O Fabuloso Destino de Amelie Poulain

 

Eu tenho sentido muita raiva nesta ultima semana, mas isto não faz com que eu focalize este sentimento nas pessoas, mas em algumas circunstâncias estressantes, que o cotidiano cria e me enreda, nos momentos menos esperados em que a imunidade psíquica parece estar baixa.
É necessário cuidar para não chegar ao extremo e me transformar num monstro de garras afiadas, mudar o foco, a sintonia, a energia.
Buscar um antídoto que impeça estas ações nocivas pode ser difícil ou um elemento de sorte. No meu caso, acho que fui sorteado quando escolhi em meu recolhimento, assistir ontem à noite, "O Fabuloso Destino de Amelie Poulain"- de Jean Pierre Jeunet, com magnifica atuação de Audrey Tautou. Resumidamente, o filme trata não só de sensibilidade, mas de elementos transformadores, em como é possível transformar sonhos e reconstruir vidas através de pequenas atitudes e assim conferir beleza em gestos tão simples. É um filme não para pensar, mas para sentir e se surpreender. Entre as cenas que me chamaram a atenção, destaco:

  1. A morte cômica de sua mãe.
  2. A forma como ela incentivou seu pai a conhecer os lugares que sempre desejava conhecer, mas que arrumava desculpas infundadas, que o impediam.
  3. As fitas que enviava para o velho pintor vizinho, motivando-o a ter uma visão mais sensível e bela sobre a vida e arte.
  4. Encontro de Dominique Bretodeau com sua caixinha de pertences da infância, no abrigo telefônico. Quem não o assistiu, eu recomendo. Vale a pena!

Dando o braço

Eu falei hoje, falei no Sábado e lembro de ter falado tantas outras vezes, que em certos momentos precisamos ser pego pelo braço como crianças assustadas e ser-mos conduzidos, por que ficamos meio cegos, sem referencias e somos tomados de medos e inseguranças. Bom, conselhos é bom pros outros e as vezes pra gente mesmo. Eu só não entendo, por que fico marrando e não me permito de vez enquando ser conduzido? Medo de dependencias?.. De ser cobrado depois?.. E dáiii?...

Outro resultado

Mesmo frio, a festa de ontem estava animada e eu muito pouco, embora me esforçasse para melhorar. O problema é que meu egoísmo superava até os motivos que me levaram estar lá. Eu senti que trabalhei para que tudo chegasse ao ponto em que chegou, mas meus sentimentos de dependência parecem que não acompanharam na mesma velocidade as atitudes.
Sabe aquele diretor que monta um texto e aguarda um resultado que não acontece por que ninguém entendeu a sua ideia?... Então ele chega pra todos e diz: _Vocês não estão preparados para isto!..

Resultado

Sabe quando vc se sente traído, embora a razão te diga que é tudo invensão da cabeça e ainda assim, vc continua com a mesma sensação desconfortavel? Melhor dizendo, quando vc tem a sensação de que quase tudo parece estar contra vc, (amigos, colegas, vizinhos, estranhos...)e o que não está contra, também não parece estar a favor?... É uma fase?.. Mas que fase é esta?
Não, eu não sinto como se isto fosse uma conspiração, ao contrário, talvés uma crise paranóica, mas tenho sentido minha relação com as pessoas diminuida, completamente improdutiva e dispensável.
Relevar,... para Revelar-se!..

Vida e Morte discutidas



Ontem à noite, assisti um documentario na TV Futura (que não lembro o nome), mas que me fez pensar sobre estas questões reticentes da vida. Na verdade reticentes por serem nebulosas e causarem mais dúvidas do que certezas, quando falamos à respeito. O programa abria discussão entre os moradores de uma região ribeirinha muito pobre, objetivando a visão deles sobre questões como vida, morte, medo de morrer, céu e inferno, (vida depois da morte). Pude perceber que dentro da simplicidade daquelas pessoas, de seus traços rudes, de olhar de quem leva uma rotina dura e resignados a sua própria condição precária, que seus anseios são os mesmos nossos, mas com o diferencial da simplicidade, descomplicação e inocência com que vêem e aceitam estas mazelas de difícil compreensão e aceitação.
A maioria das pessoas vivem de maneira à serem felizes, não importando as condições que a vida lhes oferece e as dificuldades por que passam. Que existem perguntas que a melhor resposta no turbilhão de dúvidas, é a que temos para nos dar e isto nos basta diante da complexidade de temas como a vida e a morte.
Quando perguntado a um velho senhor, sobre o que ele achava da vida e da morte, ele respondeu deitado em sua rede de descanso: "A vida são as coisas simples que fizemos, trabalhar, namorar, viver com alegria e colorir os dias como uma obra de arte, ao contrario disto o individuo já está morto sem a o menos saber da sua condição de morto."
Sobre o medo da morte o outro respondeu que a temia e desta forma criava uma resistência a sua chegada. "Quando não temos medo a gente se entrega sem restrições e defesa, ela então te leva mesmo".

Raça

Eu digo que ela tem raça e razão sobre muitas coisas, porque tem um jeito especial de olhar, avaliar e descomplicar aquilo que parece não ter solução, porem em outros momentos suas reflexões pessoais tornam-se tormentas e desencadeiam climas instáveis que poderiam ser detectados e reavaliados com a simplicidade e razão de quem parece funcionar somente quando o problema é dos outros. Bom, é preciso paciência e saber que alguns situações alheias as nossas, reservam saidas desiguais para cada pessoa, onde permeiam suas diferenças. Assim, reservo-lhe o meu aféto!

Putz!..

Esta semana me tem sido cansativa, pois tenho encontrado algumas dificuldade para alinhar as ideias e me manter equilibrado em meus objetivos pessoais. Nunca me senti tão ausente e desatento como tenho estado e com a tarefa difícil de marcar os xis nos espaços corretos. Certas decisões não são como bilhetes de apostas ou testes vocacionais, é necessário marcar a opção certa, arriscando não ter outra chance. Este excesso de sono, deve ter motivações intrínsecas ainda não reveladas!..

Por mera curiosidade hoje li meu horóscopo, estranhamente nada parecia se afinar comigo. Entre os intervalos das ocorrencias, dormi como se estivesse dopado e meu colega indignado por não ter com quem converssar, exclamava cada vez que eu acordava: "É a Treva!"

Ressureição

A gente tem que morrer tantas vezes durante a vida, que eu já ficando especialista em ressurreições. Bobeou eu morrendo de tédio, de raiva, de medo, de incertezas, de alegrias, de paixões. Desta forma a ressureição se dá noutro sentido, quando abro os olhos e bato de frente com a realidade, nos momentos de respiração profunda.

Desconectado

Depois de alguns dias perdendo o sinal da Internet aqui em casa, no Domingo deu os doces geral e eu simplesmente não conseguia me conectar. A antena Wireless mostrava no cantinho da tela que estava desligada e nem mesmo ligando o laptop direto na conexão não conseguia acessar nada. Bom, ontem de noite o técnico da NET veio aqui em casa, mexeu em tudo que era possível, (fios, modem, reconfigurou o laptop) e conseguiu se conectar me dizendo que o sinal sempre esteve presente, mas que talves por desatenção, eu tivesse apertado acidentalmente o botão que liga/desliga a conexão sem fio e então a geringonça não funcionava. Posso jurar que nada fiz, mas enfim, minha tensão de ficar off me provou a dependência que tenho pelo mundo virtual e aceitei resignado sua opinião.

Implicância e preconceito

Quero fazer uma ressalva aqui no blog: Primeiro dizer que não sou bonzinho e quem me conhece percebe de cara, que tenho minhas implicancias e momentos de mal humor. Alem disto alimento certos preconceitos com bases intuitívas que são os mais dificeis de conceituar, por não existir uma razão especifica ou de facil entendimento que os justifique. É a quela coisa de bater o olho e encontrar algo que não passa credibilidade e confiança, por sentir que tem algo desencaixado e que não ingrena. Dada as circunstancias de uma mera convivencia, bem que tento aceitar inicialmente, mas depois acabo admitindo pra mim mesmo, minhas impossibilidades de aféto e meu preconceito com relação a pessoa.

Tolerância zero

Eu não sei quanto a vocês, mas eu não consigo repentinamente zerar meus sentimentos de irritabilidade quando sou provocado. Eu tenho necessidade de um período maior para digerir as questões e contestações que me são feitas em momentos inopurtunos. Eu preciso de tempo, respirar fundo, contar até dez para me refazer de algumas criticas que me são jogadas na cara! Me veio isto a cabeça, por que hoje assisti um casal que brigava na fila do posto de saúde. Ela falava alto e ao mesmo tempo tapeava o braço do cara, parecendo meio descontrolada. Eu não sei sobre o que exatamente discutiam, mas ele indignado com a atitude da moça tentava se afastar a o mesmo tempo em que ela puxava-o de volta. Num rápido momento ela disse de um jeito irônico: (-Ouve o que eu to te dizendo, não fuja, tu sempre foge! ..) E ele quieto, visivelmente envergonhado e enraivecido com a delicada situação na presença de estranhos, parecia querer sumir dali.
Mais tarde, quando voltei a cruzar por eles, a conversa parecia ter mudado de rumo, ela ainda puxava-o pelo braço, mas pedia desculpas. Falava de voz macia, numa tom quase beirando a meiguice, olhar de quem implora atenção e depois deitava o rosto no peito dele dizendo: (-Olha me desculpe eu não queria falar isto que eu falei, estava nervosa. Tu me ama? Diz que me ama!..) Ele silencioso parecia completamente desconsertado.
As pessoas que estavam na volta, olhavam para os dois, meio assustadas estranhando aquela cena de lavagem de roupa suja em publico.
Mesmo sem saber as razões daquele embaraço, tive uma pequena identificação com a atitude daquele cara, que parecia não conseguir zerar as provocações que recebera. Talvés como eu nesses momentos, ele precisasse de um tempo maior, respirar fundo e contar até dez!

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...