LIBERTANDO OS DEMÔNIOS.

Esta semana, eu bem que podia ter feito algumas orações em silencio meditativo, mas isto não combina comigo, então resolvi fazer baderna, libertar alguns demônios internos, falando negativamente e fazendo algumas piadas irônicas de situações que me causam muito mal, postando aqui no meu blog, que é mais restrito a visitas e não no Facebook. Desta forma, me sinto mais aliviado por conseguir através desta atitude, causar algumas violações morais e sentir aquele sabor especial de liberdade, quando ousamos romper paradigmas e limites do politicamente correto, do ponderável, da conivência, para algo mais impetuosos, corajoso, descomprometido com regras, que tão poucas vezes nos permitimos. 
De qualquer maneira, a liberdade tem muito de descomprometimento e de lavagem da alma com salmoura, não é mesmo? E a essa altura da minha vida, isto só me causa um certo conforto reparador.

BUKOWSKI E EU.

Às vezes, gosto de visitar meus sonhos à noite, bater na porta deles com intuito de reinicia-los de onde parou, dar continuidade ao que foi interrompido pela monotonia do acordar, vendo tudo tão igual, pela responsabilidade de viver os dias, de trabalhar, de comer, beber, de ter alguma popularidade e toda esta intemperança que o conviver exige por regra.
Então me lembrei das palavras do poeta Bukowski, que conseguiu descrever de maneira simples e sem rodeios, meu espirito e de tantos outros sem voz, diante de alguns gestos tão comuns e que parece tornar-me escravo de uma rotina repetitiva e interminável que vai deixando tudo sem sabor e de cor sépia. 

"Não sei quanto a outras pessoas, mas quando me abaixo para colocar os sapatos, de manhã, penso. Deus Todo poderoso, o que mais agora?.."



AFINAL, EM QUE MUNDO TU ESTÁS CONECTADO?

Perdoem-me os aficionados por telefone celular, mas não existe coisa pior do que tu estares do lado de uma pessoa, no jantar, na mesa de uma lanchonete, na fila do cinema e ela grudada no telefone celular, como se fosse a unica coisa existente no mundo a sua volta.
Conta um conhecido meu, que até já salvou uma garota de ser atropelada num cruzamento, por estar desatenta a o atravessar a rua. Dai, que eu achei este vídeo bem humorado na Internet, que mostra a atitude de um numero bem grande de pessoas que cruzam por nós nas ruas ou vivem do nosso lado, completamente alheios ao que se passa a sua volta. Afinal, estamos conectados a um mundo real ou virtual?


RECEITA DO CORINGA PARA ACABAR COM OS PROBLEMAS ENCONTRADOS NO SUS.

É piada eu sei, mas quem nunca teve vontade de fazer uma loucura dessas, que atire a primeira pedra:
Eu que trabalho na área da Saúde levando pacientes para hospitais e salas de emergências e encontro locais com a capacidade de internação lotada, que esbarro em burocracias descabidas, que sou mal recebido por que estou levando mais um, que sou criticado e atacado por alguns funcionários estressados e mal remunerados, por médicos que não querem por em risco seu profissionalismo  ao serem obrigados a aceitarem pacientes em leitos improvisados e sucateados, tenho muitas vezes vontade de fazer o que o Coringa faz neste vídeo aí em baixo. O dia em que a saúde for tratada com seriedade e prioridade, pelos políticos envolvidos, quem sabe eu poste outro vídeo, sem esta ironia propositalmente criminosa e descabida.

A REVITALIZAÇÃO DA ORLA PROMETIDA SERÁ COMPROMETIDA?


A extensão de aérea que dispõe nossa país, abre lacunas para se perceber suas diferenças, pelo menos quando se pensa em meteorologia. 
Fica difícil de imaginar que em algumas áreas do país pessoas sofrem com a seca que traz escassez nos reservatórios naturais de água, enquanto que aqui no sul, o problema se apresenta sob incessantes chuvas que aumentam o volume dos rios, castigando cidades e algumas regiões bem próximas da capital, já em situação de calamidade publica.


Esta semana uma moradora de Porto Alegre postou algumas fotos no Facebook, levantando a questão da revitalização da orla do Guaíba e sua relevância. Esta duvida é mais uma preocupação que persegue os porto alegrenses, como a eficiência do muro da Mauá, construído para a contenção de enchentes no centro da cidade.

ASSUMA A SUA NEGRITUDE.

Tenho dito para algumas amigas minhas, que são negras, da importância de assumirem a sua negritude e tudo o que envolve a nossa raça, como cultura, tradição e história, para que possamos entender quem realmente somos e a nossa importância neste mundo. Para isto é também importante que se abra dialogo com nossos próprios embates pessoais e nos transformemos.


As mulheres negras devem parar de acreditar que os padrões de beleza, são encontrados somente nos traços da pele branca, nos olhos claros, narizes afinados, cabelos macios e lisos que voam ao vento. Ora, todas as conquistas são adquiridas através de lutas que se inicia com a própria aceitação do que realmente somos. A luta da mulher negra na sociedade, deve atuar como uma forma imperativa de mudança estimulando novos olhares e assim abrir discussões sobre os esteriótipos criados a partir de uma ditadura branca a muito tempo implantada.
Portanto parem de se sentirem culpadas, de acharem  que seus cabelos são rebeldes e devem ser modificados, alisados, que seus narizes são achatados e feios e que a solução é uma cirurgia plástica. Cague e ande se os outros não conseguirem ver a tua beleza que é incomum a maioria, outros certamente verão. 


Vi as fotografias de Alek Wek,  uma modelo sudanesa, consagrada no mundo da moda e fiquei boquiaberto com sua beleza. A modelo é membro do U.S. Committee for Refugees' Advisory Council, que ajuda a chamar atenção para a situação crítica no seu país, bem como para a situação difícil dos refugiados em todo o mundo.


Uma amiga, a Tatiana Viana, postou este vídeo em seu Facebook e eu achei maravilhoso quando o assisti. De sobra ainda serviu para ilustrar esta ideia de que as pessoas negras devem assumir a sua identidade com orgulho e sem restrições  de ser o que é.

UMA PRAÇA DIFERENTE.


Neste final de semana eu e a Rô, fomos visitar uma amiga, a Duda, que mudou-se recentemente para o bairro Vila Jardim e diante de sua casa existe uma praça, que não se parece bem com uma praça,. Pelo menos, dessas que estamos acostumados a andar pela cidade de Porto Alegre, porque ela mais lembra uma pequena floresta selvagem, do que uma praça de lazer propriamente dita.


Eu não sei exatamente o que define uma praça, dentro dos conceitos de urbanidade numa cidade: Ter iluminação publica, bancos para sentar, balanços, gangorras para crianças, cancha de futebol?.. Tudo isto ela possui, embora não exista passeios simétricos e planos para caminhadas, e também não se enquadre nos padrões paisagísticos padronizados. O que a difere de uma praça comum, está na grande quantidade de diferentes plantas nativas, arvores enormes, troncos caídos, cipós pendurados, galhos contorcidos, que de fato lembra uma pequena floresta, onde durante as manhãs mais frias e chuvosas, surgem magnificas brumas, que parecem esconder segredos.


Ficamos por ali, despreocupados com o tempo que passava, fotografando tudo, admirando cada planta que encontrávamos, observando recantos obscuros tomado pelo mato, lagos que se formaram com a chuva, um cavalo preso por uma corda, que veio a o nosso encontro dar boas vindas. 
Depois, na hora de irmos embora, a Rô me disse que todo aquele verde era muito bonito e que lhe causava paz, mas também lhe transmitia alguma tristeza e eu fiquei pensando que lugares como este possuem o poder de mexerem com a nossa subjetividade e nos fazer deslocar para outras esferas emocionais que desconhecemos. Se por ali é o recanto de Morgana onde moram fadas, duendes e unicórnios, não é de se duvidar.
A praça diferente chama-se Dr. Baltazar de Bem, entrando pela rua Seival, na Vila Jardim - Poa. - CEP: 91320-200.


URBEX- 5








URBEX - 4

Seria um armazém, um depósito, com uma antiga oficina mecânica nos fundos do quintal? Estaria tudo abandonado? Não encontrei ninguém que me dessa informações e nem precisava pois o objetivo aqui é o registro da imagem.













URBEX - 3

Faz tempo que eu queria fotografar este local, nas proximidades do Morro Santana, que eu não faço ideia para que servia no passado. Moradia, guarita de vigilância, caixa de distribuição de água? Hoje que a chuva deu trégua e fez uma tarde ensolarada, corri pra lá com uma amiga e capturei algumas imagens!




















O QUE ACONTECEU SENHORITA SIMONE?


Eu fiquei por demais emocionado ao assistir nesta semana, "What Happened, Miss Simone?- (O que aconteceu, senhorita Simone?)". Eu acho inclusive que só fiz a assinatura do Netflix, impulsionado pela curiosidade ao documentário veiculado por eles e que parece ter sido indicado a concorrer ao próximo Oscar.
What Happened, Miss Simone? - conta a trajetória artística e de vida, (através de um documentário), da grande pianista, cantora e compositora Nina Simone que se engajou politicamente durante sua carreira, na defesa pelos direitos civis, numa época onde o racismo predominava com grande força nos EUA.
Nascida negra, de origem humilde, numa cidade do interior da Carolina do Norte, ainda menina caminhava em silencio por uma linha de trem que separava os brancos dos negros, para tomar aulas de piano. Sonhava um dia ser a unica pianista americana e negra de musica clássica, sonho que lhe foi suprimido pela Curtis Institute of Music na Filadélfia pela cor de sua pele. Já moça precisou unir piano e voz em casas noturnas, (escondido de seus pais), para poder sustentar a família, onde se popularizou como cantora e mais tarde conheceu o marido e empresario que a espancava.
Mesmo com a fama, dinheiro e reconhecimento artístico, Nina nunca conseguiu sublimar seu medo e rancor por uma sociedade que sempre colocou os negros numa posição de inferioridade. Usava suas composições para protestar e cada vez mais tornava-se uma mulher agressiva na vida pessoal e no palco. Sofria de uma doença chamada transtorno bipolar, que a fazia mudar de humor constantemente e que só foi diagnosticada alguns anos antes de sua morte. Certa vez foi lhe perguntado numa entrevista, o que era liberdade?
O que ela respondeu: É não sentir medo!

A SALA DE MAQUINAS.

A fotografia é uma arte visual que me causa grande emoção e para isto, é necessário ir em busca de objetos, cenários, detalhes que proporcionem esta relação emocional. 
Busco o olhar dirigido ao imperfeito, ao abandono, ao degradado, que me reporta a perguntas e questionamentos, quase sempre insatisfatórios.
Estas fotos foram tomadas no ultimo pavimento, (na casa e maquinas do elevador) de um prédio relativamente antigo, que ainda é ocupado por moradores, mas que em função das infiltrações causadas pelas temporadas de chuvas, passou a se degradar.


















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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...