios pessoais, além de uma urna com terra do local onde Anita foi enterrada, no cemitério de Ravena, na Itália. Outra peça interessante guardada pelo museu é o mastro do navio “Seival”, uma das embarcações transportadas por Giuseppe Garibaldi desde o interior do Rio Grande do Sul para a tomada de Laguna.


CASA DE CÂMARA E CADEIA:
Erguido em 1747 como, construção típica do período colonial. Em 1839, o local foi palco da proclamação da República Juliana, quando Santa Catarina ficou independente do regime monárquico por quatro meses. O museu também possui um acervo de armas desse período, como lanças, baionetas, espadas, punhais e canhões, e peças mais recentes da 1ª e 2ª Guerra Mundial.


MARCO DE TORDESILHAS: 
Monumento erguido para lembrar a assinatura do Tratado de Tordesilhas em 1494, que estabelecia uma linha imaginaria de 370 léguas a oeste do Arquipélago de Cabo Verde, sendo que as terras a leste desse meridiano pertenceriam a Portugal. O trecho de terra limitado pelo tratado se estendia de Belém do Pará, ao norte, até Laguna, ao sul.


FONTE DA CARIOCA:
Construída por escravos em 1863, além de um belo cenário de época, ainda serve aos moradores a água de uma nascente localizada no alto do morro. Diz o ditado popular que "Quem bebe desta água sempre retorna a Laguna e seus amores".


CASA PINTO D'ULYSSÉA:
É uma réplica de uma Quinta Portuguesa, conhecida também como Casa dos Azulejos, foi construída em 1866 pelo Ten. Coronel Joaquim José Pinto D'Ulysséa e restaurada em 1982. Atualmente é um local destinado à produção e comercialização de Trabalhos Artesanais, como a arte de vidro a fogo de Murano-Itália, produzidos por grupos organizados e oficinas de programas sociais do município.

IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO:
Construída de pau à pique em 1696 foi substituída em 1735 pela atual matriz, com altares em várias formas do estilo barroco. As colunas, portas e bancos foram feitos com madeira trazida de Portugal, ou próprias daqui como Pau-Brasil e Canela. O interior e as imagens encantam pela arquitetura e pelos detalhes em ouro. A pia batismal foi construída uma única peça de rocha gnaise, trazida de Portugal no início do século XVIII. Outro ponto que chama a atenção é a tela de Nossa Senhora da Conceição, pintada pelo catarinense Victor Meirelles, em 1856, em Roma.

ESTATUA NOSSA SENHORA DA GLORIA:
Erguida à 126 metros de altura, no alto do Morro da Glória, é um ponto de peregrinação de fiéis. O local permite uma vista do centro histórico da cidade, dos bairros, das praias e lagoas. O acesso ao local é pavimentado.

DOCAS:
Localizada às margens da Lagoa de Santo Antônio, permitindo a ancoragem de pequenas embarcações e iates. Deste local também se pode observar um belo pôr do sol, e à noite, a lagoa iluminada pela pesca do camarão.

FAROL DE SANTA MARTA:
Distante cerca de 17 km do centro da cidade, o acesso é feito por uma estrada de terra batida. Antes disso é preciso atravessar o canal da barra, um trecho de mil metros feito por balsa. Construído por franceses em 1891, no alto do cabo de Santa Marta, o farol tem 29 metros de altura, com alcance de 92 km geográficos, sendo um dos maiores do mundo.


LAGOA DE SANTO ANTONIO E IMARUÍ:
Durante a noite, transformam-se num verdadeiro espetáculo. Observadas à distância, as milhares de lampadas à gás, usadas para atrair o camarão até as redes tranformam a superfície da água em uma cidade flutuante.

PEDRA DO FRADE:
Localizada na extremidade da Praia do Gi, a Pedra do Frade, desafia a lei da gravidade ao sustentar-se sobre uma superfície inclinada. Essa formação rochosa de 9 metros de altura e 5 m de diâmetro recebeu o nome pela semelhança com um padre franciscano. Existem duas histórias sobre o monumento: a primeira diz que a pedra foi colocada estrategicamente pelos índios pré-históricos que habitavam a região há 3 mil anos. A outra, mais conhecida, que a aponta como o marco oficial do Tratado de Tordesilhas, acordo assinado entre Portugal e Espanha, em 1494. Foi considerado o primeiro cartão postal do Brasil. L eia mais sobre ela AQUI.


CARNAVAL DE LAGUNA:
A festa começa um mês antes, quando as escolas de samba realizam ensaios, desfilando no centro da cidade. Mas o ponto alto da festa está no final de semana do carnaval, com o desfile oficial dos blocos e escolas, além do encontro de milhares de jovens na Praia do Mar Grosso, embalados pelo som de bandas e trios elétricos.

AS PRAIAS DE ITAJAÍ EM STA. CATARINA.


O bom quando se vai para aqueles lados do Balneário Camboriú é que você não precisa usufruir somente do balneário propriamente dito, sempre lotado de gente e com aquela areia úmida e incômoda debaixo dos pés (e que um dia foi anunciado no Programa "Fantástico" como uma das areias de praia mais poluídas do país). Evidentemente que para quem gosta de badalações, shoppings, noites agitadas, engarrafamentos de carros nas ruas e não se importa com poluições [...] é uma boa pedida.
Então pra onde ir alem dos limites do Balneário Camboriú?.. Aqui vai algumas sugestões:

PRAIA DOS AMORES:
Para quem aprecia uma praia mais calma, sem disputa de centímetros quadrados de areia e de preferencia seca, o ideal é caminhar uns 200 metros em direção à Itajaí, na praia dos Amores, ao lado do Morro do Careca, no costão Sul, onde se pode praticar ou assistir vôos duplos de paragliders e desfrutar o sol e o mar sob guarda-sois, cadeiras e mesas oferecido pelos bares e quiosques suspensos e construídos sobre trapiches, localizados na orla, sem a obrigação de se consumir iguarias milionárias. A praia é propicia para grandes caminhadas pela encosta com morros e mata nativa, além da pratica de surfe e body-board.
Conta um morador que a origem do nome Praia dos Amores, surgiu no passado quando os homens que moravam nas redondezas e que procuravam diversões visitavam este lugar de difícil acesso para procurarem alguns bares que promoviam festas com mulheres bonitas. Quando voltavam para casa, a roda dos carros, cobertas de lama, os denunciava por onde tinham andado. .

MORRO DO CARECA:
Com 160 metros de altura, é ideal para quem gosta de trilhas. Localizado no costão direito da praia, possui uma vista magnifica e uma rampa para saltos livres. A subida é íngreme e o ideal é que se faça à pé (para quem tem fôlego) ou com veiculo de tração nas 4 rodas.



PRAIA BRAVA:
Seguindo em direção à Itajaí pela avenida principal, a próxima praia é a Brava que por seu difícil acesso manteve a sua beleza e preservação do local. Esta praia, atrai surfistas de todos os lugares e hoje sedia diversos campeonatos internacionais de surfe e jet-sky. Com apenas três quilômetros de extensão, a praia fica lotada nas altas temporadas, dificultando ainda mais seu acesso, pela superlotação de veículos estacionados nas redondezas. A praia é também um reduto de diversos luaus. 


PRAIA DE CABEÇUDAS:
Cabeçudas talvez seja a praia mais urbanizada e movimentada de Itajaí. O nome Cabeçudas tem sua origem nas formigas que havia na praia antigamente e que tinham cabeças enormes. Possui uma rede de hotéis, pousadas, restaurantes e um calçadão com arvores frondosas do qual os veranistas não necessitam utilizarem guarda-sois, além de um trapiche natural, formado por rochas que avançam em direção a o mar. Outra opção de lazer é admirar a vista panorâmica da praia no alto da escadaria da charmosa Capela Santa Teresinha.


TRILHA ECOLÓGICA DO FAROL:
No costão esquerdo da Praia de Cabeçudas fica a Trilha Ecológica do Farol, que além de ter como destino lugares surpreendentes, exibe uma variedade de plantas nativas, todas identificadas com placas. Esta trilha dá acesso à praia do Morcego e a uma outra pequena praia deserta chamada de Praia da Solidão. O lugar é bastante isolado, praticamente virgem e desconhecido por muitos moradores e veranistas de Itajaí. A vista de cima da trilha, sobre um penhasco, mostra a beleza do mar e da areia, que somados aos paredões rochosos formam uma paisagem indescritível.
Para ir até lá você precisa de permissão da Marinha, que é quem cuida do local, pois a ação de vândalos estava trazendo riscos à navegação próxima à costa e também pra entrada e saída das embarcações do cais peixeiro. Para conhecer o farol deve entrar em contato com a Secretaria de Turismo (47 3348-1080) ou com a delegacia da Capitania dos Portos e marcar visita.

PRAIA DO JEREMIAS:
Considerada ideal para o banho, tem águas rasas, limpas e bem mansas. Próximo a ela, está uma das principais atrações de Itajaí, o conhecido Bico do Papagaio.


BICO DO PAPAGAIO:
Rocha acidentalmente esculpida durante as explosões da abertura da estrada que liga à área central de Itajaí e a praia de Cabeçudas. A escultura tem cerca de 4,5 metros de altura e é considerado um cartão postal da região.


COMO CHEGAR:
Localizada às margens da BR-101, Itajaí fica apenas 90 km ao norte de Florianópolis. É possível chegar à cidade via Balneário Camboriú ou através de três trevos: o Itajaí-Brusque, que liga a BR-101 ao centro, o da avenida Adolfo Konder, e o Itajaí-Blumenau. 

Minha vida na outra vida

O filme “Minha Vida na Outra Vida” conta a história de Jenny, uma mulher do interior dos Estados Unidos, que tem a principio sonhos, lembranças e visões, de uma outra vida no passado, sua última encarnação, como Mary, uma mulher irlandesa de vida dura e sofrida, que faleceu na década de 1930. O mais interessante é saber que a história é real contada pela escritora do livro de mesmo nome e comprovada com fotos de 1930 como Mary e da década de 90 como Jenny.
Para quem gosta do assunto e sente-se atraído por questionar as incertezas da vida, acreditando ou não, vale a pena conhecer essa história. Eu particularmente fiquei emocionado e um tanto assustado ao assistir o filme.

PURMAMARCA- CERRO DE SETE CORES


Foi no retorno do Peru para o Brasil, que tive a oportunidade de conhecer o Cerro de Sete cores na região norte da Argentina, pela rodoviária Nacional nº 9, eixo da Quebrada de Humahuaca (declarada Patrimônio Cultural e Natural pela UNESCO), a 64 quilômetros de São Salvador de Jujuy, onde paramos para jantar.





A serra nas proximidades das montanhas coloridas, é sinuosa dando a sensação de que o ônibus de dois andares em que excursionávamos, não venceria as curvas fechadas, ora com altos paredões de pedra, com gigantescos cactus com mais de 2 metros de altura, ora sobre penhascos de grande profundida do nosso lado.





Eu estava sentado ao lado do motorista do ônibus  e enquanto viajávamos por toda aquela região, ele não escondia sua apreensão com relação as curvas fechadas e observando temerosamente os penhascos que deixávamos pra trás.  Alguns veículos e caminhões, nos ultrapassava em alta velocidade e chegamos a comentar que um acidente naquele lugar seria o fim.
É nesta região que também encontra-se a Reserva Nacional Los Flamencos, no caminho desde San Pedro até o Passo Jama e também as Salinas Grandes, em Jujuy, Argentina.





Quando começamos a nos aproximarmos das montanhas coloridas, quase não acreditei no que estava vendo. Era tudo tão inacreditável, que me causou a impressão de que eram pintadas à mão; um gigantesco quadro, diante dos meus olhos e que possuíam muito mais do que sete cores.



Em Purmamarca, cidade localizada na base das montanhas coloridas, as casas de adobe, em cores terracota, pareciam propositalmente feitas à combinar com o ambiente montanhoso. O pequeno povoado de Purmamarca que significa (Povo do Deserto- na língua Aimará), sobrevive em grande parte do turismo e a venda de artesanato, mantendo uma vida simples e alguns hábitos e costumes de seus ancestrais indígenas.




A igrejinha da vila, foi construída em 1648. São quase 400 anos de história! Em 1941 foi tombada como Patrimônio Histórico Nacional.

PASSO DO JAMA.

As paisagens que se vê no noroeste da Argentina, na fronteira com o Chile, é literalmente de perder o fôlego tanto pela beleza, quanto pela altitude e desconfiar que tudo aquilo que estamos vendo, não é real. São altiplanos magníficos  com vegetações exóticas,  montanhas, pedras em forma de esculturas, penhascos e inacreditáveis lagos congelados.

Quando se chega neste ponto do planeta, a uma altura de mais ou menos 4.000 metros de altitude, todas as sensações de desconforto podem nos acometer, como dores de cabeça, enjoo,  frio, falta de ar e diminuição da resistência física, mas que por outro lado é recompensado pela beleza inacreditável do lugar.

Dentro do ônibus com calefação, não tínhamos noção da temperatura que fazia do lado de fora e só percebemos isto, quando tivemos que desembarcar e enfrentar a fila na Aduana para carimbarmos os passaportes. A altitude nesta região varia entre 2.500 à 4.800 metros nas partes planas, havendo montanhas que chegam até 6.900 metros..

A região possui muitos vulcões, salares, lagos salgados, minas abandonadas e planícies coloridas de areia e raríssima vegetação. As grandes altitudes e a baixa umidade relativa do ar, nos exigiam algum tempo de aclimatação. Estávamos no mês de Julho, onde as temperaturas variam entre 02 e 16 graus
durante o dia e muito vento, causando-nos uma sensação térmica muito mais baixa que o termômetro registrava. 

A aduana naquele deserto cercado por montanhas, lembrava a entrada de uma penitenciaria de segurança máxima no meio do nada e seus funcionários pareciam fazerem jus a esta impressão. Eram ríspidos com os viajantes que ali paravam e não se importavam com os que estavam do lado de fora recebendo todo aquele vento frio e areia no rosto.
Nossa próxima parada seria em San Salvador de Jujuy à noite, onde combinamos jantar e telefonar para a família e amigos do qual estávamos saudosos no Brasil.

Reserva Nacional de Paracas


Há 260 quilômetros ao sul de Lima - capital peruana, mais ou menos 3 horas de carro pela Pan-americana, pode-se apreciar um dos lugares mais fascinantes criado pela natureza e que foi transformado em Reserva Nacional em 1975, com a finalidade de proteger a diversidade de flora e fauna. É a única reserva marinha no Peru, onde vivem leões marinhos, pinguins, golfinhos, flamingos e outras centenas de aves. A reserva é uma gigantesca zona protegida, localizada na parte sul da província de Pisco, onde de um lado encontra-se um imenso planalto de areia (deserto) e do outro as águas geladas do Oceano Pacifico. Seu nome Paracas significa em quéchua (Chuva de Areia).
A reserva está localizada em uma área de 335 mil hectares, que forma parte de um dos ecossistemas mais importantes do nosso planeta.


Além desta magnifica beleza geográfica, que durante o dia apresenta temperaturas superiores a 30 graus e a noite pode descer para os 10 graus, é possivel observar atrações arqueológicas como o misterioso Candelabro, alem de obras da natureza como a Catedral, lindas praias e  ilhas. A temperatura do Pacífico nesta região é muito baixa por causa da corrente marítima de Humboldt, que leva águas frias da região antártica para a equatorial e consigo uma rica cadeia de alimentos que mantém sustentável todo este ecossistema.



O candelabro - está localizado à noroeste da baía de Paracas e é uma geoglifo - (uma grande figura desenhada no chão de um morro, cujos as linhas são uma espécie de canais gravadas na rocha), que tem um comprimento de 177 metros de altura, 54 metros de largura e 60 centímetros de profundidade. O Candelabro é também chamado de Tres Cruces ou Trident. Acredita-se que ele  está relacionado às linhas de Nazca e a melhor maneira de aprecia-lo é do mar através dos  passeios de barco, pelas Ilhas Ballestas. Logo na saída do passeio, pode ser visto e fotografado. Alguns guias dizem que se trata do desenho do cacto São Pedro, que era utilizado na sociedade pré inca como bebida alucinógena usada em rituais. Outra teoria aventada é que se trata de um desenho criado por piratas do século passado como indicativo para algum tesouro e até mesmo algum símbolo secreto da maçonaria. Seja qual for a razão de sua existência, o símbolo existe até hoje sem nenhuma explicação arqueológica.


A catedral - é uma formação rochosa causada pela erosão do mar e do vento. Ela tem uma forma côncava que lembra as cúpulas de uma catedral, onde podem ser visto milhares de leões marinhos e aves de varias espécies. Está localizado entre as praias e Yumaque e Supay, belíssimas por suas falésias e altiplanos de areias grossas, contrastando com as águas geladas do Pacifico. É muito comum durante os passeios descer uma nevoa que cobre por alguns minutos toda a região. Parte de uma das cúpulas da Catedral, foi destruída pelo terremoto de 2007 na região.


Ilhas Ballestas - As Ilhas Ballestas são o refúgio dos leões marinho que ali se reproduzem e estão localizadas à 30 minutos da costa litorânea. Estima-se que existem hoje mais de 36.000 leões marinhos vivendo nas ilhas, que além de possuírem belas formações rochosas é o recanto de milhares de aves migratórias que disputam os lugares mais altos, como pelicanos, gaivotas, albatrozes e etc. É proibido desembarcar nas ilhas e todos os passeio são feitos em lanchas.


Na cidade existe empresas turísticas que realizam passeios diariamente para vários lugares interessantes da região. Estes passeios normalmente tem inicio por volta das 7 horas da manhã e com variadas durações. No centro da cidade tem um calçadão com uma variedade de restaurantes com comidas típicas a base de frutos mar já que a pesca é um dos produtos de subsistência da província, além do turismo. Outra opção interessante é visitar o centro de Interpretação de Paracas e o Museu Julio C. Tello localizado no centro da província.


Centro de Interpretação de Paracas - é um lugar destinado a dar informações sobre a fauna e flora da reserva, com exposição de esqueletos de animais existentes na reserva.

Museu Julio C. Tello - Pequeno Museu com exposição de restos humanos antigos encontrados na região e o famoso Craneo deformado de Paracas. O Museu também dá informações aos visitantes, sobre o antigo homem de Paracas, que habitou á região há mais de 2000 mil anos atrás.

Lhamas vicunhas e Alpacas

Uma das coisas que me deixou envergonhado e depois P.. da vida nesta viagem para o Peru foi que eu não sabia a diferença de uma lhama para uma alpaca. Só estava claro na minha cabeça que lhama eu havia comido e alpaca eu tinha vestido.
Falando agora, na diferença dos animais:
A alpaca: É menor que a lhama tendo uma pelagem mais longa e macia. É utilizada como fonte financeira do aproveitamento de sua lã (fibra de alpaca).
É tímida, gentil e pode aprender truques. O habito de cuspir é comum na alpaca, que utilia para mostrar sua agressividade ou metodo de defesa, mas é muito dócil.
Pode alcançar 1,20 a 1,50 de estatura dos pés à cabeça e seu peso pode variar de 45 a 90 kg.


A lhama: Tem pelagem longa e lanosa e é utilizada mais no transporte de carga, produção de lã, carne e couro. São mais irritáveis e considerado o oitavo animal mais irritavel do mundo. Medem de 1.40 à 2.40 com a calda e chega a pesar 150 Kg.


A vicunha: É o animal que possui o menor tamanho entre os tres animais andinos, chegando no máximo a 1,30 metros de altura e podendo pesar até 40 kg. Sua pelagem é muito fina e tem alto valor comercial; por esse motivo, a vicunha esteve à beira da extinção. As vicunhas são espécies selvagens, enquanto a lhama e a alpaca são domesticadas.


Agora numa proxima viagem quando alguem gritar: Olha uma lhama, uma alpaca ou vicunha eu saberei distinguir os bixos!

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