AS FONTES HISTÓRICAS DE VIAMÃO

FONTE DA PACIENCIA



No Domingo 15/01/2012, depois de almoçar na casa da amiga Tania, decidi no meio da tarde, caminhar pelo centro de Viamão e aproveitar para conhecer alguns lugares que fazem parte da historia da cidade viamonense e que a grande maioria dos moradores desconhecem. 
Trata-se de fontes datadas de 1768, que serviram ao abastecimento de água potável na antiga Vila de Viamão. São quatro fontes localizadas bem no centro da cidade e que podem ser visitadas a partir de informações colhidas com alguns moradores, e que conhece a existência e localização das mesma. A visita a estas fontes, deve ser realizada por uma iniciativa pessoal, uma vez que não existe na cidade um roteiro turístico, com profissionais guias habilitados para o acompanhamento. 

FONTE DA BICA:
Saindo do núcleo central da cidade pela rua Alcebíades Azevedo dos Santos, está localizada a primeira fonte no interior da Praça Tristão Jose de Fraga, cujo o espaço geográfico fica numa especie de depressão com saída para a rua Luis Rossetti. A praça atualmente está em péssimas condições pela falta de manutenção e com acumulo de lixo e mato por todos o lados. Existem também algumas churrasqueiras depredadas que possivelmente eram usadas pelos moradores locais. Visivelmente se percebe o abandono do local, que se parece mais com um terreno abandonado, do que propriamente uma praça.


PRAÇA TRISTÃO JOSÉ FRAGA:
O acesso a fonte se dá por uma escadaria de pedras e um pequeno corredor, onde o calçamento está destruído e é preciso um certo cuidado para não se resvalar sobre a lama acumulada e levar um tombo. A fonte propriamente dita, está a poucos metros da escadaria e completamente coberta de musgos que esconde o tipo de material que foi feita. Além disto; existe apenas um pedestal de pedras, onde possivelmente existia uma placa de identificação. A Fonte da Bica, também denominada Bica dos Fundos, foi ponto de referencia do movimento tropeirismo da época, além de abastecer a vila. Atualmente encontra-se completamente abandonada e sem a mínima proteção da ação de vândalos.


FONTE DA PACIÊNCIA::
Bem próxima a Fonte da Bica, na Rua Luís Rossetti encontra-se a segunda fonte, chamada de Fonte da Paciência, em melhor estado de conservação, porém aparentemente seca. Esta servia também ao abastecimento de água potável na vila e fora conhecida antes como Fonte Beco do Pinheiro. O nome "Paciência", foi dado em homenagem a uma escrava sempre presente no local. Existe uma placa de identificação em madeira, doada pela escola Adventista e seus alunos, que no ano passado realizaram um mutirão para revitalizar o local.


HISTÓRIA SOBRE A ESCRAVA PACIÊNCIA:
Contam, que a escrava Paciência se suicidara devido aos maus tratos recebidos dos seus senhores.
Outros, dizem que a preta estava embriagada quando se afogou; finalmente,  um outro segmento  afirmava que a escrava teria sido vítima de uma ataque de epilepsia, no momento em que apanhava água na tradicional fonte. 
O fato é que a preta escrava morreu ali afogada e o seu nome se acha forçosamente ligado ao histórico local. O registro mais antigo à respeito destas fontes, Bica e Paciência, é o documento da Câmara Provincial datado de 1768, que manda construir benfeitorias em ambos os locais com finalidades sanitárias pelo crescimento da vila. trecho retirado do livro: "Fontes Históricas de Viamão Adônis dos Santos, Branquinha, Viamão: História, Lendas, Tradições, Vultos do Passado- 1965",


Existem mais duas fontes que infelizmente não foi possível o acesso por ser um Domingo e estarem localizadas em espaços fechados. São elas:

FONTE DOM DIOGO:
Ponto de abastecimento popular na cidade no século XVIII. Bastante conhecida por sua água límpida e cristalina que brotava entre as rochas da propriedade de Dom Diogo de Souza, ex-governador da província de São Pedro do Rio Grande do Sul. A fonte está localizada Junto a atual sede da Escola Municipal Dom Diogo, na rua XV de Novembro.

FONTE DO ESPICHO:
Diferente das demais fontes na cidade, pela característica de suas águas, consideradas salobras pelos moradores da época, está intimamente ligada à construção da Igreja no século XVIII, já que seu uso era preferido em construções e serviços e dispensado para consumo humano. A fonte está localizada junto a área da Escola Stella Maris, na rua Mário Antunes da Veiga 453.
O desconhecimento destes pontos de importância histórica para a cidade, é bastante compreensível, quando se entende que para manter uma memoria viva é necessário a divulgação dessas informações históricas inicialmente entre a própria população da cidade, pelos meios de comunicações disponíveis como, jornais, palestras escolares, eventos culturais e artísticos. É necessário ainda que estes eventos culturais tenham parcerias na criação de mecanismos que incentive e multiplique a informação e educação social. É também fundamental a participação de administradores e órgãos públicos como difusores destas propostas conjuntas, uma vez que é deles a competência de administrar, preservar e manter um patrimônio dessa importância.

Até o próximo roteiro

UMA NOITE CHUVOSA E O JARDINEIRO FIÉL.

Perdi o sono e fui dormir lá pelas 3 horas da madrugada, depois de assistir "O Jardineiro Fiel". Acho que foi a carne de panela feita na pressão e as três folhas de alface que me fizeram perder o sono. Lembrei do compromisso que tenho este ano de visitar Cabo Polônio em Rocha e levar uma amiga de arrasto. Esta praia inóspita é desses lugares que mistifiquei e  preciso conhecer sem entender bem os motivos desta urgência...
Mas voltando ao filme, era sobre isto que eu queria falar, tem uma cena onde o personagem principal Justin, está num acampamento no meio do deserto africano, resgatando as ultimas informações que envolveram o assassinato de sua esposa, quando surge um ataque eminente de saqueadores armados e à cavalo e todos começam a fugir para não serem mortos. 


Os ingleses evidentemente correm para um avião que esta prestes a decolar as pressas e Justin segura a mão de uma menina que desde a sua chegada no acampamento, está a sua volta e ele tenta coloca-la dentro da aeronave mas é impedido por um dos tripulantes que diz que ela não pode ir junto pelo fato de ser uma nativa e que estes já possuem seu destino escrito. Justin fica desesperado por se tratar de uma criança e começa a protestar aos gritos. A menina parecendo entender  a decisão descriminatória sobre sua ida, desce da aeronave de volta para o deserto, correndo ao lado do avião que desaparece no horizonte montanhoso. Dentro do avião Justin pergunta para o outro Inglês, o que será dela, que lhe responde resignado que com um pouco de sorte talvez consiga chegar a algum lugar, num campo de refugiados e sobreviver aos saqueadores ou ao calor do deserto. Este tipo de cena que envolve massacres de inocentes e crianças e imita a realidade desse povo sofrido, sempre me parte ao meio.

Um dia chuvoso.

Um dia chuvoso como eu não lembrava mais, pois como todo o bom brasileiro, tenho andado com a memória curta... O plantão foi calmo. Não sei por que as pessoas parecem adoecerem menos em dias de chuva e não chamam ambulâncias a não ser para suicidas, psicóticos e para aqueles que já estão mortos por falhas no sistema cardiovascular. A chuva parece um inibidor de pedidos de socorro e tudo parece esperar até que vingue um novo Sol. Isto merece um estudo mais profundo dos entendedores em saúde publica
Estou indo para casa apesar de ter trabalhado pouco e me angustiado muito. Tenho um desejo de comer carne de panela amaciada na pressão e salada de alface. Acho que esta noite está perfeita para isto.

A BEM DO SERVIÇO PUBLICO

A gente esquece, mas as coisas vão acontecendo na sombra de nossas vidas sem percebermos que elas vão sendo encaminhadas e tendo um ciclo de continuidade até chegar a um desfecho final que nos põe de fato surpresos. É claro que pagamos pelos erros cometidos no decorrer da vida e só conhecemos o peso desta frase, quando realmente temos de pagar. 
Mas o nosso engano maior é pensarmos que com o passar do tempo, estes erros poderão ser perdoados ou simplesmente esquecidos e engavetados, por que ficamos mais velhos e nossa impulsividade também perdeu suas forças transformando-nos em pessoas mais amenas, confiáveis e talvez melhores. Acreditamos que nossa velhice pode ser um salvo conduto para que nossos erros do passado sejam perdoados e quem sabe esquecidos; mas não é isto o que acontece, por que somos julgados pelo que fizemos ontem e não pelo que somos hoje. 
Na verdade todo este blablablá aqui no blog, surgiu em consequência da minha surpresa e de alguns colegas, por uma outra colega ter sido exonerada a bem do serviço publico, nesta ultima semana aos cinquenta anos de idade, num processo longo que parecia realmente ter sido esquecido.

Danem-se os astros, os dogmas, os búzios,..

Tenho a impressão de que o Chico é destes profundos conhecedores da paixão, da alma, do pecado, das controvérsias emocionais humanas. Não é a toa que ele é um dos sonhos de consumo da mulherada que tem mais preferencia pelo conteúdo. 


O resultado da seca.

Nestas ultimas semanas tenho sofrido com os prejuízos da estiagem e do calor infernal que tem feito aqui no sul. São dias difíceis para trabalhar e até chegar em casa pra descansar sem me sentir exausto e com a desconfiança de que me foi sugado até a ultima gota de liquido do corpo. O desanimo e a irritabilidade tomam conta da alma, do corpo praticamente moído e desobediente. Por vezes sobra apenas transformar esta irritabilidade durante o dia, em brincadeira que de tão absurda, faz a gente rir dos nossos próprios pensamentos imorais.  

Objetos.

A diferença de mim, para as outras pessoas é eu possuir uma latinha azul de chá inglês no canto da mesa, lotada de rolhas que guardo não sei pra que! 
É, eu agrego valores estéticos e emocionais a pequenos objetos sem valor por pura precaução, achando que não faço parte da grande produção em série com código de barras invisível sobre o couro cabeludo. Sou também capaz de dar estes objetos para alguém, distribui-los sem dor na consciência e em seguida adquirir outros.

Nego

Uma das melhores interpretações que assisti em 2010 e quase esqueci de postar aqui no blog foi: Bewitched bothered and bewildered, no Programa Altas Horas - do Serginho Groismann, na voz impecável de Maria Rita. A musica faz parte do projeto que traz clássicos da canção americana composta por judeus, em versão para o português, pelo letrista, produtor e jornalista Carlos Rennó e arranjos assinados pelo maestro, produtor e violoncelista Jaques Morelenbaum. O álbum reúne um seleto time da MPB, que deu forma a uma obra-prima da música, transformado num CD chamado Nego.



O projeto foi criado pelo Centro de Cultura Judaica e teve por objetivo estabelecer vínculos culturais entre a comunidade judaica e a sociedade brasileira nesta linguagem universal que é a musica.
Participaram deste CD além de Maria Rita, Carlinhos Brown, Dominguinhos, Elba Ramalho, Emílio Santiago, Erasmo Carlos, Gal Costa, João Bosco, João Donato, Luciana Souza, Moreno Veloso, Ná Ozzetti, Olivia Hime, Paula Morelenbaum, Seu Jorge, Wilson Simoninha e Zélia Duncan.

Recanto

Gal é daquelas cantoras cujo o brilho e qualidade já comprovados no decorrer de sua carreira, não oferece mais riscos de ofuscar-se por escolher composições de vanguarda, que não atraem os ouvidos viciados nas antigas receitas da MPB.
Eu sempre achei que sua voz pudesse ousar mais e que se embrenhasse mais profundamente no terreno jazzístico, com interpretações vocais mais recortadas e de mobilidades sonoros cuja a voz peculiar  tem alcance e qualidade para isto. 
Gosto de suas interpretações diferentes como o Sorriso do Gato de Alice, O Amor, O Ultimo Blues. Estou com seu ultimo CD Recanto nas mãos, que segue por batidas eletrônicas e outras experimentações sonoras sob direção de Caetano Veloso, cujo os últimos trabalhos eu não gostei. 
No CD de Gal, gostei particularmente de quatro musicas: Mansidão, Segunda, O menino, Neguinho, que considero poucas para um CD de onze musicas, mas ainda preciso de mais tempo para mastigar, sentir e aprovar ou não este ultimo trabalho. Gal é comprovadamente maravilhosa, mas tenho duvidas quanto as ultimas investidas inovadoras de Caetano na produção deste ultimo CD.
Ah, uma observação: Esses últimos trabalhos de Caetano, "Cê" e "Zii e Zie", que eu não gostei e acredito que muita gente também não, agora sobre cai no ultimo trabalho de Gal, me parecendo mais com a identidade de Moreno e sua turminha eletro music, vocês não acham? Axé!

TRAVESSIA DE CATAMARÃ DE POA A GUAÍBA.

Entrada do terminal hidroviário.

Eu já tinha pensado em fazer este passeio antes, mas como era uma novidade e novidade sempre atrai muitas pessoas, resolvi dar um tempo; Tempo que durou até ontem, quando eu estava no centro da cidade e resolvi conhecer a travessia feita pelo catamarã que sai de Porto Alegre para Guaíba, inaugurada no dia 28 de outubro do ano passado.

pátio do terminal em POA. 

Surpreendentemente o Terminal Hidroviário ficou muito bonito e chama a atenção com suas cores quentes - amarelo e laranja, portas de vidro com abertura automática, dois ou três clichés para venda de ingressos, roletas automáticas, toaletes, sala de embarque climatizada e com áudio visual. Do lado de fora, um pequeno espaço aberto com amplos bancos para se observar o Guaíba e o acesso aos barcos são feitos por rampas e corredores cobertos para proteger os passageiros em dias de chuva. O serviço oferecido pela CatSul, empresa gaúcha que venceu a licitação para operar a Travessia, não termina somente aí, dentro dos barcos, 02 TVs de LCD, 120 poltronas e acesso à Internet completam o conforto dos passageiros. Os usuários do transporte, podem chegar à estação de Porto Alegre, localizado no armazém B3 do Cais Mauá, pela passarela subterrânea sob o Trensurb, com acesso pelo calçadão da Estação Mercado. 


O catamarã que se diferencia de um barco comum por apresentar dois cascos, o que significa boa estabilidade sobre a água, zarpou do Terminal Hidroviário de Porto Alegre, com destino a Guaíba às 11h30min., chegando do outro lado no cais de Guaíba exatamente em 20 minutos. Na cidade vizinha de Guaíba, o terminal fica na avenida João Pessoa - no Centro, no final do Calçadão, junto a estação rodoviária.

Corredor coberto para embarque no catamarã. 

Há também nos catamarãs, assentos exclusivos para portadores de necessidades especiais, cintos de segurança para cadeirantes e espaço para bicicletas. As janelas do catamarã são fixas para manter a refrigeração do ambiente e com um tipo de acrílico que diminui a propagação dos raios solares e também impede quem esteja de fora de enxergar os passageiros. O que eu não gostei é que de dentro do barco, as imagens ficam alteradas, com uma cor azulada comprometendo a nitidez das fotografias. Já está em discussão um projeto que visa criar uma nova rota ligando o centro de Porto Alegre à zona sul da cidade através do Rio Guaíba.

Foto comprometida pela janela de cor azul do catamarã. 


PASSAGENS:
A aquisição das passagens pode ser feita com até 30 dias de antecedência, nos 14 horários oferecidos em cada sentido da viagem. 
O preço da passagem é de R$ 6,00 de segundas à sextas-feiras, e de R$ 7,00 aos sábados, domingos e feriados. O pagamento pode ser feito em dinheiro, cartões de débito do Banrisul, Visa e Mastercard. O cartão TEU também é aceito. 
O trajeto de ônibus, que custa R$ 4,65 entre as duas cidades, leva pelo menos o dobro do tempo no deslocamento rodoviário.


UMA DICA:
Os acentos do lado esquerdo do Catamarã com destino à Guaíba dão uma visão privilegiada de toda a cidade de Porto Alegre, a partir dos armazéns do Cais Mauá, a Usina do Gasômetro, o Estadio Beira Rio, a Fundação Iberê Camargo, o Shopping Barra Sul e todos os morros e antenas de TVs e também outros morros adjacentes.
Apesar dos catamarãs estarem funcionamento a quase dois meses e meio, percebi um grande numero de visitantes a se provar pela quantidade de flaches dentro do barco. 


O QUE VISITAR NA CIDADE DE GUAÍBA:
Logo que se chega em Guaíba, uma boa pedida é caminhar pelo calçadão arborizado da Avenida João Pessoa, cujo convite se estende a apreciar também a beleza do Lago Guaíba com bancos de madeira distribuídos em toda a orla, atualmente em processo de despoluição, revitalização e o Pier.

Pier em Guaíba. 

IGREJA MATRIZ:
Ainda na parte alta da cidade é possível visitar a Igreja Nossa Senhora do Livramento, datada de 1857 por licença de D.Pedro II, localizada na Praça de mesmo nome.


BELVEDERE PAUL HARRIS:
Escadaria 14 de Julho, Conhecida no passado como Lomba do Inferno, a escadaria foi construída na década de 60 para facilitar o acesso da parte alta da cidade até a praia.



Belvedere Paul Harris 

RESIDENCIA DE GOMES JARDIM:
Casa com mais de 200 anos e que pertenceu a o líder Farroupilha Gomes Jardim. O local hoje é um museu e possui visita orientada com agendamento- Rua 14 de Outubro, 384. Informações fone (51) 3480-1159.

Residencia de Gomes Jardim. 


CIPRESTE FARROUPILHA:
Localizado na Praça Gomes Jardim, abrigou os farrapos, quando reuniam-se para traçar estratégias referentes à Revolução. No local encontram-se o busto e os restos mortais de Gomes Jardim. Na parte alta no centro da cidade.



PRAIA DA ALEGRIA:
É a maior e mais movimentada praia de Guaíba e onde acontecem os maiores eventos do município. Fica a 4km de distância da sede do município. Nesta praia localiza-se também o Marco Farroupilha, local de onde as tropas farroupilhas partiram para tomar Porto Alegre. 
A Praia da Alegria foi um dos lugares em que muito me diverti na infância. Meu tio enchia seu carro de parentes e amigos e fazia varias viagens levando todos para passarem fins de semanas em barracas enjambradas a beira do rio. Era uma alegria só...
De conversa, dentro do barco com uma passageira e moradora de Guaíba, ela me disse acreditar que este fluxo de gente é somente no verão, que no inverno cairá por menos da metade, que apesar da diminuição de tempo no percurso feito pelo catamarã, as pessoas ainda preferem o ônibus por ser mais barato. Que Guaíba é uma cidade cuja a população é de pessoas pobres e que a diferença de R$ 1,35 a mais do catamarã com relação ao ônibus, no montante do mês faz muita diferença no bolso.


ILHA DAS PEDRAS BRANCAS:
No retorno para Porto Alegre, o catamarã passou ao lado da Ilha das Pedras Brancas, também conhecida como Ilha do Presídio, abandonada há mais de 20 anos. A ilha já foi ponto estratégico dos Farrapos, depósito de pólvora, laboratório de pesquisa da peste suína, e prisão no período da Ditadura. Mas este é outro passeio que pretendo fazer num outro dia e documentar sua historia aqui no blog.
Até o próximo passeio!

CABO POLÔNIO A PRAIA INÓSPITA NO URUGUAI.


Cabo Polônio é um lugar solitário e de rara beleza, talvez o mais inóspito naquelas regiões litorâneas  do Uruguai, por estar localizado a 15 metros acima do nível do mar, numa área coberta de cômoros de areia intrafegáveis em veículos de tração simples. 
Está à cerca de 300 quilômetros da capital Montevidéu e a 600 de Porto Alegre. Trata-se na verdade de um pequeno vilarejo nascido ao redor de um farol, cujo os poucos moradores sobrevivem da pesca, do artesanato e do turismo. 
Cabo Polônio, ganhou fama de ser um refugio hippie dado a sua característica de lugar de difícil acesso e de não possuir as facilidades que outros lugares proporcionam. Para se chegar até lá, somente em veículos 4X4, à pé ou à cavalo.



O lugar parece ter parado no tempo, não tem luz elétrica, nem água encanada, virou uma reserva ambiental onde é proibido construir e também acampar. As poucas casas que existem, só podem ser reformadas com autorização dos militares que cuidam e administram o lugar. Os cabos de energia por geradores, são somente para as casas dos militares e o farol de 26 metros, construído em 1881 e que deu início a cidade e hoje é considerado um monumento histórico no Uruguai. Todas as outras construções usam querosene, vela, painel solar ou moinho de vento, para a iluminação e energia.



A atividade comercial fica concentrado na unica rua existente e no período de maior movimentação turística funcionam alguns bares e lancherias. 
Próximo a sua costa, localizam-se três pequenas ilhas que servem de morada para uma das maiores concentrações de lobos marinhos do mundo: La Rosa, La Encantada e El Islote e que foram responsáveis por diversos naufrágios ocorridos no passado.




Origem do nome: 
O nome Cabo Polônio vem de um galeão espanhol que naufragou na região em 1735, no entanto; outras informações costumam dizer que outro naufrágio ocorreu em Janeiro de 1753, quando um barco chamado de Nossa Senhora do Rosário naufragou, por que seu capitão que gostava de vinhos se excedeu dentro de sua cabine, provocando o acidente. O nome do Capitão era Joseph Polloni.
Cabo Polônio possui uma paisagem singular, com enormes dunas ao redor da cidade. Sua população fixa é pequena e formada principalmente por pescadores, artesãos e funcionários do farol. Nos períodos de férias, os argentinos são os principais turistas da cidade, embora o turismo interno e de outros países também é significativo na economia do lugar.




Como chegar em Cabo Polônio: 
Quem vem do Brasil para o Uruguai através da (cidade de Chui), Cabo Polônio fica aproximadamente 100 quilômetros pela na Rota 9 em direção à Montevidéu, em seguida deve-se entrar à esquerda na Rota 16, ate o cruzamento com Águas Dulces e seguir pela Rota 10, até o quilometro 264, no estacionamento dos carros 4X4 da empresa El Francês, que transportam os visitantes até Cabo Polônio em 20 minutos. Os carros saem a cada 1 hora e prestam este serviço até às 20 horas cobrando ingressos de 150,00 pesos ida e volta.




De Cruces Terminal Tres horários e freqüências de Chuy para Valizas, a viagem leva cerca de uma hora e meia.


O que fazer em Cabo Polônio:
Além de aproveitar a praia, outra pedida é subir no farol e curtir a vista lá de cima. Também existem TRILHAS oferecido por alguns moradores cujos os circuitos podem ter a duração de 90 minutos até 6 horas. As caminhadas pelas dunas, que chegam a 70 metros de altura, podem ser feitas sem guia entrando na cidade de Valizas e caminhar 2 km em direção à Cabo Polonio. 
O circuito mais curto, para ver lobos marinhos, pode ser feito seguindo as placas próximas ao farol.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...