SE EU QUISER FALAR COM DEUS


Na tarde passada, depois de um merecido banho, alimentar o Chico e a Micuinha, (meus gatos adotados), decidi, já deitado na cama, falar com Deus, do meu jeito, falar com ele e agradecer com humildade por algumas conquistas e é claro, pedir que diminua minhas dores físicas e emocionais. Que ele me conduza por caminhos iluminados de modo  a não me perder em direções equivocadas.

Por vezes ponho em duvida a sua existência e a continuidade de uma vida depois da morte, mas outra parte de mim, crê nisto e nestas situações e fatos do cotidiano que simplesmente pra mim são um mistério. Mas se eu quiser falar com Deus, tenho que...

COISAS INCOMUNS

Coisas incomuns:



A o sair de casa para o trabalho, hoje pela manhã, com chuva, muita chuva, um cheiro de doce de abobora com cravo e canela, instigou meu olfato, dentro de casa. Não sou muito fã do doce, mas o cheiro, estava demais!!...
É, eu ainda estava em casa, não tinha saído pra rua, quando senti o cheiro invadir por completo minha casa. O cheiro entrava pelas janelas do apartamento, além de se espalhar pelo saguão de entrada do edifício. Juro que não era delírio meu, mas alguém estava fazendo doce de abobora as seis e meia da manhã!

TEMPO... TEMPO... TEMPO...TEMPO


TEMPO... TEMPO... TEMPO...TEMPO:

Toda uma geração que marcou minha vida, está se indo, partindo, morrendo, acabando. Paginas que estão sendo viradas pelo tempo, para que novas ideias surjam, conceitos culturais sejam ditos, escrito, contado, cantados. Mas onde estão?

Vocês não sentem esta transformação no mundo? No mundo da musica por exemplo, a morte de Elza, de Gal, Rita Lee e agora Tina Turner, causaram este buraco de baixo de nossos pés, fazendo-nos perguntar quem serão os próximos e quem serão os novos a trazerem um modo de atitude nova, pro mundo?

O REAL NÃO PARECE REAL

 

Quando eu olho pra esta fotografia que lembra qualquer coisa do tipo um rio correndo entre as montanhas de algum lugar e me surpreendo por ser na verdade um cânion que de tão majestoso se sobressai acima das nuvens. Então percebo que tudo que parece real, as vezes não é real

A MEMÓRIA DE FAMILIA

No aniversario da minha avó, toda a família subia, quase no topo da rua Liberdade, no Rio Branco, para confraternizar o seu aniversario com um grande almoço que reunia a família. Eram quase vinte pessoas que vinham de suas casas, apreciar as delicias que ela preparava uns dois dias antes, para que pudesse ficar tudo pronto, no dia.

Me lembro que o cardápio constava de macarrão feito em casa ou nhoque com frango frito em panela de ferro, molho vermelho e muito queijo ralado comprado no Mercado Publico e ralado na hora. Tatu recheado, ou carne de panela, Arroz branco, Feijão preto com todos os adereços, farofa, salada de batata com maionese caseira e depois vinha a seção de doces: como Ambrosia, Doce de Coco, de abobora e de Laranja em calda. A família se reunia em volta de uma grande mesa de madeira, dessas que não são mais fabricadas, e que meu avô mais tarde foi velado. 

Mas esta postagem veio depois da conversa que tive com meu colega esta manhã, onde falávamos da importância de familiares estarem  juntos e se integrarem com coisas em comum, em variados momentos da vida, pois a memória afetiva,  e a grande formadora do caráter humano adquiridas por algumas vivencias como Aniversários, festa de Natal, Ano Novo, velórios, etc.. Algumas pessoas abrem mão de estarem ligadas a sua família e com isto não possuem pelo menos uma memoria afetiva pela falta de convivência.

TÔ TE OUVINDO


Tô te ouvindo!
Não atentamente como esperavas, 
mas educadamente e na minha medida, 
Estou te ouvindo, juro que estou!
Estou também te vendo, mesmo de olhos fechados 
como quem vê no escuro,
como quem enxerga, com os recursos da memoria ou da lembrança de um sonho, 
não com os olhos.
Estou te vendo, estou te ouvindo...
Só não me peça para falar!
Falar significa autenticar os pensamentos, mesmo que sombrios

ECLIPSE LUNAR



Sai dai, Vem pra cá!..
Pare de contar estrelas e observar seus movimentos no universo.
Eu estou aqui,  perto de ti, correndo em tua orbita, 
em tua força gravitacional, que puxa tudo pra si e engole.
Vem resvalar, deitar comigo no barro, de que fomos feitos 
e depois mergulhar no profundo das aguas, dos poços sem fundo
o resto se fará eclipse.

AOS TRANCOS E BARRANCOS

Num certo momento da vida, não sei das coisas que me cercam, tudo é muito confuso e rápido, como também não sei da verdadeira intensão das pessoas e suas loucuras na construção destes momentos complexos.
Mas depois, passado algum tempo, me surpreendo ao constatar que tudo não passou de um jogo onde somos peças manipuláveis entre nós mesmos, com o objetivo de alimentar vaidades, até tudo virar na continuidade, uma roda de funk repetitiva e sem graça, onde fingimos aceitar pra também sermos aceitos. É a tentativa da vida ir se fazendo torta, aos trancos e barrancos em direção a sobrevivência!

A LIBERDADE DO CANTO


A musica, ah a musica tem me feito bem, como um analgésico que alivia as dores musculares, uma cachaça que ameniza as tensões, um chá que adoça as noites de insônia, um bem estar geral que não se explica em poucas palavras, por isso não cabe aqui neste espaço.
Desde muito cedo, apreciei ouvi-las, e através dela exprimir meus sentimentos mais profundos no silencio da minha timidez, mas só agora no fim da vida, que encarei interpreta-las como uma forma de comunicação com o meu interior e o mundo sensível que me rodeia e assim vencer algum dos medos causados pela vida.
Cantar passou a ser um lazer sério, uma yoga, um vicio monstruoso que me engole quando canto e um vazio, quando não canto. 
Não importa se canto bem ou canta mal, o que importa é que canto para me libertar das angustias. 

SANTA CHUVA!

A chuva de hoje começou a cair por aqui, exatamente às 12:43 quando retornei do almoço. As vidraças foram ficando embasadas e uma vontade louca de me deitar num sofá do lado da janela, tomou conta de mim. O mais gostoso foi ouvir o barulho dela nos telhados e o asfalto lá embaixo se transformando num grande espelho preto. 

Ah, eu poderia ler um bom livro, ou tirar uma boa soneca de uma hora, tendo a sensação de que toda a cidade estaria engajada nesse mesmo desejo. A chuva é e sempre será uma graça divina.



UM PULO SEM VOLTA

A morte faz nos perguntarmos tantas coisas sobre a vida, mas é na falta de respostas, no silencio da duvida, que nos consternamos. 
Hoje eu soube da morte de um garoto de 22 anos, funcionário terceirizado da empresa onde trabalho. Aparentemente alegre, brincalhão e ligado no 220W, Diogo sofria de depressão e aparentemente estava também descobrindo a própria sexualidade.

Na noite do ocorrido, chegou a ligar para uma colega de trabalho, que não lhe deu a merecida atenção. Na madrugada Diogo saiu de sua casa até a BR 116 subiu a passarela de pedestres e jogou-se na frente de um caminhão onde veio a falecer.

No outro dia, por aqui, os corredores se encheram de comentários, suposições e até piadas e o que chamamos de vida também seguiu rumo a virada de pagina e ao esquecimento.



Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...