EL CHALTÉN.


El Chaltén é uma pequena cidade com cara de aldeia, localizada à 220 km ao norte de El Calafate na Argentina, onde podemos encontrar centenas de amantes do montanhismo e do trekkings, fazendo passeios, caminhadas, atraídos pelas magnificas montanhas, lagos e glaciares a sua volta. A porta de entrada desta cidade é por El Calafate, cuja a viagem de carro dura em média três horas e meia, ora por estradas asfaltadas, ora por estradas rusticas de terra.


A cidadezinha é uma especie de mystique paradis (paraíso mistico). encrustado entre montanhas, lagos, cascatas, geleiras e principalmente por estar fora do circuito das grandes operadoras de turismo.


El Chaltén fica dentro de um parque nacional organizadissimo, chamado "Parque Nacional Los Glaciares", que cobra uma pequena taxa de visitação e oferece aos visitantes palestras e videos, sobre a conscientização e preservação do ambiente, além de um mapa para facilitar a localização e também evitar que os visitantes se percam.


As montanhas mais procuradas da região são: o Cerro Fitzroy, ou El Chaltén, que deu o nome à cidade; e o Cerro Torre, considerado por muitos a montanha mais difícil de escalar do mundo. El Chaltén é a cidade mais nova da Argentina, conquistada pelos portenhos na disputada da fronteira da Patagônia com o país vizinho, Chile.


Quem for pra Patagônia, principalmente para esses lados, deve estar preparado para conhecer belíssimas paisagens de tirar o fôlego e enfrentar muito frio, principalmente nas caminhadas onde o uso de  botas, gorros, luvas e casacos do tipo corta vento são essenciais. Você enfrentará terra, lama e neve no mesmo percurso e deverá estar preparado para superar tudo isso sem obstáculos.


El Chalten, com seu jeitinho de aldeia, pode parecer um lugar triste e um tanto sem graça para os que procuram badalações e noites agitadas. Percebe-se pela pouca quantidade de bares e restaurantes, que a sua finalidade principal é receber montanhistas e trilheiros que nela cruzam apenas de passagem e cuja a vibe é apreciar a natureza e sentir toda a sua mais profunda vibração e energia através do silencio e do olhar nas longas caminhadas.


Apesar de apresentar um ar meio desolado, a cidade - aldeia, oferece todos os serviços que o visitante possa necessitar como hospedagens, restaurantes, agencias de turismo, aluguel de cavalos, armazéns, oficina mecânica, posto de gasolina, borracharia, posto sanitário, telefone público, fax e linhas regulares de ônibus que se conecta com a cidade vizinha Calafate.

SIGNIFICADO DO NOME:
Chaltén que significa "montanha que joga fumaça" em língua ahonikenk, tem uma população estável de 600 habitantes e recebe cerca de 80.000 turistas por ano.
Como me disse um visitante que eu encontrei na entrada do  Parque Nacional Los Glaciares: "Este é o lugar mais próximo de se encontrar com Deus".
Até a próxima aventura!..



Siga La Vaca em Buenos Aires.

Siga La Vaca além de ser uma frase que eu acho criativa, é também um restaurante muito procurado por brasileiros que vão visitar Buenos Aires e querem experimentar o famoso churrasco argentino, desta forma eu que sou muito curioso, não pude deixar de dar uma bisbilhotada no lugar e sentir como as coisas funcionam por lá. 
Dizem que no passado, quando abriu o primeiro restaurante, em 1993 na província de Pilar, a qualidade era bem superior a de hoje, vindo a decair um pouco pelo acréscimo cada vez maior de turistas.
Primeiro como era de se esperar o churrasco no Siga La Vaca é feito em grandes grelhas e uma salmoura com diversos temperos argentinos e não em espetos e com sal grosso como é feito por aqui no Sul, o que ao meu ver diminui o real sabor da carne assada.
Também (o que pra mim não chega a ser um problema), não existe o sistema de rodízios, como estamos acostumados em nosso país. O cliente vai até o assador e escolhe o que deseja comer e quantas vezes quiser, como num buffet livre. Também está incluído no preço uma bebida, que pode ser cerveja, vinho ou refrigerante servidos numa jarra. A sobremesa também está incluída no preço (uma por cliente) que pode ser escolhida no cardápio. 
Dentre as variedades de carnes, estão a costela, a maminha, a fraldinha, a linguiça, o porco, a morcela, alem dos bifes de chorizo (feitos de contra filé) que é considerado o carro chefe da maioria dos restaurantes portenhos.
A Argentina é conhecida pela qualidade e maciez de suas carnes, mas o mal passado deles é quase cru. Se pedir no ponto é o ideal, por que o bien cocido, esqueça! Outra coisa é o tempero, que sempre me da aquela  impressão de que a carne está meio doce, faltando um bocadinho a mais de sal. 
O Siga La Vaca, fica aberto todos os dias para almoço e jantar, com exceção nos Domingos. Possui quatro restaurantes espalhados na cidade ou nas províncias de Buenos Aires: 1)Avenida Costanera Rafael Obligado 6340- Costaneira. 2)Dardo Rocha 2568 - San Isidro – Buenos Aires. 3)Ruta Panamericana Ramal - Pilar Km 50 - Buenos Aires. Eu visitei o de Porto Madero na Alicia Moreau de Justo 1714 - Buenos Aires.

VILA 31, O LADO NÃO GLAMOUROSO DE BUENOS AIRES



Buenos Aires é uma cidade linda, com bairros arborizados, praças, monumentos gigantescos e construções centenárias que lembram algumas cidades da Europa e dos Estados Unidos. 
Ora, se fizermos uma comparação com os grandes outdoors que iluminam a Avenida 9 de Julio e o Time Square em Nova Iorque, você não encontra alguma semelhança?..


Mas você sabia que na grande metrópole portenha, nem tudo é glamour, que também existem favelas como as que existem aqui no Brasil? É só prestar a atenção, na grande quantidade delas, quando estamos chegando na cidade pelo acesso principal.
São casinhas construídas muitas vezes com madeira, restos de materiais de demolição, mescladas com alvenaria sem reboco, algumas sem pintura e com o esgoto correndo a céu aberto, nada diferente da maioria das favelas.
A maior favela da capital portenha, a Villa 31, fica na zona central da cidade, entre o porto de Buenos Aires e a ferrovia (Estação Retiro), sob a autopista Illia (viaduto) que dá acessoa a cidade e pertinho do bairro nobre da Recoleta. Quando se chega a cidade por via rodoviária ou aérea, não tem como deixar de identifica-la.

A maioria dos moradores são paraguaios, bolivianos, peruanos e argentinos que vieram das regiões mais pobres do país, atingidos pela grande inflação que domina o país e atualmente também os haitianos.
A maior favela de Buenos Aires é a estampa de uma realidade que nenhum governo gosta de mostrar, por isto o legislativo vem elaborando planos para a criação de UPPs - Unidades de Pacificação Policial, no combate a o narcotráfico e a violência nas diversas favelas e assentamentos, como as que foram implementadas no Rio de Janeiro.

Um restaurante subterrâneo em Porto Alegre.

Porto Alegre me surpreende, porque tem coisas que não andam, ficam estagnadas nos trâmites burocráticos e a explicação que se ouve são sempre desculpas e blá blá blás. Por outro lado outras iniciativas criativas acontecem e nos deixa de queixo caído. Por exemplo quer coisa mais criativa que a cafeteria dentro do cofre no Santander Cultural, na Praça da Alfandega?


Pois bem, agora Porto Alegre tem uma nova opção gastronômica bem debaixo da chaminé da antiga fabrica de cervejas, onde está localizado o shopping Total. Trata-se de um restaurante especializado em comida italiana, com massas de fabricação própria e uma variada carta de vinhos, servida entre tuneis e paredes de pedra subterrâneas com mais de cem anos. O restaurante foi inaugurado no fim de semana passado e chama-se Cantina Famiglia Facin. Me amarrem se eu não for até lá comer alguma coisa e bater umas fotinhos!

AS TOCAS PRÉ HISTÓRICAS DA AVENIDA BENTO GONÇALVES

Deve ter mais coisas, mas escolhi apenas duas, porque no momento foram as que vieram na minha memória, já em fase de esquecimento.
Minha mãe já contava da existência de tuneis subterrâneos que ligavam o Palácio Piratini e outros prédios políticos a o Cais do Porto da cidade de Porto Alegre. Estes tuneis teriam a finalidade de uma possível fuga de políticos gaúchos, no caso de um golpe de estado, ou revolução. Estes tuneis que possivelmente ainda devem existir e quem sabe se manter intactos, nunca foram provadas a sua existência, mas permanecem na cabeça de algumas pessoas como uma historia fictícia ou verdadeira, mantida em segredo pois nunca foi realmente comprovado. 
Tenho outra história!
Um amigo meu me confirmou, numa conversa descontraída, que tivemos, que na duplicação da Avenida Bento Gonçalves, zona leste de Porto Alegre, bem em frente a Faculdade de Agronomia, foram encontrado misteriosos tuneis no início de março de 1980, onde algumas possíveis explicações foram aventados:

Esta foto foi copiada da Internet e não corresponde as escavações da
Bento Gonçalves, serve apenas como ilustração
do que é uma paleontoca
Toca de uma tribo de índios há muito extintos, antigo esconderijo de brigadianos, seres extraterrenos, trincheiras escavadas por tropas na Revolução Farroupilha, túnel para guardar armamentos dos farroupilhas, canais feitos por uma fonte de água que secou, toca de urso, túnel dos Jesuítas que saía lá no centro da cidade, caverna aberta pelos escravos do General Flores da Cunha.
Mais tarde, autoridades e estudiosos do campo da Paleontologia cientifica da UFRGS, chegaram a conclusão que poderia se tratar de paleo tocas construídas por tatus ou bichos preguiça gigantes. Estas tocas também já foram identificadas nos bairros Lomba do Pinheiro e Viamão.
A pagina na internet que confirma esta historia está aqui: http://www.ufrgs.br/paleotocas/TocaNews18.pdf Contam 

Tá viajando é porque tá rico.

Gostei de um blog que eu conheci esta semana na Internet por acaso e que conta de maneira simples, descolada, experiencias muito parecidas com as minhas. quando eu viajo e isto me pareceu dar mais incentivo para eu escrever aqui no blog, tipo um incentivo extra.
Gosto de viajar, mas principalmente de abordar minhas emoções e vivenciadas ao conhecer cada lugar, as pessoas que vivem nestes lugares, a historia de vida cada uma delas, os hábitos, a cultura os credos, as situações boas ou ruins experimentadas por mim, sem ter medo de parecer inoportuno.
A atenção faz a diferença naquilo que vimos quando se anda por este mundo e aprendemos coisas e quando voltamos pra casa com a bagagem não só cheia de suvenires, mas também de historias para contar e de experiencias de vida.


Mas retomando ao assunto que me fez escrever este post, o que me deixa pessoalmente indignado, é como as pessoas pensam, sem aqui generalizar, que nós os viajantes vivemos sempre com a carteira recheada de dinheiro, que estamos numa situação privilegiada, diferenciados dos outros, que possuímos outros tipos de rendas mantidas em sigilo ou até ilícitas. "Tá viajando é porque tá rico!.." Um colega certa vez chegou a me perguntar descaradamente, se eu estava traficando órgãos. Pode?..


A verdade, a mais pura verdade, é que neste mundo tão cheio de opções, fundamentadas nas crenças pessoais, cada um tem os seus valores diante da vida e utiliza a sua graninha suada, muitas vezes contada tostão por tostão, naquilo que lhe convém, e que é importante, no que lhe dá prazer, no que faz sua cabecinha relaxar tranquilamente sobre o travesseiro, sem stress. No meu caso é viajar!


De mais a mais, com a instabilização atual das grandes potencias mundiais em franca crise financeira, tudo mudou de cara favorecendo também o turismo, que facilita bastante para quem quer viajar. Hoje você pode fazer pacotes de viagens e pagar à perder de vista ou mesmo, se preferir, jogar-se em algumas excursões mais econômicas que te hospedam em hostels, garantindo uma boa economia de hospedagem. Uma coisa é certa, se você vai a Paris e fica hospedado num hotel cinco estrelas, num albergue com quartos compartilhados ou na casa de um amigo, relaxa, você está em Paris, é só abrir a porta e desfrutar da cidade.


Numa boa; Trocar de carro uma ou duas vezes por ano? Eu não sei mais o que é isto a pelo menos seis anos. Tirar ferias com a família todos os anos na mesma praia paradisíaca? Eu me cansei de ver sempre a mesma paisagem. Juntar grana para reforma da casa ou trocar de eletroeletrônicos por outros de ultima geração? Isto já era, você se vai e eles ficam aguardando os novos modelos que são lançados a cada ano, a cada seis meses para garantir o ciclo de consumo.


Juntar dinheiro para garantir a faculdade dos filhos? Você não pode garantir que os seus sonhos são os objetivos deles. Então...vai refazer os seus como eu e muitos outros fizeram, vai descobrir o que te dá prazer nesta vida além de sexo, de um rodizio de churrasco e cervejas com amigos todos os fins de semana, o que é muito bom, e ainda comprar uma bolsa ou sapato de Louis Vuitton pra ficar na moda.


Vá ver o Pôr de Sol de um outro ângulo do mundo, com uma outra plataforma mental. Quando você realmente quer, você consegue. Viajar tem muito mais haver com coragem e espirito aventureiro, do que com a carteira recheada de dinheiro e cartões de créditos internacionais.


Viajar vai te colocar em lugares que te farão se importar com questões bem maiores, que as que te envolvem no cotidiano da tua vida. Vai te ensinar a ter compaixão por perceber que existem pessoas que sobrevivem com bem menos, do que aquilo que achas essencial para viver e isto tudo vai te fazer questionar sobre teus valores.


Sem contar no ganho cultural que você passa a ter, indo nos lugares que você só viu nos filmes de TV, entrar em grande museus e galeria de arte e estar diante de pinturas e esculturas feitas por grandes mestres das artes. Provar, sentir o cheiro de comidas tipicas que você nem imaginava que existissem como beber um daiquiri a o som de uma salsa cubana, um vinho ou fernet argentino com coca cola e gelo picado, enquanto ouve um tango caliente, um assado uruguaio acompanhado de um médio y médio. Perder tempo com planos muito longos de viagem, não vão te levar a lugar nenhum. Repense naquele desejo de conhecer aquele lugarzinho a tanto tempo sonhado, arrume sua mala e bon voyage!

Passeando de Limousine em Nova Iorque.

Foi num final da tarde, já quase noite (digo isto, porque cinco da tarde em Janeiro, já é noite em Nova Iorque) que eu meus colegas de viagem decidimos passear de limousine pelo centro da cidade e voltarmos para o Hostel em alto estilo. Estávamos caminhando pela 5 avenida, entre a multidão de turistas e  ratos consumidores, quando vimos algumas limousines estacionadas com a proposta de alugueis. Eu particularmente gosto de limousines brancas, mas neste dia só haviam pretas estacionadas, tudo bem!..

Aquilo nos aguçou a curiosidade e então não deu outra: "Vamos?... Vamos!.. Vai ser legal..."
Estávamos em 10 pessoas e lotamos a limousine que parecia uma lata de sardinha. Mal conseguíamos nos mexer, por que alem dos nossos corpitchos encasacados do frio, carregávamos sacolas, muitas sacolas que lotou o porta malas do veiculo e os nossos colos. Fizemos um rápido tour pelas principais ruas e avenidas de Midtown West e então seguimos pra casa fazendo piadas e zoeiração sobre nós mesmos. "Brasileiros pobres andando de limousine em Nova Iorque". A algazarra era tanta, que o condutor por vezes nos olhava sorrindo sem entender o que estava acontecendo.


O passeio durou cerca de trinta minutos, mas foi o suficiente para registrar na minha memória, como um dos melhores momentos que realizamos juntos em nossa estadia pela cidade. Isto só vem provar, que o mais divertido e importante, quando se viaja com um grupo de pessoas é a interação emocional gerada por esses momentos de simplicidade e de alegria, o resto do "Big Brother" só se manifesta com o passar dos dias e quando não se tem nada criativo para fazer.

Futebol, religião eo sexo dos anjos não se discute .

Quem lê ou já leu este blog, deve ter percebido que futebol não é a minha praia, que eu não sei nada de futebol, de estratégia de jogo, de regras, de posição de jogadores em campo. Eu não sei nem o nome dos titulares da nossa seleção, com a rara exceção do Neymar, mas também quem neste mundo não o conhece o cara?
Bom, vou confessar aqui, uma coisa que nunca falei antes; que na hora de assistir uma partida, eu fico tão tenso que tenho a sensação de que vou perder o controle de mim e sair chutando portas e cadeiras. Eu fico extremamente irritado ao ver um passe de bola mal dividido ou uma cobrança de penalty errada. Não, eu prefiro ficar no meu canto e somente saber dos resultados. O meu problema é acompanhar o desenvolvimento da partida do qual não tenho paciência.
Diante deste pseudo medo de eclodir um monstro de dentro de mim, eu prefiro evitar que esta emoção tome conta de mim e eu saia mordendo pessoas como aquele jogador do Uruguai. Vá que eu goste!..
Mas tem outra coisa, a festa depois dos jogos. Eu prefiro ficar de fora, olhando de fora e se possível  de longos quilômetros de distancia. Eu até que admiro estas manifestações de alegria dos torcedores que vem de lugares distantes, para prestigiar o time de seu país e gastar seus dólares, euros, ienes, francos, pesos, numa festa esportiva e sem violência. Mas minha vibe é outra!
Futebol, religião e o sexo dos anjos, são coisas que eu não discuto. Tem gente que gosta de subir montanhas, de se jogar de penhascos com uma corda amarrada no pé, da voz do Galvão Bueno, do Domingão do Faustão, eu tenho a minha praia particular, mas respeito a opção dos outros...

Impossuível deixar de fazer comparações.

Este é um post queixoso, pois eu não pude deixar de fazer comparações. A gente sempre faz quando viaja para outros lugares e percebe- algumas diferenças que muitas vezes são ((((gritantes)))) diante de nossos olhos. Não tem como não fazer comparações!.. Na semana passada quando estive mais uma vez em Buenos Aires e visitei o Café Tortoni, que também me fez lembrar da Confeitaria Colombo no Rio, não pude deixar de me compadecer da nossa esquecida Confeitaria Rocco, aqui em Porto Alegre na esquina das ruas Riachuelo e Dr. Flores, junto à praça Conde de Porto Alegre (antiga Praça do Portão) e que também não possui nenhuma menção da importância que foi para a cidade.
Café Tortoni- Buenos Aires

Confeitaria Colombo-Rio de Janeiro
A Confeitaria Rocco, como já foi inúmeras vezes mencionada aqui no blog, foi ponto de encontro da sociedade aristocrática riograndense pela qualidade de seus serviços e produtos, pela beleza do prédio e suntuosidade dos espaços internos, decorados com luxo e requinte. O salão de festas era muito solicitado para a realização de banquetes e bailes. Foi palco de pessoas ilustres como Eurico Gaspar Dutra, Daltro Filho, Getúlio Vargas, Mario de Andrade. A confeitaria foi tombada pela Prefeitura Municipal em 1997 completando 17 anos de reconhecimento da sua importância cultural e histórica para a cidade e até agora não foi entregue para a cidade como merecia ser.
Confeitaria Rocco-Porto Alegre
Depois de muitas matérias jornalisticas sobre a aquisição do imóvel pela Prefeitura, junto aos seus herdeiros, que não chegaram a um consenso de valores, nada mais se soube. Tantos anos fechada, e com sua fachada as vezes restaurada da ação de vândalos e pichadores, a Confeitaria Rocco é um marco histórico, que lamento profundamente estar todo este tempo desativada.

EL JARDIM DE LAS DELICIAS.


Eu caminhava pela rua Peru no bairro San Telmo em Buenos Aires, semana passada, quando encontrei este Restaurante/Café que me chamou a atenção da calçada. Ja estava anoitecendo e o ambiente todo iluminado por lampiões dourados e um  lustre de cristais coloridos causando um efeito magico sobre os azulejos portugueses da parede, aguçou minha curiosidade.
Havia apenas um casal bebendo vinho, e o dono do estabelecimento que veio ao meu encontro abrindo a porta e oferecendo o menu, era simpaticíssimo. Pedi um café com leite que depois de servido, começamos a conversar sobre o lugar, liberando-me para eu fazer algumas fotos.


O restaurante que já foi uma residencia no passado, possui cozinha própria e oferece uma excelente carta de vinhos e chás. Aos Domingos acontecem eventos como Saraus e apresentação de músicos. Conta também com um jardim interno para receber e promover eventos externos.
O prédio de arquitetura em estilo espanhol, moveis simples mas de bom gosto, não poderia ter outro nome senão "El Jardim de Las Delícias", localizado na Rua Peru -1024, no bairro San Telmo em Buenos Aires.


NEVE EM NOVA IORQUE


Eu estava fazendo uma incursão com alguns colegas de viagem, numa manhã fria de dezembro em Nova Iorque, quando começou a cair uma leve chuva que me fez pensar em silencio: 
"Não é possível que eu vim de tão longe pra ficar preso dentro de um albergue, por causa desta chuva!..
Eu não sei porque a primeira coisa que passa na cabeça da gente, quando somos contrariados por algo, é um baita pessimismo, né mesmo? Bom, contei até dez e tratei de afastar a negatividade. "chuva cai em qualquer lugar do mundo porque não aqui em Nova Iorque?.. E também ninguém por aqui é de açúcar!"


E foi só eu fechar a boca do pensamento negativo, que aquela chuva repentina foi afinando, amenizando e quando percebemos, caia alguns pequenos flocos brancos sobre sobre nossos casacos. Claro que nos olhamos e demos aquele berro clássico: "É neveee!..", que fez com que as pessoas, provavelmente nova-iorquinos, cruzassem por nós, dando aquela olhada de canto de olho, um tanto surpresos e pensando: "Que babacas esses turistas!..".


O inverno se inicia no dia 21 de dezembro em Nova Iorque, estendendo-se até o dia 21 de março, sendo o mês de janeiro o período mais frio da temporada de inverno. Chegamos no dia 23 para passar o Natal e Ano Novo. Mas como me disse o dono do albergue numa manhã em que eu reclamava do intenso frio: "É apenas o inicio do inverno!... Não está frio, vocês é que estão mal agasalhados!". Riu.
É, americanos gostam de manipular as palavras. Pensei com meus botões!


Bem, era o nosso primeiro dia em Nova Iorque e nem imaginávamos o que estava por vir. Quando fomos até Boston, alguns dias depois, para conhecer a cidade e visitarmos alguns amigos em Leominster, nevava muita. Era tanta neve, que nem mesmo os meus conterrâneos  daqui do sul, faziam ideia da quantidade! O gelo nesta pequena cidade nas proximidades de Boston, se cristalizava sobre as calçadas e ruas formando grossas camadas de gelo, onde o cuidado era pouco para não se levar um tombo daqueles. Era como se estivéssemos dentro de um congelador incrustado de gelo. Pessoas nas ruas eram poucas, mas assim mesmo arriscamos umas caminhadas para conhecer o lugar e comprar algumas bobagens, nos outlets abertos, que valessem a pena.


Nosso retorno de Leominster para Boston, fizemos de trem e olhando pela janela da locomotiva em movimento, tinha-se a sensação de que iriamos ficar pelo caminho, tal era a quantidade de neve. Paisagens lindíssimas, que parecia estarmos cruzando uma daquelas regiões rurais da Polônia, na Segunda Gerra Mundial, vistas somente em filmes. Ruas com pouca movimentação de veículos que por vezes deslizavam no asfalto congelado, quase provocando acidentes.


De Boston tomamos um ônibus até Nova Iorque, que ao chegarmos, não estava nevando, mas ainda assim, continuava a fazer muito frio, principalmente na parte da manhã e final da tarde para o anoitecer, quando íamos ate a pizzaria em frente ao hostel, escolher o sabor do nosso jantar a 99 cent.
Bom, por que eu fiz este post?.. Porque acho importante registrar não só algumas informações técnicas de uma viagens, mas também as emoções mais simples, vividas em momentos simples, para que se perpetuarem na lembrança.

💪👄Até o próximo passeio!

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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...