Cada um com suas habilidades

Semana passada enquanto tomava um café na cobertura do prédio, encontrei minha vizinha que me disse empolgada estar trocando de setor no Call Center de cobranças onde trabalha, para um outro  que serve para convencer os clientes que não querem mais o serviço da empresa, a permanecerem com eles. Disse que o funcionário treinado, tem que usar todos os recursos persuasivos para convencer o cliente a não desfazer o contrato e finalizou dizendo com certa excitação, que este era o seu novo desafio. 
Eu fiquei pensando, por alguns segundos, que algumas palavras utilizadas nos meios comerciais me provocam a sensação incomoda de tomar um chá amargo que me estragará definitivamente o estômago pelo resto do dia. As palavras, regras, metas e desafios também me provocam um peso e a sensação de  um sentido religioso cujo o objetivo serve para reforçar a fé cega de seus seguidores. Eu não tenho muita persistência para convencer as pessoas e respeito a opinião e a decisão delas sem muito esforço. Acho que estou mais do lado do ser humano do que das empresas com suas articulações comerciais que visam o lucro acima de tudo. 


Loucuras de mulher.

Hoje no programa "Vamos Combinar" do G N T, mulheres confessavam diante das câmeras, suas insatisfações com os cabelos, o que não é nenhuma novidade. Quem tem cabelo crespo quer cabelo liso, quem tem liso quer crespo, a conhecida regra das insatisfações humanas... Uma moça entrevistada, chegou a confessar que não sai de casa sem chapa-los, jamais lava os cabelos em casa, somente no cabeleireiro, nunca toma banho de mar  e de sol, chuva nem pensar... Eu fico pensando se isto não é o inferno na terra, vamos combinar não é? Mas os homens também tem suas insatisfações que não assumem publicamente como as mulheres, embora, cada vez mais eles estejam saindo em busca de recursos que não seja a antiga toquinha de meia de náilon roubada da irmã ou da amiga e usada durante a noite na cabeça para alisar ou diminuir o volume do cabelo.

Perdoem a falta de tempo, os dias eram assim!..

Tenho me sentido em falta com algumas coisas e isto tem me deixado envergonhado pela minha total ausência que devo dizer é somente física, por que minha cabeça esta dividida em outros espaços. Uma pessoa emocionalmente ligada a mim está hospitalizada e eu ainda não consegui arrumar tempo para vê-la. Outras pessoas também especiais que eu não tenho conseguido visitar, por que minha vida está acumulada de compromissos que não são possíveis neste momento desfaze-los. Mas eu também não posso reclamar, me propus a cumprir estes objetivos pessoais até o final, que já está bem próximo de acontecer. A vida tem desses ganchos de açougue, que nos abriga a pendurar obrigações em favor de outros não menos importantes e necessárias. Hoje é o meu primeiro dia em casa, contemplado por uma licença funcional a que tenho direito e dando uma olhadinha pra traz, percebo o quanto sobraram coisinhas que fui adiando pela falta de tempo e que agora devem ser resolvidas neste curto espaço de 15 dias. 

Es-ti-lo-so.

Soube em conversa com um amigo, que meu atual cabeleireiro me acha um cara estiloso. Eu tenho cortado o cabelo com ele, a pouco mais de dois meses e fiquei pensando sobre isto por alguns minutos e conclui que "não gosto desta palavra", ela pesa demais sobre os meus ombros, porque me submete a uma responsabilidade maior do que eu tenho para oferecer. Por exemplo, quando alguém nos fala alguma coisa positiva, e que parece elogiosa, seja de caráter estético ou não, temos a tendencia de nos esforçarmos ainda mais para não decepcionarmos- (Mas não decepcionar a quem?..) e em se tratando desses padrões, tudo é muito relativo sob o prisma das percepções pessoais que se alteram a todo o momento.

SANTA VITÓRIA DO PALMAR, A CIDADE DOS FARÓIS.



A primeira vez que eu estive em Santa Vitoria do Palmar foi em Abri de 2010, no feriadão de Sexta Feira Santa e Domingo de Pascoa, que pode ser LIDO AQUI e esta semana por ocasião de uma visita técnica a o Uruguai, tive que falar aos meus colegas de curso sobre a cidade, em função dela estar na rota do país que visitamos. Santa Vitória do Palmar é um município privilegiado por suas belezas naturais, possuindo tanto água doce como salgada em seu entorno. Em função disso, caracteriza-se cada vez mais como um pólo turístico no extremo Sul do Estado, tendo como destaques na área do lazer o surf, body board e a pesca.

O APELIDO DE MERGULHÕES:
Santa Vitória do Palmar possui um baixo índice populacional e a simplicidade de seus moradores, aliada a alguma inibição diante de pessoas de fora da cidade, lhes concedeu o apelido de mergulhões, pássaro da região que ao sentirem-se ameaçados com a presença de estranhos, mergulhavam para não serem percebidos.

ORIGEM DO NOME:
Seu nome Santa Vitória do Palmar é uma homenagem a Santa Vitória, uma santa italiana da qual a família do fundador da cidade era devota. A imagem da santa chegou ao povoado em 1858, vinda da cidade de Ravena, na Itália e o termo "Palmar" foi dado em razão da grande quantidade de palmeiras de Butiá existentes na região, possivelmente trazida pelas aves migratória que sobrevoam aquelas bandas e suas lagoas até hoje.


RESERVA DO TAIM:
Santa vitória do Palmar é uma cidade pequena e para se chegar até a sua sede, cruza-se a Reserva Ecológica do Taim, uma grande planície, cuja a paisagem é uma imensa faixa de terra com áreas extensas de campo, ora pantanoso, alagadiças, habitat de aves, jacarés, capivaras, e outras espécies de mamíferos. Esta extensa faixa de terra, que passa por Santa Vitoria do Palmar e adentra o Uruguai, era conhecido no passado por campos Neutrais. Durante a travessia de carro é necessário o controle da velocidade, para evitar atropelar animais que cruzam a pista, alguns de grande porte, como as capivaras.


CAMPOS NEUTRAIS:
Em 1777, portugueses e espanhóis celebraram o tratado de Santo Ildefonso, onde estes trocavam Colônia do Sacramento pelas Missões. Entre estes dois territórios ficou uma faixa de terra "sem dono". Essa zona (da Estação Ecológica do Taim ao município do Chui), onde hoje se encontra Santa Vitória do Palmar, ficou conhecida como Campos Neutrais, ou seja, não pertencentes nem a espanhóis e nem a portugueses. Sua proximidade geográfica com o Uruguai, favoreceu a concentração de muitos criminosos na região conhecida, na época, como "terra sem lei". Mais tarde, as terras passaram da Espanha a o domínio português de acordo com o Tratado de Tordesilhas. 


LAGOA MIRIM:
A cidade possui duas grandes lagoas em seu território: a Lagoa Mirim e a Lagoa Mangueira. Um pequeno porto lacustre se encontra às margens da Lagoa Mirim a dez minutos do centro de Santa Vitória do Palmar, tendo acesso pela Av. Getúlio Vargas. Durante os últimos anos, a prefeitura do município investiu em reformas para a revitalização do porto com a finalidade de desenvolvê-lo em relação ao turismo e também, com a tentativa de integrá-lo como porta de entrada e saída de produtos comercializados pelo Brasil ao Mercosul. À beira da lagoa, no entorno do porto dispõe de quiosques e churrasqueiras, o que oferece à população da cidade uma oportunidade de lazer. A Lagoa Mirim é palco de intensa atividade pesqueira e apresenta preciosas paisagens, incluindo o seu pôr-do-sol, considerado um dos mais belos da região. A lagoa permite a prática do iatismo esportivo e a pesca.




PRAIA DO HERMENEGILDO:
Santa Vitória do Palmar possui duas praias; a Praia do Hermenegildo e a Praia da Barra do Chuí, onde faz fronteira com o Uruguai. A Praia do Hermenegildo é o balneário mais frequentado. Em 1978 ocorreu o fenômeno ambiental descrito como maré vermelha, que chegou a atingir outras praias mais distantes como a Praia do Cassino, e Punta del Este, no Uruguai. O acontecimento teve grande repercussão na mídia nacional e internacional. Na época, surgiram diversas hipóteses para justificar a mortandade de peixes e outros animais marinhos na região, além de problemas respiratórios em algumas pessoas.



PRAIA DA BARRA DO CHUI:
A Praia da Barra do Chui é a primeira praia brasileira chegando do Uruguai. Faz fronteira com a Barra del Chuy, balneário uruguaio de mesmo nome, separada desta pela foz do Arroio Chui - de onde origina-se o nome. Por muito tempo, a Barra do Chuí foi considerada um balneário exclusivo da elite vitoriense, hoje em dia, seus veranistas são, em maior parte, turistas uruguaios e argentinos. Isso se deve à sua proximidade com a zona de comércio internacional do Chuy, formada por seus free shops.



FAROL DE ALBARDÃO:
O litoral de Santa Vitória do Palmar também é conhecido como "a cidade dos faróis". Em toda sua extensão litorânea, estão distribuídos quatro faróis de sinalização náutica. São eles: o Farol do Chuí, localizado na praia da Barra do Chuí, ao lado do Arroio Chuí; Farol do Albardão, distante 87 quilômetros da Barra do Chuí; Farol Verga, a 110 quilômetros da Barra do Chuí; e o Farol da Sarita, situado no limite do município com Rio Grande, a 135 quilômetros da Barra do Chuí.

Afinal de contas quem está mentindo?



Acabo de ler no G1, a história de um menino de 11anos, que contou para sua mãe, ter sido estuprado por um professor, durante um evento numa cidade vizinha a sua no interior do Ceara. Segundo o relato da mãe, o menino só contou sobre o abuso dois dias após ter ocorrido a violência. Os dois não se conheciam, mas o garoto afirma que o professor o chamou até um beco e o estuprou. O professor, de 25 anos, compareceu à delegacia e prestou depoimento negando ter praticado o ato sexual com o menino e alegando que o garoto o assediou, que houve o encontro e carícias, mas nega o ato sexual. O suspeito vai responder ao processo em liberdade, pois não houve flagrante. O garoto e a família foram para a cidade de Quixeramobim, onde o menino será submetido ao exame de corpo de delito para prosseguimento ou não no processo criminal.
O que eu me pergunto intimamente aqui com os meus botões, é se um garoto de apenas 11 anos, seria tão ardiloso e capaz de articular uma situação desta. Por outro lado a explicação do professor diante deste fato, não convence nem a mim como ao cachorro faminto da esquina e considerando-se que o abuso não se restringe somente ao ato sexual em si, ele parece já estar encrencado no próprio depoimento, não é mesmo...

A festa de Nani Sexy.

A animação feita por meu colega de curso, dentro do ônibus, no retorno de Montevidéu para Porto Alegre, fez o maior sucesso, constatado pela alegria e muitas gargalhadas de todos presentes, inclusive eu. A figura de um homem fazendo humor travestido de mulher, parece sempre provocar este comportamento de liberação das pessoas, que certamente não seria o mesmo se não fosse um teatro com o objetivo de provocar risos.
Este estereótipo da bixa louca, afetada, cheia de trejeitos afeminados e exageros posturais é a divisa limítrofe que distancia a fantasia da realidade em que vivem os gays na atualidade e que lutam pela garantia não só de seus direitos, como pelo respeito ao que são na sua totalidade. A brincadeira foi ótima, mas eu não deixei de pensar também sobre isto.

Amiguxo...

Aprendi com alguns jovens tempos atrás, uma gíria muito utilizada entre eles que achei engraçada e que acabei utilizando-a também por acha-la divertida e que por mais boba ou absurda que pareça, tem sua lógica ancorada num conceito com características obvias a cerca de algumas atitudes humanas também engraçadas... Essas linguagens novas, se tornam parte do nosso cotidiano e chegam até nós na maioria das vezes, sem conhecermos sua verdadeira origem e das mais variadas formas  possíveis, seja numa brincadeira entre amigos ou numa observação intencional e então por alguma simpatia a adotamos e a transformamos numa espécie de clichê que passamos para os outros, como forma de torna-la publica e darmos boas gargalhadas em conjunto.
O amiguxo deve ter surgido assim, uma palavra inventada a o acaso para designar um tipo de pessoa num grupo, que está sempre na volta da uma outra, ouvindo-a passiva e amigavelmente, sem nunca ser incisivo nas suas colocações. É do tipo amável, que aconselha, que se cala na hora certa, que ouve, que apóia, que apazígua as magoas com palavras mansas e reforçadas por alguns carinhos tímidos, sem nunca ultrapassar limites. Divide o mesmo cobertor para aquecerem os pés, o pacote de bolachas recheadas e até os fones de ouvido para curtirem a mesma musica juntos. Troca confidencias, sonhos, beijos de selinho e às vezes até sente ciumes sem saber por que razão. Sofre de uma especie de amor platônico. O amiguxo está sempre a volta do outro de antenas ligadas, expressando cumplicidade no olhar e resistência a aproximação de terceiros. Se perguntado pra ele se estão namorando a resposta é imediata, somos apenas amigos. Há quem diga que o amiguxo é um esperto, uma espécie de predador de unhas e dentes aparados, aguardando o momento certo para devorar sua presa ao acaso e sem nenhum esforço. 

A noiva e o Cão.

Hoje à noite em aula, eu e meus colegas fizemos a tradução do espanhol para o português, da musica "En el muelle de San Blas", de autoria de Fher Olvera, líder e vocalista da Banda Maná, que conta a história de uma velha senhora de 70 anos, que perambulava no Puerto San Blás, no México, com seu vestido de noiva em trapos, a espera de seu grande amor que partiu para o mar e nunca mais voltou. A historia parece ter realmente existido, e a musica nasceu quando esta mulher foi vista sentada no cais, possivelmente esperando o retorno dos barcos do qual acreditava trazer de volta o seu amado. Fher Olvera e Alex que passavam férias por lá, a teriam visto e indagado junto aos moradores quem era aquela mulher e lhes foi contado que ela era tida como louca e que todos os dias vinha até o caís, vestida de noiva, a espera do homem, que prometeu busca-la mas nunca retornou. 
Esta historia me fez lembrar do filme "Sempre ao Seu Lado" que também foi verídica, porém conta a forte relação de amizade entre um professor universitário vivido por (Richard Gere) e seu cão adotado. O professor morre de infarto, e o cão todos os dias vai até a estação do metrô durante 9 anos, na expectativa de que seu dono reapareça. Ao cão foi construído uma estatua de bronze em sua homenagem, para a velha mulher vestida de noiva, uma bela musica, para nós o aprendizado de duas tristes histórias, apoiadas em expectativas que não se cumpriram por determinação do destino.

Viagem Técnica em Montevidéu


Desta vez minha ida para Montevidéu não se destinou a fazer turismo pessoal como das outras vezes, mas uma viagem técnica de aprendizado e conhecimentos, guiado por profissionais da área de turismo, em função do Curso de Guia de Turismo que estive envolvido desde Março deste ano. Claro que revi lugares anteriormente visitados, mas acabei conhecendo outros de muito interesse que serviram para ampliar o leque de possibilidades culturais e de entretenimentos que a cidade tem para oferecer, para quem a visita.

E eu estava certo, para se conhecer uma cidade, devemos retornar outras vezes, quantas vezes forem necessárias, porque uma cidade não se revela numa unica vez, em cada momento podemos descobrir mais detalhes, colher mais informações e é isto que torna essas experiencias pessoais mais interessantes e apaixonantes, as surpresas. O ônibus que locamos da Orion Turismos, era de um conforto por excelência, com bancos tão amplos que eu consegui dormir na viagem, coisa rara e o hotel foi o London Palace localizado no centro de Montevidéu, a poucos metros da Avenida 18 de Julho, cercada por galerias, cafés, restaurantes, boutiques, cinemas, teatros, cassinos, pubs e o Centro Histórico a poucas quadras. Não pretendo me estender demais neste post, pois já descrevi em outras postagens alguns detalhes desta viagem, mas na medida do possível em que eu for lembrando, compartilharei outras coisa que achei interessante.

O que tem na Parrilha uruguaia?

Se tem uma coisa que eu não aceito comer na parrilha uruguaia, (churrasco feito sobre a lenha e não carvão, onde se aproveita todas as partes do gado e ainda utilizam embutidos) é a tal de morcilha preta adocicada e feita de sangue do boi.



Me dá uma sensação absolutamente desagradável. Eu penso que aquilo pode ser qualquer coisa, menos algo que se possa colocar na boca e comer. Agora pensem o que quiserem, não tô nem ai!.. Até um gato gordo eu mandava ver, se não assistisse ao sacrifício e depois de duas garrafas de "médio y médio". uma aparente inocente mistura de vinho branco e champanhe que parece deixar tudo possível depois de alguns goles. Que tal este gorducho que encontramos num Café, no caminho da viagem?..


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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...