Maus hábitos

No programa Saia Justa desta semana no GNT, Monica Waldvodgel, Camila Morgado, Teté Ribeiro e o Dan Stulbach, depois de tantos achismos e observações sobre a importância da arte na vida das pessoas,  comentaram  sobre alguns de seus vícios pessoais que por vezes são difíceis de serem controlados.
Camila Morgado falou de seu mau costume de se esforçar para ouvir discussões alheias ou observar pessoas pela fresta de janelas, enquanto Dan Stulbach, revelou um habito que tinha quando era mais jovem e agora não mais, de interpretar algumas canções de Fabio Junior, usando as mesmas entonações e expressões utilizadas pelo cantor; Uma imitação que se transformou num vicio pela insistência de se parecer com aquilo que gostava,  quem já não fez isto? 
O mais engraçado foi um dos hábito assumido por Teté Ribeiro, que segundo ela, tem uma curiosidade quase incontrolável de observar cachorros fazendo coco e cuja a reação dos outros convidados foi de Uuuhuhuhuhuhu!..
Eu lembro de um amigo que assumidamente demostrava expressões de prazer ao assistir cães fazendo sexo na rua. Ainda mais recentemente, tenho um colega, que demonstra alguma excitação com isto.
Acho que todo mundo, no obscuro de sua mente possui alguma coisa deste tipo, mas que dentro dos conceitos éticos e morais vigentes tenta sufocar ou guardar a sete chaves para que ninguém fique sabendo e até por não ser aceito por si mesmo. Falar à respeito serve de exercício para eliminar tabus e não transformar ações pouco aceitáveis em obsessões.

Do inexplicável e imaginário.

Revi ontem na TV fechada o filme Avatar, cuja a história pra mim é simples, previsível, mas as fotografias me resgatam antigos sonhos e fantasias da minha infância e adolescência. Gosto demais das fotografias do filme, daquelas cores psicodélicas, dos animais voadores, os cavalos, as plantas que se iluminam à noite ao serem tocadas, o azul da pele dos personagens e sua interação com a natureza.
Não sei por que gosto tanto destes filmes de magia e que me completam de fantasias e coisas irreais. O primeiro filme da serie O senhor Dos Anéis, também me provocou estas excitações. Eu cheguei a sonhar com Gollum o monstrinho que acompanha Frodo, na missão de destruir  o anel, me perseguindo para comer meu fígado. Harry Potter eu também gosto, mais do primeiro filme, embora não tenha ainda assistido o ultimo da saga.

A culpa é que faz engordar

Eu deveria resistir a tentação e não aceitar o convite para o almoço. Mas quem resiste num dia como o de hoje, chuvoso e frio, uma galinhada feita carinhosamente numa panela de ferro que se parece com um daqueles caldeirões de bruxo à la "Harry Potter", acompanhada de uma salada deliciosa e uma cerveja no ponto, mesmo não sendo vinho que é sempre de minha preferencia? 
O inverno parece nos fazer escravos da gula e com grande sentimento de culpa depois que levantamos da mesa, deitamos na cama, pisamos na balança e ficamos repetindo pra nós mesmos: _Por que não resisti!.. Acho que é a culpa que nos faz engordar.

Agenda

Pois bem, neste Sábado que amanheceu ensolarado, eu havia decidido ir para este lugar maravilhoso da foto aqui em abaixo e de lá observar o Estado vizinho de Santa Catarina, sobre o pico mais alto do Rio Grande do Sul, o Monte Negro. Mas o tempo resolveu fazer cara feia e chover. Talvez fosse a comprovação de que não devesse realmente ir.
Achei melhor desistir, pois não enxergaria nada lá de cima, cuja as temperaturas são sempre mais baixas que aqui na capital, formando nuvens espessas que cobrem toda a visão. Então planejei ir para este outro lugar da foto abaixo, no ultimo fim de semana do mês de Julho. Espero que a sorte esteja do meu lado e Cabo Polônio me aguarde com um dia mais bonito que o de hoje.

Amor ou obsessão por bandido?

Então a Norma (Glória Pires) da novela das Nove, parece estar toda dividida e com os sentimentos confusos com relação a vingança que planejou contra  Leonardo (Gabriel Braga Nunes), seu ex namorado que destruiu sua vida no inicio da trama. 
Será que isto é possível, depois dela saber que o cara foi responsável por todos os crimes cometidos, que ela inocentemente incriminada, pagou amargamente no lugar dele, todos aqueles anos na cadeia, sobrar alguma titica de amor?
Em conversa com um amigo na semana passada, ele me disse que já vivenciou esta parada. Que se envolveu com um cara desses, bonitão, de ficar apaixonado, de quatro, mas que ele não valia nem o peso da própria sombra. Era falso, mentiroso, ardiloso e que quase o deixou em situações parecida com a da Norma, sendo até muito grosseiro e agressivo, quando desmascarado. 
Então não teve outro jeito a não ser assumir seu amor próprio e cair fora, dizer pro cara tomar seu rumo obscuro na vida que escolhera. 
Apesar de ter tomado a decisão que lhe parecia a mais sabia, sempre que cruzava acidentalmente com o cara, sentia que alguma coisa mexia com ele. Algo do tipo atração mesmo, de ficar sentindo pétalas na garganta e desconforto dentro da calça. Não dava outra; "Escrevia não lia, o pau comia...", no sentido sexual das palavras, se é que me faço entender... Se isto é amor ou obsessão e plausível de se entender, porem tão difícil de aceitar. 

O Astro

No decorrer dos anos, tudo parece ter evoluído, de forma que até mesmos as novelas, cujo o nosso país é campeão na modalidade e respeitado lá fora, seguiu os mesmos passos. Hoje quando assistimos algumas cenas mal feitas ou mesmo que não correspondam a realidade do mundo, fica parecendo tão superficial e bobo quanto uma historia de um desenho animado, com a cenas exageradas e irreais, perdendo assim a credibilidade/veracidade. Eu concordo com o blogueiro Tony Goes ao  criticar a nova reprodução da novela "O Astro", colocado ao ar, nesta semana pela TV Globo, cuja a historia envelheceu tanto que não combina mais com a nossa realidade.
Eu gostava das historias escritas por Janete Clair, mesmo quando não concordava com alguns rumos que dava a suas novelas. Eram outros tempos e me parecia que aquelas cenas de ficção cabiam pra mim, ao menos na realidade emocional que eu acreditava ser a minha  vida. E pode crer que emocionalmente somos mais fictícios do que realistas, não é mesmo?
Passado todo esse tempo, a sensação que tenho ao rever esta reprodução, é de abrir um álbum de fotografias do passado e constatar que as fotos não batem nem com a minha realidade de hoje e muito menos com a do passado e que são apenas caricaturas mal desenhadas. Desta forma atemporal, eu pergunto onde ela se encaixa? 


O erro fatal desta nova produção compactada em 60 capítulos, apresentada pela TV Globo, se deve unicamente a falta de ajustes à realidade de nossos dias, cujos os produtores não se deram ao trabalho de adaptar. Como o Tony Goes escreveu em seu blog: É possível acreditar que duas herdeiras ricassas saiam à noite para assistir um show de magicas ou que o filho de um magnata desapegado aos bens materiais, tome aquela conduta de ficar pelado numa festa, diante dos convidados de seu pai, em protesto a sua ausência? Ora, os tempos são outros!.. 
E ainda falando em caricaturas e ajustes, não dá para esquecer a atuação afetada e cheia de maneirismos de Regina Duarte interpretando a fútil Clô Hayalla. Eu nunca fui fã de Tereza Raquel que interpretou o personagem em 1978 e que eu achava mais uma descontrolada do que propriamente fútil, mas nestas horas eu tenho vontade de chama-la de volta.

Então tá bom, não vou!

Tá bom, tá bom, então amanhã decidirei se vou ou não no passeio que planejei hoje cedo. Talvés eu adie na expectativa de um outro do qual fui convidado hoje à noite, para o ultimo final de semana do mês de Julho. Desta forma economizarei alguns tostões para uma saída mais longa e com boas companhias à bordo. Lá é muito frio, mas compensa pela beleza.
Será que dormirei no mesmo quarto assombrado da ultima vez? De qualquer maneira os anfitriões são ótimas pessoas e ainda tem fogão à lenha do qual não abro mão de usufruir quando tenho a oportunidade. Vamos ver, deixarei nas mãos do tempo!

Um velho poliglota viajante.

Há poucas horas, soube da morte de Rubens. Ele era meu vizinho e com quem eu gostava de trocar alguns dedos de prosa, quando nos encontrávamos pela rua, no mercadinho, na padaria onde costumava tomar o seu café, olhando os carros rodarem com velocidade na Avenida Ipiranga. Ficamos conhecidos, depois que lhe prestei um atendimento de urgência na ambulância e ele passou a me confundir com um vereador que nunca lembrava do nome.
Aos 82 anos de idade, morava sozinho num quarto de pensão, perto da minha casa e tinha problemas cardíacos sérios. Seu quarto era apertado e úmido, com amontoados de livros e revistas que costumava ler e reler durante a noite quando perdia o sono.
Era conhecido na vizinhança por falar vários idiomas e de ter rodado o mundo e conhecer cidades de dar inveja a qualquer principiante à aventureiro. Me falava sobre Londres, Alemanha, Bélgica, Itália e muitos outros lugares que conheceu e tinha saudades, nas suas longínquas vivencias da juventude. Me falava  com certa elegância  de ter decido viver sozinhos e por vezes de sua solidão e da família que não mais o via. _Tudo segue o seu destino!.._ costumava dizer seguido de um discreto sorriso.      Hoje quando me falaram de sua morte, lembrei de suas palavras e pensei: Ele seguiu o seu!

Relações que azedam

Odeio estas relações afetivas/afetadas/amorosas que tendem a azedar. Verdade! E o que faz azedar na minha opinião são os excessos. Eles que fazem estragar tudo, sem que percebamos. Os excessos de preocupação, de controle, de vigilância, de cobrança, feitos por telefonemas e mensagens a qualquer hora, de explicações e justificativas desnecessárias, de pedidos de desculpas e de perdão em nome do amor, é que vão fagocitando a relação até ela congestionar e não conseguir mais respirar, por opressão, por falta de espaço para individualidade, por falta de tempo para se ter saudades, para reconhecer-se no sentimento, pelo fato da outra pessoa estar sempre presente a toda a hora com um espectro esmagador. Estas atitudes fabricam entre as pessoas um elo de dependência emocional ambíguo e que só é percebido mais tarde quando a relação desce pelo ralo e não tem mais volta.
É necessário certamente  algumas pitadas de tempero, para que se aprimorem os sabores na relação, mas muita gente se confunde nas dosagens, alterando para mais ou para menos o que poderia ter um gosto agradável.
É positivo dar e receber algum espaço, para que os  sentimentos sejam assimilados com naturalidade sem se perderem em atitudes pessoais que sufocam  e possibilitem  gerarem desconforto. É necessário compartilhar respeito as liberdades individuais que são intransferíveis e servem de combustível até mesmo para as almas apaixonadas. 
Mas o que se deve lembrar ainda, é que neste jogo de recíprocos sentimentos, não existe uma receita certa,  a melhor forma de acertar é ir experimentando sem invasões desnecessárias e respeitando os limites humanos.
Eu gostaria de dizer isto para aquele casal que vive ultrapassando seus próprios sinais vermelhos perto de mim e que nunca deixam cair a ficha. Quer dizer; na verdade eles ultrapassam o crédito de seus celulares por que sempre tem alguma coisa a dizerem um para outro, a toda hora e a todo o momento que respiram. Já estão vivendo numa simbiótica relação de cobranças desnecessárias e certamente não terão ouvidos para o que o mundo aqui fora tem a lhes falar.

É agora que o quiosque cai


Hoje à noite, enquanto assistíamos a mais um capitulo da novela  "Insensato coração", eu e meu filho, quase fizemos uma aposta de como seria a reação de Sueli, quando seu filho Eduardo lhe revelasse sua opção sexual e seu envolvimento afetivo com Hugo. Se tivéssemos apostado, certamente estaríamos ricos neste momento, pois minutos depois da revelação, não deu outra coisa, além da tão esperada explosão, acompanhada  da trágica frase que soou tão pesada nos ouvidos de Eduardo e da grande parcela de jovens gays que possivelmente buscam se revelar as suas famílias e também assistem a novela das nove.  
_E você, Eduardo, deixa de ser influenciável! Eu sempre te dei liberdade pra fazer as suas burradas sozinho, mas filho gay eu não admito! 
As palavras de Sueli, só veio reforçar a ideia de que esta história de não ter preconceito é muito relativo e pode ter tons diferentes das cores do arco-iris, quando acontece dentro do lar, doce lar, uma vez que Sueli vivia pregando aos quatro ventos não ter preconceitos contra gays e agora demonstra-se abalada diante da revelação de seu filho.
É bom que a novela rastreie estes sentimentos e reações tão comuns em nossa sociedade, de modo que seja avaliado e desmembrados, esses falsos conceitos de liberalidade que as pessoas pregam e também estimule a reflexão  a favor da liberdade de escolhas pessoais independente do gênero, cor e outros absurdos comparativos que causam tanta discriminação.

Sem má gi ca.

Esta Segunda-Feira amanheceu com um sol daqueles; valorizadíssimo nestes dias frios e cinzas de inverno por aqui em Porto Alegre. 
Hoje da minha janela, tive a sensação de que estava em outro lugar, noutra cidade, noutro país. Eu sei que não tem mágica e nada se modificou desde ontem, a não ser o meu olhar diante da janela.

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...