Encontro de casais?

Estou cheio de prioridades neste novo ano!..
Parar de fumar(que já tentei tantas vezes...), manter minhas caminhadas(...), continuar elaborando meus planos de viagens, alinhar uma pitica pessoal aqui, outra pitica ali.., de modo à manter a promessa que fiz a mim mesmo: "Não abraçar as loucuras que não sejam as minhas." Fortalecer e manter as amizades que valem a pena e as relações que se alicerçam no aféto, aceitação e respeito mutuo, do contrário tô passando à distancia.
Hoje por exemplo, recebi um convite para um café, no próximo Sábado, na casa de uma colega, onde se encontrarão várias pessoas do qual eu conheço. Ela chama de encontro de casais! Quase disse um "sim", mas depois fiquei pensando, engoli o sim e agradeci o convite por achar que alguns encontros como este, além de cansativos, correm o risco de decepções, como tantas vezes já aconteceu noutras ocasiões.

Alcool e velocidade

Soube hoje que o menino de cinco anos, que foi atropelado a o lado de seu irmão, Sábado à tarde, na Estrada das Querinas, por uma mulher louca e bêbada num Fiat Palio, está em coma no Hospital de Pronto Socorro. Contam que ela se perdeu numa ultrapassagem arriscada na estrada de areião atingindo os garotos. Que estava tão bêbada, que ria depois do ocorrido, sem ter a mínima noção do estrago cometido e que só sofreu alguns arranhões. Talves risse da sorte de ter sobrevivido!... Gostaria que ela tivesse a coragem de ver o estado desesperador da mãe, enquanto nossa equipe prestava socorro a o garoto gravemente ferido. Fiquei pensando em que tipo de medidas ainda são necessário pelos meios de comunicação para que pessoas como ela, se concientizem que bebida, carro e velocidade só levam à estes desfechos infelizes.

Me faz falta


Faz alguns dias que não tenho encontrado tempo prá mim e o pouco tempo que encontro nestes dias de cansaço, não tenho saco pra olhar um filme, ler um livro, pra sentar diante do computador e escrever alguma coisa que preste, algo que particularmente me agrade. Quando forço a escrever, sinto que fica faltando combustível...
As vezes queremos fazer coisas que nos agrade, que nos faça sorrir, que nos surpreenda e dai parece que sobra somente o suficiente para aguentar mais um dia de trabalho e de cansaço.
Ontem no início da noite, caminhei sob a chuva que caiu na cidade. Coloquei meus pés na grama molhada, abracei algumas árvores e pensei no quanto este tipo de interação me é necessária, importante, compensadora! Ontem forçadamente, depois de alguns dias, dei meu primeiro passo de reação.

Referenciais

Soube hoje, que dois conhecidos meus, morreram. Na verdade eu tinha com eles uma relação de bom dia, boa tarde, no máximo um olá como vai. Um deles bebia da manhã à noite e morreu repentinamente enquanto era levado ao hospital, já o outro alguns anos se definhando visivelmente em função de ter adquirido AIDS, enforcou-se no quarto, após ter conversado naturalmente com alguns vizinhos pela manhã sem deixar pistas de sua intenção. A noticia de suas mortes, me causou a sensação de que alguma referencia na minha história fora apagada e que na medida em que o tempo passa, outras vão sendo excluídas e chegam até os nossos ouvidos através de uma observação sem importância e quase sem peso algum. Nossa vida é cheia de referencias que construimos, baseadas em observações pessoais que elaboramos, umas boas, outras más, outras importantes outras sem importância e utilizamos alguns objetos, situações e pessoas como símbolo vivos destas referencias que criamos à exemplo de seguir ou rejeitar suas atitudes, sua forma de viver e quando acabam parece que alguma peça do quebra- cabeças foi mexido, deixando uma sensação de falta, de lacuna, um pequeno espaço vazio, um desvio duvidoso. Mesmo não parecendo importantes na minha vida estas duas pessoas, faziam parte de um contexto que eu ja estava acostumado a conviver. Acho que foi isto que senti quando deram-me a noticia de suas mortes, a sensação de que alguma coisa foi retirada da minha história de vida, como aquele objeto que a gente sabe que está no nosso caminho e mesmo de olhos fechados pode-se visualiza-lo, desviar ou pular por cima, por que se conhece a sua posição diante do nosso espaço, que está ali como uma referência pré estabelecida e registrada pelos dias que seguem. Algo que eu estava acostumados a ver, falar, ouvir ou sentir e agora fica faltando!..

Diario de Motocicleta


Na noite passada durante o meu plantão, assisti na TV o filme Diário de Motocicleta, história baseada nos livros de Ernesto Che Guevara e Alberto Granado (Notas de viaje) e que conta a aventura destes dois argentinos em 1952 na travessia do continente Sul Americano com uma motocicleta Norton 500, de Buenos Aires à Caracas. Che Guevara (Gael García Bernal) era um jovem estudante de Medicina que, em 1952, decide viajar pela América do Sul com seu amigo Alberto Granado (Rodrigo de la Serna) estudante de bioquímica. A viagem é realizada em uma moto, que acaba quebrando após 8 meses. Eles então passam a seguir viagem através de caronas e caminhadas, sempre conhecendo novos lugares e pessoas. Quando chegam a Machu Pichu, a dupla conhece uma colônia de leprosos e passam a questionar a validade do progresso econômico da região, que privilegia apenas uma pequena parte da população.
Diário de Motocicleta é um filme grandioso, passando a todos mensagens de liberdade, de reflexão sobre a vida. É um filme que traz a margem de nossos olhos, os sonhos reprimidos, a impetuosidade, a aventura, a capacidade de realização, fazendo com que reflitamos sobre as nossas próprias vidas, nossas fronteiras pessoais, sobre as diferenças étnicas do nosso povo, o preconceito, a pobreza, a simplicidade. Talvez, tenha surgido daí os motivos que levaram Guevara a estabelecer uma nova visão e ideologia de vida. Este filme me caiu como um presente mistico, uma vez que em Fevereiro estou saindo de férias para Machu Pichu - Peru. Vale a pena assistir o filme!

Balanço

Poxa vida, fazendo uma retrospectiva no final deste ano, percebo o quanto cometi erros no intuito de acertar, de recortar sobras, de aparar arestas. Claro que tive acertos, muitos acertos, mas os erros parecem mais pesados e com volume triplicado nestes momentos de balanço pessoal. Em 2010 não quero ser cobrado por coisas que eu normalmente não cobro de ninguém, por respeitar diferenças. Não quero ser impedido de usar a minha liberdade de opinião, de expressão, de pensamentos.
Eu gostaria de fazer a diferença positivamente entre meus dias!


Avatar

Ontem me perguntei, enquanto assistia o filme, o porquê das cenas de guerra, de conquistas, das grandes explosões de fogo, da destruição e da presença do homem no filme Avatar que pra mim não havia necessidade. Bastavam as belas imagens dos jardins naturais fluorecentes, dos animais alados e de cores psicodélicas, os fantásticos cavalos esguios, feras, arvores gigantescas e montanhas flutuantes, os rituais sagrados e filosofia de vida dos Na'vis, (humanóides de três metros de altura e de cor azul), mostrando sua magia, sua sensibilidade e interação com o meio onde viviam. Só isto valia!
Acredito em mentiras cinematográficas, sonhos, paraísos, fantasias e respeito à natureza. Por um momento quase acreditei na existência da Lua de Pandora. O filme tem mensagens relacionadas à nossa realidade atual e deixa claro o seu alerta ecológico quanto a devastação do planeta.

Da liberdade

Liberdade tem tantos conceitos, alguns tão simples, outros tão complexos e sem nenhum sentido para quem ouve. Eu as vezes sinto ela tão perto, quando consigo escrever aquilo que talvez não tivesse coragem ou jeito para dizer em palavras e cujo significado para outros, tenha pouco ou nenhum valor significativo.

Natal

Já é Natal e cada ano que passa, sinto que algo se perde nos natais que ficaram pra traz.
Ele não é mais o mesmo!
Eu não sou o mesmo.
As pessoas também não são as mesmas.
Todos cresceram, envelheceram, se cansaram?
Sobram taças que são brindadas ao badalar da meia noite
do outro dia e abrir presentes...
Eu queria mais, esperava mais, ansiava muito mais!...

Firulas

O motoqueiro que fazia firulas numa rua de pouco movimento, bateu na lateral de um carro parado e sofreu alguns arranhões. Depois de imobilizado na maca e ter recebido os primeiros atendimentos se mantinha ansioso, revoltado com sua má sorte. Gemia, não parava quieto, não deixava ser examinado, se revoltava por que alguém não atendia sua chamada no celular. Praguejava, queixava-se de estar com sede. Sua namorada que segurava-lhe a mão, tentava acalma-lo com voz doce como se falasse com uma criança de cinco anos:
_Calma, vamos chegar, querido!
_Mas eu com sede! _Dizia ele inquieto, tentando afrouxar o colar cervical, levantando os braços, dobrando as pernas. Depois virou os olhos na minha direção.
_Oh meu, eu com sede!.._Reclamou com um tom de voz imperativo.
_Sinto muito, mas terminou o estoque de soro gelado do frigobar da ambulância! _Deu-me vontade de responder.

Estranhos simpáticos

Na tarde de hoje, no Barra Sul Shoping, depois de dois canecos de chopp comecei a caminhar pelos corredores aproveitando o clima dos condicionadores de ar ligados. Lá dentro o paraíso, enquanto lá fora, o verdadeiro inferno. A fila do cinema estava muito grande e os filmes em cartaz não me atraíram, então decidi que só me restava ver vitrines, cada uma mais enfeitada que a outra e os preços, nossa!.., salgadíssimos!.. De repente percebi que um casal vinha em minha direção. Ele loiro, cabelos dourados, bermuda larga e sandalia parecendo um turista europeu, ela também loira, forte, muito sorridente com sacolas nos braços, estendeu-me a mão com um largo sorriso no rosto:
_Ola, tudo bom, como vai?_ Perguntou-me sem nenhum sotaque gringo.
_Tudo bem e vocês? _ Retribui com simpatia do piloto automático ligado, sem fazer ideia de quem se tratava
_Tudo bem. Um bom Natal pra ti e a família! _ Concluiu indo na direção de uma loja.
Será que me confundiram com outra pessoa? Que bom que não pararam pois talvez fosse constrangedor para as duas partes se a conversa se estendesse. Me esforcei alguns minutos sem conseguir lembrar-me se os conhecia realmente. Pensei no quanto sou confundido com outras pessoas e segui meu rumo pensando sobre o calor infernal que deveria estar na rua!..

Opção de Natal

Atendi ontem o seu Leonardo, morador de rua no bairro onde eu moro e que queixava-se de uma lesão de pele nos braços que apresentavam bolhas e vermelhidão e cuja a dor incomodava-o já por meses. Queixava-se também de não poder urinar e seus pés com edemas lhe dificultavam de andar. Sua moradia é uma barraca improvisada com lona plástica preta num canto da praça e protegida por dois enormes cães da raça Fila, que rosnavam enquanto eu o atendia. Seu Leonardo disse-me que ficaria feliz se pudesse passar o Natal num hospital, assim teria cama limpa e comida quente.
_ E os cachorros quem vai cuidar? _Perguntei preocupado.
_Meus amigos tomarão conta até eu voltar. Se eu voltar!.. _Concluiu com um certo humor preocupado, deitando-se na maca.

Intuição

Algumas vezes sou tão intuitivo com determinadas coisas que fico, eu diria, envergonhado de ser acometido por esta sensação que me parece frescura, bobagem, afetação emocional. Mesmo sabendo que intuição é algo que não tem uma explicação clara que a justifique, por fugir do óbvio, do entendível e eu fico tentando apagar da minha cabeça o que me parece tão subjetivo e sem uma explicação. Dias depois, me rendo as suas revelações e tudo fica parecendo assim, meio humanamente sobrenatural, como se um outro eu me soprasse revelações a o pé do ouvido!..

Sonhos

Esta noite, sonhei com o Jairo. Ele cruzava por mim na rua e continuava com mesmo rosto de quando tinha seus vinte oito anos e não mais o vi, mas sua expressão tinha algo de loucura, de um desequilíbrio causado pelas drogas, pela solidão e não aceitação de seus antigos e tortuosos problemas.

Sem noção!!

De manhã cedo, quando cheguei no endereço da minha primeira ocorrência e vi aquela mulher que provavelmente pesava mais de 80 quilos, gemendo e estatelada sobre o piso frio de sua casa, cacos afiados de telhas espalhados pelo chão, pedaços de madeira, sangue, cortes pelo corpo, me perguntei com um pontinho de raiva:
O que uma mulher daquele tamanho, pensava estar fazendo aquela hora da manhã, em cima de um telhado fino de amianto?
Incrível, mas algumas pessoas não tem a mínima noção de perigo, de proporção, peso, medida e bom senso! Não sabem o significado de uma queda livre e as lesões que podem causar, provavelmente pensam que é possível num acidente destes flutuarem até o chão como plumas!.. Ninguém merece!...

Escultura da natureza

Esta é uma escultura natural, criada a partir de um pedaço de madeira ou raiz, que o vento, a areia e o mar esculpiram na Praia da Solidão. Encontrei-a, sendo empurrado pela água até a faixa de areia. Me chamou a atenção sua forma, que se parece a de uma ave e que flutuava entre as carcaças de navios encalhados.
Me pergunto como a natureza consegue construir com tamanha semelhança estes objetos, entalhando cada detalhe e nos deixando surpresos com sua perfeição...

Rua Zaire


Sempre que eu entro na Rua Zaire, na Lomba do Pinheiro e me deparo com a imagem da barragem que faz divisa com o Parque Saint' Hilaire em Viamão, tenho uma sensação de susto. É como entrar numa rua estreita de chão batido e esburacado e de repente encontrar aquela imensa represa de água diante dos olhos. Algo que não se espera, um truque geográfico, com os pés em Porto Alegre enxerga-se a cidade vizinha do outro lado da margem!.. A vila na beira da barragem é composta de casas humilde e me lembra alguma vila pobre de pescadores que não parece estar localizada dentro da cidade.

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Como todos os anos acontece, ontem à noite foi o churrasco de confraternização de Natal e Ano Novo na casa do Camargo. Foram momentos de inegável alegria e descontração, pena que faltaram alguns colegas para dividirem este momento e apreciar o especial churrasco.

Acabando o estrese com Farofa

Anteontem me vi caminhando no eixo comercial de Porto Alegre, coisa que geralmente não faço principalmente em dias que antecedem festas, mas por algum acidente mental eu esqueci de datas e lá estava eu, enfrentando o sol escaldante, pessoas estressadas, mal educadas, engarrafamento nas calçadas, gritaria de vendedores ambulantes, o caos. Este período de festa natalina deixa todo mundo à beira de um ataque de nervos em meio ao campo comercial, consumista, o jeito é dar um fugidinha quando bate a fome e o cansaço, até o Farofa, restaurante agradabilíssimo na General Câmara -424 e apreciar o salmão grelhado ao molho de laranja, leite de coco, legumes e o geladissimo chopp artesanal. O restaurante é especializado em comida tipicamente brasileira e tem em seu cardápio os mais variados pratos e petiscos de dar agua na boca e surpreender qualquer cliente desavisado, pelo seu bom gosto e ambiente privilegiado.




Walkers

Ontem á tarde, durante minha caminhada a pé pelo Bom Fim, me deu uma vontade de comprar um All Star vermelho de cano alto como o que eu usava aos dezessete anos. Trocar o aro de metal do meu óculos por um de acrílico azul e usa-lo permanente na cara, perder uns vinte quilos e alguns vícios, mudar o modelo do meu cabelo, ir para Garopaba mas em 1980, tomar um suco de limão batido com casca, comer goiabas no pé, dormir nas areias de Itapuã e encontrar amizades profundas, dormir numa barraca e acordar com o barulho do mar, comer macarrão com sardinha em volta de uma fogueira, frango à passarinha na Praia dos Amores, perder o sono mas sonhar com as estrelas. Ontem me deu vontade de buscar tantas coisas guardadas e jogar outras que já não servem, fora!..

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...