Porções Magicas

Hoje fui almoçar com minha mãe e sempre que faço isto sinto uma espécie de bênção por que possibilita-me -la e também experimentar a sua comida caseira que somente ela tem o segredo do tempero. Acho inclusive que este tempero tem algo Blavatskyano, esta sensação que sinto quando vou saborear o feijão novinho, o arroz no ponto mais o complemento que algumas vezes são panquecas, almôndegas, abóbora com guisado e etc feitos por ela, vai além da simples aceitação degustativa, algo que somente Freud pode explicar nos seus tratados de psicanálise. Faz quase um mês que ela fraturou as articulações entre o punho ea mão esquerda, mas a contenção gessada não a impede de arriscar-se na beira do fogão e inventar suas porções mágicas para me agradar.

Beleza não põe mesa.

Assisti hoje de tarde na casa de minha mãe, a matéria do Jornal Hoje, sobre Susan Boyle que virou assunto no mundo todo ao participar do Reality Show "Britain's Got Talent" surpreendendo a comissão julgadora e plateia ao soltar sua magnifica voz apresentando "I dreamed adream". Mas Susan não virou celebridade de uma hora para outra, somente por que canta magnificamente bem, mas sim por que foi humilhada e desrespeitada pelos juízes e pela plateia, que debochavam-na com caras e bocas e gargalharam pelo fato da caloura estar fora dos padrões de beleza esperado e apresentar uma idade mais avançada que os outros concorrentes. Um dos bonitões loiro que fazia parte da comissão julgadora, chegou a perguntar a moça e depois fazer chacota, se ela havia sido beijada e qual era a sua idade, oque ela respondeu-lhe com dignidade e humildade. Mas a resposta final de Susan veio, quando ela abriu a boca para cantar deixando todos estarrecidos, hipnotizados com sua encantadora voz, mostrando que quem vê cara e físico atraente, não vê sensibilidade e talento, que beleza pode surgir na contra mão do que a maioria das pessoas esperam que venha. Beleza nem sempre é presente para os olhos, pode ser para os ouvidos e outros sentidos humanos. A história de Susanme me faz pensar em quantos artista talentosos e com habilidades também em outras áreas artísticas já não foram discriminados aqui no Brasil e no mundo por não corresponderem aos padrões estéticos exigidos pela (midia).
_É, beleza não põe mesa! Disse minha mãe a o final da reportagem.

Encontro de Nadismo

Lembrando de Débora, filha de uma amiga querida que costuma dizer que é especialista em não fazer nada, me chamou a atenção, um post no blog de Morgana Gualdi Laux, sobre um encontro de Nadismo que ocorreria dia 14/abr/deste ano na av. Wenceslau Escobar 2200, no bairro Tristeza. O encontro contaria com a participação de Marcelo Bohrer que criou o Clube de Nadismo em 2006 com o objetivo de reunir pessoas cujo o dia-a dia ea falta de tempo as tornaram estressadas e viciadas em função de suas ocupações. O clube prega a necessidade de um momento especial onde oferece a oportunidade das pessoas pararem e não fazerem nada. Os eventos e a pratica do nadismo são públicos e acontecem mensalmente dando a chance de seus participantes através do "não fazer nada" relaxarem e refletirem de que forma ocupam seu tempo. Atualmente com a participação de mais de cinco mil sócios em parques por todo o país, o nadismo se difunde e passa cada vez mais ser uma pratica comum nos nossos dias. Veja o site e mate sua curiosidade sobre o assunto:



Cidade das àrvores

Porto Alegre é a cidade das árvores. No últimos três anos, foram plantadas trinta mil mudas. Estima-se que Porto Alegre possua um milhão e duzentos mil árvores em vias públicas, cuja distribuição beneficia um número de pessoas ainda maior que o atingido pelos parque e praças (dados da PortoWebb/procempa). Mas Porto Alegre tem lugares incríveis. Quem já não passou por aquelas ruas arborizadas com árvores centenárias dando a sensação deque estamos numa floresta ou cruzando um túnel verde fora de nosso tempo real, como se fossemos arremeçados magicamente ao passado? Ruas como a Castro Alves, Dona Laura, Luciana de Abreu, Félix da Cunha e tantas outras é o retrato vivo deste passado, combinado a sensações inexplicável que pode ser sentido na pela, no olfato quando passamos por elas. A rua Gonçalves de Carvalho em 5 de junho de 2006, foi decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental pelo decreto municipal 15169/06, tendo sido a primeira rua tombada como tal em todo o país.

Queda do "Muro da Vergonha"

Varias atividades na capital, esta semana, estão colocando em discussão a derrubada ou não do muro da av. Mauá que isola a cidade portoalegrense do rio-lago Guaíba. Denominada por algumas pessoas de Muro da vergonha, por esconder a história de Porto Alegre, o muro foi construído na década de 70 em função da grande enchente que abalou a cidade em 1941. Se a proposta se concretizar, o muro sofrerá a primeira intervenção desde a sua construção. O plano atualmente escolhido é a redução da altura do paredão de concreto com o objetivo de ampliar a visão dos armazéns e do rio para quem circula a pé ou de carro pela a avenida Mauá.
Segundo o diretor do DEP- Departamneto de Esgotos Pluviais, desde a construção do muro, nenhum projeto deu garantias de segurança no caso de um a nova enchente e que na qualidade de diretor ele não assumiria a responsabilidade de ser apontado como culpado caso ocorresse de novo. Sobre a proposta de reduzir pela metade a altura do muro, o diretor prefere não se manifestar uma vez que o DEP não foi ouvido pelo corpo técnico da empresa que encabeça o consórcio selecionado pelo projeto Revitalização do Cais Mauá. O plano deve ainda ser discutido e analizado na Câmara de Vereadores. De acordo com o diretor da empresa concessionada, uma idéia adicional é abrir um canal de comunicação direta com a sociedade por meio de um site, para que a empresa receba opiniões e sugestões.

*Foto da enchente de 1941-
70 mil pessoas desabrigadas
.

Exterminadores

Eu sempre termino por me afastar dos que não acreditam em mim e colocam em duvidas a minha integridade e tem como objetivo doentio apoderarem-se da alma, da vida das pessoas. Agem com falsidade e alimentam-se de sentimentos que chamam de amor com ciumes radicais e sem sentido. Vestem-se de vitimas e sofrem por circunstancias criadas por si mesmas. São escravos de sua própria insanidade e vaidade, caem em suas armadilhas deixando seus egos feridos por um derrotismo que só cabe em seu mundo derrotista. São maus alunos da escola da vida. Não entendem que amor não é posse, propriedade, domínio. Amor é liberdade, respeito e aceitação das diferenças. São insaciáveis, cobradores, responsabilizam os outros por seus sentimentos de frustração. São exterminadores da paz alheia, acreditam em jogos mortais e perseguições. Tentam atingir as pessoas por todos os meios que disponibilizam. Metralham suas vítimas com balas de culpa até sufoca-las, até ve-las cair, até mata-las de vez e apiedando-se depois!

"...Pra quem não sabe amar

Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada..."

Cazuza
A noite estava com cara de inverno. Vento forte batia nas persianas de minha janela. Abajur ligado, caneta esferografica sobre a folha de papal em branco. Por minutos me senti inverno!
Alinhavei com um amigo a possibilidade de um dia desses pegar o carro e sair para conhecer algumas cidades do interior. Pensamos a principio em Bagé ou Santana do Livramento que faz divisa com o Uruguai. Não sei ao certo porque pensei nestas duas cidades que sempre pareceram tão distantes da minha curiosidade turistica, mas é uma idéia a ser elaborada, de se pensar, por que não?

Bate-papo informal

Noite dessas, cinco mulheres que se conheciam haviam decidido encontrarem-se na casa de uma delas, para conversarem sobre oque lhes viessem a cabeça. Tinham pouco tempo, pois cada uma tinha seu compromisso e então deram uma fugidinha rápida para estarem juntas e dividirem entre si o bate-papo informal, acompanhado de chá e sanduiche aberto. No encontro, piadas, gargalhadas, musica, sonhos e opiniões sobre relações refeitas e desfeitas. Eu apareci no local por puro acidente, havia me comprometido de entregar um documento para uma delas e então quando todos se deram por conta la estava eu: _Bendito ou maldito fruto entre as mulheres!_ Gargalhadas. Mas minha chegada não causou desconforto, nem pra mim e muito menos para elas que continuavam animadas, eufóricas. Voltei para casa pensando o quanto é positivo e se faz necessário estas cumplicidades, esta comunhão de aféto entre as pessoas que se atraem por sentimentos e opiniões afins. Nesta troca de energia positiva, certamente todos ganham atenção, prazer e crescimento pessoal.

Al' zira

"A minha dor é enorme, mas eu sei que não dorme quem zela por nós. Há um Deus sim, há um Deus e esse Deus lá no céu há de ouvir minha voz!..."

Quando eu ouvia Zira, (apelido entre familiares), cantar esta e outras musicas, era pra mim a abertura de outros mundos, mesmo ainda sendo um menino. A minha dor, também era enorme.
Sentada envolta de uma mesa ou num palco de madeira alto, improvisado nas festa de família e amigos, eu pensava que sua dor era realmente tão enorme quanto sua voz. 
Tinha a voz rouca, parecida com a de Maria Bethânia e o olhar tristonho como o de Zilah Machado. Cantava com paixão, sempre acompanhada dos irmãos e marido, músicos de fim de semana, de festas entre os mais chegados. Afinal durante a semana eram feirantes, pedreiros da obra civil.
Portava-se como uma verdadeira dama e artista que era. Uma dama interpretando emoções de rasgar a alma das  pessoas que a assistiam e a sua própria. 

O menino atropelado

Ontem um menino de dez anos foi atropelado ao atravessar a rua por um automóvel dirigido por um jovem que fugiu sem prestar-lhe socorro. Quando cheguei no local para prestar-lhe socorro a comoção em sua volta era geral, pessoas gritavam, choravam, clamavam vingança contra o atropelador desconhecido. A policia tentava acalmar os tumultuosos e os agentes de transito tentavam organizar, nervosos, os veículos que paravam no local atrapalhando ainda mais o tráfego também tumultuado. Depois de alguns minutos a policia localizou o agressor e novas explosões de ira sacudiram a galera de vingadores anônimos. Dentro da ambulância, enquanto examinava-o notei uma fratura em sua perna magrinha e pequenos arranhões pelo corpo. Em seguida, entre um gemido e outro de dor, ele lançou-me um olhar de preocupação e disse:
_Não conta pra minha mãe tio, senão eu frito!
Quando saí de lá, a guerra ainda continuava entre os defensores do menino, o agressor preso e a policia militar que tentava manter a ordem com uma certa desordem.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...