Ninho das Águias em Nova Petrópols.

Neste Sábado pela manhã, fui convidado pelo Tom a acompanha-lo numa excursão que ele estava guiando e então conhecer o Ninho das Águias, localizado a noroeste de Nova Petrópolis, dois quilômetros no sentido Caxias do Sul, entre os quilômetros 180 e 181 da BR-116, (na localidade da Fazenda Pirajá, propriedade particular), há cinco quilômetros morro acima, por uma estradinha sem calçamento e que ao chegar no seu topo, descortina-se uma paisagem magnifica. É importante salientar que a placa de sinalização que indica a estrada para o morro, estava virada de costas para quem se desloca de N. Petrópolis para Caxias do Sul, já no trajeto oposto, Caxias/ Nova Petrópolis, conseguia-se ler a indicação correta do caminho.


O morro possibilita uma visão panorâmica de 270 graus da região do Vale do Caí, sendo ponto ideal para a prática de voos livres, numa altura de 702 metros de altitude, proporcionando uma vista espetacular da região, comprovado pelo numero de pessoas que estavam lá em cima, apreciando a bela vista. O local também possui alguns espaços na mata com bancos e mesas para realização de churrascos e piqueniques em grupos, lancherias, banheiros públicos e estacionamento gratuito.


Saímos às 10 horas da manhã de Porto Alegre, na kombe azul marinho do Tom, fizemos uma parada para o almoço num restaurante de comida caseira no meio da estrada em Picada Café, (o Tom fazia questão que fosse comida caseira alemã) e seguimos viagem até o lugar, chegando aproximadamente às 13 horas e 30 minutos, numa tarde muito ensolarada. A principio nos preocupamos por chegarmos de barriga cheia para realizarmos o voo, mas depois percebemos que daria tempo para a digestão entre um voo e o outro.


Nosso grupo era formado por três jovens corajosos, que se prepararam emocionalmente para saltarem (e digo saltar, por que o problema da falta de coragem neste momento não é propriamente voar, mas sim correr em direção a um penhasco e deliberadamente saltar, como se fosse dar um pulo para a morte) e mais dois medrosos, (eu e o Tom), que utilizamos todos os argumentos possíveis em nome da prudencia para não saltar, mesmo sendo encorajados pelo piloto e sua assistente. De qualquer maneira, todos estavam visivelmente nervosos e disfarçávamos nossos temores, fazendo piadas com um possível acidente de voo naquela altura. Mas tudo saiu tranquilo!


Os voos são oferecidos e operacionalizados pela empresa Cia do Ar, que tem sua sede e também atua em Sapiranga, com aulas demonstrativas de voos, cursos de formação de pilotos, voos duplos e vendas de equipamentos. Como o vento não estava propicio para saltos naquele lado do morro, seguimos com os instrutores para um outro morro em frente, onde estavam acontecendo outros voos, facilitados por maiores correntes de ventos. A experiencia de assistir gente saltando e logo em seguida voando do meu lado foi muito boa, mas não suficiente a para me encorajar.
Retornamos no final da tarde, chegando em Porto Alegre já noite.


UMA CIDADE DO INTERIOR, DENTRO DA CAPITAL


Este é o cantinho de que comentei na postagem anterior e que eu queria visitar mais calmamente com amigos na Quinta-feira. Estávamos na Aberta dos Morros, na casa de outro amigo e dali foi apenas pouquíssimos quilômetros de carro.
O Bairro Belém Velho é um dos mais antigos núcleos habitacionais de Porto Alegre, com aparência de cidadezinha do interior, dentro da capital.
Está localizado na zona sul da cidade e segundo informações do site da prefeitura o http://www2.portoalegre.rs.gov.br, inacreditavelmente em 1926,  já circulou um trem que vinha do Mercado Publico até o bairro Tristeza e prolongado até o bairro Vila Nova, utilizado no transporte de mercadorias produzidas naquele recanto rural; Porém de curta duração,  por ter sido considerado economicamente inviável, sendo desativado em 1932. 


O núcleo central do bairro, conta com uma praça principal onde estão localizados também uma igreja datada de 1830, um pequeno cemitério, alem do antigo casario em frente à praça, a fazenda que pertenceu a Flores da Cunha.


Belém Velho é bucólico, com jeito interiorano, onde podemos observar seus moradores sentados na praça, a sombra de frondosas arvores, crianças brincando, jovens namorando. Trafegar de carro por suas avenidas adjacentes dá a sensação de que estamos passeando pela serra gaucha e que a qualquer momento avistaremos parreirais e até avistamos. 
A praça, assim como a antiga capela, foram tombadas em 1992 pela Secretaria Municipal da Cultura como patrimônio cultural. Estão localizados também neste bairro, o Hospital Parque Belém, (antigo hospital sanatório especializado em tisiologia lançado sua pedra fundamental em 1934), o Amparo Santa Cruz atualmente em estagio de ampliação e o Santuário Madre de Deus no topo do morro da Pedra Redonda, na rua Santuário.


Belém Velho faz parte dos Caminhos Rurais, rota turística recentemente criada pela Secretaria de Turismo de Porto Alegre.
Se chega em Belém Velho, vindo do centro da cidade pela Av. Oscar Pereira, seguindo pela Estrada Costa Gama, entrando em seguida na Estrada Belém Velho à direita.

Visitando o Castelo do Pirata.


Os ratos tomaram conta do castelo, enquanto o Pirata saiu em compromisso de trabalho. Ontem à noite, estive no castelo do Pirata para visitar umas amigas que estavam cuidando de sua propriedade enquanto ele viajava. Elas me disseram que o pirata não queria sentir cheiro de homem em seu castelo quando retornasse. Eu pensei em dar umas mijadinhas pelos cantos da casa para marcar meu território, mas fui desestimulado quando soube que o cara parece não possui mais olfato, depois de um forte resfriado. Desta forma perdeu a graça e acabei por desistir!..
Fizemos um assado, bebemos vinho, ouvimos musica até tarde da noite, depois retornei pra casa, pois não troco minha cama por nenhuma outra. Hoje recebi novo convite para retornar, do qual estou pensando.., pensando.., pensando...Tem um lugar nas proximidades do castelo, que lembra uma pequena cidade do interior dentro da capital. Gosto disto. Quem sabe convido todos visitarem comigo no dia seguinte?

Um drinque para os dias chuvosos.

Já que aqui em Porto Alegre chove a pelo menos tres dia sem parar e a gente tem de ficar em casa esperando um mísero raiozinho de sol, por que aqui não temos por hábito usar guarda- chuvas, por dar trabalho em ter que transporta-lo, decidi fazer um drinque para relaxar, que trata-se da seguinte composição; 
Num copo grande colocar 1/3de vodca, 2/3de drinque energético, 1colher grande de chocolate Ovomaltine, 1colher grande de leite condensado, gelo picado ou em cubos pequenos, remexer e está pronta a festa.

Cria, criador e criatura..

Foi no final da visita a Casa do Tomate, na Estrada Linha Palmeiro- Caminhos de Pedra, que eu já dentro do carro com minhas amigas, percebi os dois homens no meio do mato, a o lado de uma casa branca, limando pedras, uma por sinal gigantesca espalhando poeira cinza no ar. Imediatamente parei o veiculo, dei marcha-ré e da janela gritei; _O que vocês estão fazendo aí, posso ver?.. Então surgiu um homem baixinho com cara de poucos amigos e desconfiado, se dizendo escultor de pedras já há muitos anos e nossa primeira impressão foi péssima, impessoal.


Uma das amigas que me acompanhava, empolgada com as varias esculturas espalhadas desorganizadamente pelo patio sem cercas perguntou-lhe; _Desde quando o senhor se descobriu um artista? E ele mais que depressa, numa expressão que não escondia irritabilidade com a pergunta, respondeu: _Não, eu não sou artista, artistas são aqueles caras que trabalham em Brasilia, eu sou escultor e já nasci com este dom. 
Neste momento eu e minha outra amiga trocamos disfarçadamente nossos olhares, para não sermos percebidos na nossa cumplicidade e que possivelmente dividia a mesma ideia; _Mas que cara mais antipático!


Minutos depois como se quisesse desfazer o clima pesado que havia se instalado entre todos nós, se apresentou, Bez Batti e disse ter estudado com Vasco Prado, convidando-nos a entrar em seu ateliê e apresentar seus trabalhos em basalto, num salão branco onde expunha suas peças iluminadas pelos raios de sol que entravam pelas janelas. 


Eram diversas esculturas em tamanhos, cores e formas, insinuando rostos, mascaras, corpos, traços e formas esteticamente bem trabalhadas na pedra polida e identificadas por nossos mais íntimos sentimentos. Formas que habitualmente não convivem no nosso dia a dia consciente, mas que interiormente sentimos estarem presentes de alguma maneira nas nossas vidas, quer em sonhos, fantasias ou delírios humanos, criando assim alguma intimidade que são despertadas ao serem materializadas.


Nos interessamos por alguns trabalhos do qual perguntamos o preço, e que o artista nos informou estar fixado de baixo das esculturas. Achei estranho o lugar onde ele escolheu fixar os valores, tornando pouco acessível e incomodo para as pessoas interessadas em compra-las, uma vez que teriam como nós, manipular as peças, muitas delas pesadas e assim retirando-as do lugar, planejadamente escolhido. Depois começo a falar mal dos museus de Porto Alegre que não incentivam o trabalho dos artistas gaúchos e da pobreza do acervo do MARGS, comparado a o do MASP do São Paulo, o que até pode ser uma verdade, porem expressando com certo rancor e deselegância.


No final fiquei pensando na importância de nos afinarmos não somente com os trabalhos criados pelo artista, mas também com o próprio criador, sub entendendo-se que uma coisa é fruto da outra e que quando rola impessoalidade, grosserias, nada mais é possível rolar além do simples reconhecimento da importância de sua obra. 
Quando fomos embora, uma de minhas amigas ainda tentou contemporizar; _Ah, os artistas são assim, mesmo!.. O que eu particularmente discordo de  que todos assim sejam.

OS CAMINHOS DE PEDRA NO DISTRITO DE SÃO PEDRO.


Os Caminhos de Pedra, fica localizado à pouco mais de 12 quilômetros do centro de Bento Gonçalves, no charmoso distrito de São Pedro, composto por 7 comunidades, (Barracão, São Pedro, São Miguel, São José da Busa, Cruzeiro, Santo Antonio e Santo Antoninho) que conta com o maior acervo de casas antigas e preservadas, exibindo parte da cultura e história da imigração italiana aqui no Rio Grande do Sul. Nesta Sexta- feira, fui visita-lo acompanhado por duas amigas, Rosane e Rose Milene,  nesta visita lúdica a este acervo a céu aberto.


Por sorte, estava um dia ensolarado e quente, dando para aproveitar ao máximo o passeio, onde apreciamos todos os atrativos, alguns com degustação e explicações sobre a historia de vida e luta desses imigrantes, que tiveram um papel fundamental na formação cultural e econômica do nosso estado.


OS ROTEIROS OFERECIDOS:
Os roteiros turísticos oferecidos pela cidade de Bento Gonçalves, são muito ricos e vão desde o turismo de aventura como a rafting sobre o Rio das Antas e seus afluentes, praticas de rapel sobre cachoeiras, trilhas, passeios de jeep em meio a exuberante natureza da região, como também os roteiros culturais oferecidos como o passeio de Maria Fumaça, numa locomotiva do século XIX, com apresentações folclóricas e degustação de espumantes, o vale dos vinhedos caracterizado por visitação em cantinas localizadas sobre vales e montanhas cobertas de parreirais; mas nosso objetivo era especificamente conhecer os Caminhos de Pedra, local onde iniciou a colonização italiana na região, tendo como porta de entrada a vila Barracão que no passado não passava de uma picada tortuosa no meio da mata.


A IGREJA E A DESTILARIA BUSNELLO:
Entre os atrativos da vila Barracão, estão a igreja Imaculada Nossa Senhora da Conceição, erguida pelos fieis em 1935 em forma de mutirão, e a destilaria Busnello cuja a arquitetura em tijolos à vista foi inspirada no "Castelvecchio" da Vêneta de Conegliano, cidade italiana e a primeira destilaria de malte Whisky do Brasil. A vila  Barracão fica logo no incio dos Caminhos de Pedra num trevo à esquerda bem sinalizado, contando com uma pequena praça diante da igreja.



RESTAURANTE NONNA LUDIA:
Voltando para a estrada asfaltada, a primeira construção que chama a atenção dos visitantes, é o restaurante Nonna Ludia, construído com pedras irregulares. Ao lado da casa destaca-se um enorme pé de Umbu, cujo o tronco e raízes formam uma pequena gruta, que foi utilizada como abrigo provisório pelos primeiros imigrantes, enquanto construíam a casa.


MOINHO BERTARELLO:
Mais adiante, cruzando-se por uma pequena ponte, outra bela atração arquitetônica é o Moinho Bertarello, localizado às margens de um pequeno arroio chamado Buratti. Do lado do prédio existe um café, mas infelizmente estava fechado.




RELÓGIO DE PEDRA:
Seguindo pela estrada, numa curva acentuada, ao lado de uma parada de ônibus, passamos pelo monumento Pedra do Sol,  que é um relógio onde as horas são calculadas a partir dos raios solares que cruzam um orifício esculpido na pedra. Dizem que através da distribuição da luz é possível calcular ate os minutos de cada hora.




CASA DA ERVA MATE:
Mais adiante, descortina-se outros estabelecimentos de arquitetura italiana, construídos em madeira sem pintura, onde são comercializados produtos típicos da colonia em que os visitantes podem apreciar e degustar esses produtos feitos com a mais pura técnica artesanal como queijos, salames, copas, geleias, doces em caldas e cristalizados, pães, biscoitos, sucos, vinhos e licores. Visitamos também o interior da Casa da Erva Mate onde funcionava no passado, o antigo moinho Cecconello, a casa é exemplo de um processo de aculturação da cultura indígena e italiana, tão distintas mas que se identificaram na utilização e consumo da erva- mate.



Os índios já utilizam-na para o seu consumo e o imigrante italiano, além de absorver o hábito de consumi-la, agregou-lhe a tecnologia que permitiu sua produção em grande escala. No local é feita a demonstração do processo de produção artesanal com históricos soques movidos à roda d'água.





A CANTINA QUE FOI CENÁRIO DE UM FILME:
Do outro lado da rua, são comercializados a erva- mate produzida no local, com degustação (rodada de chimarrão) alem de outros produtos como chás, licores e outras bebidas. 
Seguindo mais à frente, paramo na Cantina Strapazzon, construção de pedras irregulares, datada de 1878, onde foi cenário de algumas tomadas do filme "O Quatrilho".
A construção possui as características das casas de pedra da primeira geração de imigrantes, tendo sido adaptada posteriormente para a função de cantina.








Seu interior é praticamente original ao da época, nos remetendo prazerosamente a uma viagem no passado ou se a imaginação não for tão longe, ao filme de Fábio Barreto. Na cantina são produzidos vinhos de fabricação artesanal, alem de sucos, licores, graspas, pães caseiros, geleias, queijos, salames, biscoitos e doces em geral.




Uma escadaria íngreme e frágil de madeira, leva os visitantes ao segundo pavimento da construção, onde somos informados pela simpática jovem que nos atendeu, se tratar do quarto de um dos casais, de personagens do filme vividos pelos atores Patricia Pilar e Bruno Cardoso.
Da pequena janela do quarto de pedra, se tem uma visão magnifica do patio com centenas de parreirais formando um passeio que eu chamaria de... romântico? Não sei, não dá para definir em palavras, algo que me pareceu tão bucólicamente poético!







Seguindo estrada a fora, nossa próxima parada foi a Casa da Confecção, aberta a o público desde o ano passado, integrando-se a o roteiro Caminhos de Pedra. No porão da casa que funciona como ateliê de costuras, são confeccionados, toucas, boinas cachecóis, gorros etc... 




Ao lado da casa foi montada uma pipa de madeira, adquirida de uma vinícola, a qual possuía capacidade de armazenamento de 140.000 litros de vinho. Conta uma funcionaria, que a pipa foi desmontada, tendo suas peças numeradas e depois remontada e adaptada para funcionar como varejo onde são comercializados os produtos de fabricação própria.



CASA DO TOMATE:
Refazendo o caminho de volta, decidimos visitar alguns pontos que havíamos deixado para trás como a Casa do Tomate, onde vendem do suco ao creme para pele, feitos de tomate, o atelier de João Bez Batti, escultor que trabalha em pedras de basalto e a Casa Merlin, considerada a maior casa de pedra de toda a região, prova viva de um período de muita prosperidade na colonia italiana. 


RESTURANTE CASA VANNI:
Para terminar este post, eu não poderia deixar de mencionar o Restaurante Casa Vanni, construção em madeira de 1935 e que sofreu reformas para adaptar-se a o atual restaurante sem esvaziar suas características da época. O primeiro pavimento funciona como cafeteria, e no porão um restaurante especializado em gastronomia italiana a base de risotos e massas. Tem como atrativo especial, uma mesa com tampo de vidro montada sobre um poço que até hoje funciona no porão.






Além do atrativo principal, que é o próprio restaurante, é possível descansar em seu belo patio temático, cercado de arvores e bancos feitos de madeira e de rodas de carretas. Mas o passeio ainda não havia de terminar nos Caminhos de Pedra, de lá seguimos em direção a o Caminho dos vinhedos para conhecer a pequena Santa Tereza.
Até a próxima viagem

A PEQUENA E ESCONDIDA SANTA TEREZA


PALCO DE UM FILME:
Santa Tereza é um pequeno município encrustado entre vales da serra gaucha, as margens do Rio Taquari e com uma bela e exuberante natureza ao seu redor, alem de um  riquíssimo patrimônio arquitetônico de colonização italiana, que mesmo sendo pouco conhecida pelo maioria das pessoas, já serviu de cenário em algumas sets do filme Saneamento Básico do diretor Jorge Furtado, tendo uma leva de atores de primeira grandeza como; Lazaro Ramos, Camila Pitanga, Wagner Moura, Fernanda Torres, Paulo José entre outros.


COMO CHEGAR:
A melhor forma de se chegar até o município é a partir de Bento Gonçalves, descer o Vale dos Vinhedos em direção a Monte Belo do Sul e no entroncamento com a indicação de Santa Tereza na placa, virar a esquerda e descer o vale onde está o município. A estrada é asfaltada e bem, sinalizada.
Santa Tereza é bucólica, pequena e as ruas são limpas e calçadas, dando a sensação de um paraíso perdido, entre morros verdes de mata nativa.


ALGUNS ATRATIVOS:
Além de estar a beira do Rio Taquari, a cidade é também emoldurada pelos arroios Marrecão e Vinte e Dois e alguns atrativos para serem visitados como a ponte pênsil, a travessia de balsa ou simplesmente caminhar por suas ruas, admirando alguns casarões em estilo colonial e o anoitecer quando a torre da igreja se ilumina e é percebida a distancia.


O CENTRO HISTÓRICO:
O centro histórico de Santa Tereza foi tombado como patrimônio histórico e artístico nacional desde 2010, visando preservar a paisagem urbana e os morros verdes que emolduram a cidade. A área urbana é formada por dezenas de casas de madeira e de alvenaria, construídas no século XIX e XX, pelos imigrantes que vieram de diferentes regiões da Itália. Isto explica a diversidade na arquitetura das casas.


SOBRE A SUA COLONIZAÇÃO:
Santa Tereza foi no passado a porta de entrada de imigrantes, que no século XIX, vinham de barco pelo Rio Taquari e desembarcavam em seu porto. A colonização propriamente dita começou em 1885, com a instalação não só italianos, mas também de poloneses as margens do rio.



Furando o merengue do bolo.

Uma coléga reclamou esta semana das falsas amizades, o que me deixou pensando por alguns minutos sobre o assunto que eu nunca consegui dominar e por isto utilizo metodos profiláticos para evitar muitas dessas decepções na vida e que também nem sempre funcionam. De qualquer maneira, sabe o que eu tenho feito para andar a léguas de distancia desse tipo de pessoas falsas, medíocres e de caráter duvidoso? Eu invento saídas, passeios e viagens milagrosas na minha própria companhia e que eu chamo de técnica de desapego. Poderia também chamar de técnica de desintoxicação, já que é quase inevitável algumas decepções entre convivências. Por vezes é necessário andar só, observar a VIDA com os nossos próprios olhos e sem a interferência de outros olhares, evitar os corporativismos sociais que falam a mesma língua e repetem o mesmo discurso barato. Não é possível absorver amizades ou manter relações deste nível somente para não ficar só. Somos muito influenciáveis e quando nos damos por conta já estamos vibrando na mesma frequência negativa destas pessoas, falando a mesma linguagem, caindo em armadilhas, desenvolvendo os mesmos hábitos e acreditando que isto é intimidade ou elementos de afinidades. Ora, não sejamos hipócritas, sempre existe um dedo nervoso e podre, tentando fazer alianças para furar o merengue do bolo do vizinho. Isto é uma vergonhosa verdade que só percebemos quando somos a vitima.

UM DIA VOU PRO AMISTERDÃ


Um amigo que fiz em viagem, escreveu em seu blog o seguinte texto, de poucas linhas e que me deixou muito emocionado, não apenas por me parecer um desabafo, mas por se tratar de angustiantes regras que a sociedade e as pessoas em geral, impõe aos outros, em nome dos bons costumes e da moral, impossibilitando-as de serem verdadeiras, livres e felizes nas suas escolhas.
O texto tem como título, "Um dia vou pro Amsterdã" e diz o seguinte:

 "Daí a gente só quer fazer um carinho, pegar na mão, beijar ou abraçar e tem que evitar as paradas de ônibus cheias e correr até as árvores, porque elas eu sei: não têm preconceitos!.. " 
Isto é muito triste e faz eu me perguntar que  mundo é este em que vivemos, capaz de mutilar qualquer manifestação de carinho e de amor entre as pessoas (mesmo sendo do mesmo sexo) e que devemos brigar, brigar muito ainda, para que no minimo possamos deixar um mundo melhor para nossos filhos, netos e bisnetos...

PASSO DO INFERNO.

Pois bem, de tanto ouvir falar, eu tanto desejei conhecer e acabei me submetendo a esses impulsos que bate na gente de uma hora para outra e antes que o desânimo tomasse conta por qualquer razão, abasteci o carro e me desloquei até a serra gaúcha, mesmo enfrentando um terrível engarrafamento pela manhã, na BR-116 entre Porto Alegre e Canoas, que em seguida fluiu normalmente e sem stress.


Meu destino, foi o PASSO DO INFERNO, entre os municípios de Canela e São Francisco de Paula, na região dos campos de cima da serra. Eu estava sem pressa e assim oportunizei-me a conhecer outras localidades como PADRE ETERNO que eu nem fazia ideia que existisse no mapa. Por sinal, pouca referencia encontrei sobre este lugar.
Mas o Passo do Inferno, como eu havia imaginado, é de extrema beleza, cercado por vales, mata nativa e rios turbulentos que formam em seu curso, diversas quedas d'água entre rochas e floresta de araucária.


RAZÃO DO NOME:
O lugar tem este nome, por ter sido no passado uma rota de difícil acesso aos tropeiros, que seguiam do Rio Grande do Sul, até o sudeste do pais, levando gado para serem comercializados. As dificuldades que enfrentavam fazendo este caminho à cavalo, em particular cheio de pedras, penhascos e rios turbulentos, fizeram o lugar ser batizado e conhecido por Passo ou (caminho) do Inferno.


PONTE DE FERRO:
Um dos principais atrativos, além da exuberante beleza do lugar cercado por morros e animais silvestres, é a ponte de ferro, construída posteriormente em 1935 pelo exército brasileiro, caracterizada por apresentar um vão de 74 metros, sem pilares, sobre o rio Santa cruz. O objetivo desta obra de engenharia, foi facilitar o escoamento de madeiras de araucárias, a principal fonte de renda dos municípios e distritos nesta região.


PARQUE CA CHOEIRA:
Em 1948 foi inaugurada a Hidrelétrica Passo do Inferno, administrada pela C.E.E.E. Atualmente, o Passo do Inferno é uma reserva ecológica e também área de preservação ambiental conhecida como Parque da Cachoeira, licenciado pela F.E.P.A.N.
O Parque está localizado no quilômetro 10 da RS-476, que leva para o município de Bom Jesus, em estrada de chão tornando-a com relativa dificuldade para trafegar. Outra referencia para se chegar até lá, é o trevo da RS-235 em frente a o Santuário de Caravaggio em Canela, que dá acesso à RS-476 e o Passo do Inferno.


Seguindo ainda pela RS-476, pode-se se chegar ao Lajeado Grande, complexo formado de cachoeiras e cascatas nas proximidades de Jaquirana, depois Cambará do Sul, Bom Jesus, São José dos Ausentes, consideradas uma das paisagens mais surpreendentes e bonitas do país.
Até o próximo passeio!

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...