As vezes da Razão

Não me canço de sacudir-me nas vezes que é necessário dar aquela sacudidela em mim mesmos, dizendo-me baixinho para que ninguém mais ouça, somente eu, calado e levando um certo susto já costumeiro de certas surpresas, que não são mais surpresas por já serem meio esperadas: _Olha meu, isto não é bem assim, Cai na real, te acorda!
Sem derrotismo, às vezes precisamos nos despertar de falsos sonhos pela força da razão, e tomar decisões drásticas, fazer os neurônios trabalharem mais do que os músculos do coração. Deixar de lado algumas emoções já contaminadas por erros não corrigidos, verdades de natureza duvidosa, perdidas, desencontradas. É preciso tirar a venda dos olhos, ceder a razão deixando um pouco de lado os artifícios de alguns sonhos, da imaginação, da emoção e cair na laje fria da verdade! Daqui um pouco mais, o sonho reaparece dando asas a novos voos, emprestando matéria prima para a construção de novas histórias, afinal somos assim mesmo, notáveis reincidentes em erros. Também, viver só de razão não pode ser possível.

Dizendo oque deveria ser dito

Lendo o blog Mude de Edson Marques, encontrei este texto, escrito por ele em 05/04/09 que são as palavras que tentei dizer algumas vezes e que talvez tenha saido somente em forma de ensaio, subentendida, de pouca clareza, mas que pensava frequentemente no fundo de minha alma e era pouco entendido:

Depois de olhar-me nos olhos por talvez um minuto, ela segura-me as mãos, carinhosamente, e pergunta:
— Você me ama, de verdade?
Fico pensando.
E, numa fração de segundo, repito mentalmente o que já lhe dissera ontem à noite, entre vinhos e luares:
Amar é permitir sempre; amar é compreender sempre; amar é deixar que o outro vá — ou que fique, se assim o desejar; amar é respeitar todos os direitos humanos da pessoa amada; amar é jamais ter ciúmes; amar é não ter medo de perder. Amar é não forçar nada — nem sequer um beijo; amar é não fazer perguntas desnecessárias ou indiscretas — muito menos na hora errada; amar é deixar fluir a relação em todos os sentidos; amar é incentivar o vôo livre que o outro possa estar querendo, e às vezes até mesmo empurrá-lo com ternura para o abismo gostoso do desconhecido profundo. Amar é respeitar com devoção e aplaudir com entusiasmo o desejo de saltar que o outro às vezes tem. Amar é reconhecer afetuosamente o direito que o outro tem de fazer suas escolhas, todas as escolhas — mesmo que algumas eventualmente me excluam.
Mas, para encurtar a história, digo apenas:
— Te amo, é claro.
"Mas amo mais a verdade" — penso eu, como se fosse um Platão.
— Eu sou o maior amor da tua vida? — ela parece querer garantias impossíveis...
— Neste momento, sim — respondo, sincero.
— Você já disse isso para outras?
— ...
Tem diálogos que são intermináveis...

Tempo escolar

Ontem passei em frente da escola em que completei meu ensino fundamental, chamada de Grupo Escolar Jerônimo de Albuquerque, na rua Joares Távora, no Partenon. Evidentemente, tudo está diferente de quando eu estudava lá, o prédio agora de alvenaria, não é mais o mesmo com aquelas tabuinhas de madeira pintadas de verde como era no passado e até sua posição dentro do terreno, foi modificada. Um muro alto foi construído em substituição a famosa cerca de telinha, dificultando a minha visão para dentro do pátio que antes era de chão batido. 
Lembrei das badaladas fortes de um sino dourado que uma funcionaria batia avisando o inicio das aulas e que talves hoje ja tenha sido substituido por algum alarme eletrônico. Nos posicionávamos em fila para a chamada individual, antes da entrada para a sala de aula. Meninos de calça e gravata marinho sobre o avental branco, meninas de saia e tope marinho sobre a blusa branca e sapatos pretos e sem salto alto. Depois os sapatos foram sendo substituídos pelos tênis, as calças marinho pelo jeans desbotados, as pastas ou arquivos pelas mochilas coloridas e agora deve ter acessórios como celulares, mp3, mp4 e tudo que o modernismo traz consigo. É, tudo muda, que bom que tudo pode mudar sem restringir minhas saudades!

A IGREJA MARIZ DE VIAMÃO



No domingo passado quando fui almoçar com amigos na cidade de Viamão, vizinha aqui de Porto Alegre, não pude deixar de perceber o estado de mal conservação da igreja Nossa Senhora da Conceição. Pelo o lado de fora, as paredes manchadas de mofo ou poluição, rebocos se esfarelando, o retrato do desleixo e abandono. Como as paredes externas da igreja são de cor branca, mais aparente se tornam as imperfeições causadas pela falta de manutenção.


A Igreja Nossa Senhora da Conceição, é a segunda igreja mais antiga do Estado, atrás apenas da Catedral de São Pedro em Rio Grande. Em julho de 1938 foi tombada pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional. Localizada na praça central da cidade, seu interior é de traço barroco colonial, com elementos rococó na decoração. Em seu entorno nada restou dos tempos coloniais, permanecendo a igreja como uma relíquia singular no município, cujo as autoridades governamentais parecem ter esquecido.

Um anjo apareceu pra mim


Na noite passada sonhei com Isadora e seus saltos que pareciam alçar voo sobre a minha cama. Tinha gestos delicados e movimentos livres que denotavam a expressão de liberdade e paixão. Voava sobre mim, leve, audaz, viva como se estivesse presa por um fio de nailom invisível. Um anjo! Para que volte a dançar pra mim, guardei no armario a echarp que um dia lhe tirou a vida.

RECANTOS DA CIDADE, ILHOTA.


Trafegar pelas ruas da cidade, me deixa cada vez mais intimo de Porto Alegre e também apaixonado por seus cantinhos pouco visto, menos explorados e até desconhecidos por mim. Hoje quando passei em frente da Redenção, o parque Farroupilha, fiquei observando aquelas árvores frondosas e antigas que embelezam há tanto tempo o parque e me lembrei de quantas vezes em minha infância brinquei ali, corri pelas estradinhas de terra e rolei pela grama.



Depois, me desloquei para a Travessa dos Venezianos, rua estreita de paralelepípedos antigos e habitada no passado por tipos populares como boleiros, prostitutas, jornaleiros, carvoeiros, pais de santo, boêmios, consertadores de guarda-chuvas, imigrantes italianos. Também famosos como Lupicínio Rodrigues, mestre Borel e Custódio José de Almeida, o Príncipe Negro que morava nas redondezas e que hoje é tombada como patrimônio histórico da cidade.


Estas casas originalmente eram ocupadas por pessoas de renda muito baixa, em regime de aluguel, que com o passar dos anos seus ocupantes passaram a ser os proprietários. Sua denominação deriva do antigo nome da rua Joaquim Nabuco - Rua dos Venezianos - sendo que esta travessa era um beco que a ligava à Lopo Gonçalves. 
Fiquei alguns minutos sem entender ao certo a razão do meu saudosismo e desejando intimamente que tudo fique protegido, como o pai preteje o filho e o filho a o avô e que mais nada desta importância histórica e cultural, não seja engolido por conta do progresso da cidade, como grande parte já foi. Que tudo permaneça no seu lugar, respeitado e preservado.
A "Travessa Venezianos" é um conjunto de 17 bens tombados pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre

Dans Mon Ile

O domingo de hoje nasceu com uma cara de inverno por conta da chuva que ontem despencou inesperada no finalzinho da tarde, já quase noite. O céu encoberto por nuvens e o vento frio, dá aquela sensação de clima europeu tão comum aqui em Porto Alegre. 
Marquei almoço com amigos e enquanto espero o momento de sair, fico cantando com Caetano <>Dans Mon Ile, Ah comme on est bien <> (Na minha ilha,... Ah como é bom!). 
Fico pensando que algumas vezes me obrigo a sair, o que não foi o caso hoje, para desparecer, visitar amigos etc.., caso contraio me acomodo em minha ilha achando que eu mesmo me basto.

Queda de Penhascos

Algumas vezes sonhava que caia de penhascos que pareciam não ter fundo ea medida que meu corpo despencava numa veloz queda livre, eu era tomado daquele arrepio que um dia concluí ser uma mistura de dor, medo e também prazer, e surgia uma cócegua misteriosa de dentro do corpo para fora, da alma para a pele que se eriçava. 
As vezes, já quase no fundo, conseguia o milagre de não bater meu corpo contra as rochas e flutuar antes de alçar um voo magnifico para cima e sentir-me completamente salvo pelo poder de voar sem ter asas, não me deixando morrer. Um poder adquirido somente em meu sonho particular. Em outros momentos quando sentia-me apaixonado, cheguava a confeçar a minha amada, esta sensação mesclada de dor, medo, prazer e cócegas que transbordava em meu peito nos momentos de pura entrega e intimidade com ela. Estaria por acaso eu novamente caindo de penhascos para o fundo de meus sentimentos mais puros, viscerais, prazerosos, indo de cabeça saboreando cegamente o prazer, a paixão quando a beijava, a tocava? Ja quase no fundo, a beira da morte, do perigo, da entrega total, voltava a flutuar e alçar voo para a segura realidade.

Sugestão de Rita Lee

No programa do Amaury Jr., a cantora e ativista Rita Lee teve uma daquelas idéias brilhantes, dignas do seu gênio criativo. Reclamando da inutilidade de programas como o Big Brother,ela deu a seguinte sugestão: colocar todos os pré-candidatos à presidência da República trancados em uma casa, debatendo e discutindo seus respectivos programas de governo. Sem marqueteiros, sem assessores, sem máscaras e sem discursos ensaiados. Toda semana o público vota e elimina um. No final do programa, o vencedor ganharia o cargo público máximo do país. Além de acabar com o enfadonho e repetitivo horário político, a população conheceria o verdadeiro caráter dos candidatos. Assim, quem financiaria essa casa seria o repasse de parte do valor dos telefonemas que a casa receberia e ninguém mais precisará corromper empreiteiras ou empresas de lixo sob a alegação de cobrir o "fundo de campanha".

Paradigma

Paradigma são valores e "preconceitos" que cada ser humano detêm em seu subconsciente, é a representação do padrão de modelos a serem seguidos. Ele representa os conteúdos de uma visão de mundo. Isso significa que as pessoas que agem de acordo com as axiomas, (uma verdade evidente que não precisa qualquer explicação e é aceita sem ser demonstrada ou provado no domínio de sua aplicação). Abaixo segue um texto que exemplifica melhor o que é ou como nasce um paradigma:

Um grupo de cientistas colocou cinco macacos numa jaula, em cujo centro puseram uma escada e, sobre ela, um cacho de bananas. Quando um macaco subia a escada para apanhar as bananas, os cientistas lançavam um jato de água fria nos que estavam no chão. Depois de certo tempo, quando um macaco ia subir a escada, os outros enchiam-no de pancada.
Passado mais algum tempo, mais nenhum macaco subia a escada, apesar da tentação das bananas. Então, os cientistas substituíram um dos cinco macacos. A primeira coisa que ele fez foi subir a escada, dela sendo rapidamente retirado pelos outros, que lhe bateram. Depois de alguma surras, o novo integrante do grupo não subia mais a escada. Um segundo foi substituído, e o mesmo ocorreu, tendo o primeiro substituto participado, com entusiasmo, na surra ao novato. Um terceiro foi trocado, e repetiu-se o fato. Um quarto e finalmente, o último dos veteranos foi substituído.
Os cientistas ficaram, então, com um grupo de cinco macacos que, mesmo nunca tendo tomado um banho frio, continuavam a bater naquele que tentasse chegar às bananas.
Se fosse possível perguntar a algum deles porque batiam em quem tentasse subir a escada, com certeza a resposta seria: "Não sei, as coisas sempre foram assim por aqui..." Não devem perder a oportunidade de passar esta história para os vossos amigos, para que, de vez em quando, se questionem porque fazem algumas coisas sem pensar ...

O DIA DA MENTIRA

Há muitas histórias contadas e que explicam o dia 01 de Abril ser chamado de Dia das Mentiras ou Dia dos Bobos. Uma delas diz que a brincadeira surgiu na França. Desde o começo do século XVI, o Ano Novo era festejado no dia 25 de Março, data que marcava a chegada da primavera. As festas duravam uma semana e terminavam no dia 01 de Abril.

Em 1564, depois da adoção do calendário Gregoriano, o Rei Carlos IX de França determinou que o ano novo seria comemorado no dia 01 de Abril. Alguns franceses resistiram á mudança e continuaram a seguir o calendário antigo, pelo qual o ano iniciaria em 01 de Abril. Gozadores passaram então a ridicularizá-los, a enviar presentes esquisitos e convites para festas que não existiam. Essas brincadeiras ficaram conhecidas como plaisanteries. 

No Brasil, o 1º de abril começou a ser difundido em Minas Gerais, onde circulou "A Mentira", um periódico de vida efêmera, lançado em 1º de abril de 1848, com a notícia do falecimento de D. Pedro, desmentida no dia seguinte. "A Mentira" saiu pela última vez em 14 de setembro de 1849, convocando todos os credores para um acerto de contas no dia 1º de abril do ano seguinte, dando como referência um local inexistente.

*Esta informação, tirei da- Wikipédia, enciclopédia livre.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...