A tarde de hoje, parecia estar abandonada!.. Abandonada como, por quem, do que estou falando se haviam pessoas nas ruas, nos carros, em suas casas? As vezes as palavras soam verdadeiras porem sem sentido, sem clareza e não se encaixam nas definições que queremos dar ao que sentimos. São palavras talvez associadas a sentimentos que também são vagos e parecem escorrerem como agua de alguma boca sedenta. De onde eu estava deitado, com a porta aberta, podia ver as largas folhas de bananeiras sacudirem com o vento e a chuva fina que lavava tudo a minha volta, até mesmo esta minha vacuidade.
Deslige a luz.
Ontem a noite, deitado na cama, me veio na cabeça a questão da comunicabilidade entre as pessoas. Se para alguns, isto não é problema, para a grande maioria ainda é uma questão a ser resolvida e principalmente quando estão envolvidos sentimentos na historia. Algumas vezes é tão complicado nos fazermos entender, justificar nossas atitudes sem causar sustos, dizer o que pensamos, sem corrermos o risco de sermos taxados de egoísta, frio ou qualquer destas coisas sub-humanas. Cria-se um clima de desentendimentos e aborrecimentos que nos transforma em seres tão isolados em nós mesmos que perdemos a capacidade de alinhar e redefinir nossas ideias para abrir novos leques de possibilidades. Ficamos confusos, divisiveis, descrentes da possibilidade de sermos aceitos como realmente somos. Nos perdemos em frases soltas que foram ditas e pareceram sem significado algum, perdidas. Quando não é possível alguma congruência, surge uma única pergunta a ser feita: Por que não nos entendemos afinal?..
E então só te resta o gesto de desligar a luz.
E então só te resta o gesto de desligar a luz.
Donas de suas salas
O que falta na vida daquelas três mulheres me pergunto quando eu ligo a TV e as encontro sentadas nas suas salas bebendo vinho e falando sobre suas vidas entrincheiradas aos pequenos problemas do dia a dia e as impossibilidades que elas mesmas constroem em nome de conceitos morais, família, normas, estatus, bons costumes, medo dos riscos? É desta forma que vejo as personagens de Lilia Cabral (Tereza), Leticia Spiller (Betina), Natalia do Vale (Ingrid) na novela Viver a Vida, o retrato da insegurança e de assumir riscos que deflagrem alguma instabilidade emocional e que as tirem do falso domínio de suas vidas como mulheres realizadas e resolvidas, fazendo-as apenas desfilarem nas margens de sonhos não impossíveis, mas difícil de serem realizados. E me pergunto por que depois de algum tempo achamos que tudo parece ser mais difícil de acontecer e nos recolhemos em descrenças, sufocamos nossas expectativas positivas de que tudo pode ser possível, deixando-nos medrosos, sem energia de buscar o que nos falta. Vendo-as assim reunidas as vezes buscando conforto na troca de palavras, fazendo observações inteligentes, estabelecidas em suas areas de conforto, lembro-me da musica de Cazuza: "Sentadas são tão engraçadas, donas de suas salas!.."
Conceitos que desconsertam
_ Nossa, agora sim tu ficastes melhor com estas tranças. Antes parecia-te com um globetrotter!.. E particularmente eu achava anti-funcional aqueles cabelos grandes. Pensava se tu não assustava os pacientes durante os atendimentos, se eles não te achavam com cara de bandido!
Eu fiquei pensando nas palavras chaves que ela utilizou para referir-se a minha aparência: Anti funcional, assustador, bandido?... Será que a aparência interfere sobre nossa competência profissional, nossa relação entre as pessoas ou é tudo um grande e camuflado preconceito?
Estamos, além ou aquém de uma simples imagem pré estabelecida por conceitos rasos e raramente centrada na lógica, no óbvio de ideias superficiais que são construídas à respeito. Nem sempre o resultado de uma equação é exata e verdadeira, portanto algumas pessoas precisam aprender a olhar para os outros com diferente visão, desatrelado destes padrões falsos que ditam por exemplo, que ser negro é sinônimo de pobreza e inferioridade, que cabelos grandes e crespos é de desleixo e portanto marginalização; que cabelo de negro deve ser usado curto ou raspado.
Para quem não sabe, o Black Power é muita mais que um modelo de cabelo a ser usado, mas uma postura de coragem diante da sociedade e imposição de valores culturais e políticos.
Usar um modelo destes é levantar uma bandeira assumindo coragem e orgulho de suas próprias raízes, é mostrar sua própria existência a quem não quer enxergar. É dizer eu sou assim e tem quem goste, quem aprecie e me respeita.
Li em uma revista que "quem já passa dos 40 anos sabe que, nos anos 70, quanto maior era o black power mais seria respeitado pela turma.
O primeiro famoso a assumir o pixaim foi Toni Tornado, depois Tim Maia. Ambos haviam morado nos Estados Unidos por um tempo.
A atriz Zezé Mota conta que, em visita àquele país, na época, deparou com os negros usando cabelo natural, voltou para o hotel e enfiou correndo a cabeça debaixo do chuveiro e sentiu como se fosse uma libertação.
O black dos anos 70 tinha o corte bem definido. Era cortado com precisão. A moda atual é deixar o cabelo crescer sem corte, sem definição." Bom, mais do que qualquer definição ou conceito, eu descobri que uma simples mudança nos cabelos fez eu revolucionar algumas normas entre colegas no trabalho, alguns membros da família e outros que acham que o mundo deve seguir seus padrões ultrapassados e estagnados que sempre tentaram ditar regras e gritar mais alto.
Eu fiquei pensando nas palavras chaves que ela utilizou para referir-se a minha aparência: Anti funcional, assustador, bandido?... Será que a aparência interfere sobre nossa competência profissional, nossa relação entre as pessoas ou é tudo um grande e camuflado preconceito?
Estamos, além ou aquém de uma simples imagem pré estabelecida por conceitos rasos e raramente centrada na lógica, no óbvio de ideias superficiais que são construídas à respeito. Nem sempre o resultado de uma equação é exata e verdadeira, portanto algumas pessoas precisam aprender a olhar para os outros com diferente visão, desatrelado destes padrões falsos que ditam por exemplo, que ser negro é sinônimo de pobreza e inferioridade, que cabelos grandes e crespos é de desleixo e portanto marginalização; que cabelo de negro deve ser usado curto ou raspado.
Para quem não sabe, o Black Power é muita mais que um modelo de cabelo a ser usado, mas uma postura de coragem diante da sociedade e imposição de valores culturais e políticos.
Usar um modelo destes é levantar uma bandeira assumindo coragem e orgulho de suas próprias raízes, é mostrar sua própria existência a quem não quer enxergar. É dizer eu sou assim e tem quem goste, quem aprecie e me respeita.
Li em uma revista que "quem já passa dos 40 anos sabe que, nos anos 70, quanto maior era o black power mais seria respeitado pela turma.
O primeiro famoso a assumir o pixaim foi Toni Tornado, depois Tim Maia. Ambos haviam morado nos Estados Unidos por um tempo.
A atriz Zezé Mota conta que, em visita àquele país, na época, deparou com os negros usando cabelo natural, voltou para o hotel e enfiou correndo a cabeça debaixo do chuveiro e sentiu como se fosse uma libertação.
O black dos anos 70 tinha o corte bem definido. Era cortado com precisão. A moda atual é deixar o cabelo crescer sem corte, sem definição." Bom, mais do que qualquer definição ou conceito, eu descobri que uma simples mudança nos cabelos fez eu revolucionar algumas normas entre colegas no trabalho, alguns membros da família e outros que acham que o mundo deve seguir seus padrões ultrapassados e estagnados que sempre tentaram ditar regras e gritar mais alto.
Bem dita tecnologia
Há poucos minutos atrás conversei com meus compadres em Foz do Iguaçú- Paraná, por vídeo conferencia. Bendita tecnologia que aproxima as distancias e pode-se perceber na pequena telinha a emoção descrita nos olhares!... Saudades de voces, voltem logo para o café com as novidades!
E oque cobre as diferenças?
Bilhetes, cartas, postagens, mensagens que entram, que chegam, o que fazer com elas, com estes sentimentos contidos nas palavras congeladas de uma pagina? Que interpretação deve-se fazer, que referencia temos destas dependências afetivas que nos prendem, da necessidade de respirar o mesmo ar que a outra pessoa, escrito, re-dito, sub-entendido nas linhas? Por que estes sentimentos ás vezes dói e geralmente é assim, distante da alegria, desagregado de liberdade pessoal, da soltura? Fico me perguntando se sómente promessas de amar basta e cobre as diferenças?...
Preço da liberdade: $ 28,95
Estive pensando na dificuldade que tenho em comprar cuecas e as que uso, quase todas não foram compradas por mim, vieram em forma de presentes de aniversário, de dia dos pais, dia dos namorados, e fora destas datas especiais, acompanhadas da velha frase constrangedora: Achei que tu estavas precisando...). Minhas tentativas de compra-las sempre deram errado no que se refere ao tamanho, conforto, tipo de material usado na confecção. Esta semana navegando pela Internet entrei num site que apresenta os mais diversos tipos de designers em cuecas. Fiquei entusiasmado com este modelo da foto que poste aí em cima onde inteligentemente foi criado uma saliência externa para acomodar oque por longos anos, foi esmagado pelas cuecas convencionais. Quanto a o preço? Nada que seja impossível de pagar para se obter a agradável sensação de conforto com liberdade merecida.
Hoje de tarde assistindo o torneio para a conquista do pentacampeonato Mundial sub-20 entre Brasil e Gana no Egito, selei minha convicção de que futebol realmente não é minha praia. O Brasil não conseguiu manter a forma na final e acabou sendo derrotado nos pênaltes, por 4 a 3, depois de um empate cansativo e monótono, sem gols no tempo normal e na prorrogação. O Brasil abusou nos erros de ataque e não impediu a igualdade de seus adverssarios após uma série de lances desperdiçados. E aquela narração do Galvão Bueno então, meu Deus, tem que ter saco para suportar! O cara te põe tenso do inicio ao fim da partida!
Do tipo cara Valente
Quando não se tem aventuras ou coisa melhor pra fazer, ainda existem as palavras e alguns planos vagos, não postos em pratica. E eu aqui, fiquei imaginando o que ela deve estar pensando sobre mim quando cheguei em casa e ouvi Maria Rita a todo o volume que me é possivel ouvir neste apartamento:
Não, ele não vai mais voltar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas:
Não, ele não vai mais voltar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração
Olha lá, ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe
Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior
Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas:
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