ASSUMA A SUA NEGRITUDE.

Tenho dito para algumas amigas minhas, que são negras, da importância de assumirem a sua negritude e tudo o que envolve a nossa raça, como cultura, tradição e história, para que possamos entender quem realmente somos e a nossa importância neste mundo. Para isto é também importante que se abra dialogo com nossos próprios embates pessoais e nos transformemos.


As mulheres negras devem parar de acreditar que os padrões de beleza, são encontrados somente nos traços da pele branca, nos olhos claros, narizes afinados, cabelos macios e lisos que voam ao vento. Ora, todas as conquistas são adquiridas através de lutas que se inicia com a própria aceitação do que realmente somos. A luta da mulher negra na sociedade, deve atuar como uma forma imperativa de mudança estimulando novos olhares e assim abrir discussões sobre os esteriótipos criados a partir de uma ditadura branca a muito tempo implantada.
Portanto parem de se sentirem culpadas, de acharem  que seus cabelos são rebeldes e devem ser modificados, alisados, que seus narizes são achatados e feios e que a solução é uma cirurgia plástica. Cague e ande se os outros não conseguirem ver a tua beleza que é incomum a maioria, outros certamente verão. 


Vi as fotografias de Alek Wek,  uma modelo sudanesa, consagrada no mundo da moda e fiquei boquiaberto com sua beleza. A modelo é membro do U.S. Committee for Refugees' Advisory Council, que ajuda a chamar atenção para a situação crítica no seu país, bem como para a situação difícil dos refugiados em todo o mundo.


Uma amiga, a Tatiana Viana, postou este vídeo em seu Facebook e eu achei maravilhoso quando o assisti. De sobra ainda serviu para ilustrar esta ideia de que as pessoas negras devem assumir a sua identidade com orgulho e sem restrições  de ser o que é.

UMA PRAÇA DIFERENTE.


Neste final de semana eu e a Rô, fomos visitar uma amiga, a Duda, que mudou-se recentemente para o bairro Vila Jardim e diante de sua casa existe uma praça, que não se parece bem com uma praça,. Pelo menos, dessas que estamos acostumados a andar pela cidade de Porto Alegre, porque ela mais lembra uma pequena floresta selvagem, do que uma praça de lazer propriamente dita.


Eu não sei exatamente o que define uma praça, dentro dos conceitos de urbanidade numa cidade: Ter iluminação publica, bancos para sentar, balanços, gangorras para crianças, cancha de futebol?.. Tudo isto ela possui, embora não exista passeios simétricos e planos para caminhadas, e também não se enquadre nos padrões paisagísticos padronizados. O que a difere de uma praça comum, está na grande quantidade de diferentes plantas nativas, arvores enormes, troncos caídos, cipós pendurados, galhos contorcidos, que de fato lembra uma pequena floresta, onde durante as manhãs mais frias e chuvosas, surgem magnificas brumas, que parecem esconder segredos.


Ficamos por ali, despreocupados com o tempo que passava, fotografando tudo, admirando cada planta que encontrávamos, observando recantos obscuros tomado pelo mato, lagos que se formaram com a chuva, um cavalo preso por uma corda, que veio a o nosso encontro dar boas vindas. 
Depois, na hora de irmos embora, a Rô me disse que todo aquele verde era muito bonito e que lhe causava paz, mas também lhe transmitia alguma tristeza e eu fiquei pensando que lugares como este possuem o poder de mexerem com a nossa subjetividade e nos fazer deslocar para outras esferas emocionais que desconhecemos. Se por ali é o recanto de Morgana onde moram fadas, duendes e unicórnios, não é de se duvidar.
A praça diferente chama-se Dr. Baltazar de Bem, entrando pela rua Seival, na Vila Jardim - Poa. - CEP: 91320-200.


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Seria um armazém, um depósito, com uma antiga oficina mecânica nos fundos do quintal? Estaria tudo abandonado? Não encontrei ninguém que me dessa informações e nem precisava pois o objetivo aqui é o registro da imagem.













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Faz tempo que eu queria fotografar este local, nas proximidades do Morro Santana, que eu não faço ideia para que servia no passado. Moradia, guarita de vigilância, caixa de distribuição de água? Hoje que a chuva deu trégua e fez uma tarde ensolarada, corri pra lá com uma amiga e capturei algumas imagens!




















O QUE ACONTECEU SENHORITA SIMONE?


Eu fiquei por demais emocionado ao assistir nesta semana, "What Happened, Miss Simone?- (O que aconteceu, senhorita Simone?)". Eu acho inclusive que só fiz a assinatura do Netflix, impulsionado pela curiosidade ao documentário veiculado por eles e que parece ter sido indicado a concorrer ao próximo Oscar.
What Happened, Miss Simone? - conta a trajetória artística e de vida, (através de um documentário), da grande pianista, cantora e compositora Nina Simone que se engajou politicamente durante sua carreira, na defesa pelos direitos civis, numa época onde o racismo predominava com grande força nos EUA.
Nascida negra, de origem humilde, numa cidade do interior da Carolina do Norte, ainda menina caminhava em silencio por uma linha de trem que separava os brancos dos negros, para tomar aulas de piano. Sonhava um dia ser a unica pianista americana e negra de musica clássica, sonho que lhe foi suprimido pela Curtis Institute of Music na Filadélfia pela cor de sua pele. Já moça precisou unir piano e voz em casas noturnas, (escondido de seus pais), para poder sustentar a família, onde se popularizou como cantora e mais tarde conheceu o marido e empresario que a espancava.
Mesmo com a fama, dinheiro e reconhecimento artístico, Nina nunca conseguiu sublimar seu medo e rancor por uma sociedade que sempre colocou os negros numa posição de inferioridade. Usava suas composições para protestar e cada vez mais tornava-se uma mulher agressiva na vida pessoal e no palco. Sofria de uma doença chamada transtorno bipolar, que a fazia mudar de humor constantemente e que só foi diagnosticada alguns anos antes de sua morte. Certa vez foi lhe perguntado numa entrevista, o que era liberdade?
O que ela respondeu: É não sentir medo!

A SALA DE MAQUINAS.

A fotografia é uma arte visual que me causa grande emoção e para isto, é necessário ir em busca de objetos, cenários, detalhes que proporcionem esta relação emocional. 
Busco o olhar dirigido ao imperfeito, ao abandono, ao degradado, que me reporta a perguntas e questionamentos, quase sempre insatisfatórios.
Estas fotos foram tomadas no ultimo pavimento, (na casa e maquinas do elevador) de um prédio relativamente antigo, que ainda é ocupado por moradores, mas que em função das infiltrações causadas pelas temporadas de chuvas, passou a se degradar.


















ESTAÇÃO ASTRONÔMICA AUSTRAL ABANDONADA - URBEX


Foi em 2014 num passeio pela a Patagônia Argentina, que eu e mais dois colegas de viagem encontramos em plena Ruta 04, na província de Santa Cruz e os lagos Argentinos, esta instalação metálica, no meio do nada e que nos parecia ser uma Estação Astronômica.
Havia uma janela parcialmente aberta onde podia-se, com bastante dificuldade, ver seu interior vazio e em precárias condições.



Aparentemente, não existia uma porta de entrada o que também propiciou sua deterioração, como uma capsula de metal fachada recebendo todas as intempéries do tempo e possíveis predações de alguns visitantes.
O observatório começou a operar por volta de 1957, tendo na década de 70 o encerramento de suas atividades por dificuldades financeiras.


Fizemos muitas brincadeiras de apelação psicológicas, quando localizamos a estação no meio do nada, a uma longa distancia da estrada absolutamente vazia, onde estacionamos o carro e invadimos a área, cercada  por arames farpados.


Brincávamos que aquele objeto arredondado e metálico, que as vezes brilhava com a inserção do sol, poderia ser alguma plataforma espacial invadida por extraterrestres e que por isto estava abandonada naquele lugar e que talvez fossemos as próximas vitimas a serem abduzidas, por seres interplanetários e que nunca mais seríamos encontrados.


Em fim, estávamos completamente fora de nossas caixinhas e com uma imaginação tão fértil e  infinita, quanto o céu que apesar de claro como o dia, marcava 21 horas da noite. Coisas da Patagônia!..
Retornamos para Ushuaia sãos e salvos, com muitas fotos registradas no celular e historias para contar aos que não participaram da experiência.



Até o próximo passeio!

CÂMARAS MORTUÁRIAS INCAS - URBEX

Nesta onda de URBEX, posto estas fotos feitas por mim, quando estive visitando o Peru. São câmaras mortuárias onde eram preparadas as múmias e também servia como local para tratamento de doentes, através de infusões, inalações e outras técnicas milenares. Tive acesso a este lugar à convite do vigilante local, que cuidava para que ninguém entrasse, uma vez que estava sendo restaurado e assim proibido visitações. Ele me mostrou em troca de seis soles, proposto por ele mesmo, com aquele jeitinho peruano para aumentar seus ganhos. Propina!..













PARATI MIRIM - URBEX

Encontrei esta construção em ruínas em Parati Mirim, um pequeno vilarejo que é porta de entrada para o Saco do Mananguá no Rio de Janeiro. Observe nas fotografias seguintes as grossas paredes, possivelmente construídas com pedras irregulares da região, dando uma referencia da sua antiguidade.








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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...