Depois daquele tombo, até posso te receber na minha casa, te estender a mão, te oferecer um copo d´água, um cafe, um suco gelado, uma dose de uísque, uma sessão de cinema no Netflix, com paradas para comentários e pipocas salgadas. É que neste momento tá difícil abrir este espaço, que eu acho demasiado e grande!
Mas o que me preocupa realmente é se depois do tombo que levastes, com pequeno arranhão no joelho, algo mudou, a ficha caiu e se percebestes que a vida não é um jogo de regras lineares, e que por isto, foge dos nossos planos, do nosso domínio e habilidades...
Eu continuo aqui, percebendo meus erros, tratando minhas doenças, meus preconceitos, minhas crises existenciais, meu egoísmo e descobrindo que tenho tantos defeitos, quanto aqueles que já critiquei e abominei e que ninguém é tão alto suficiente e capaz de modificar o rumo da vida, a forma das pessoas pensarem e dai resgata-las pro nosso mundo que pode ser equivocado e escravocrata.
O que às vezes parece ser nosso, não é nosso, é de outro, é de ninguém, tem outro destino traçado. Talvez a humildade, a aceitação de nossos erros, nos torne todos parecidos e nos aproxime de um consenso de ideias, sem tantas disputas e discriminações. Daí fica mais fácil abrir algum espaço e conversarmos à vontade.