Discutir relação

Andei me perguntando por que discutir relação dói tanto? E quando digo que dói é por que dói mesmo! Eu mesmo fico arredio quando tenho que discutir. Um numero bastante elevado de pessoas fogem deste tema como o diabo foge da cruz. O gênero masculino então, nem se fala, alegam que é perda de tempo, que a o invés de ajudar prejudica mais ainda e ai se vai... A verdade é que é necessário algumas vezes, se colocar os pingos nos is e certamente conversar é a melhor saída. As relações se formam não só no casamento, mas em outros âmbitos de nossa convivência afetiva, seja no trabalho, na escola, entre amigos que fizemos. Quem não se deparou com algum comentário desagradável feito por algum amigo ou colega de trabalho e partiu para o vamos tirar a limpo esta história? Eu muitas vezes!
Discutir relação não precisa ter cara de imposição, de xeque mate, de dá ou desce, claro que importa oque se fala, não se pode fugir do foco e ficar na embromação, mas em certas horas é bom dar importância também a forma com que falamos oque nos incomoda. Calma e delicadeza não faz mal a ninguém! Boa educação muito menos!
E é bom lembrar que se discutir relação é algum tipo de jogo dos tempos modernos, vale a pena também ressaltar que as partes envolvidas sempre saem ganhando, não importa se casados, amigos, ou colegas de trabalho.


Insigth

Me pego algumas vezes pensando nas contas para pagar, nos consertos que tenho de fazer, as ligações que não retornei, as visitas que prorroguei, as senhas que esqueci e antes que tudo vire um colapso total em minha vida estabeleço regras de solução que nem sempre as cumpro por que também termino por esquece-las. O jeito é ir vivendo conforme é possível viver, sem culpas, sem traumas e procurando sem estresse uma forma mais ligth de solucionar essas situações incomodas. Fico pensando que os traumas de hoje, podem ser o resultado das coisas mal resolvidas de ontem, como também sei que nossas métodos de uma perspectiva melhor as vezes são ineficientes e necessitam de um novo insigth para serem solucionadas com tranqüilidade e bom humor.

22/07/2008

Quando Mariana passava na rua, Paulo assoviava suas canções favoritas. Mesmo fingindo indiferença, ela sabia que era para chamar-lhe atenção. Mantinha o rosto sereno sem olhar para ele assustada com o que pudesse acontecer. Um dia trocou de caminho para ver o que acontecia, quando voltou a passar por ele, percebeu que trocara de repertório.

O vendedor de mapas

A caneta ficava sempre no mesmo lugar, perdida entre papeis com anotações, rascunhos, recortes de jornais dentro da gaveta. As vezes algum livro também era colocado ali para ser lido com paciência, quando pudesse driblar a falta de tempo, o cansaço. Os encontros com Artur da Távola, Nietzche e Clarice Lispector eram curtos e suas caminhadas longas. De manhã a rotina de sempre o deixava mais forte, mais esperançoso por melhores dias. Enrolava seus mapas e saia cedo em busca do sustento, da força que sempre o fazia retornar ainda mais esperançoso e talvez feliz.

PINTURA TRAGICA

Era cedo da manhã quando passei e vi o velho e conhecido mendigo, que me pede cigarros, sentado no meio fio brincando com uma pomba morta. Olhei com curiosidade e então disse-me que ela caíra morta em pleno voo, cansada de voar. Quando voltei para casa fiz outro percurso e encontrei mais algumas delas, caídas sobre as calçadas, entre o meio fio e a rua, boiando sobre as poças de chuva. Eram mais de seis, parecendo uma pintura trágica e triste. Por aqui, onde eu moro, é cheio delas, ocupam telhados e praças, sem fazer muito ruído. Observam a mim e os vizinhos, curiosas nas janelas entre abertas do apartamento, enquanto toco meus dias com alguma pressa. Elas parecem estar sempre pelos cantos, incansáveis, ousadas, quase estáticas, como uma outra pintura que vi.

Renascer...Recomeçar?

Não lembro a o certo o nome e o seu autor, mas o filme que assisti ontem a tarde, conta a história de uma familia; Particularmente a de uma senhora idosa que sai com o marido para visitarem um dos filhos que está de aniversário e no dia seguinte, após a comemoração, brindes e lembranças do passado o marido morre de um ataque cardíaco deixando-a completamente sem rumo e despreparada emocionalmente para continuar só. Passa então a viver com os filhos temporariamente até refazer-se de seu trauma e é jogada de um lado para o outro como um estorvo. Um filho extremamente materialista, ocupado em ganhar dinheiro, frio e dissociado dos laços familiares e uma filha insegura e desequilibrada que não consegue se firmar como escritora de peças de teatro e mantém um tumultuado relacionamento amoroso com um jovem homem que trabalha como construtor na casa em reforma. O filme cresce, quando num encontro de idosos em que a filha esta presente a velha senhora declara não ter sido uma boa mãe e muitas vezes ter tido o desejo de abandona-los ou cala-los para sempre em função da pressão que sofria como progenitora. Cresce mais ainda, quando a filha problemática pede à sua mãe para aproximar-se de seu amante para descobrir seus planos com relação a ela, e e a velha senhora ao tentar, se envolve com o amante da filha passando a relacionar-se sexualmente com ele. Neste momento surgem reflexões sobre as modificações que o corpo sofre com o passar dos anos, impasses sociais e morais relacionados a velhice e a diferença de idades. Seu caso com o jovem construtor é descoberto, quando a filha mexendo em seus pertences, descobre desenhos feitos por ela do corpo nú de seu amante e de cenas de sexo oral, abalando e revoltando toda a familia.
Mais do que a trama e enfoques que centralizam as divergências de cunho moral, onde bem sabemos que velhos são excluídos, abandonados, subestimados, algumas vezes massacrados e proibidos de amar e ter uma vida sexual ativa, o filme é um grito de socorro e por que não dizer um alerta, uma declaração óbvia de que o corpo envelhece mas a alma não, e que decididamente nos mantemos emocionalmente, latentes, receptivos a tudo, por toda a vida, inclusive à amar, ter desejos e que para a velhice ninguém está preparado.
No final, deixando a familia, sua casa, o jovem amante para traz, ela sai com alguns pertences em baixo do braço em busca de si mesma, talvez de sua felicidade.

Filme: Recomeçar/ The Motter
Inglaterra/ Lançamento:2003
Diretor: Roger Miccheell do filme:
"Um lugar chamado Notting Hill".

Atores: Daniel Graig e Anne Reid.

Relaxe

Mesmo que você esteja tenso por não encontrar respostas ou com a alma angustiada por não achar caminhos, haverá momentos em que a vida sutilmente te mostrará saídas, provando que tudo pode ser fugaz e passageiro como você. Por isto meu amigo tome cuidado e não leve tudo tão a sério...Como diz a letra da musica Romance, não vai ter graça o dia que baterem à porta e você não estiver la para abri-la. As dúvidas nos instigam e estimulam o espírito a crescer com ela, as certezas não...


Eu aprendi desde muito cedo que muito se ganha com as perdas, que também crescemos com nossas dores, e que devemos ouvir nosso coração mas sem subestimar a razão.

Chardonnay & Porre

Ontem resolvemos aprontar. Depois de uma deliciosa garrafa de chardonnay da reserva Miolo, tudo parecia ainda insuficiente, faltava mais, muito mais... A noite prometia emoções, bate-papos, amigos gargalhando, mais vinho, para dividir aquele momento imaginado... Fomos atrás e encontramos. Tiramos amigos da cama de pijama, recordamos viagens, planejamos outras sob o clima de muita alegria.. No final? Um porre daqueles, acompanhado de tonturas, nauzeas, delirios e tudo que uma embriaguês "daquelas" pode causar. Dormimos no chão sobre sobre a cama deliciosamente improvisada e tudo valeu muito apena, apesar do mal estar no outro dia.

Projetos & Projetos

Então desviei meus olhos em direção ao morro coberto de mato onde os pássaros cantavam sem que eu pudesse vê-los e o sol estendia seus braços de luz entre as arvores, os galhos, os telhados das casas. Procurei a terceira Figueira e não achei... Será que ficou escondida entre as novas habitações construídas? Pensei então que ali projetei meu futuro, pensei também que projetos podem ser traços, rabiscos, desenhos matemáticos ou sonhos que são planejados no papel ou na cabeça, mas nem sempre executados.

Conjunto Z

Meu professor de matemática um dia explicando-me sobre os números inteiros relativos, disse-me que se tratava de um conjunto matemático formado por números positivos e negativos mais o zero (neutro) numa infinita linha imaginaria. Isto significava segundo ele, que dois é maior que um e menor que três, no entanto, tratando-se de números negativos, dois é menor que um e maior que três. Generalizando, mil negativo é menor que um positivo e assim sucessivamente. Fiquei horas tentando entender aquela explicação e depois até fingi que a aceitava. Hoje tenho certa dificuldade para entender certas coisas relativas da vida embora as aceite. Deve ser por culpa desta aula de matemática que nunca entendi direito.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...