BICAME DE PEDRA EM CATAS ALTAS.


Minas Gerais, não é só Ouro Preto e as cidades históricas como: (Mariana, Tiradentes, Congonhas, S.João Del Rei) que fizeram parte do ciclo do ouro; Existem outras cidadezinhas e vilarejos, não tão famosas no interior do estado, que despertam em nosso olhar aquele brilho de encantamento pelas belezas naturais e monumentos construídos pelo o homem, para reforçar seus interesses econômicos, numa época em que as chances de riqueza estava toda voltada para e extração de ouro, nesta região do Brasil, que era então colonia portuguesa.

BICAME DE PEDRA:
A 12 Km do município de Catas Altas, destacam-se na paisagem as ruínas de um grande aqueduto de pedra, construído por escravos, com o objetivo de abastecer a cidade ou a mineração. Atualmente, existem cerca de 100 metros do monumento, que tem, ao centro, um portal com a inscrição da data de sua construção - 1792. Segundo relato, esta obra originalmente se estendia por 18 quilômetros.
Incrustada em uma das laterais do portal, existe uma escadaria que dá acesso à parte superior do aqueduto.


O QUE É UM BICAME:
Calha para escoamento de águas fluviais. Rego de madeira para passagem de rio ou ribeirão


COMO CHEGAR:
De Belo Horizonte são (120 km) - Seguindo a BR 381 no sentido Espírito Santo, passando pelos trevos de Ravena, Caeté, Nova União, Bom Jesus do Amparo e de Itabira.
Percorrer mais 7 km e entrar à direita na MG /436, sentido Barão de Cocais, Caraça e Santa Bárbara. Pegar a MG/ 129 por mais 12 km até Catas Altas.

Mariana/MG 41 KM pela MG 129
Ouro Preto /MG 51 KM pela MG 129
Santa Bárbara/MG 13 KM pela MG 129

SATÉLITE BAR RESTAURANTE E PIZARIA.

E já que estou falando de bares, restaurantes e afins, vou confessar uma coisa: O que eu gosto mesmo são de bares simples, com aquelas cadeiras de madeira escura, com atendimento fácil e sem frescuras. Destes que lembram botecos e que a maioria dos frequentadores, são os próprios moradores da cidade. Isto propicia a integridade e reconhecimento de hábitos da cultura local, com pouca intromissão dos costumes de quem vem de fora, importando novas atitudes. Se o garçom sentar a mesa para um dedo de prosa, melhor ainda!


O bar restaurante e Pizaria Satélite, localizado na Conde de Bobadela (Rua Direita) 57, Centro, é um desses. Funciona de Segunda a Segunda e é frequentado por jovens, estudantes locais e moradores que apreciam uma cachacinha mineira, como aperitivo de entrada, antes do prato principal ou da rodada de cerveja. A carta de consumo é simples com quitutes deliciosos e presos justos. Também aceita cartões de crédito Visa e Master Card.

FALANDO A MESMA LÍNGUA.

Existe uma dificuldade das pessoas entenderem que tu não queres um determinado produto por que ele é mais caro que os os outros, mas sim porque tu não aprecias ele para desembolsar tamanho valor. Claro que o valor em alguns casos tem sua importância na escolha, mas nem sempre é um determinante, quando se pode pagar a conta, sem sair completamente quebrado.


Eu estava num restaurante com um grupo de pessoas em Ouro Preto, para beber cerveja. Havíamos feito uma longa caminhada e naquele momento, já noite, cabia bebermos um cerveja para matarmos a cede. O garçom trouxe a carta de bebidas e mesmo com uma variada lista, só havia para o consumo, aquelas artesanais que eu não aprecio o sabor, por que são amargas demais e outras com aquele gosto, de que não convence a proposta... Alem do que, são salgadas demais para uma garrafinha que mal acaba com a cede e já tem que pedir outra. Mesmo assim, ele insistia em apresentar uma versão de uma tal cerveja, que tinha um leve toque de sabor banana. 
Eu ficava pensando, como um leve toque de banana, pode deixar uma cerveja leve e matar a cede, como as industrializadas que eu costumo beber.
-Bom, estamos falando em línguas diferentes! Eu disse pra ele quando me apresentou outra, salientando que o preço era mais baixo.
Eu não gosto de cervejas artesanais. Nenhuma que eu bebi ate agora, me convenceu do contrario. 
-Gosto de cerveja comum, aquela com gosto comum, para pessoas comuns, como eu, possivelmente tu, bebem, bem gelada no bar da esquina!.. Me entendes?
Parece que minha observação franca e sem rodeios, acendeu aquela luzinha de entendimento.
- Ah!.. Se os senhores descerem, no bar ao lado encontrarão e servem bem gelada!
-Isso! É o que precisamos. Respondi enquanto levantávamos da mesa, na direção certa.

ORATÓRIO VIRA-SAIA EM OURO PRETO.



Andando por Ouro Preto é possível dar de olho, não somente nos monumentos mais ostensivos, nos casarios mais imponentes, nas igrejas mais ricas, mas também vislumbrar outras construções mais simples, muitas já em ruínas, e que são de grande importância na construção histórica e cultural da cidade, desde o seu período de riquezas ate a sua total decadência.


São casas com elementos originais, base de pedra e paredes de adobe, onde numa delas, na Rua da Santa Efigênia 141, viveu o famoso contrabandista de ouro, Antônio Francisco Alves, também conhecido como 'Vira - Saia'. A casa localizada na esquina da rua estreita, possui sobre o muro de pedra, um "Passo" ou "Oratório", cujo o interior apresenta uma cruz enfeitada com papeis picados, colocada pelos moradores e sem imagem de santo. Esses nichos construídos em via publica, serviam também para afastarem maus espíritos e trazerem prosperidade aos moradores.
Contam que no passado havia  dentro do oratório um santo que era trocado de posição, para denunciar por onde saia a carga de ouro levada para o Rio de Janeiro, razão do nome "Vira- Saia". Dizem também que a tropa de Antônio Francisco Alves, roubava a coroa portuguesa em favor dos menos afortunados da vila. A casa onde viveu o contrabandista, foi construída em 1741 e atualmente está em ruínas, correndo o risco de desabar.

CONHECES O DITADO POPULAR, AFOGAR O GANSO?

Semana passada eu estava em Ouro Preto e tive a oportunidade de conhecer vários ditados populares, que por vezes utilizamos no nosso dia à dia e nem nos damos por conta, ou temos a curiosidade de saber, pelo menos, de onde surgiram.  Por exemplo:
Dar no couro, sem eira nem beira, feito nas coxas, sangria desatada, casa de mãe Joana, etc.. Mas esta de molhar o ganso eu fiquei!...
No passado, os chineses costumavam satisfazer as suas necessidades sexuais com gansos. Pouco antes de ejacularem, os homens afundavam a cabeça da ave na água, para poderem sentir os espasmos anais da vítima. 
Daí a origem da expressão, que se refere a um homem que está precisando fazer sexo. Nossa, eu nunca confiei nesses chineses!

TIRADENTES - MINAS GERAIS.

Tiradentes é dessas cidades graciosas, pequenas, coloridas que dá a sensação de que foram criadas para ilustrar um livro de poesia. Suas ruas estreitas e de calçamento de pedra, nos remete a um passado de riquezas e cultura, mas também de muitas lutas e sofrimentos.


Tiradentes acabou se tornando uma das cidades históricas mais bem preservadas do Brasil. As ruas estreitas com calçamentos de pedra, (estilo pé de moleque), que também faz lembrar da histórica Parati, conduzem seus visitantes para uma volta no passado, por entre casarios coloniais, fontes antigas, igrejas barrocas e charretes que circulam pelo centro histórico, durante o dia fazendo um ruido tipico, como se ainda vivêssemos no tempo do imperador. 


Tiradentes também lembra uma cidade cenográfica, onde à noite, a luz amarela e branda de lampiões, emolduram janelas e portas coloridas formando sombras de telhados sobre as calçadas, acompanhando o clima pacato e romântico da cidade. Flores coloridas debruçam-se sobre muros caiados ou de pedras, em ruas curvas e sem saída ou que te levam para becos estreitos com novas surpresas a serem apreciadas.










Se eu tivesse que definir numa única palavra a cidade de Tiradentes, eu diria que ela é: GRACIOSA
Os visitantes, devem pelo menos, ficar um dia e uma noite, para apreciarem toda a sua beleza, composta de casas de artesanatos, ateliês, restaurantes e museus.




Entre tantas coisas para ser visitada, eu também recomendo:

IGREJA DE NOSSA SENHORA DOS PRETOS: 
Construída por escravos, a igreja mais antiga da cidade tem uma torre inacabada. Preste atenção no altar-mor, folheado a ouro, em estilo rococó; no arco de pedra de cantaria com a pintura Os 15 Mistérios do Rosário; e nos altares laterais, que exibem imagens dos santos negros São Benedito e Santo Antônio de Categeró.


IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTÔNIO:
Um dos mais ricos exemplares do barroco brasileiro, a Matriz foi construída com a frente voltada para a Serra de São José. Logo na entrada, é difícil não se impressionar com os lustres de prata e a quantidade de ouro que decoram o altar e suas imagens. A Aleijadinho são atribuídas as esculturas da fachada e da portada, que datam de 1810. No alto, o órgão português de 1788 tem oito fileiras de tubos e belíssimas pinturas em estilo rococó. Também há opção de visitá-la à noite: O roteiro narrado conta a história da igreja com jogos de luz e um texto de 16 minutos gravado pelo ator Paulo Goulart. Às sextas-feiras, a artista Elisa Freixo toca composições clássicas no órgão (19 h 30, quando não há casamentos). Ligue para consultar a programação.

CHAFARIZ DE SÃO JOSÉ:
Localizado no centro histórico, possui três fontes, cujas funções originais eram fornecer água potável para a população (a da frente), servi como local para lavar roupas (ao lado) e como bebedouro de animais (na parte de trás). Acima delas está a imagem de terracota de São José de Botas, do século XVIII.


PASSEIO DE MARIA-FUMAÇA ATÉ SÃO JOÃO DEL REI:
Este passeio é imperdível. O trem percorre 12 km (40 minutos) margeando o Rio das Mortes, com vista para a Serra de São José no sentido Tiradentes/São João del Rei, quem senta do lado direito do vagão, tem o privilégio de observar melhor a paisagem. As saídas precisam de confirmação previa.


ALGUNS EVENTOS NA CIDADE:
Tiradentes possui eventos o ano inteiro como o Festival de Fotografia que ocorre no Mês de Março, em Janeiro (na segunda Quinzena) tem a Mostra de Cinema de Tiradentes que já é bem conhecida e em Agosto tem o Festival Internacional de Gastronomia.
                                                                                                           
Até a próxima viagem!

MAQUINARIOS ANTIGOS PARA EXTRAÇÃO DE OURO - URBEX






MINA DU VELOSO EM OURO PRETO.


Ouro Preto é cheia de antigas minas de ouro, escavadas em seus morros, no patio das casas, algumas escondidas pelo mato que cresceu ou pela urbanização que foi se aglomerando com o passar do tempo e que durante a construção de algumas casas, foram sendo redescobertas. Dizem que são mais de quinhentas espalhadas por toda a cidade.



A Mina Du Veloso é uma dessas muitas minas de extração de ouro, que mostra não só as relevâncias politico sociais da época da colonização, mas que serve principalmente de registro e conta a saga do negro, que foi retirado de sua terra (Africa) e introduzido nesta região como escravo, para trabalhar nestes locais altamente insalubres, até a morte.
Acredito que este seja o lado B da historia, fundamentado quando se faz um turismo voltado para se conhecer as estruturas sociais e politicas de uma sociedade que era escravagista e não apenas para o lado glamoroso como igrejas fabulosas e recobertas de ouro em suas paredes. É importante sabermos todo o processo desta construção da historia.


Em meado de 1804 existia na região, hoje denominada São Cristóvão, uma grande movimentação de senhores donos de terras e escravos, provocada pela efervescência de mineração de ouro. A antiga propriedade do Coronel José Veloso do Carmo, possuía em sua totalidade um conjunto vasto de minas que invadiam morros e planície de Vila Rica, extraindo ouro por mãos habilidosa de escravos, que já conheciam a técnica em seus países de origem. 


Uma dessas minas hoje, está aberta e revitalizada para a visitação, com o objetivo de resgatar não só a historia do ciclo do ouro, mas a valorização do negro, enquanto fonte de trabalho e de sua cultura valorosa, sendo a forma de trabalho mais penosa e pesada exercida pelos negros africanos escravizados no Brasil, entre os séculos XVII e XVIII.
Tem um ditado que os guias que acompanham os turistas pelas minas ilustram durante suas palestras e caminhadas que diz o seguinte: "Os portugueses ficaram com a ostentação, os ingleses com a riqueza e nós com com os buracos".
São 400 metros de galerias para percurso e dois salões com poços d’água que brotam por entre as rochas.
A mina foi comprada por Eduardo Ferreira que foi criado no bairro São Cristóvão e decidiu recuperar a Mina Du Veloso, para recontar o trabalho de extração de ouro feito no século XVIII.

GRUTA DA LAPINHA EM MINAS GERAIS.


Eu não pensei que iria apreciar tanto, visitar uma gruta, como aconteceu ontem em Lagoa Santa, cidade localizada à cerca de 40 quilômetros de Belo Horizonte, cujo o nome da cidade, se deu devido ao valor curativo das águas de uma lagoa por lá existente. A sensação é espetacular, é como estar viajando em outro planeta cheio de formas e cores jamais vistas. Acredito que o passeio me fez curar da possível claustrofobia que eu imaginava sentir se entrasse num lugar desses..
Em Lagoa Santa, encontra-se a Gruta da Lapinha, atração turística da cidade, que atrai não só apreciadores do eco turismo, como espeleólogos e outros cientistas da área. A gruta, trata-se de um bloco de pedra calcária formado há 600 milhões de anos e disponível para visitação.




Possui 40 metros de profundidade e 511 de extensão. Sua composição é de barros e resíduos endurecidos do fundo do mar que foram acumulados em camadas sobrepostas. Seu interior apresenta ornamentações formadas de cálcitas cristalizadas, e que em suas várias formas dão nomes aos salões: Salão de Entrada, Sala da Catarata, Sala da Couve-flor, Salão da Catedral, Sala das Pirâmides, Canto do Abajur, Sala dos Carneiros e Galeria do Presépio. Além disso a Gruta possui uma grande área verde à sua volta.






O local fica dentro de um parque (Parque do Sumidouro) e possui toda a infra estrutura como o Museu Arqueológico da Lapinha "Castelinho", o Museu Peter Lund, e um Café/ Lanchonete para receber o turistas, com visitas previamente agendadas e acompanhadas por guias.


Um lugar como este, dá a oportunidade das pessoas manterem um contato direto e intimo com  a natureza, aprendendo a preserva-lo e a reconhecer seu valor cientifico e histórico para a humanidade. Além do que, esta é a chance de conhecer um local único, cuja a beleza é de tirar o folego. Até o próximo passeio.

PORTAS, PORTÕES E JANELAS.






























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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...