Chove lá fora...

Neste momento chove em Porto Alegre uma chuva fininha, que parece que vai se manter caindo ainda por varios dias. Isto é bom, depois dos dias de forno que se enfrentou por aqui. A chuva revigora a nós e a agricultura, nos deixam verdes, com olhos e folhas brilhantes. Permite que brote novas raizes.

Um minuto de silêncio com Abramovic.

O MoMA, que tem a curiosa grafia de três letras maiúsculas e uma minúscula, é um dos mais importantes museus do planeta. Localizado em Nova York, seu nome significa Museum of Modern Art.
O museu tem duas entradas, sendo a principal delas na rua 53, entre a quinta e sexta avenidas, em Manhattan, há cinco quadras ao sul do Central Park.
 Nos anos 70, Marina Abramovic viveu uma intensa história de amor com Ulay. Durante 5 anos viveram num furgão realizando todo tipo de performances. Quando sentiram que a relação já não mais valia aos dois, decidiram percorrer a Grande Muralha da China; cada um começou a caminhar de um lado, para se encontrarem no meio, dar um último grande abraço um no outro, e nunca mais se ver.
23 anos depois, em 2010, quando Marina já era uma artista consagrada, o MoMa de Nova Iorque dedicou uma retrospectiva a sua obra. Nessa retrospectiva, Marina compartilhava um minuto de silêncio com cada estranho que sentasse a sua frente. Ulay chegou sem que ela soubesse e... Foi assim:



Meio verde, meio cru.

Esperar tambem faz parte do processo de amadurescimento. Mas eu espero o que, onde, como, quando? Qual é o sinal? Se eu vejo que tem gente que espera demais e nunca alcança, nunca cresce.
Eu não tenho medo de expor as minhas duvidas, por mais simplorias que pareçam ser, eu só tenho medo do vazio, da ignorancia, do acomodamento que nos torna cumplices do erro, que nos enferruja, que nos transforma em infelizes coniventes.
Desta forma eu não consigo esperar, sou sensivel, presente, incisivo, vivo errando e acertando. Eu como tudo meio verde, meio cru, que tambem não deixa de ser um erro nesta vida.

Um presente de amigos.

Fazia algum tempo que eu não via um casal de amigos de muitos anos, por pura desatenção de minha parte e ontem resolvi visita-los. Coincidentemente um deles estava de aniverssario e  a minha chegada provocou surpreza e visivel alegria. Havia muita movimentação na casa, amigos chegando e se preparando para um jogo de futebol que havia sido planejado e depois um churrasco. Foi daí, que eu conheci uma pessoa por demais interessante. Ficamos converssando por horas como se não existissem outras pessoas na nossa volta, uma afinidade que só acontece com poucos. Sabe o que eu acho? Apesar do meu amigo estar festejando o seu aniverssario, quem ganhou o melhor presente fui eu.

Para aliviar a dor.

Eu tenho uma ferida, que não para de sangrar nunca! _Me disse a paciente que eu conduzia para a emergência psiquiatrica ontem de tarde, durante o plantão.
Quando eu estou quase esquecendo, ela volta a sangrar e arder no peito! _Reclamou deitando encolhida sobre a maca.
Todos nós temos uma ferida dessas, que se abre de vez em quando! _Argumentei na expectativa de alivia-la e concientiza-la de que não era a unica.
Mas como pode, tu com esta cor de olhos, ter uma ferida desta? Como pode?
Eles são artificais senhora, lentes, por isto! _Justifiquei.
Hum, entendí!

O duro não é carregar o peso do chifre, mas sustentar a vaca!

Eu não sei por que achei esta frase que ouvi hoje, tão espirituosa. É, eu achei sim.. Eu acho que foi o jeito como o cara falou, sem nenhum sorriso ou pretensão de parecer engraçado, ou de virar uma piada. Saiu de sua boca como se fosse um desabafo pessoal ou uma grande verdade filosófica. Isso me faz pensar que o peso maior não é o que falamos, mas de que forma falamos.

Eu ainda não sei.

Eu ainda não estou bem convencido de que este seja realmente o meu caminho. Se esta história de mediunidade cabe em mim, serve pra mim; Enfim, se tudo isso não será algo passageiro que eu vá me arrepender, se eu não vou me enjoar de ficar com aquelas pessoas de roupas brancas, orando, orando e desejando o bem para o proximo. Este não parece ser o meu perfil, existem falhas nas minhas crenças, dúvidas, muitas dúvidas em alguns conceitos que me foram passado sobre a vida, a morte e a espiritualidade. Me comprometi de fazer um teste de adaptação, quem sabe?.. Eu ainda não sei, tá dificil tomar uma decisão!..

MAIQUEL DOUGLAS.


Inacreditavelmente o paciente que transportei para o Hospital da PUC na Sexta-feira, foi a óbito minutos depois de te-lo deixado na emergência.
Durante o transporte vinha até conversando com sua mãe, mas a o deixa-lo no hospital, fez uma parada respiratória e quando foi entubado pelo médico, começou a sangrar ativamente, comprovando estar com dengue hemorrágica, pré diagnosticada dois dias antes, numa unidade de pronto atendimento que tentava uma vaga hospitalar. Minha lastima é por que ele só tinha 19 anos, e para mim é quase inaceitável a perda de alguém tão jovem por questões burocraticas. Seu nome era Maiquel Douglas.

Treze minutos ou perto disto.

Eu encontrei este video na Internet, que trata da descoberta do amor entre dois homens, a principio heteros,  através da atração fisica. O vídeo é curto, didático, sensivel, porém só me conveu por ser didático, porque eu não acredito que dois homens heteros reagiriam desta forma tão civilizadamente, tentando através de um dialogo calmo e equilibrado procurar respostas sobre estas impulsividades maiores e sem controle que passam por cima das censuras e preconceitos pessoais. Acho que na pratica a coisa toda é mais traumatico e levada para uma banalização de proteção. Pois bem, vamos ao vídeo:


Guarda -Chuvas, não são morcegos.

Com o tempo, adquirindo alguns fios de cabelos brancos, a gente vai pegando algumas manias, alguns vicios novos. Eu postei aqui no Diario de Bordo, em algum texto que não lembro qual, não gostar de usar guarda- chuvas, mas acontece que eu mudei de idéia depois de conhecer alguns modelos comercializados em Nova Iorque. Eles são coloridos, alegres, alguns com cores sobrias mas combinativas que dão um charme todo especial ao usuario que quer se proteger da chuva e principalmente desfazendo aquela regra ultrapassada de que guarda chuvas masculino deve ser preto, como um morcego que se carrega a tira colo, pendurado no braço. Peguei uma nova mania agora, observar modelos de guarda chuvas que antes nem prestava a atenção, por me lembrarem de morcegos.

As diferentes matizes do amarelo.

Pra mim basta um passo, um olhar, uma palavra dita ou não pronunciada para que eu mude de ideia, para que eu refaça minha opinião e mude totalmente de perspectiva e intensão. Isto não é intransigência, por que eu até faço concessões, porém tem situações que me colocam em desconforto, que eu percebo serem dificeis de engolir, que não serão mudadas por mais que se sinalize os nossos limites de aceitação, de compreenção. É que alguns sentimentos, também possuem prazo de validade que se esmurecem se não forem correspondidos com a nossa expectativa.
Alguns sentimentos pessoais não podem ser entendidos por outra pessoa da mesma forma com que sentimos. Se tentassemos explicar, mesmo assim não seria emocionalmente entendido, simplesmente por que o meu amarelo não é igual a o amarelo dela e isto por um lado é fantastico, por outro lado, uma merda.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...