IMAGENS QUE COMOVEM.

Tenho pra dizer que quanto mais velhos vamos ficando, mais emotivos nos transformamos  e isto é uma constatação pessoal, que não pretendo detalhar, por que cada caso é um caso e por vezes nos sensibilizamos por um tipo de nó ou sufoco diferente que surge na garganta, sem entendermos de fato sua razão.


Na quarta- feira pela manhã, fui fazer uma constatação de óbito, num homem de 30 anos que se enforcou numa área aberta, no fundo de sua casa, por algum possível desentendimento amoroso. Havia deixado sobre a mesa da cozinha, um bilhete para a sua ex-companheira, pedindo desculpas por erros cometidos e que ela merecia a chance de ser feliz e que sua morte abriria tal oportunidade.
A  imagem daquele corpo sem vida, pendurado por uma grossa corda de náilon azul, numa posição que lembrava uma penitencia, o olhar parado que parecia dirigir-se a o seu próprio interior, era de uma tristeza sem dimensões e que mostrava a que ponto o desespero leva o ser humano. Guardei aquela imagem por dias em minha lembrança.

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