No terceiro ponto de vista

Tem momentos em que certas mudanças vão acontecendo na nossa vida, no trabalho, nos projetos, no cotidiano sem que tenhamos algum controle, então parece que não tem outro jeito a não ser adaptar-se a elas. Podem ser boas, ruins ou não causarem muita diferença, mas a gente fica ainda naquele estágio de resistência, causada pela insegurança ao novo!
Ainda hoje lembro ter dito em conversa:
Não que seja mais fácil para quem está de fora, mas sim, mais difícil para quem está dentro e num terceiro ponto de vista, talvés nem seja nada!

Alguma habilidade

Mesmo com pouca ou sem nenhuma experiência na técnica, pesco como um profissional habilitado e com alguma sabedoria. Observo o tempo, a qualidade e os movimentos da agua. Preparo a isca delicadamente na ponta do anzol como se fosse uma iguaria e só depois jogo-a no leito do rio em movimentos lentos e circulares como uma dança exótica com doses de paciência. O peixe é atraído pela isca com curiosidade e pode até não abocanha-la, mas a vivência disto tudo é COMPENSADORA, uma espécie de CONQUISTA!

E aí Maradona!

Hoje acordei virado do avesso, pouco sono durante a noite, péssimo humor nesta manhã cinza e chuvosa. Será que ainda não me acostumei na nova moradia ou é o tempo que deixa a gente assim meio embaraçado? Quando sai para o trabalho, não encontrei disfarces para esconder as marcas que ficaram registradas na cara e as sombras no olhar pelo mal dormir, fiquei em silencio quase toda a manhã.

De tarde o jogo da Argentina contra o México pela Copa, me animou um pouco e me fez pensar no porque Maradona mesmo com situações adversas em sua vida pessoal é tão amado pelo seu país e seus jogadores. O técnico parece ser muito intenso em tudo que faz, mantém uma relação de amizade, liberdade e paternidade regadas de muito carinho, atenção e confiança com sua equipe e isto cria um forte laço de afeto e comunhão reciproca capaz de derrubar qualquer obstáculo. Sua espontaneidade vista na TV durante os jogos é surpreendente. Se vencer a copa, o que não é de se espantar, aguardarei seu desfile pelado em praça pública, conforme prometido.

Desfeitas

Hoje recebi uma grande desfeita que evidentemente sobreviverei a ela e também reciclarei meus conceitos e atitudes futuras com relação a "gentilezas". Mas o que me deixa impressionado e também decepcionado é com a falta de educação destas pessoas que te ligam num dia, se comprometendo e no outro simplesmente esquecem e também nem se dão ao trabalho de ao menos levantarem o telefone e arranjarem uma desculpa, mesmo que seja as já conhecidas, as furadas, as costumeiras!..
Bom, no fundo a gente sabe que as coisas são assim na maioria das pessoas, (esquecimento, interesses pessoais etc, etc...) o que devemos é cultivar os poucos que se diferenciam!
Ah, quanto ao vinho que separei para apreciar-mos, beberei sozinho à noite e erguerei a taça em sua homenagem sempre que lembrar desta desfeita!..

Disco arranhado

Ontem tentei ouvir o disco que tanto aprecio nestas horas em que desejo dividir momentos agradáveis, mas esqueci que estava arranhado e assim repetia o mesmo pedaço de letra que não faz sentido. Eu me odeio por ter esquecido disto e preciso sob urgência substitui-lo de uma vez.

A gente não é o que pensa ser!..

Talves tenha sido o melhor churrasco que já comi, alguém falou aumentando a auto estima do assador. Mas eu estava meio atormentado, com uma vontade louca de fazer algumas mudanças que me incomodavam.
Mandar trocar a calça do aniversariante por um Jeans maneiro, perguntar pra morena branca o que realmente esta acontecendo na sua vida, secar as lágrimas contidas da outra morena saudosista, fazer com que os irmãos ficassem menos contidos- mais soltos, mudar a trilha sonora da festa. 

Nem sempre a gente é o que pensa ser, mas o que os outros vêem. Existem tantas mentiras em nossas verdades e vice-versa, daí surgem os conceitos sob pontos de vista diferentes. Nos vigiamos e somos vigiados. Nossas atitudes fabricam conceitos que desconhecemos. E eu, como estava sendo visto naquele momento?.. A Meg me olhava calada, ela deve saber!


Mudança

Estou de mudança para um outro apartamento e eu já havia esquecido desde a ultima mudança, o quanto este tipo de coisa dá trabalho.
Empacota daqui e dali e se descobre quantas tralhas a gente esconde no que parece estar tão organizado. Depois de quase tudo empacotado, por que sempre fica alguma coisa pra traz me perguntaram:
_E aí não vai se despedir da antiga moradia?
E eu pensei com meus botões e respondi:
_Não!
A verdade é que com o tempo a gente aprende a lidar mais com desapegos, tornando-se mais adaptavel a mudanças!

Abnegação

Hoje domingo, dia de copa, de descanso para os menos afoitos por futebol, mas os verdadeiros amigos, aqueles que se pode contar em horas de assoberbação estavam presentes e eu os agradeço por estes momentos de abnegação. Dai eu entendo que tem sentimentos que se solidificam por estes momentos cujas as atitudes parecem simples, mas não são e devemos valorizar. O resto?..(~/~#~/~), estes estavam cansados, sonhando, pensando, delirando, arrumando desculpas como sempre fazem.

Desconfiança

Ontem meu colega e eu atendemos um idoso de 93 anos que ja estava dentro de um carro e sendo levado por familiares para uma emergência. Na tentativa de retira-lo de dentro do veículo, meu colega quase foi atingido no rosto por um soco. Apesar da idade avançada o idoso era bem agressivo e mal educado, proferindo ofensas e palavrões em alemão. Quando o levamos ao posto de atendimento mais próximo, o medico de plantão, teve a mesma desconfiança que eu. A enfermeira comentou que ele nunca saia de casa, nem para consultas médicas ou exames de rotina e que inúmeras vezes foram coletados em seu quarto.
Seria um refugiado?
..
Bom, um idoso, 93 anos, agressivo, mal educado, nascido e vivido na Alemanha no período de gerra e que parecia estar escondido na sua própria casa, a gente desconfia e até pensa no pior num é?..

Sem explicação...

E 'essas coisas' que acontecem na vida da gente de uma forma que parece toque de magia, coincidência, sorte, ou sei lá que nome dar?...
Se encaixam de forma perfeita nos momentos que mais se precisa, sem se fazer esforço ou passar por extremos momentos de estresse. Acontecem na hora certa, como se tudo fosse premeditado, planejado, trabalhado por forças maiores e que nos deixam boquiabertos como merecedores de um presente. Que explicação dar?...

ENTREVISTA COM JORGE KAJURU NO CONEXÃO REPÓRTER.

Visivelmente magro, doente, cego de um olho e com capacidade visual de apenas 20% no outro olho devido a Diabetes, Jorge Kajuru concedeu entrevista ontem para Roberto Cabrinni no Conexão Repórter, falando de sua depressão causada pelo seu estado de saúde física e mental. Afastado da televisão, o polemico jornalista, afirmou ter ficado desempregado, sem dinheiro e deprimido, pensando até em suicídio..
Extremamente crítico e sem freios na língua, colecionou desafetos e demissões de todas as emissoras pelas quais passou. Com grave problema visual, não consegue mais ler jornais e livros. Submeteu-se a uma cirurgia de redução de estômago para continuar vivo, mas também sofre com o agravamento da Diabetes e impotência sexual.
Sem querer ser crítico, mas sendo, eu fiquei me perguntando enquanto assistia a entrevista: Não somos nós protagonistas da nossa própria historia e assim responsaveis por grande parte de seu desfecho final?..
Jorge Kajuru
, assim como Jose Datena (TV-Bandeirantes) e Alexandre Mota (TV-Recorde) atualmente, são pivôs de um jornalismo exacerbado, nervoso e duvidoso, cuja as suas emoções pessoais ultrapassam os limites do que chamamos de conceitos adequado de informação e esclarecimento ao telespectador, pois são informações violentas e sensacionalistas. Um jornalismo que dizem ser investigativo, (agora virou moda este termo), mas que para mim, não passa de instigativo, pois promove visivelmente a ira e indignação dos que o assistem, sem fornecer meios e caminhos a possiveis soluções. Agora Kajuru sofre de um mal físico, mental e social, que sabemos ter sido ele mesmo o causador, provocados por possiveis descuidos com a saúde, seus posicionamentos pessoais divergentes contra poderosos, estress e angustias acompanhadas tantas vezes na telinha da TV.
Quanto a sua tristeza de não poder mais transar por falta de ereção, eu me perguntei: Será que ele transava antes de ficar impotente, tinha tempo?.. Tenho minhas dúvidas. Ele dever saber de outros metodos para contornar esta falta e assim tentar ser feliz!


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TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...