O QUE EXISTE DENTRO E FORA DO ARMÁRIO.

Um flash de pensamentos de repente disparou na minha cabeça, de modo a eu me fazer algumas perguntas que eu nunca tinha me feito antes e que agora veio a necessidade de fazer, como se fosse uma prestação de contas a mim mesmo.
Inferno, eu tô sempre me fazendo perguntas, que as vezes me azedam por uma semana, mas vamos lá.
E se eu não tivesse saído do armário, agora aos 56 anos, como estaria a minha vida neste momento? Talvez muito infeliz, muito mais infeliz do que antes?..
Mas eu também nunca me senti um infeliz, eu sentia sim, uma grande insatisfação que me impedia de sentir a felicidade. Acho que isto é diferente, por que deve existir alguma distancia entre "ser infeliz" e "não sentir felicidade".
De qualquer maneira estes dois videos me parece um pequeno esclarecimentos da infinidade de sentimentos (positivos e negativos), que invade moralmente as pessoas (enrustidas e assumidas); um construído pela equipe do "Põe na Roda" e o outro, pelo Andre Matarazzo e Gustavo Ferri, chamado "Não gosto de Meninos", Os dois videos, dão apenas uma ideia do que é viver o antes e o depois da saída do armário. São declarações emocionantes, de gente que ainda sofre muito por sua orientação sexual e outros que definitivamente com muita coragem, resolveram enfrentar seus medos e fantasmas, em razão da dignidade e liberdade de serem simplesmente  felizes.



ABRAÇANDO ARVORES.


Não, eu não tô ficando louco!. Disse para um amigo ontem, quando ele me viu com olhos de surpresa abraçando-me a uma arvore num parque aqui em Porto Alegre. 
De inicio ele brincou: Pensei que tu ias fazer sexo com ela!.. Mas depois tudo ficou claro quando ele percebeu, que se tratava de um simples e carinhoso abraço.
Eu também não tenho lembrança de quem me passou as informações da importância desta atitude, com o objetivo de trocar energia, mas sei que entre uma serie de sentimentos positivos que em mim é provocado como prazer, conforto e paz, posteriormente incluem a melhoria da saúde mental, os níveis de concentração, depressão e até dores de cabeça, que por vezes me perseguem pela semana inteira.
Inicialmente, para se conectar a esta energia disponível em qualquer canto da cidade, a pessoa precisa se desligar dos problemas, colocar os pés na terra, ouvir os sons da natureza, como o canto dos pássaros, o vento batendo nas folhas, sentir que ela e a natureza são uma coisa só. É necessário também, que todo o corpo entre em contato com o tronco da arvore. A testa, o tórax, o ventre, e principalmente, a coluna. O recomendado é ficar em contato com a árvore por cerca de cinco ou dez minutos. Depois deverá agradecer a natureza pela oportunidade de receber e trocar suas energias com a da árvore.
O ganho é inacreditável, pois este fluxo invisível de energias, muda nossos padrões vibratórios e mentais nos ajudando a estabelecer um contato mais abrangente com o poder da natureza, alem de nos dar ferramentas para se não nos curarmos, pelo menos aliviar o stress do dia a dia.
Olha, eu penso que uma atitude dessas é muito gratificante, além de ser simples e indolor, é gratuito. A menos que você se preocupe com o que os outros vão pensar de você, ao lhe assistirem abraçando arvores por ai. Mas atitudes loucas, já cometemos no nosso dia a dia sem nos preocuparmos com o que os outros vão pensar não é mesmo? Experimente!

ENTRE 4 PAREDES.

Me diga uma coisa, seja sincero: Você acha que as relações entre pessoas do mesmo sexo, atualmente mostradas nas teles dramaturgias da TV, estão sendo divulgada excessivamente e de forma apelativa?
Mais uma perguntinha: Você acha que as cenas de troca de beijos que ocorreu entre os personagens Felix e Nico da novela "Amor à Vida", assim como o beijo entre as duas personagem Marina e Clara, interpretadas por Giovanna Antonelli e Taina Müller, na novela "Em família", são constrangedoras e por isto deveriam ser omitidas das cenas comum da novela, por se tratar de atitudes intimas e que só deveriam acontecer entre quatro paredes?
Foi o que eu ouvi de duas colegas, ontem durante o almoço, depois de uma terceira pessoa mencionar sobre o que ela achava estar sendo um avanço nos costumes morais e culturais da sociedade brasileira e ter provocado, não intencionalmente, uma celeuma de divergências entre o grupo que estava presente.
Mas o assunto se prolongou ainda por alguns minutos, onde uma delas se mostrou indignada, por assistir cenas deste tipo (beijos), passarem num horário nobre da TV, onde crianças circulam pelas salas assistindo um desrespeito daqueles, sem entender direito, do que se tratava.
"Eu não tenho nenhum problema quanto a isto.., por que isto, sempre existiu no mundo, mas prefiro ficar o mais distante possível disto tudo.." continuou a outra, apoiando as idéias da primeira colega e ao mesmo tempo tentando se parecer flexível e moderna ao que visivelmente ela demonstrava passar aos outros como uma atitude anti natural. "Um dia desses eu vi na rua, dois soldados da BM se beijando.., vocês acreditam na situação? Dois militares!.."
Outras pessoas ali presentes, mesmo que em silencio, demonstravam em seus olhares inquietos e forjados por uma certa timidez, opiniões que pareciam se dividir ora em expressões favoráveis ora condenáveis.
Quanto a mim, que não estava disposto a me estressar, me mantive como os outros em silencio, mas de contrariedade ao que estava sendo dito de forma tão ignorante e discriminatória, afinal discutiam sobre um beijo em suas diversas intenções, o que possivelmente elas desconhecem, mesmo a quatro paredes!

CHURRASCO ÁRABE NAS RUAS DE PARIS.

O que mais comíamos nos dias em que estivemos em Paris, era praticamente fatias de pizzas, macarrão instantâneo de diversos sabores vendidos em restaurantes chineses e turcos e o famoso churrasco árabe, que pra nós aqui do sul, não tem nada haver com churrasco; São pequenas laminas de cordeiro, temperadas com ingredientes secretos cuja a base é limão, colocadas uma a uma e prensadas num espeto giratório que é assado sob calor de um forno com parede de vidro. 
O tal churrasco é cortado em lascas e colocado dentro de um pãozinho francês tipo baguete, acompanhado de batatas fritas, molho vinagrete (opcional), suco ou refrigerante. Nossa escolha tinha como motivo, o sabor do lanchinho, a rapidez com que era preparado e o custo, já que na capital francesa a comida é uma verdadeira fortuna. Não sei a o certo se a origem deste churrasco é árabe ou grega, mas que dá para matar a fome, isto com certeza dá! O cheiro então é maravilhoso.

UM PEDACINHO DA AFRICA EM PARIS

Se você já foi a Paris, deve ter se surpreendido, como eu, com o numero de imigrantes que circulam pela cidade com seus trajes típicos de seu país de origem, transformando a cidade europeia, num verdadeiro desfile de cores e exoticismo de chamar a atenção.


Pois saiba que apenas alguns minutos do badalado bairro de Montmartre, bairro essencialmente de artistas de rua, onde localiza-se o Boulevard de Clichy, famoso pelos cabarés de Paris, entre eles o Moulin Rouge, fica a área de Chateau Rouge, um pedacinho da África situado no 18º distrito de Paris. 
A diferença entre os dois bairros é gritante, já que Chateau Rouge mostra o quanto a cidade francesa é cheia de diversidade cultural, despertando em quem a visita, muita curiosidade e fascínio.


Saindo da estação de metrô Chateau Rouge, você vai ver povos de origem africana, árabe, indiana e encontrar o melhor dessas culturas, em um mercado de rua, com frutas frescas e comidas típicas de cada país. Além disto, encontrará lojas diferentes, que ostentam em suas vitrines tecidos com estampas coloridas e tribais africanas, assim como lenços, bolsas, túnicas, batas, echarpes, bijuterias e objetos de decoração.


O Château Rouge era um castelo ao norte de Paris que foi destruído no século 19, dando lugar a uma área que com o tempo foi se urbanizando e hoje tornou-se o quarteirão da Rua Goutte d’Or, (Gota de Ouro), na parte leste do 18º distrito- (arrondissement), que abriga o mais conhecidos mercado africano da França e da Europa, popularmente chamado de “Dejean”.


Dejean é praticamente um mercado de alimentos com comidas típicas provenientes de diversas partes da África, mas junto dele, se aglomerou pequenas lojinhas que vendem de tudo, até mesmo perucas e restaurantes onde você pode experimentar uma variedade de comidas originarias dos países africanos. Numa passada por lá, você vai se surpreender e encontrar até a conhecida feijoada, que talvez não seja absolutamente igual a nossa, mas possivelmente vai dar para matar a saudades. 
Mas atenção, é preciso tomar cuidado com o que se fotografa. Devido a problemas de imigração, crimes e até religião, os moradores do bairro não gostam muito de serem fotografados. O mercado na Rue Dejean fica aberto todos os dias, exceto nas segundas-feiras.
Gostaram da informação?
Então, até o próximo passeio

ÔNIBUS TURÍSTICO EM NOVA IORQUE.

Que tal conhecer Paris, Nova Iorque, Buenos Aires, Havana ou mesmo alguma cidade aqui no Brasil, sem todo aquele stress de andar pelas ruas, com um mapinha numa das mão e a maquina fotográfica na outra, tomando todo o cuidado para assim mesmo não se perder?.. Eu admito que sou péssimo em orientação geográfica e desta forma, não encontrei uma melhor saída para conhecer um lugar, que não fosse num desses city tours em ônibus aberto, disponibilizados na maioria das grandes cidades, te dando a sensação de maior segurança, conforto e liberdade para apreciar tudo.


Praticamente todas as capitais do mundo e as cidades que possuem algum interesse turístico, já adotaram este sistema de ônibus com vista panorâmica, que levam seus ocupantes aos principais pontos turísticos da cidade, onde as pessoas podem descer, caminhar a pé e depois retomar o ônibus em algum ponto, por onde circulam a cada 20 ou 30 minutos, sem custos adicionais. Esta rotatividade onde os passageiros podem descer num ponto e apreciar um atrativo sem pressa, e depois tomar outro ônibus, foi a melhor alternativa criada, para quem deseja passear pelas cidades com liberdade e autonomia, sem estar atrelado aos pacotes turísticos com tempo apertado e pequenos atrasos.


Os pacotes podem ser de um, dois, três, até quatro dias, a diferença está normalmente nos preços e na forma como são apresentados os atrativos aos turistas que são, (através de gravações em diversos idiomas ou por intermédio de um guia que normalmente fala no idioma do pais absolutamente rápido e com alguns vícios de linguagem, que você as vezes não consegue acompanhar corretamente as informações que vão sendo passadas. Mas isto, faz parte!..
De qualquer forma, esta é uma boa opção para quem quer conhecer uma cidade que ainda não conhece e muitas vezes não disponibiliza de muito tempo para isto. 
Em Nova Iorque, existem duas empresas que oferecem este tour: 
A Gray line, que possui os ônibus vermelhos, e a City Sights NY, que tem os ônibus azuis.


A Gray Line, é uma empresa tradicional e muito conhecida, líder no mercado, com diversas opções de City Tours de acordo com o seu tempo e interesse. Os bilhetes podem ser comprados Online, antecipadamente, o qual tem validade por 48 horas ou 72 horas. Você pode ver tudo da cidade de Nova Iorque e tirar fotos interessantes. No preço do bilhete inclui também um  tour noturno pela cidade denominado "Night Loop").

*Dica extra:
Eles usam a expressão Loop no sentido de roteiro, itinerário, passeio. Por exemplo:
O Brooklyn Loop é um passeio no Brooklyn,
Downtown Loop é um passeio em Downtown e, por fim,
All Loops Tour, é um passeio que abrange todos os Loops!

**Dica 2:
Postei aqui um breve resumo dos pontos e atrativos que são mostrados neste city tour:

Downtown Loop- Centro da cidade

Greenwich Village, Times Square, Empire State Building, Flatiron building, Union Square, Soho, Chinatown, Little Italy, Lower East Side, East Village, Rockefeller Center, etc.
Uptown Loop- Cidade Alta

Central Park West, Lincoln Center, Dakota Apartments, American Museum of Natural History, Cathedral of St. John the Divine, Grant’s Tomb, Apollo Theater, Harlem Market, Museum Mile, Fifth Avenue e mais.
Night Tour Loop

Deslumbrantes vistas de Manhattan à noite: The Empire State Building, Greenwich Village, Soho, hinatown, Rockefeller Center, Manhattan Bridge, Brooklyn e mais.
Brooklyn Loop

Botanical Garden, The Brooklyn Museum of Art, Antique Furniture District, Fulton Mall, The Brooklyn Museum, Grand Army Plaza, Cadman Plaza, The Brooklyn Public Library e muito mais.

***Dica 3:
Abaixo coloquei alguns sites das empresas que prestam turismo em Nova Iorque, Infelizmente só achei sites em inglês.

OBSERVE A NOTA DE LIMPEZA DO RESTAURANTE, ANTES DE FAZER O PEDIDO.

Este post inicia com um alerta: "Atenção consumidores, observem a nota de higiene nos restaurantes onde você pretender comer afim de evitar aborrecimentos!"
Certa vez resolvi encarar uma  Yaquisoba num restaurante chines nas proximidades do Time Square, em Nova Iorque, que por pouco não tive um troço e não cai morto. A comida chinesa, já fica com o sabor mais forte com o acréscimo do molho shoyo, mas a que me serviram, parecia ter sido refogada em gordura vencida de semanas, pois na terceira ou quarta garfada, o cheiro e o gosto, tornaram-se tão insuportáveis que não consegui comer até o fim. 
Neste dia eu estava tão faminto, que entrei com colegas no primeiro restaurante chines que encontramos no primeiro piso de uma loja de souvenires, que não lembrei de verificar na entrada a tal especificação dado pelo serviço de inspeção sanitária americano.
Acontece que nos brasileiros temos o mal costume de confiar no escuro e muitas vezes nem lembramos de tomar os devidos cuidados, podendo ter uma grande dor de cabeça ou de estomago. Acho que os 8 dólares que paguei pelo prato econômico, poderia ter saído bem mais caro se o meu paladar e o olfato, não dessem o sinal de alerta.
Agora em função do Mundial, o nosso país verde e amarelo, resolveu adotar esta mesma medida que já acontece nas principais cidades como Nova Iorque, Los Angele e Londres. Os estabelecimentos poderão ser classificados em três categorias: A, B e C, sendo A, a melhor classificação. Em Nova Iorque a nota pode chegar até o E, que eu acho uma tentativa de suicídio pra quem se arriscar a comer com essa nota.

AS PANQUECAS GIGANTES DE AMSTERDÃ.

Uma outra opção interessante para se comer em Amsterdã, são as deliciosa panquecas e omeletes do "The Pancake Bakery, localizado na Prinsengracht- 267, bem ao lado do Museu da Anne Frank. As panquecas gigantes são um pouquinho menores que uma pizza família tamanho família, e o menu apresenta uma variedade de sabores entre doces e salgadas. O preço de uma "super-mega" panqueca que satisfaz, é em torno de 10 euros, um tanto salgado para os bolsos, de humildes brasileiros, mas estando na cidade holandesa é um pecado deixar de prova-las, né mesmo?..


COMO PEDIR COMIDA, SEM ENTENDER FRANCES, NUM RESTAURANTE EM PARIS:

Ano passado fiz planos de comemorar meu aniversario em Paris e por uma alteração no roteiro da viagem, eu estaria neste dia em Londres e não no lugar planejado. Então dois amigos de viagem, sabedores deste meu plano, resolveram com a minha aprovação, antecipar a comemoração, num tipico restaurante francês pelo centro da cidade.
Não era daqueles restaurantes chiques, mas era francês e cobrava em euros e em função disto, optamos por uma comida simples: Arroz, batatas à dorê, salada mista e um filé de carne de gado, que foi uma verdadeira fortuna e uma novela para pedirmos.


Evidente que não podia faltar a champanhe, cujo o preço da garrafa era inviável, então escolhemos uma minuscula taça para cada um de nós, por nove euros cada.
Este dia foi muito engraçado, por que não aguentávamos mais comer frango, carne de porco, ou comidas orientais que são as mais em conta em Paris e como somos gaúchos, apreciadores de uma boa carne bovina, era tudo o que queríamos e precisávamos para saciar a nossa saudade, de um grosso, macio e suculento pedaço de carne que lembrasse um churrasco. Ja sonhávamos até, se fosse possível algum milagre, com uma magnifica A la minuta e uma porção de feijão preto brasileiro, com ovos fritos e mal passado.


O cardápio foi deixado na mesa ao nosso lado e quando fomos escolher o que comer, foi um verdadeiro pavor, não entendíamos o que estava escrito, pois não sabíamos ler e falar francês e nem os garçons entendiam português e o nosso inglês. Cá entre nos, mesmo que soubessem se comunicar em inglês, o nosso era péssimo e os franceses odeiam se comunicar numa língua que não seja a deles.


Usamos algumas tentativas de comunicação sem dar nenhum resultado, até que o Marcelo, já perdendo a paciencia e com muita fome, apontou para mim e pro outro colega sentado, bateu com as duas mão no peito e depois apontou pra boca, imitando um mugido de boi. "Buuuu, carne de vaca é o que queremos comer!" O garçom francês um tanto esperto, nos olhou surpreso com a atitude do Marcelo, sacudiu a cabeça positivamente e apontou para alguns itens do cardápio também emitindo som de animais:
O garçom: -Béééééé? Cabrito foi o que entendemos.
Nós: -Non! Sacudimos a cabeça de forma negativa
O garçom: -Qué, qué, qué? Pato foi o que entendemos.
Nós: -Non! Sacudimos de novo a cabeça de forma negativa.
O garçom: -Buuuuuu!? Disse fazendo duas aspas com os dedos, sobre a cabeça.
Nós: -Sim! Yes! confirmamos positivamente com os dois polegares.
Aprendemos neste dia a trancos e barrancos, que não somos globalizados e que não só a mimica, mas também o uso da Onomatopeia, podem matar a fome de indivíduos, que não dominam outros idiomas num pais distante.


QUANDO VOCÊ SE TORNA O PALHAÇO DA VIAGEM.

Tem situações tão embaraçosas, que te coloca de sapato de salto alto e uma saia justa pra dançar rumba, outras são tão engraçadas que você não consegue esquecer e sempre que lembra, tem vontade de chorar de tanto rir. Este fato aconteceu comigo e por isto posso colocar aqui, sem restrições ou medo de me parecer ridículo, porque simplesmente fui ridículo ao quadrado, o palhaço da viagem!
Eu estava em Cuba, num desses Risortes em Varadero, que a comida e a bebida estão incluídas no pacote e você se farta de tanto comer e beber, quando depois de uma tarde inteira tomando banho de Sol e de mar, sobre aquelas águas de um azul turquesa incomparável, me deu uma vontade louca de tomar um sorvete daqueles, master-hiper-mega-gigantes. O lugar era paradisíaco e com espreguiçadeiras e mesas espalhadas pelos jardins, até a beira da praia, portanto desfilavam garçons solícitos, para todos lados que se olhasse. Chamei um, que logo veio me atender com muita simpatia e pedi um sorvete. 
"Sorvete!?.." repetiu ele sem entender o que eu falava. "Sim sorvete!.." repeti algumas vezes, sem que me caísse a ficha. Ora, os cubanos lembram tanto dos brasileiros, mas a palavra sorvete, eles nem fazem ideia do que possa ser, os caras são cubanos e o pior é que eu não lembrava de como se dizia sorvete em espanhol e o cara ali aguardando que eu fizesse o pedido.
Fiquei tenso, eu não posso ficar tenso!.. Pensei alguns minutos sem conseguir me lembrar, de como se diz "sorvete" em espanhol, então sem constrangimento, comecei a imitar com gestos, (as mãos em forma de conchas), o que parecia ser, alguém tomando um sorvete. Em nenhum  momento me passou pela cabeça que aquele gesto se parecesse pornográfico. O garçom sorriu pra mim e de mim, de maneira bem humorada e me disse com malicia: "Sim, sim, fizemos muito disto aqui em Cuba, senhor!". Só depois de muitas gargalhadas entre os presentes, alguém conseguiu lembrar: "Helado, é o que ele quer!..Um helado!.." Mas daí eu já tinha virado no palhaço de toda a excursão e cada vez que o mesmo garçom cruzava por mim, dizia sorridente: "Olha o  brasileño que gosta de fazer coisas gostosas!."

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...