COMO PERCEBER QUE UM COLEGA DE VIAGEM É UM CHATO.


Partindo-se do principio de que cada um cuida de si e que cada pessoa tem as suas regras que determinam o seu comportamento social e a sua aceitação do comportamento dos outros num grupo, sempre é bom lembrar de que certas invasões, normalmente tornam-se por demais desagradáveis e podem botar a perder, o que poderia ser momentos agradáveis.
Postei aqui algumas situações e características que podem identificar se um colega de viagem é um chato. Acho que podem existir muitas outras situações a descobrir, mas coloquei somente algumas que vivenciei e consegui sobreviver a elas. É também importante salientar que muitas vezes o chato não se mostra nos primeiros momentos, ele também precisa de tempo e espaço para tomar conta. Ele vai se mostrando devagarzinho aos poucos, tomando a sua confiança e quando você se dá por conta, babaus, o monstro já está diante de você!


Observe algumas coisas:

  1. Os queixosos: Se afaste deles. Pessoas que passam o tempo todo, do teu lado, reclamando da vida, do funcionamento do hotel, do café da manhã, do chuveiro que não esquenta, da roupa de cama que talvez não tenha sido trocada, possivelmente irá também falar que você é muito passivo e que não reclama de nada. Ja falei, se afaste deles!
  2. Os que se grudam em você feito chiclete em sola de sapato e querem determinar qual o melhor programa a ser feito e de que maneira fazer. Traçam as rotas dos passeios e se você deixar, determinam até o que você deve comer nas refeições. Alguns até vão colocando defeitos nas suas escolhas e silenciosamente vão te induzindo a ir onde eles querem. A saída é determinar-se no que você quer fazer e o que quer comer e dê um ponto final na conversa sem se sentir um grosso, mal educado.
  3. Os que te alugam para ser um fotografo pessoal:  É inacreditável, mas tem gente que te pede para bater uma foto e nunca ficam satisfeitos com o angulo, com o foco, com a própria cara deles, que ficou estranha, com a ponta de monumento que ficou de fora. Esquecem que você está fazendo uma gentileza e ficam te cobrando detalhes técnicos de fotografia. Descobri uma saída perfeita, finja que é o pior fotografo da face da terra e se possível, pegue os mais terríveis ângulos de fotografia. La pelas tantas, ele vai desistir de te importunar.
  4. Este item e um complemento do item de cima: Os que querem fotografar até a própria refeição: A bebida, a comida que eles acham chique, só para se exibirem para os amigos quando voltarem pra casa e você ali, dando uma de cúmplice numa cafonice dessas.
  5. Os que dividem o quarto de hotel com você e confundem a condição de colega de viagem, com uma relação mais profunda. Vão para o banheiro fazer as necessidades, de porta aberta e se sentem no direito de usar até o "seu" shampoo, o "seu" creme dental na hora da higiene. Seja cara de pau, feche a porta do banheiro, mesmo que ele esteja falando e esconda seus pertences pessoais dentro da mala. Dê algum sinal que você não gostou da invasão.
  6. Os que não te respeitam na hora que você precisa descansar e ficam entrado no quarto a todo momento, fazendo barulho, acendendo a luz na sua cara e ainda falando alto com você, que está louco de sono e quer mais é dormir. Neste caso esconda a cabeça sob as cobertas e se faça de morto, mas muito morto mesmo.
  7. Os que se emburram por que você não quis ir ao mesmo lugar que ele e fica o tempo todo dando letras do quanto poderia ter sido legal se fossem juntos. Do lado de um chato você tem que ser criativo; Invente qualquer coisa, uma dor de cabeça qualquer, se ele resolver ir sozinho, ótimo, se ele ficar na volta enchendo o saco, mande ele procurar a turma dele e ponha um ponto final. É mais fácil você acabar com uma relação chata e inoportuna do que com seu passeio.

Na minha opinião, o chato é uma espécie de vampiro. Uma criatura disposta a sugar o seu bom-humor, a sua energia e principalmente a sua paciência. E pior, um chato nunca se reconhece como tal, ele acha que você é o chato, quando você começa a  demonstrar os primeiros sintomas de que não o aguenta mais.

QUANDO PARIS SE TORNOU VERDADEIRAMENTE PARIS PRA MIM:


Sou daqueles que só acredito que estou realmente num lugar que nunca estive antes, quando encontro alguma coisa que me  sirva de referencia visual. Meu cérebro funciona assim. Ponto!
Por exemplo: Quando fui a Paris, eu não me sentia em Paris, até eu ficar de frente com a Torre Eiffel e com o Arco do Triunfo. Estes foram os dois objetos chave, que me provaram que eu estava no lugar certo. Aquela cidade movimentada, com pessoas falando em francês nas ruas, não me convencia e poderia ser qualquer outra cidade, menos a Paris que eu idealizei na minha cabeça,


Alguns lugares eu consigo ter uma rápida identificação, mas outros, eu sinto bastante dificuldade, até a ficha cair de vez e eu acertar o meu radar de localização e buscar a emoção.
Descobrimos a Torre Eiffel depois de muito bater perna pelo centro da cidade e mesmo com um pequeno mapa em mãos, já estávamos desanimados e nos sentindo quase uns fracassados,  energúmenos, dando voltas e mais voltas.
De repente num entra e sai de ruas perpendiculares e muita correria e sabendo que a torre não sairia do lugar, avistamos uma parte dela, entre alguns edifícios e arvores, nas proximidades da Rua Rapp, em direção a Champ de Mars, deixando-nos boquiabertos com o tamanho da estrutura de ferro.
Abrimos um largo sorriso, mesmo ainda meio que distantes do nosso destino e então pensei com os meus neurônios ansiosos: Agora sim, estou em Paris!


O espaço gramado com largas calçadas onde ela está localizada, é bem amplo, para poder acomodar toda aquela estrutura gigantesca. Os parisienses, fazem até piqueniques por ali em dias de Sol. Como era um dia de semana e final de tarde, já quase escurecendo, o que encontramos mesmo, foram muitos japas com suas maquinas de fotografar potentes, se batendo uns nos outros para fotografa-la.
A torre que é considerada o simbolo maior da cidade, é absolutamente bonita, tem três níveis para os visitantes e os ingressos podem ser adquiridos nas escadas, ou elevadores do primeiro e do segundo nível, de acordo com a curiosidade e disposição de cada visitante. O terceiro e mais alto nível, só é acessível por elevador, mas do primeiro andar já se pode ver a magnifica vista da Cidade Luz, incluindo o Sena, o Trocadero e bem ao fundo, La Defense.

A torre é também servida por dois restaurantes chiques e caros: O 58 Tour Eiffel, no primeiro andar e o Jules Verne, no segundo, que sinceramente pra nós estava fora de qualquer cogitação. Ouvimos falar que um jantar no Jules Verne, por exemplo, pode chegar a fortuna de mais de 500 euros, pode?.. É neste momento que podemos sentir, o quanto somos praticamente uns miseráveis perto de outras realidades. Mas a vida também me ensinou, que podemos sentir prazer comendo escargot, ou um pastel de carne moída, sem com isto, deixar de viver e apreciar o que realmente importa nesta vida, VIVER!!. e viver significa conhecer, aprender e ter prazer pondo em pratica em nossas vidas estes aprendizados.


Eu e meu colega, só pra debochar e fazer piadas de nós mesmos, tomamos um expresso no primeiro nível da torre, por 9 euros, uns (R$27,00) que já era caro para um simples café, cruzamos nossas pernas e levantamos um brinde na direção do Sena.
Ficamos por ali um bom tempo, admirando tudo o que podíamos ver, até o anoitecer, quando a torre fica iluminada e ainda mais glamourosa, com toda Cidade Luz aos nossos pés.
Até o próximo post!

Rosas cor de rosa.

Ganhei duas rosas cor de rosa de uma amiga, hoje no inicio da noite. Ela havia comprado um buquê com sete rosas e decidiu me dar duas, que as colocamos numa garrafa de vinho com aguá, a o lado da minha cama. Achei tão delicado da parte dela, que fiquei pensando nestas atitudes simples que multiplicam positivamente os sentimentos mútuos de amizade, apenas num gesto espontâneo. Puxa, foram apenas rosas, mas cuja a intensão fizeram a diferença.

A PRESENÇA DE AMY WINEHOUSE EM CANDENTAL.


É quase impossível visitar Camdental e não sentir a presença da cantora Amy Winehouse, espalhada pelas ruas, bares, praças. Eu arriscaria dizer que o bairro tem a sua cara, seu jeito tão peculiar e diferente de ser. E é na The Hawley Arms, Pub que frequentava, localizada entre as estações Chalk Farm e Camden Town., que a sua presença ainda se faz mais viva através de grafites, objetos e fotos nas paredes, muros e outros locais por onde circulou.


Dona de uma poderosa e inigualável voz grave, a cantora conquistou o mundo com sua mistura de gêneros musicais como, soul, jazz e R&B ( rhythm and blues)
Amy vivia em Camden Town (próximo a estação Camden Road), na tranquila Camden Square, número 30, onde foram deixados flores, recados carinhosos e outras homenagens, diante de seu portão preto, por ocasião de sua morte no dia 23 de julho de 2011.


O Hawley Arms, onde frequentava, possui um piso térreo com um pequeno jardim murado na parte de traz e no primeiro andar um bar com terraço, lareira e  uma juke box, essas máquina que reproduzem músicas, inserindo moedas.
Numa prateleira atrás do bar, tem um pequeno altar, com uma boneca - Amy Winehouse e sobre uma das paredes, uma foto autografada por ela. Nos finais de semana,  a Pub apresenta shows de musica ao vivo, possivelmente no mesmo palco onde a cantora deve ter se apresentado inúmeras vezes.
Infelizmente é proibido fazer fotos em suas dependências, que fica cada vez mais lotado de frequentadores e curiosos com eu, a procura de informações e pequenos registros de como foi sua vida naquele lugar.

POR QUE IR TANTAS VEZES AO MESMO LUGAR?

Fiz este post para esclarecer algumas duvidas, depois de ficar pensando e também me perguntando, por que ir tantas vezes pro mesmo lugar e nunca se cansar? Seria isto algum sintoma de uma doença maniaca ou um sentimento de paixão, que me faz sentir saudades e vontade de sempre querer voltar para matar as saudades, já que algumas pessoas tem verdadeiras crises nervosas só de pensar em retornar ao mesmo lugar que já visitou. No meu entendimento, as coisas se processam de outra maneira: já que busco sempre uma relação profunda e de intimidade com os lugares que visito.


Minha quarta vez em Buenos Aires, aconteceu agora em junho por ocasião do feriado de Corpus Christi e mais uma vez foi um passeio e tanto. Acontece que eu sou suspeito em falar, porque eu gosto da cidade, acho linda, com uma quantidade imensa de atrativos e coisas pra se fazer de dia ou a noite e sempre que retorno pra casa, já começa a pintar aquela pontinha de saudades, que vai aumentando na medida que o tempo vai passando, ate eu arrumar outra oportunidade de visita-la.



A metrópole portenha é um estimulante aos meus sentidos, tanto por sua beleza arquitetônica, quanto por sua alma caliente regada a musicalidade, beleza e cultura; por suas ruas arborizadas e construções centenárias que lembram de fato algumas cidades da Europa. A noite então, quando está toda iluminada sob os antigos lampiões, fica ainda mais romântica e inspiradora.


Os bares com belas decorações e mesas nas calçadas é um convite para apreciar um bom vinho e se desprender de tudo que é stress levado na bagagem. Se a bebida alcoólica não for uma boa pedida, tem os chás, os cafés, os sucos que acompanham dos mais pesados aos mais leves jantares. Os bares e restaurantes, são para todos os gostos, os de minha preferencia são aqueles mais intimistas, mas também não dispenso uma Pub com muita musica e movimentação de gente bonita.


Diante de tanta versatilidade, o ideal é conhecer a cidade sem pressa, caminhar pelas ruas e praças, atento aos pequenos detalhes, olhar os monumentos gigantescos, uma marca registrada de Buenos Aires, as vitrines da rua Florida, os detalhes das construções, mas quando isto não é possível, devemos voltar quantas vezes for necessário, ate criarmos uma intimidade com tudo aquilo que achamos bonito, interessante, agradável aos nossos sentidos.
Buenos Aires consegue misturar com harmonia o antigo e o moderno nas fachadas de seus prédios, deixando claro o respeito pelo passado e por sua historia.


Possui uma infinidade de casas de espetáculos e teatros como: O Cólon, o Opera, o Gran Rex. Museus com obras maravilhosas encontradas no MALBA (Museu de Arte Latino-Americana), no Museu Nacional de Belas Artes na Recoleta, alem do curioso e divertido Museu dos Beatles, na Coorientes, 1660.


As feiras de antiguidades, livrarias, sebos, também reúne não só turistas, mas artistas locais e moradores que nos finais de semana encontram-se nestes lugares, para expor seus trabalhos e exercitar sua arte, seja cantando, dançando, recitando poesia...


Buenos Aires é uma cidade que cabe no bolso do brasileiro, por não ser tão cara em vista dos atrativos que oferece. Você pode sentar num bom restaurante e apreciar um magnifico jantar a luz de velas, sem ter que desembolsar uma verdadeira fortuna, ou ser obrigado a ficar depois do expediente para lavar a louça, por falta de pagamento. Os preços são bem razoáveis e na maioria das vezes você sai bem satisfeito.


Experimentei certa vez uma comida tipicamente argentina, que achei muito saborosa, chama-se locro, um ensopado preparado à base de abóbora, batata doce, feijão branco, canjica, carne de boi, porco, linguiça defumada e outros temperos. uma verdadeira bomba calórica saborosa que comi com pão e vinho. O locro se popularizou no país, como feijoada argentina, mas eu considero os dois pratos bem diferentes.
Os vinhos são de excelente qualidade e mesmo experimentando os de preço mais acessível se percebe a diferença dos que são vendidos na quitanda da esquina, aqui no Brasil.


Diante de tantas diversidades para se ver e sentir na cidade, é necessário visita-la uma, duas, três, centenas de vezes, até se tornar intimo de suas ruas, um conhecido do quitandeiro da esquina.
Vá pelos uma vez como turista a Buenos Aires e se gostar como eu, retorne tantas vezes for  necessário, e se possível sem pressa. A cidade nunca é a mesma, ha sempre uma novidade para conhecer, apreciar e se divertir.



MENU FIFA CHAMA A ATENÇÃO DURANTE O MUNDIAL DE FUTEBOL NO RIO DE JANEIRO.

E a Copa passou voando quase despercebida diante dos meus olhos que estavam voltados a outros interesses. Se alguém acreditou que o evento traria mudanças positivas no cenário econômico e social do pais, que me mostre por favor. Houve ou haverá benefícios permanentes para a sociedade – o famoso legado? O que eu vi, foi o acréscimo de movimentos contra o megaevento de 2014, inclusive o ato publico do Movimento Bastardxs, contra a exploração sexual na Praia de Copacabana que protestavam na manhã de domingo (dia 6), contra o turismo sexual de menores. 
Revoltadas com a suposta passividade da Fifa com o problema durante o Mundial, elas exibiam um cartaz em inglês com um 'menu da Fifa', onde os pratos eram as ofertas de turismo sexual e seus preços. De topless, as ativistas também posaram como os 'pratos' do Menu.
Claro que eu não concordo com atitudes de protestos exacerbadas como foi nMarcha das Vadias, no Rio de Janeiro, que enquanto mulheres saíam nuas para defender causas como o direito à liberdade de seus corpos, um grupo quebrou imagens sacras e chegou a esfregá-las nas partes íntimas, durante a visita do papa Francisco ao Brasil, no ano passado. Nos últimos anos, surge nestas manifestações um apelo contrario ao politicamente correto pois as ativistas passaram  a utilizarem de uma plataforma de combate apostando na subversão, o que segundo elas chama mais a atenção da sociedade.

O SEGREDO DA CASA SUZANA

Achei muito Punk esta historia compartilhada por um membro da pagina criada no Facebook, chamada Cidadania Gay, que resolvi ir atrás e conferir.
Um comerciante de antiguidades chamado Robert Swope, encontrou num mercado de Pulgas, fotos que possivelmente são registros únicos de uma antiga casa em Nova Iorque, que era um pequeno refúgio de travestis heterossexuais em Catskills (um vale montanhosos no sudeste da cidade). 
Neste lugar eles se encontravam para mudar suas rotinas, invertendo seus papeis tradicionais como homens, numa sociedade intolerante, como a americana nos anos 50/ 60. A casa era uma sociedade secreta, onde estes homens podiam mudar seus hábitos de masculinidade como vestirem-se de mulher, tomar coquetéis e se fotografarem, sem com isto mudarem a sua orientação sexual: continuavam sentindo-se atraídos por mulheres.

A Casa Susanna, como se chamava o lugar dos encontros,  foi tema de um livro de Michel Hurst e Robert Swope, (que encontrou as fotos) e também  inspirou uma peça teatral chamada Casa Valentina que foi grande sucesso.


Para algumas pessoas estas fotos podem significar a descoberta de um segredo de homens com desvio de personalidade, promíscuos ou algo assim, mas eu sustento a ideia de que se trata de um documento histórico em que comprova que a identidade de gênero, já era uma necessidade buscada por homens que se sentiam asfixiados por uma sociedade absurdamente intolerante e ditatorial, possivelmente neste lugar eles sentiam-se livres, autênticos, felizes.

RÉVEILLON NUMA BOATE GAY EM NOVA IORQUE

Passar o reveillon em Nova Iorque, requer planos e estratégias com alguma antecedência para garantir que a data não passe em brancas nuvens. Cada um faz seus planos: Como assistir ao show de luzes no Time Square, um jantar a luz de velas dentro de um barco pelo rio Hudson, ou jantar num restaurante chiquérrimo regado a champanhe, enfim, cada um sabe o que lhe dá prazer e lhe cabe no bolso. 
Eu estava tão apatetado por simplesmente estar na cidade, que acabei por não fazer nenhum plano na véspera de fim de ano, quando estive lá em 2012.

Quando me dei por conta, era noite de 31 de Dezembro para 1 Janeiro de 2013 e meus colegas já estavam pondo em pratica os seus. Alguns já estavam em Leominster em casa de parentes,  nas proximidades de Boston e outros decididamente iriam assistir a famosa bola incandescente descer com seus fogos de artifícios na contagem regressiva de 60 segundos, que eu soube não valer muito a pena por se limitar ao show de luzes e a apresentação de algum DJ e apenas isto.
É proibido o uso de bebidas alcoólicas nas ruas de Nova Iorque à noite, isto reforça algumas questões de segurança, mas por outro lado, limita algumas pessoas que querem se divertir. Durante o dia a policia estava delimitando algumas áreas com cercas de ferro e o esquadrão anti bombas, também já estavam em plena atividade e isto, foi decisivo para eu abrir mão desta opção.

Foi quando encontrei um outro colega de viagem, ainda sem planos, nas dependências do hostel e decidimos ir para o Gym Sportsbar, que já havíamos conhecido algumas noites antes no Chelsea  e fizemos planos de retornar. Quando chegamos, o bar estava animadíssimo e possuía alguns telões de LCD espalhados pelo salão, que proporcionavam assistir a contagem regressiva sob a temperatura amena do ar condicionado e  ainda beber chope, pela metade do preço até  a meia noite, o que nos fez unir o útil, com o agradável.
Tivemos ainda a oportunidade de conhecer um uruguaio maneiro, artista plastico e astrólogo, que morava a muitos anos na cidade e nos levou para jantar num restaurante de comida farta e excelente preço, depois fazer algumas incursões por outros ambientes gays de Nova Iorque. A entrada do novo ano, foi muito divertida, todos fazendo a contagem regressiva, bebendo, dançando na maior alegria dentro da boate.
Bom, eu penso que algumas coisas acontecem, com pouco ou sem nenhum esforço da gente, de modo a se tornarem tão positivas, que a gente acredita que só pode ter vindo da alguma solidariedade divina. Foi uma agradável e inesquecível noite.


New York, 10011b/t 18th St & 19th St in

EL CHALTÉN.


El Chaltén é uma pequena cidade com cara de aldeia, localizada à 220 km ao norte de El Calafate na Argentina, onde podemos encontrar centenas de amantes do montanhismo e do trekkings, fazendo passeios, caminhadas, atraídos pelas magnificas montanhas, lagos e glaciares a sua volta. A porta de entrada desta cidade é por El Calafate, cuja a viagem de carro dura em média três horas e meia, ora por estradas asfaltadas, ora por estradas rusticas de terra.


A cidadezinha é uma especie de mystique paradis (paraíso mistico). encrustado entre montanhas, lagos, cascatas, geleiras e principalmente por estar fora do circuito das grandes operadoras de turismo.


El Chaltén fica dentro de um parque nacional organizadissimo, chamado "Parque Nacional Los Glaciares", que cobra uma pequena taxa de visitação e oferece aos visitantes palestras e videos, sobre a conscientização e preservação do ambiente, além de um mapa para facilitar a localização e também evitar que os visitantes se percam.


As montanhas mais procuradas da região são: o Cerro Fitzroy, ou El Chaltén, que deu o nome à cidade; e o Cerro Torre, considerado por muitos a montanha mais difícil de escalar do mundo. El Chaltén é a cidade mais nova da Argentina, conquistada pelos portenhos na disputada da fronteira da Patagônia com o país vizinho, Chile.


Quem for pra Patagônia, principalmente para esses lados, deve estar preparado para conhecer belíssimas paisagens de tirar o fôlego e enfrentar muito frio, principalmente nas caminhadas onde o uso de  botas, gorros, luvas e casacos do tipo corta vento são essenciais. Você enfrentará terra, lama e neve no mesmo percurso e deverá estar preparado para superar tudo isso sem obstáculos.


El Chalten, com seu jeitinho de aldeia, pode parecer um lugar triste e um tanto sem graça para os que procuram badalações e noites agitadas. Percebe-se pela pouca quantidade de bares e restaurantes, que a sua finalidade principal é receber montanhistas e trilheiros que nela cruzam apenas de passagem e cuja a vibe é apreciar a natureza e sentir toda a sua mais profunda vibração e energia através do silencio e do olhar nas longas caminhadas.


Apesar de apresentar um ar meio desolado, a cidade - aldeia, oferece todos os serviços que o visitante possa necessitar como hospedagens, restaurantes, agencias de turismo, aluguel de cavalos, armazéns, oficina mecânica, posto de gasolina, borracharia, posto sanitário, telefone público, fax e linhas regulares de ônibus que se conecta com a cidade vizinha Calafate.

SIGNIFICADO DO NOME:
Chaltén que significa "montanha que joga fumaça" em língua ahonikenk, tem uma população estável de 600 habitantes e recebe cerca de 80.000 turistas por ano.
Como me disse um visitante que eu encontrei na entrada do  Parque Nacional Los Glaciares: "Este é o lugar mais próximo de se encontrar com Deus".
Até a próxima aventura!..



Siga La Vaca em Buenos Aires.

Siga La Vaca além de ser uma frase que eu acho criativa, é também um restaurante muito procurado por brasileiros que vão visitar Buenos Aires e querem experimentar o famoso churrasco argentino, desta forma eu que sou muito curioso, não pude deixar de dar uma bisbilhotada no lugar e sentir como as coisas funcionam por lá. 
Dizem que no passado, quando abriu o primeiro restaurante, em 1993 na província de Pilar, a qualidade era bem superior a de hoje, vindo a decair um pouco pelo acréscimo cada vez maior de turistas.
Primeiro como era de se esperar o churrasco no Siga La Vaca é feito em grandes grelhas e uma salmoura com diversos temperos argentinos e não em espetos e com sal grosso como é feito por aqui no Sul, o que ao meu ver diminui o real sabor da carne assada.
Também (o que pra mim não chega a ser um problema), não existe o sistema de rodízios, como estamos acostumados em nosso país. O cliente vai até o assador e escolhe o que deseja comer e quantas vezes quiser, como num buffet livre. Também está incluído no preço uma bebida, que pode ser cerveja, vinho ou refrigerante servidos numa jarra. A sobremesa também está incluída no preço (uma por cliente) que pode ser escolhida no cardápio. 
Dentre as variedades de carnes, estão a costela, a maminha, a fraldinha, a linguiça, o porco, a morcela, alem dos bifes de chorizo (feitos de contra filé) que é considerado o carro chefe da maioria dos restaurantes portenhos.
A Argentina é conhecida pela qualidade e maciez de suas carnes, mas o mal passado deles é quase cru. Se pedir no ponto é o ideal, por que o bien cocido, esqueça! Outra coisa é o tempero, que sempre me da aquela  impressão de que a carne está meio doce, faltando um bocadinho a mais de sal. 
O Siga La Vaca, fica aberto todos os dias para almoço e jantar, com exceção nos Domingos. Possui quatro restaurantes espalhados na cidade ou nas províncias de Buenos Aires: 1)Avenida Costanera Rafael Obligado 6340- Costaneira. 2)Dardo Rocha 2568 - San Isidro – Buenos Aires. 3)Ruta Panamericana Ramal - Pilar Km 50 - Buenos Aires. Eu visitei o de Porto Madero na Alicia Moreau de Justo 1714 - Buenos Aires.

VILA 31, O LADO NÃO GLAMOUROSO DE BUENOS AIRES



Buenos Aires é uma cidade linda, com bairros arborizados, praças, monumentos gigantescos e construções centenárias que lembram algumas cidades da Europa e dos Estados Unidos. 
Ora, se fizermos uma comparação com os grandes outdoors que iluminam a Avenida 9 de Julio e o Time Square em Nova Iorque, você não encontra alguma semelhança?..


Mas você sabia que na grande metrópole portenha, nem tudo é glamour, que também existem favelas como as que existem aqui no Brasil? É só prestar a atenção, na grande quantidade delas, quando estamos chegando na cidade pelo acesso principal.
São casinhas construídas muitas vezes com madeira, restos de materiais de demolição, mescladas com alvenaria sem reboco, algumas sem pintura e com o esgoto correndo a céu aberto, nada diferente da maioria das favelas.
A maior favela da capital portenha, a Villa 31, fica na zona central da cidade, entre o porto de Buenos Aires e a ferrovia (Estação Retiro), sob a autopista Illia (viaduto) que dá acessoa a cidade e pertinho do bairro nobre da Recoleta. Quando se chega a cidade por via rodoviária ou aérea, não tem como deixar de identifica-la.

A maioria dos moradores são paraguaios, bolivianos, peruanos e argentinos que vieram das regiões mais pobres do país, atingidos pela grande inflação que domina o país e atualmente também os haitianos.
A maior favela de Buenos Aires é a estampa de uma realidade que nenhum governo gosta de mostrar, por isto o legislativo vem elaborando planos para a criação de UPPs - Unidades de Pacificação Policial, no combate a o narcotráfico e a violência nas diversas favelas e assentamentos, como as que foram implementadas no Rio de Janeiro.

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...