Eu saí neste dia, com a musica do Gilberto Gil, dentro da minha cabeça: "Vamos fugir, deste lugar Baby!.. A previsão marcava forte instabilidade, chuva, ciclone extratropical, mas mesmo assim, eu, Alba e Rolelita, decidimos ir em frente nesta aventura e não nos arrependemos!
Foi neste inicio do mês de Fevereiro que eu e mais duas amigas, Alba e Roselita, decidimos fechar nossos últimos dias de férias, com um passeio cheio de aventuras e de belezas naturais, numa das regiões mais bonitas do Rio Grande do Sul, os Campos de cima da Serra e dar uma escapadinha até São Joaquim na serra catarinense, considerada a cidade mais fria do Brasil, que não conhecíamos. Nada foi planejado pois o roteiro foi brotando a medida em que chegávamos num lugar, ou ainda dentro do carro quando fomos abrindo nossas expectativas e as ideias foram surgindo.
Nosso objetivo não era a busca de pontos turísticos das cidades, mas andar livres por estradas que nos levassem para algum lugar.., para observar a natureza, a simplicidade dos lugares e das pessoas por onde passávamos. Buscávamos talvez, essas coisas que estão se tornando tão raras nas cidades grandes e que nos deixa tão surpresos quando encontramos nas pequenas cidades e vilarejos do interior.
Saímos de Porto Alegre numa Quinta- Feira ensolarada (do dia 05/02/2015) pela manhã e retornamos no Sábado à tarde também com muito sol, mesmo com o serviço de meteorologia informando na Internet, um possível ciclone extra tropical formando-se na costa sul do país. Ufa, será que estávamos com má sorte e essa coisa nos atingiria?.. Acreditávamos que não, então jogamos-nos a própria sorte e em muitas aventuras surpreendentes, cujo o ganho foi a satisfação e a alegria pessoal!
Foram mais de 16 horas de ida e de volta, apreciando pequenos povoados, vilas de nomes estranhos, vales, roças, vilarejos escondidas entre colinas, plantações de maçãs, perfazendo uma distancia total de 1.176 quilômetros, cuja as cidades visitadas foram:
São Francisco de Paula, onde paramos para almoçar no Restaurante Sabor da Serra. Cambará do Sul, onde visitamos o cânion Fortaleza, o centro da cidade e para aliviar o cansaço, dormimos na Pousada Pôr do Sol com boa infra- estrutura e um excelente cafe da manhã.
São Francisco de Paula, onde paramos para almoçar no Restaurante Sabor da Serra. Cambará do Sul, onde visitamos o cânion Fortaleza, o centro da cidade e para aliviar o cansaço, dormimos na Pousada Pôr do Sol com boa infra- estrutura e um excelente cafe da manhã.
No dia seguinte nosso destino foi Jaquirana, cuja a estrada de chão pedregosa, parecia que estávamos num rali, mas o desgaste foi compensado por todo o cenário feito de planaltos, campos verdes, açudes e o gado pastando na beira da estrada.
No centro de Jaquirana, depois de admirar e fotografar a praça central e sua igreja de madeira, paramos para o almoço, um bufê simples, único aberto, com rodizio de churrasco por R$ 16,00.
Após um pequeno intervalo, seguimos para Bom Jesus, onde visitamos o centro da cidade e sua igreja matriz em estilo gótico.
Após um pequeno intervalo, seguimos para Bom Jesus, onde visitamos o centro da cidade e sua igreja matriz em estilo gótico.
Nosso próximo destino foi São Joaquim, a cidade mais fria do Brasil, em Santa Catarina, onde percorremos uma estrada secundaria de chão, que diminuiu mais de 100 km o trajeto, mas aumentou nosso cansaço, pelas condições difíceis da estrada.
Na cidade visitamos o centro da cidade e sua igreja matriz toda construída de pedra basalto, retirada da região e as esculturas dos profetas bíblicos e de Adão e Eva, na parte externa da Igreja.
Na cidade visitamos o centro da cidade e sua igreja matriz toda construída de pedra basalto, retirada da região e as esculturas dos profetas bíblicos e de Adão e Eva, na parte externa da Igreja.
Paramos para pernoitar na Pousada São Joaquim administrada por dona Belmira, uma simpática senhora de 84 anos, que adaptou sua casa, para receber pessoas que visitam a cidade, desde que uma nevasca, a muitos anos atrás, deixou visitantes desabrigados na cidade. A casa simples e sem calefação, obrigou-nos a dormir com edredons reforçados "o sonho dos justos".
Pela manhã, depois do farto café e fotos de recordações, seguimos viagem por outra estrada de chão, até São Jose dos Ausentes, onde no caminho, um súbito desejo na minha amiga Alba, de comer uma comida caseira, feita num típico fogão à lenha, contagiou a todos nós dentro do carro. Galinha à caipira com molho, sobre um arroz branco, dizia ela, dando água na boca em todos nós.
Pois foi num povoado, chamado Silveira, a mais ou menos uns 20 quilômetros da área central de São Jose dos Ausentes, que encontramos o Restaurante Sabor da Serra, com a tipica comida caseira, tanto sonhada por Alba e que se espalhou por nós durante o percurso da viagem, fazendo-nos acreditar que a força de um desejo, opera verdadeiros milagres na Terra.
A dona do restaurante, bonachona e muito simpática, em poucos minutos alterou o cardápio e nos serviu a típica comida sonhada, arroz branco, frango com molho, bifes empanados, feijão e saladas de vagem e rúcula, tudo fresquinho e feito na magia de um fogão à lenha. Nunca pensei que iria comer tanto neste dia por apenas R$ 20,00 e ainda com direito a sobremesas.
Depois caminhamos pelo centro da cidade de São José dos Ausentes, para fazer batermos algumas fotos, enquanto fazíamos a digestão. O retorno para casa, em Porto Alegre, se fez tranquilo durante o entardecer, com aquele típico cansaço de viagem, mas com a alma feliz, pelo o que aprendemos e trocamos no caminho.
Até o próximo passeio!