Maggie é uma menina que ainda cresce para a surpreza de muitos olhos. Vejo um pequeno brilho em seu olhar que confundo ora com luz de alegria e esperança, ora com lágrimas de uma tristeza que perece não ter fim. Trocou sua coleção de bonecas por óculos de muitas cores, telefones móveis de muitos modelos, vestidos, sapatos, perfumes, colares, glamour. Maggie é muitas e então busca em si mesma a personagem real e única entre todas as outras que criou cada qual mais bela. Busca a não coadjuvante, a que talvez lhe mostre o caminho de emoções que guarda dentro de sua magica caixinha de musica sobre a penteadeira, que lhe posicione o norte no meio de tantos atalhos surgidos na vida. Enquanto não encontra, modifica as rotas, transforma os cruzamentos em laços de presentes, os paralelepípedos em pedras preciosas, o olhar de mulher em sorriso de menina.
Uma estória que li
Uma jovem mulher e um belo homem apaixonam-se e, quando isso acontece, eles decidem casar-se imediatamente. A mulher - culta, sofisticada e experiente - diz: "Só com uma condição...".
O homem responde: "Qualquer condição é aceitável, pois não posso viver sem ti."
Ela diz: "Primeiro ouve a condição; e depois reflete. Não é uma condição vulgar. A condição é que não vivamos na mesma casa. Eu tenho uma terra vasta, um belo lago rodeado por árvores, jardins e relvados. Farei para ti uma casa do outro lado, oposto àquele onde eu vivo."
Ele responde: "Mas então qual é o interesse do casamento?"
Ela diz-lhe: "Casar não é destruirmo-nos mutuamente. Não é limitarmo-nos um ao outro. Não é matarmos o amor que sentimos. É, sim, fazermos com que o amor possa crescer. Estou a dar-te o teu espaço. De vez em quando, passeando de barco no lago, poderemos encontrarmo-nos acidentalmente. Ou, por vezes, posso convidar-te a tomar chá comigo, ou tu podes convidar-me."
O homem responde-lhe: "Essa ideia é simplesmente absurda."
A mulher responde-lhe: "Então, esquece os planos de casamento. Esta é a única ideia correta - só assim o amor pode crescer, porque seremos sempre jovens e novos. Nunca tomaremos o outro como certo. Tenho todo o direito de recusar os teus convites, assim como tu tens o direito de recusar os meus; a nossa liberdade individual nunca será perturbada. Entre estas duas liberdades, a tua e a minha, desenvolve-se o belo e fascinante fenômeno que é o amor."
O homem responde: "Qualquer condição é aceitável, pois não posso viver sem ti."
Ela diz: "Primeiro ouve a condição; e depois reflete. Não é uma condição vulgar. A condição é que não vivamos na mesma casa. Eu tenho uma terra vasta, um belo lago rodeado por árvores, jardins e relvados. Farei para ti uma casa do outro lado, oposto àquele onde eu vivo."
Ele responde: "Mas então qual é o interesse do casamento?"
Ela diz-lhe: "Casar não é destruirmo-nos mutuamente. Não é limitarmo-nos um ao outro. Não é matarmos o amor que sentimos. É, sim, fazermos com que o amor possa crescer. Estou a dar-te o teu espaço. De vez em quando, passeando de barco no lago, poderemos encontrarmo-nos acidentalmente. Ou, por vezes, posso convidar-te a tomar chá comigo, ou tu podes convidar-me."
O homem responde-lhe: "Essa ideia é simplesmente absurda."
A mulher responde-lhe: "Então, esquece os planos de casamento. Esta é a única ideia correta - só assim o amor pode crescer, porque seremos sempre jovens e novos. Nunca tomaremos o outro como certo. Tenho todo o direito de recusar os teus convites, assim como tu tens o direito de recusar os meus; a nossa liberdade individual nunca será perturbada. Entre estas duas liberdades, a tua e a minha, desenvolve-se o belo e fascinante fenômeno que é o amor."
Rabindranath Tagore
Mudanças internas
Quando ocorrem mudanças que te modificam o interior, estas mudanças te pegam de surpresa. Quando voce se vê, ja é quase todo outra pessoa e então aqueles velhos conceitos do qual voce acreditava ser feito, ja não lhe dizem nada ou quase nada. Tudo parece estranhamente atípico, impessoal, por que voce é um pouco do velho com novas verdades somado a mais um pouco do novo que voce passa a ser. Custa um pouco voce passar de um para o outro e elaborar esta transição, este novo modelo doqual está se transformando.
DIA DOS MORTOS.
Caminhando pelas ruas daqui, observo belas casas de construções planejadas, jardins elaborados, cercas elétricas, cães de rara beleza e bem alimentados, mas percebo também um panorama triste, deserto neste dia que garôa e me confundi a estação do ano em que estou. Dia 02 de Novembro é dia de mortos e dia dos mortos sempre parece-me assim com este ar de tristeza estampado na cara do dia. Janelas, portas e portões fechados. Haverá alguém dentro destas casas que passo pela frente? E o que fazem, se protegem da garôa, oram pelos mortos? Não lembro de meus mortos pois lembro deles num dia mais bonito que o de hoje, fico apenas caminhando e perguntando-me pelos vivos que moram por aqui escondidos em suas residencias fechadas e sem nenhum sinal de vida. Enterrados em suas moradias como se não existissem.
Amor e Liberdade.
Comumente ouvimos falar sobre as escolhas que devemos fazer em nossas vidas e uma delas é o amor em contra partida da liberdade. Cedo aprendemos que elas não se casam, são incompátivies e antagônicas, mas também de suma importância em nossa existência. Como amar e sermos livres a o mesmo tempo, se nosso amor parece ser regado de promessas que posteriormente transformam-se em obrigações intermináveis reforçados a cada gesto e olhar sob a supervisão das expectativas criadas, cobradas, exigidas e algumas vezes não correspondidas, embora negamos isto? E a liberdade que nos põe descompromissados de eventuais promessas? Afinal ser livre e respeitar as diferenças de nossas idéias, verdades, sentimentos, opiniões; É caminhar em outras direções, procurar caminhos que melhor nos convir, mudar, hoje amar mais, amanhã menos, renovar-se. Amar é essencial em nossa vida e a liberdade imprescindivel pois é nosso espirito. Oque seria do amor sem liberdade e a liberdade sem um amor?
Osho diz: =>"ser amado e amar é praticamente um respirar espiritual. O corpo não pode viver sem a respiração, e o espirito não pode viver sem o amor."
Desta maneira, vivemos movimentando-nos nas duas direções, ora desejando amar e sermos amados, ora em busca de nossa liberdade pessoal. Vivemos nos arrastando de um lado para o outro, capengas, pois não conseguimos administrar intensamente estas duas palavrinhas com suas alternativas contraditórias e que nos mostra contrapontos.
Osho diz também: =>"A liberdade vem quando você atinge uma síntese entre o amor e a liberdade. Escolha o paradoxo, não escolha as alternativas que o paradoxo lhe deu. Escolha todo o paradoxo. Não escolha um, escolha ambos, escolha-os juntos. Entre no amor e permaneça livre, mas nunca torne sua liberdade contrária ao amor."
Casados, cinqüenta anos depois:
Li este miniconto de Ana Mello em seu blog e achei da maior delicadeza e sensibilidade. Não pude deixar de copia-lo e colocar em meu blog:
"Com o passar dos anos meus beijos foram ficando diferentes. Suaves demais, rápidos, superficiais.
Segurando sua mão só pensava nisso, quando ela abriu os olhos e perguntou:
- Eu morri?"
"Com o passar dos anos meus beijos foram ficando diferentes. Suaves demais, rápidos, superficiais.
Segurando sua mão só pensava nisso, quando ela abriu os olhos e perguntou:
- Eu morri?"
Semana passada sonhei com o mar, caminhava por cima das ondas, como aquela famosa cena em que Jesus Cristo milagrosamente flutua sobre as aguas deixando seus seguidores boquiabertos com o milagre. No meu sonho não haviam discipulos ou outras testemunhas para se espantarem, apenas eu, somente eu. Neste fim de semana, visitei o mar e enquanto caminhava pela beira da praia adimirando sua grandeza, lembrei-me novamente do sonho. Fiquei imaginando o quanto podemos ser diferentes do sonho para a realidade.
I Love You Porgy
Olhando daqui de cima, tudo parece tão plano e limpo, lavado pela chuva fina e persistente que bate no corredor por onde passam carros, na vidraça da janela. A chuva renova energias. A noite tem a cor eo movimento esperado nesta vida que não descança e que as vezes se imita.
Ouço sons absurdamente confusos, misturados aos meus, até que me venha o sono e durma acariciado por I Love You Porgy na voz rouca e negra de Nina Simone.
Coisas do tempo...
Depois do dia escaldante de trinta e poucos graus de ontem, Porto Alegre acordou com cara diferente, parecendo revelar uma quinta estação desconhecida. Calor ainda, mas com uma brisa refrescante e umida acariciando o rosto das pessoas nas ruas, nas praças e jardins. Sol escondido por traz de nuvens brancas e esticadas, grama úmida e colorido cinza de fita de cinema mudo, irreal, verdadeiro apenas na imaginação. Possivel de viver sómente em sonho.
CABO HORN
Ontem à noite fui convidado por colegas de trabalho, à conhecer a danceteria Cabo Horn, situada na rua Republica 649, Cidade Baixa. O nome faz referencia ao Cabo que divide o oceano Atlântico e Pacífico, sul da Patagônia e Terra do Fogo.
O estabelecimento é um casarão de dois pisos e faixada na cor verde escuro, com mesas na rua, ideal para reunir grupo de amigos.
No primeiro andar, há um espaço com bar e palco onde se apresentam artistas locais. No segundo andar, espaço para dança com musica eletrônica e mais um bar independente, som dos anos 70, 80 e 90. Rock'n roll, Pop nacional e interacional, MPB. No cardápio da casa, bolinhos de aipim com carne seca, quibe, empadas (que não experimentei) e um delicioso pastelzinho assado no forno, com catupiry. Administrado pelos irmãos gêmeos César e Paulo Audi do antigo Dr. Jekill, a danceteria faz sucesso não só pela sua animação e localização, mas também pela simpatia de seus donos e frequentadores.
ANIVERSARIO DA BORBA
Dia 09 de Outubro, filhos, netos, bisnetos e amigos ganharam um belo presente, um presente de valor inestimável, que foi festejado com alegria e emoção. Borba completou 72 anos de vida de lutas, perseverança, e força interior. Todos os anos no dia de seu aniversario sabemos intimamente que não festejamos somente mais uma data de seu aniversario mas que somos abençoados pela sua companhia impar e sua alegria de viver.
MORRO DA EMBRATEL
No domingo, dia de eleição para prefeito eu e uma amiga, subimos de carro o morro da Embratel. Você já foi até lá? É fantástico! O morro é uma espécie de braço estreito, formando uma estrada de chão onde se pode ver nas duas direções a cidade de Porto Alegre.
Tem-se lá de cima a magnifica visão da grandeza e beleza da capital, exibindo vales, penhascos alguns recantos e bairros como Glória, Centro, Santana, Pártenon e outros.
Lugares como este te faz sentir um pequeno grão de areia na imensa obra criada por Deus.. Te leva a questionamentos sobre a vida além da tua. Minha amiga disse que este lugar te chama para a razão, uma vez que também pode-se observar as diferenças sociais entre um bairro e outro, do enorme arranha céu à favela desprotegida da infra estrutura metropolitana planejada, limpa.
Hoje particularmente o convivio com minha familia me fez bem, penso que precisava disto por estes dias. Vespera de aniversario, preparativos, alegria, todos falando a o mesmo tempo, algumas piadas boas e outras sem graça, cerveja gelada, arroz com linguiça preparado de ultima hora, mais cerveja gelada e a festa só começa amanhã!..
Pela janela do meu quarto, entra a claridade do Sol e posso ouvir nitidamente o canto de pássaros como uma sinfonia mistica. É possível identifica-los pela variedade de sons que produzem. As arvores estão frondosas e este aroma peculiar de flores chega até aqui trazido por uma brisa, que somente a Primavera pode presentear. Impossível deixar de perceber estes milagres que nos rodeiam todos os dias de nossas vidas, sem a devida atenção e reconhecimento. Inestimável tesouro dado pela vida. A chave que abre o portal para este mundo é a sensibilidade e está guardada dentro de nós. É somente abri-lo!
Eu, vinho e Milles Davis
Algumas vezes faço-me a delicadeza de convidar-me a usufruir da companhia de mim mesmo, abro uma garrafa de vinho e sorvo-a sem presa enquanto ouço Milles Davis no aparelho de som. Nestas horas de intimiade somos suficientes, eu, minhas viagens pessoais, o vinho e o som de Milles.
Transição necessaria.
Devo apenas lamentar a estranheza das pessoas diante das mudanças que sofri nos últimos meses, pois acredito ter sido para melhor. Buscava outras coisas que acreditava ser verdadeiras antes da surpresa de estar errado. Acertos nos deixam seguros e orgulhosos, mas erros, estes nos tornam mais fortes e esperançosos, nos instiga á buscar o que talvez sejam valiosos a o nosso crescimento interior. Hoje não tenho tempo para ensaios, divagações e espectativas infundadas, descubro que é na simplicidade que encontramos respostas à complexidade das estruturas que nós mesmos criamos e nos perdemos. Preciso ir atrás do que é urgente em minha vida, em busca daquilo que pensava não mais existir em mim, mas descobri estar apenas adormecido. Perdi-me em atalhos que eu mesmo criei para chegar mais rápido a o nada, a constatação de incertezas que se repetiram ano após ano e levaram-me a o silencio da dúvida que massacra, que estanca. Preciso viver meu próprio conceito de liberdade, de felicidade.
O que posso oferecer agora, neste momento, é somente um pedaço de chocolate do tipo meio amargo que estou mordendo e que derrete entre meus dedos, transformando-se numa espessa pasta negra e adocicada, maravilhosa de ser lambida com vontade.
O que posso oferecer agora, neste momento, é somente um pedaço de chocolate do tipo meio amargo que estou mordendo e que derrete entre meus dedos, transformando-se numa espessa pasta negra e adocicada, maravilhosa de ser lambida com vontade.
Nesta ultima semana, tenho trabalhado muito e dormido pouco. A verdade é que quando tenho a oportunidade de ficar até mais tarde na cama, não consigo, levanto-me agitado e com dor no corpo. Brinco às vezes, por não saber se é culpa da idade, do stresse do trabalho ou as molas do colchão vencido. Durante à noite me debato com pesadelos e sonhos que chamaria de estranhos e sem explicações. Também me pergunto por que buscamos explicações para os sonhos?
Já não temos com o que nos preocupar em nossas vidas?
Por mais que já tenha lido informações cientificas sobre eles (sonhos), termino cedendo as explanações misticas que os ditos populares inventam, fazendo-me ficar em alerta e temeroso com o que possa vir.
Já não temos com o que nos preocupar em nossas vidas?
Por mais que já tenha lido informações cientificas sobre eles (sonhos), termino cedendo as explanações misticas que os ditos populares inventam, fazendo-me ficar em alerta e temeroso com o que possa vir.
Asa quebrada.
Hoje, no terminal de ônibus Partenon onde fica a ambulância que trabalho, eu e meu colega observávamos uma pomba cinza caminhar entre os pedestres que por ali passavam. Ela driblava entre as pessoas, meio assustada e de vez em quando parava para observar outra pomba pousada sobre o telhado. De vez em quando, forçava um impulso para levantar vôo, porém não conseguia. Uma das asas estava caída e então concluímos que deveria estar quebrada. Correu por longos minutos e por fim parou, escondendo-se atrás de um pilar exausta, e assustada. Pensei no que poderia ter-lhe acontecido. Caiu do telhado? Pombas não caem de telados nem quando dormem, talvez atacada por algum felino, um cão vira-latas, ou um garoto de bodoque e mira certeira!
Meu colega falou em seguida que ela teria poucas chances de sobrevivência, pois sem voar ficaria indefesa e logo morreria. Depois recebi uma mensagem em meu celular que me deixou angustiado e introspectivo. Mensagens me causam as vezes estes impasses!, por terem frases curtas e pontuações deficientes!.. Fiquei pensativo, observando os movimentos da ave. Ridiculamente comparei minhas verdades e sonhos do passado com aquela asa de pomba que fora quebrada e arrastava-se pelo chão de basalto sujo onde tantas pessoas passavam deslocando-se aos seus destinos. Identificava-me com os movimentos incertos e circulares da ave que ora esforçava-se para alçar voo para a liberdade, sem nada conseguir. Movimentos indecisos de vai e vem, num zig- zag nervosos na conquista do impossível. Então abri meus olhos, respirei fundo refazendo-me depressa. Conclui finalmente que ao contrario das pombas, que precisam de um par de asas para voar, eu não necessitava de nenhuma para navegar em meus sonhos e no que acredito ser liberdade. Só descobri isto quando tardiamente uma de minhas asas foi quebrada.
Atitudes descriminatórias
Ontem a noite no supermercado Big de Viamão, me aproximei do balcão de defumados para comprar bacon e tentei a custo de grande paciência ser atendido por uma senhora funcionaria que absolutamente mostrava-se com dificuldades para exercer sua função de vendedora no supermercado. Digo que tentei ser atendido, por que a forma como a funcionaria veio até mim para saber oque eu queria não era de maneira alguma um atendimento digno a um cliente. Primeiro, por que se posicionou do meu lado sem ao menos olhar para o meu rosto e quando o fez tinha um olhar que transparecia qualquer coisa do tipo descriminatória...Em nenhum momento me perguntou oque eu queria e quando lhe pedia informações sobre o preço de algum produto respondia baixo e olhava para o chão ou para os lados dando a sensação de que eu era um objetos qualquer, do qual ela já estava cansada de ver plantado naquele canto e qualquer outra coisa no supermercado precisava mais da sua atenção do que eu. Em alguns instantes pensei e revisei minha conduta diante dela, calado e sem deixar transparecer: talvez estivesse sendo de alguma forma inoportuno sem me perceber ou que talvez ela estivesse agindo daquela maneira por eu ter traços e origem claramente negra ou usar os cabelo grandes e propositalmente desalinhados. Não sei!
Pensei também que ela usava os cabelos presos atrás da cabeça em forma de coque, talvés por exigencia do supermercado, como aquelas pessoas que são de alguma religião evangélica, do qual respeito, mas não gosto da forma como se vestem e arrumam seus cabelos e nem por isto à tratei com descriminação e falta de educação. Provavelmente estava ali, por que precisa de seu emprego tanto quanto eu do meu e tantos outros brasileiros dos seus.
Bom a verdade é que comprei meu bacon e sai dali rapidamente, tentando esquecer o ocorrido. Já dentro do carro fiquei argumentando comigo mesmo que talvez devesse afronta-la, impor meus direitos como cliente, como cidadão, ou adverti-la sobre sua falta de atenção para com as pessoas, sobre descriminações etc, etc.. como eu normalmente o faria nestas situações, mas não quis, acho que estava tão bem comigo mesmo que perdoei-a e livrei-a do embaraço de se justificar. Fui-me embora sem culpa, mas consciente de que não se deve calar diante de agressões como estas.
Pensei também que ela usava os cabelos presos atrás da cabeça em forma de coque, talvés por exigencia do supermercado, como aquelas pessoas que são de alguma religião evangélica, do qual respeito, mas não gosto da forma como se vestem e arrumam seus cabelos e nem por isto à tratei com descriminação e falta de educação. Provavelmente estava ali, por que precisa de seu emprego tanto quanto eu do meu e tantos outros brasileiros dos seus.
Bom a verdade é que comprei meu bacon e sai dali rapidamente, tentando esquecer o ocorrido. Já dentro do carro fiquei argumentando comigo mesmo que talvez devesse afronta-la, impor meus direitos como cliente, como cidadão, ou adverti-la sobre sua falta de atenção para com as pessoas, sobre descriminações etc, etc.. como eu normalmente o faria nestas situações, mas não quis, acho que estava tão bem comigo mesmo que perdoei-a e livrei-a do embaraço de se justificar. Fui-me embora sem culpa, mas consciente de que não se deve calar diante de agressões como estas.
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