SÃO JOSÉ DOS AUSENTES.

São José dos Ausentes possui uma beleza natural que se diferencia de todas as outras cidades da serra gaucha e possivelmente do mundo. A imensidão de vales verdes, campos altos, rios turbulentos, cascatas e cachoeiras que escorrem por paredões rochosos e cânions, parece existir somente na aquelas terras solitárias, desbravadas por tropeiros e que hoje tem servido como pano de fundo para gravações de novelas, mini-series e filmes de TV.


Descrever São Jose dos Ausentes, não é tarefa fácil, já que a cidade derrama diante dos olhos de seus visitantes lugares inacreditavelmente paradisíacos e ao mesmo tempo selvagens, despertando aqueles sentimentos de inquietude da alma ou solidão necessária. Arrisco-me a dizer que as pessoas que conhecem Ausentes, amam ou odeiam!


A todo o momento cruza-se por pontilhões de madeira, por onde escorre um braço de rio, casas de taipa, murões de pedras a se perderem de vista, campos no horizonte, que se sobressaem por sua beleza, como num cartão postal.
Nos dias frios, então, tudo fica ainda ainda mais bonito, sob o efeito da neblina que sobe dos precipícios, invadindo o lugar e tornando tudo misterioso.
Em função de todos estas características que envolve a cidade e seus vastos campos, decidi realizar uma excursão entre amigos com o objetivo de apresentar-lhes este lugar magnifico, cheio de belezas naturais encontradas somente lá.




ORIGEM DO NOME:
A região de São José dos Ausentes está ligada a muitos fatos históricos do século 18 e lá se encontrava o maior latifúndio do Rio Grande do Sul. Com mais de 1.000 quilômetros quadrados, a Fazenda dos Ausentes compreendia uma grande parte dos campos de cima da serra. Segundo alguns registros da época esse nome se deve a que seus primeiros proprietários nunca assumiram essas terras e as mesmas foram enfim leiloadas. Sendo assim, a região passou a ser chamada de Ausentes.
Outra versões é de que poucas pessoas ficavam morando neste local por muito tempo, devido as péssimas condições climáticas, o frio era tanto que a cidade freqüentemente tinha seu povo ausente.
Após os primeiros donos nunca terem assumido. A fazenda foi por duas vezes leiloada, por abandono de seus proprietários ou na inexistência de seus sucessores. Os últimos rematadores foram três paulistas, que venderam ao português, Antonio Manoel Velho, comerciante que estava se fixando em Laguna.
Início do desbravamento foi no ano de 1719, históricamente o maior latifúndio do Rio Grande do Sul. As Três Sesmarias conhecida como dos “Ausentes”, abrangia uma àrea de 129.336,69 ha; passando de Dez Sesmarias, que só foram subdivididas a partir de 1874, data do falecimento de Ignácio Manoel Velho, um dos herdeiros, que manteve a área intacta. Deixou a fazenda a seus sucessores, um deles joaquim inácio velho. Por volta de 1925 a sede da fazenda ficou para um dos herdeiros Dionísio Joaquim Velho (nizóca).
Atualmente Dalvone Borges Velho, descendente ( 5ª geração) mantém as porteiras abertas ao turismo rural, também acervo histórico cultural, na sede da fazenda dos ausentes.




O QUE FAZER EM SÃO JOSÉ DOS AUSENTES:
Dentre tantas opções para se fazer na cidade como, apreciar uma boa comida campeira,  realizar uma cavalgada guiada com alguns amigos sobre os campos, ou mesmo na beirada dos cânions, pode-se visitar e fotografar as inúmeras cachoeiras, alem das propriedades rurais que comercializam produtos como queijos, salames, geleias, cachaças artesanais.


[Já experimentou fazer uma cavalgada num dia de chuva em Ausentes?. Está aí a proposta lançada. É inesquecível!]
[E que tal provar dos licores de frutas comercializados nas propriedades rurais? É literalmente de ficar de 4]





Também poderá visitar em São Jose dos Ausentes:


A CACHOEIRA DO PERAU BRANCO:
Formada pelo Rio Sepultura, cai por pedras que parecem formar uma "escada natural". Seguindo a estrada para o Cânion do Monte Negro, é preciso entrar à esquerda na bifurcação em direção a Bom Jardim da Serra (40 km). Depois de 3 km fica o estacionamento e, a partir dali, uma caminhada de 1,5 km em subida íngreme leva à queda. Se quiser o acompanhamento de um guia, peça indicações nas pousadas.


O MONTE NEGRO:
É o ponto culminante do estado - de lá, em dias claros, é possível ver o litoral sul de Santa Catarina. Para subir ao topo não há indicações ou trilha pela mata. Mas o cânion do Monte Negro também vale a visita e tem acesso fácil: uma caminhada de 10 minutos por terreno plano, em trilha aberta, a partir da Pousada Fazenda Monte Negro. Vá de manhã, pois à tarde o risco de neblina é maior.acesso pela estrada p/ Faz. Monte Negro, 45 km de terra
Pousada Fazenda Monte Negro.



CÂNION DA BOA VISTA:
Os paredões de pedra impressionam pela extensão e pelas bordas cobertas de mata nativa. Vá de manhã, quando há menos chance de pegar neblina, e tome cuidado na estrada, uma das piores da cidade, com vários trechos cobertos por pedras. A partir da pousada, uma caminhada de dez minutos leva à borda do cânion. O acesso pela Pousada Ecológica dos Cânions, 43 km de terra (9 km precários).












CACHOEIRÃO DOS RODRIGUES:
O nome dá uma ideia do porte da cachoeira, com intenso volume de água que faz surgir uma cortina branca sobre as pedras. Abaixo da queda, o rio se transforma numa piscina natural, boa para nadar no verão. O acesso mais fácil é pela pousada Cachoeirão dos Rodrigues, com trilha de 15 minutos. A entrada de turistas só é permitida com guia. Grátis.


RIOS SILVEIRA E DIVISA:
Os dois rios têm curso paralelo e direções contrárias - o desnível de 18 m entre eles permite ver as correntes de cima. Para isso, é preciso atravessar o Rio Silveira a pé, com a água no joelho, sobre o leito de pedras. Quando há fortes chuvas, que fazem com que o rio “mais alto” transborde, há formação de corredeiras entre um e outro aumentando ainda mais o espetáculo. 


A única entrada é pela Fazenda Potreirinhos e a entrada custa R$ 3 para os turistas que não estão hospedados em Ausentes e que vêm com guias de fora do município. A partir da sede, a caminhada até a margem do rio leva dez minutos.



SERRA DA ROCINHA:
Localizada em Timbé do Sul, a Serra da Rocinha é atualmente um dos cartões postais da região. Sobre ela é possível passear de carro,  admirando a imponência de morros e abismos, muito comum naquela região. Foi construído um mirante onde os visitantes podem deslumbrar sua exuberância.








MUSEU WALDEMAR DOS SANTOS BOEIRA:
Localizado no Distrito de Silveira, 20 km de São José dos Ausentes, o museu organizado pelo próprio Waldemar Boeira, tem um acervo com mais de 5 mil peças do século 18. A visita deve ser agendada na Pousada e Restaurante Tropeiro, com a proprietária da pousada.




RESTAURANTE SABOR DA SERRA:
Outra dica, é experimentar uma tipica comida caseira, feita no fogão a lenha, no Restaurante Sabor da Serra, de propriedade da Dona Berê, no vilarejo de Silveira. A proprietária transformou sua casa simples, num restaurante muito aconchegante, onde recebe os viajantes que por ali passam para visitar os atrativos oferecidos pela cidade.







O TERMÔMETRO DA CIDADE:
Outro atrativo muito procurado pelos turistas que visitam a cidade, é o Termômetro gigante, localizado na Rua Ismenia B Ribeiro Velho, centro da cidade, em frente da igreja matriz. No dia em que fiz o passeio acompanhado de amigos, fazia 12 graus em Bom Jesus, enquanto que em Ausentes, marcava 7,5 gruas, no termômetro da cidade.



Em Ausentes você irá encontrar aquele jeito pacato de uma cidade pequena do interior e longe do grande agito dos centros urbanos. Se você for até lá em busca de festas, agitação, baladas, compras e todo um mundo consumista dos grandes centros, estará no lugar errado.
Ausentes é a cidade da tranquilidade, do silencio, da introspecção, do cantar dos pássaros, do ruído dos rios e cachoeiras, do silencio necessário para se ouvir a natureza como um presente divino.
Assista a este vídeo interessante, sobre algumas histórias e costumes do povo gaúcho:


Até o próximo passeio!


UMA DAS COISAS SIMPLES DA VIDA.



Comida de mãe é coisa que põe em risco qualquer prato elaborado por chefes de restaurantes chiques e especializados em ciências gastronômicas. Pois é, ontem fui almoçar com minha mãe e ela preparou, arroz branco, salada de chuchu com rúculas, bife à milanesa e um feijãozinho mexido que somente ela sabe preparar. De sobremesa um sorvete de uvas (industrializado é claro), mas com pedaços da fruta que olha, sem palavras...


Depois sentamos no jardim para falar da vida das plantas, as que não deram flores, as que as formigas destruíram e as que simplesmente não vingaram, por motivos desconhecidos. Eu sinto muito prazer neste encontros simples em que se fala somente das coisas simples da vida e que nem sempre nos permitimos. Fico angustiado de pensar que haverá um dia em que não terei alguém para falar destas coisas tão banais e necessárias.

ADÃO LATORRE E CHICO DIABO BANDIDOS OU HERÓIS?

Eu gosto de ouvir, de conhecer e também de contar histórias e por isto estou sempre correndo atras delas, e um fato que me chamou a atenção, foi a historia de Adão Latorre e Chico Diabo, dois personagens emblemáticos e contraditórios, que fazem até hoje os historiadores discutirem, se eles foram afinal bandidos ou heróis? Minha curiosidade só aumentou quando uma amiga de minha sogra contou-me ser parente de Adão Latorre. Ela apelidada de titia, chamava Geni Latorre Traçante.


Visitar a cidade de Bage me oportunizará conhecer além de seus monumentos históricos, sua cidade cenográfica, onde foram gravadas as cenas do filme "O Tempo e o Vento" e também os túmulos desses dois homens tão emblemáticos: Adão Latorre e Chico Diabo.
Latorre foi enterrado no cemitério dos Anjos, localizado a 5 quilômetros da cidade. Homem negro e pobre,  lutou na revolução federalista, ocupando nas forças oposicionistas, o posto de tenente-coronel em 1893 e coronel em 1923. Sua história mais famosa, foi a degola do Rio Negro, onde Adão degolou mais de 300 Chimangos (como eram chamados os governistas em 1923).


Ainda, num outro cemitério distante a 12 quilômetros de Bagé, está sepultado o cabo Jose Francisco Lacerda, mais conhecido como, Chico Diabo, famoso militar que matou na Guerra do Paraguai, o comandante Solano Lopes, no cerro do Corá - Argentina, em 1870.
Veja toda a sua história AQUI.
Acho importante ir atrás destes fatos históricos, em que homens apostavam suas vidas em batalhas sangrentas, na defesa de seus ideais políticos e que são tão pouco divulgado nas cadeiras escolares, do nosso país.


Para quem desconhece, a Revolução Federalista ocorreu no Sul do Brasil e teve como causa o confronto entre dois grupos. Um defendia maior poder para o presidente da República, que eram os pica-paus, e o outro queria a descentralização do poder, que eram os maragatos.

A revolução terminou em agosto de 1895, no governo de Prudente de Moraes, que recebeu a alcunha de “Pacificador”. Prudente de Moraes assinou um tratado de paz com os maragatos, em 23 de agosto de 1895, na cidade de Pelotas (RS).



Adão Latorre era uruguaio e nasceu no departamento de Rivera. Aos 16 anos já era cabo e dois anos depois foi promovido a sargento. Em 23 de abril de 1862 obteve a patente de subtenente, chegando a capitão em 25 de maio de 1875 e a sargento-major em 20 de novembro de 1881. Nesta altura já era casado e tinha dois filhos. Na década de 1880 mudou-se para a localidade de Olhos d'Água, no interior de Bagé, para trabalhar na estância da família Tavares, sendo acompanhado por um pequeno grupo de peões oriundos de Corrientes.

Em 3 de fevereiro de 1893, dois dias antes de estourar a Revolução Federalista, Latorre foi promovido a tenente-coronel e juntou-se ao general Zeca Tavares, ao qual já havia servido. Latorre entra para a história sulina quando, sob o comando de Zeca Tavares, combatentes federalistas (maragatos) e republicanos (pica-paus), comandados pelo general Isidoro Fernandes, se enfrentaram durante sete dias às margens do Rio Negro, na área da atual Hulha Negra. Diz a tradição que nesta ocasião Latorre degolou cerca de 300 prisioneiros. No entanto, essa versão parece ser um mito, pois testemunhas oculares, assim como registros dos oficiais maragatos, contam que a maioria dos prisioneiros já estava de fato morta, tendo sucumbido durante a batalha, sendo degoladas em torno de 30 pessoas.
Adão Latorre foi morto já em idade avançada no dia 15 de maio de 1923, durante uma emboscada, no combate de Santa Maria Chica (Passo da Ferraria) em Dom Pedrito, planejada pelos comandados do major Antero Pedroso, a fim de vingar a morte de seu irmão Manoel. No mesmo ano seu corpo foi transladado para Bagé, onde foi sepultado no Cemitérios dos Anjos.

Contam que Adão foi fuzilado na batalha, depois foi degolado e cortaram as orelhas.

CONSTRUÇÕES ANTIGAS EM BOM JESUS.


Neste final de semana, 25/10/2015, passei com alguns amigos, pelo centro da cidade de Bom Jesus, contemplando seu magnifico acervo de residencias antigas - construídas em madeira. A cidade foi rota do tropeirismo, um dos capítulos mais importantes da formação cultural do povo gaúcho e da economia do país. 








VALE DO QUILOMBO E LINHA 28 EM GRAMADO.

Neste domingo, 18/10/2015, fui visitar com uma amiga (Rosane), o vale do Quilombo e a Linha 28 em Gramado. Área rural, que possibilita o contato do visitante com toda a exuberância e beleza dos morros da mata Atlântica, cascatas e também as construções dos antigos imigrantes que no passado se instalaram naquela região. O passeio não poderia ter sido melhor.
                         Acompanhe aqui!

VISTA DO VALE DO QUILOMBO

Quem já visitou Gramado, deve ter parado em algum momento naquele mirante da Avenida das Hortênsias, próximo da Aldeia do Papai Noel, e se encantado com a vista proporcionada, lá de cima, descortinando um vale, ha 850 metros de altitude.
Pois este vale, chamado Quilombo,  provém de um grande número de negros que eram escravos das fazendas da Serra e redondezas, que ao serem libertados, estabeleceram-se naquela região. Dizem que tempos atrás, era comum se ouvir de longe, a batida de tambores em seus batuques e festejos, que posteriormente se espalharam por outras regiões mais distantes.

GRAMADO- CENTRO URBANO

O nome da cidade "Gramado", está relacionado ao seu passado, quando servia de passagem para tropeiros que tocavam o gado pelos campos de cima da Serra, no fim do século XIX. E para quem tem curiosidade como eu, o nome da cidade de Gramado está ligado a duas hipóteses: 
  1. Ao chegarem no topo da Serra, tanto tropeiros quanto imigrantes encontravam um pequeno campo de grama macia e verde que servia de repouso e revigorava suas forças. Este gramado, segundo alguns, foi responsável pelo batismo da cidade. 
  2. Há outros que acreditam que a origem do nome da cidade se deva ao acesso do Vale dos Sinos à Serra, pela Serra Grande, que inspirava muito cuidado na travessia e era chamado de Gramado.
Esta região do Vale do Quilombo, dá a oportunidade dos visitantes conhecerem uma Gramado mais rural e com vistas belíssimas, para quem aprecia passeios contemplativos e históricos, observando paisagens paradisíacas e vivenciando o dia a dia de famílias de descendência italiana, que contam e mostram suas historias, tradições, costumes, através do manejo com animais e a terra.

GRAMADO - CANELA

Seguindo a Avenida das Hortênsias, no sentido Gramado-Canela, (na esquina da fabrica de Chocolate Prawer e o posto da gasolina Shell),  descendo a estrada de chão a direita já é possível perceber o que a natureza guarda para os seus visitantes. Veja o mapa no final da postagem.
São paisagens de inacreditável beleza e dignas de cartão postal em meio a natureza intocada e preservada. A trilha pode ser feita à pé (para quem tem fôlego), ou de carro, pois são uns 12 quilômetros de distância, onde se pode visitar:

A IGREJA SAN VALENTIN:
Toda construída em madeira, que nos remete aos tempos da colonização italiana. A o que parece a igreja ainda funciona para alguns eventos, pois encontramos restos de grão de arroz em sua escada de entrada. E para provar que não estou inventando, está aí a foto!

1- IGREJA SÃO VALENTIN
2- IGREJA SÃO VALENTIN



















ECO PARQUE SPERRY:
Trata-se de uma propriedade de 20 hectares de mata atlântica, dedicado  a atividades de preservação ambiental, aberta a visitação, onde é possível o contato com a natureza e realizar trilhas de baixa dificuldade em mais ou menos uma hora de caminhada.


1- PARQUE SPERRY


As trilhas ecológicas são sinalizadas com placas explicativas, dando acesso a uma cascata e três cachoeiras, sendo a Cachoeira da Usina a maior de todas, com 45 metros de queda d'água.
Um mirante construído no meio da trilha dá acesso a visualização da Cascata do Trombão e a possibilidade de sentar para descansar tirar fotos e depois seguir a trilha que leva as outras quedas d'água.

2- PARQUE SPERRY


RESTAURANTE BÊRGA MÓTTA:
No Ecoparque Sperry fica o Restaurante Bêrga Mótta, comandado pelos chefs Guilherme Sperry e Tatiane Milanês. Não chegamos a tempo de experimentar o almoço, mas o ambiente é acolhedor e decorado com muito bom gosto. Grandes cortinas de vidro, fazem a integração do ambiente com a natureza, dando a sensação de que estamos fazendo as refeições dentro da mata nativa.

1- INTERIOR DO RESTAURANTE

Nas trilhas em volta do restaurante, você encontra pequenas pontes que cruzam os braços de rios turbulentos e que formam mais adiante belas cascatas. O restaurante ainda conta com uma orta em seu patio, onde são colhidos algum produtos orgânicos, utilizados no preparo das refeições.

2- INTERIOR DO RESTAURANTE

3- INTERIOR DO RESTAURANTE

FUNCIONAMENTO DO RESTAURANTE:
De terça-feira a domingo das 9h às 17h
Aberto durante todo ano.
Restaurante Bêrga Mótta aberto aos sábados, domingos e feriados das 12:00 às 15:00.
Valor R$ 55,00 (isenta o pagamento do ingresso)
Não aceitamos cartões de crédito ou débito.
Reservas para grupos acima de 10 pessoas pelo fone 54 9625 9854.

INGRESSOS NO ECO PARQUE:
Adulto: R$ 12,00
Crianças de seis a doze anos: R$ 6,00
Telefones:
54 9629 8765

CACHAÇARIA VALE DO QUILOMBO:
Seguindo viagem pela estrada sinuosa e de terra, encontramos a cachaçaria de seu Romeu, que a fabrica a muitos anos, em sua casa. Nos contou também da sua expectativa e esperança de que o asfalto chegue até a Linha 28, como na Linha Bonita, o que evidentemente lhe favorecerá na questão turística e econômica.
Nos falou também, que haviam muitas casas centenárias na região e que foram destruídas por herdeiros, que desconheciam a importância da preservação cultural. Nos fundos da Cachaçaria de seu Romeu, existe um pequeno lago, onde marrecos nadam tranquilos e galinham desfilam livremente pelo patio, como deve ser a realidade do dia a dia, dos que vivem no campo, talhando sua própria sobrevivência e memória cultural.
Até o próximo passeio!



Nosso próximo passeio já programado, será a Linha Bonita, também no interior do Gramado. Aguardem!..

O MAPA ABAIXO, MOSTRA COMO CHEGAR NO VALE DO QUILOMBO
E LINHA 28 EM GRAMADO.

MATANZAS E TRINIDAD EM CUBA

Estando em terras cubanas, a gente tem vontade de ser onipresente, estar em vários lugares ao mesmo tempo, desfrutar de suas ruas, musicas, betecos, vielas, histórias e isto é compreensível, já que o país é de uma beleza e uma variedade cultural tão grande, que não queremos perder nada, queremos vivenciar tudo. A alegria daquele povo é tão contagiante, que as condições econômicas estabelecida pelo regime no país, fica quase que em ultimo plano.
De Havana, capital cubana, seguindo pela autopista nacional, você pode chegar a outros dois destinos incríveis: A cidade de Matanzas e Trinidad. Esta ultima, há 315 quilômetros de Havana e considerada uma das cidades mais bem preservadas do Caribe.



MATANZAS: 
Está localizada na província de mesmo nome, no litoral norte da ilha de Cuba, na Baía de Matanzas, 90 km a leste da capital Havana e 32 km a oeste do resort de Varadero. É conhecida como a cidade das pontes, por causa das 17 pontes que atravessam os três rios que cortam a cidade e também pelo seu rico folclore afro-cubano.


ORIGEM DO NOME:
O nome Matanzas significa exatamente o que supomos, "matança", "massacre" e refere-se a um massacre combinado e realizado no porto de mesmo nome. Contam que trinta soldados espanhóis estavam cruzando um dos rios, para atacar um acampamento aborígene na margem oposta. Entretanto, eles não possuíam barcos e solicitaram a ajuda de pescadores nativos. Ao atingir o meio do rio os pescadores viraram os barcos e, por causa de suas pesadas armaduras, a maioria dos soldados se afogaram.
A beleza de Matanzas pode ser observada na arquitetura de suas construções, praças, cavernas, grutas, nas belas praias de águas azuis ora esverdeadas, nos passeios de barcos pelo rio, na culinária regional e internacional, nos passeios de escunas, parques e na beleza de uma das mais belas praias do caribe "Varadero" sem falar nas casas noturnas onde a beleza do calor cubano é esbanjado em forma de dança e muita sensualidade.



TRINIDAD:
É a cidade que atrai turistas de todas as partes do mundo, por sua rica arquitetura colonial espanhola, bem conservada. A cidade oferece através de suas ruas e construções antigas, um passeio contemplativo ao passado de glória e decadência, registrados em seus grandes palácios e praças coloniais, ruínas de refinarias de açúcar e antigos abrigos dos escravos que trabalhavam nas fábricas e plantações de cana de açúcar em volta da cidade.
No auge da indústria em Cuba, havia mais de cinquenta usinas de cana de açúcar em operação nos três vales, que circunvizinham a cidade, onde mais de 30.000 escravos trabalharam nas fábricas.


Trinidad foi fundada em 1514 e declarada Patrimônio Mundial pela UNESCO em 1988. Suas casas são de um colorido vibrante e calçamentos de pedra, que faz a gente lembrar da também histórica Parati e Ouro Preto.
Como é uma cidade muito turística, desta forma, seus visitantes são incessantemente assediados por vendedores, taxistas, panfleteiros que oferecem de tudo, como pousadas em casas particulares, bares, bodegas, restaurantes, guiamento turístico. 
Foi numa bodega simples em Trinidad que experimentei a Canchánchara, bebida considerada um símbolo da cidade. Seu delicioso bálsamo consiste em rum de cana de açúcar, mel e suco de limão. No passado, essa bebida era apreciada quente, servida em uma 1/2 casca de güira, fruta que lembra um porongo e utilizado como recipiente. 
Foi em Trinidad que ouvi pela primeira vez o bolero "Como Fue"  escrito pelo compositor Ernesto Duarte Brito nascido em Havana, Cuba em 1923, e morreu em Madri em 1988.
A música é de uma singular beleza que a o longo dos anos se consagrou num grande sucesso interpretado por vários cantores no mundo,

O QUE VISITAR NA CIDADE:
O Plaza Mayor, o Museu Histórico Municipal e o Museu de Arquitetura de Trinidad, localizados bem pertinho,  na praça central. 

PLAYA ANCÓN:
Tata-se de uma linda praia de águas transparentes que lembra uma piscina, ha mais ou menos 12 quilômetros do centro da cidade. Alias esta é uma características comum nas praias cubanas.


IZNAGA TOWER:
Um pouco mais distante da cidade, estão as ruínas das antigas refinarias de açúcar e a "Iznaga Tower" uma torre de 45 metros, construída por Alejo Maria Iznaga y Borrell em 1816, proprietário da refinaria. A torre foi construída, com o objetivo de anunciar o início e o fim do dia de trabalho para os escravos, assim como os horários de orações à Virgem Santa, na parte da manhã, meio-dia, e à tarde.


Também foi usado para soar um alarme em caso de incêndio ou de escravos em fuga. A altura e a magnificência da torre, serviu para mostrar o poder de Iznaga, sobre seus escravos e sua estatura na indústria do açúcar e da sociedade local. Um passeio por Trinidad, tornará sua visita à Cuba, ainda mais inesquecível.



TRANSPORTE:
Trinidad é uma cidade pequena e quase todos os percursos podem ser feitos a pé.Você só vai precisar de transporte para ir até a praia de Ancón, que fica a uns 15 minutos de distância do centro da cidade, ou nas antigas refinarias de açúcar que levam em media, uma hora a uma hora e meia para chegar.
Ônibus: Alguns ônibus te levam a lugares mais distantes, mas os horários normalmente sofrem atrasos.
Táxis: Os serviços são oferecidos naqueles Chevrolés, anos 50, cujo o preço pode ser combinado e ainda com a opção de compartilhamento com até 4 pessoas. Ou seja, você pode dividir com outras pessoas o valor do transporte. Sai mais em conta.
Bicicletas: É possível também alugar bicicletas. Meio de transporte bem comum na cidade, apesar das ruas serem de pedra e as bikes não tão novas. 
Cavalos: Muitos cubanos utilizam cavalos para se deslocarem a lugares mais distantes do centro da cidade. É possível você fazer um passeio até as antigas refinarias por exemplo, utilizando o mesmo transporte. Eles podem ser alugados, junto com um guia, que te acompanha montado.
Até o próximo passeio!

A REVOLTA DE QUEIMADOS.


História que a disciplina de historia, não conta nas salas de aula... Mas como eu tenho grande interesse por história e principalmente ao que se refere a sua preservação, não pude deixar de postar este texto aqui no blog:


Inaugurada em 1849, a Igreja São José foi o estopim da Insurreição numa pequena vila chamada de Queimado, a 20 quilômetros de Vitória, considerada a principal revolta de escravos no Espírito Santo.
Conta o historiador Clério José Borges que:
Cerca de 300 escravos trabalharam na construção da igreja, mas eles tinham a esperança de que, em troca do serviço, ganhariam a liberdade conforme promessa do pároco. Como isso não aconteceu, no dia da inauguração, 19 de março de 1849, eles invadiram a igreja, interromperam a missa e começaram uma revolta que marcou a escravidão no Brasil.


"Armados com facão, com armas, com rifles e tudo mais. Quando eles saíram, eles foram pelas fazendas da região, pelos sítios da região, arregimentando todos os outros negros e, com isso, foram organizando uma grande revolta. Tropas foram enviadas do Rio de Janeiro para conter a revolta que durou quatro dias e terminou com a derrota dos escravos". As fotos postada no texto, é o que restou da igreja, onde ocorreu este importante fato histórico e cujo a administração publica municipal ou estadual, não deram a minima importância no sentido de preservação deste patrimônio.
Veja toda a reportagem divulgada na TV,  AQUI
Assim com este, existem outros patrimônios esquecidos e espalhados pelo nosso pais sem a devida atenção que merecem. Veja as ruínas igreja NO SERGIPE  e também EM IVOTI.

Até a próxima postagem!

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...