AS PRAGAS INCONTROLÁVEIS

Eu estava na janela do meu apartamento nesta manhã, quando vi o catador de materiais recicláveis abrir o saco de lixo da casa vizinha e espalha-lo pela calçada, num ato de vandalismo. É, não existe outra palavra para definir esta atitude. Ele possivelmente não encontrou o que procurava e talvez por isso, não se deu ao trabalho de recolocar o lixo de volta, dentro do saco. Eu chamei a sua atenção de onde me encontrava, nunca atitude de revolta pelo que assisti, mas ele disfarçadamente fingiu não me ouvir e saiu a passos largos, sem olhar para traz.
Outra situação que esta virando uma verdadeira praga, são esses distribuidores de jornais de ofertas de super mercados, que entopem as caixas de correspondências dos edifícios. São encartes, jornais publicitários volumosos que dificultam a colocação das correspondências importantes por que ocupam quase todo o espaço da caixa do correio. Muitas faturas são amassadas ou rasgadas inutilizando os códigos de barra o que causa problemas na hora de se pagar as contas. Aqui perto de casa, são pelo menos três supermercados responsáveis por isto, o Carrefour, Big e o Carboni a nos enfiar propagandas, caixa de correio à dentro.

Zerando mal entendidos.

É justo que quando alguém nos faz uma grosseria qualquer, se retrate, peça desculpas, isto faz com que a pessoa não fique tão feia e intragável diante dos nossos olhos. A retratação é uma tentativa de zerar o mal entendido e assim gerar um bônus para que a relação continue apesar do desconforto que às vezes demora um pouco a passar. Inúmeras vezes já me retratei em função de meus atos de destemperamentos que eu penso ter sido compreendido, embora eu acredite que o que nos faz sentirmos perdoados não é a aceitação de desculpas da pessoa a quem atingimos, mas a nossa própria atitude de retratação e de arrependimento. É a gente que se perdoa para aliviar o peso da nossa consciência e refazermos a imagem de pessoa correta que construímos a nosso respeito.

Contradições do tempo

Um paulistano publicou no Google + este desenho bem humorado com a seguinte frase pessoal: Saudades da época em que ainda chovia em São Paulo. Este nosso pais que é um gigante pela própria natureza é ou não é uma contradição? Enquanto aqui no sul ja estamos quase virando anfíbios e rezando para parar de chover, no sudeste eles não aguentam mais o calor e imploram por chuva.

Colorindo os muros da cidade.

Sábado passado eu e uma amiga estavamos indo até o schoping Praia de Belas, quando percebemos a movimentação de grafiteiros com latas de tintas na Avenida Ipiranga 3330, em frente a o muro da subestação da CEEE e que depois descobrimos estar acontecendo um projeto idealizado pela empresa estatal chamado "Colorindo os muros da CEEE", com a participação de grafiteiros reconhecidos como Jotapê Pax, Lucas Anão Vernieri, Celo Pax e Luis Flavio Trampo, do estúdio Núcleo Urbanóide de Porto Alegre e também grafiteiros de outros estados. A pintura no muro da estação 10 é a primeira de outros grafites que serão feitas nos diversos muros de subestações da empresa. Eu fiquei pensando por que a Prefeitura não copia esta ideia e passe a colorir mais a cidade. Um dos espaços que mereceria um trabalho desses é o túnel da Conceição absolutamente cinza e com pouca iluminação, alem de outros espaços espalhados pela cidade que merecem uma repaginada. 

Atenção especial nas escolhas para não serem mal feitas.

Eu fiquei assistindo o empenho de uma colega hoje junto a chefia, para trazer um outro colega para o nosso setor de trabalho, quando houver vaga, por ela acreditar na competência e educação deste colega. Claro que estes requisitos são importantes principalmente quando se lida com o publico, mas alem das justificativas relativo a o seu desempenho como profissional, eu percebi que a estética do colega, também possui um fator de peso nesta escolha, já que rendeu sutis observações à respeito, durante a conversa. Isto me fez lembrar das eleições presidenciais de 1989, quando Fernando Collor de Mello ganhou de Lula, por sua conversa furada de ter competência em administração publica, caça aos marajás e obviamente por sua beleza física. Eu lembro inclusive de uma amiga minha se justificando, que daria seu voto ao Collor, por que precisávamos de competência, de uma pessoa culta e educada e sangue jovem no país; Lula para ela não passava de um ignorante. O resto todo mundo sabe no que deu.

Porto Alegre está um caos.

Certamente já ouviram falar no diluvio bíblico, pois é exatamente assim que Porto Alegre se encontra nesta tarde de segunda feira, com chuvas torrenciais, vento, galhos que se soltam das arvores sobre as calçadas, vendedores de guarda chuvas que se multiplicam nas esquinas, semáforos que não funcionam, carros batidos, ruas alagadas, azuizinhos discutindo com motoristas,  gente perdida e que não sabe por que veio a o mundo, o caos geral. Quatro e meia da tarde, já parecia com cara de noite.
Sabe do que é que precisamos: Por em pratica um plano mais elaborado de funcionalidade urbana da cidade, que já cresceu pra frente, pra traz, pros lados e pra cima e não tem mais pra onde se expandir. O que sobra, são os bairros mais afastados, que antes ninguém queria morar e agora surpreende os olhos com numerosas construções que brotam da noite para o dia. Fiquei matutando com os meus botões, já pensou se lá pelas tantas, o Guaíba voltasse a transbordar?

Estratégia de Marketing

Dias atrás em conversa com  a filha adolescente da vizinha, ela me perguntou o que era uma estratégia de marketing. Eu fiquei pensando numa resposta brilhante que raramente me acontece e então me veio na cabeça uma situação ocorrida alguns meses quando eu ainda fazia o curso de guiamento de turismo e que utilizei para lhe explicar. 
Eu inventei durante o curso, uma brincadeira entre meus colegas de aula, que os deixavam tensos cada vez que apresentavam seus trabalhos individuais, que valiam pontos. No final da apresentação eu sempre levantava a mão e perguntava-lhes se podia  fazer uma pergunta sobre o assunto recém apresentado. Apresentava uma dúvida que às vezes nem era respondida, mas que virava uma discussão onde todos ganhavam mais informações sobre o assunto, inclusive eu e todos se tornavam igualitariamente alunos desprovidos de concorrências pessoais e vaidades. Esta minha atitude que inicialmente gerava  desespero entre eles, por que nem sempre temos domínio total daquilo que estamos informando, com o passar do tempo foi se transformando numa brincadeira descontraída onde eles me diziam _Se tiver alguma pergunta pra fazer, tu tá morto!.. Mas era essa a minha intenção, transformar aqueles momentos austeros, em momentos mais relaxados, desinibidos.
Até que um dia uma colega antes de fazer sua apresentação me chamou de canto e me disse; Quando eu terminar de apresentar meu trabalho tu me fazes a seguinte pergunta [..]. Pergunta esta elaborada por ela evidentemente, que respondeu com naturalidade e de forma brilhante, recebendo até uma salva de palmas de todos no grupo. Esperta esta colega, eu pensei. Uma estratégia de marketing pessoal que ela nem precisava.

ABERTO SOMENTE PARA CONVIDADOS

Eu estava seguindo o blog Matando Carpinejar, que elogiei aqui no Diário de Bordo pela  forma ousada e diferente com que sua autora (esposa do escritor), falava dos seus sentimentos com que tratava suas relações afetivas com o marido, também suas diferenças, enfim... O Matando Carpinejar fez tanto sucesso por sua peculiaridade, criou tantas expectativas e surpresas que rendeu até uma entrevista no Programa do JÔ. Depois da ultima postagem publicada a algumas semanas, não houve mais nenhuma novidade, quando fui vista-lo hoje, bati com o nariz na porta com a seguinte informação. O blog agora só pode ser acessado por pessoas convidadas. Será que o negócio se elitizou, ou foi apenas uma estratégia de marketing? Eu não entendo estas coisas que começam públicas e depois se tornam privadas.

Evasivas e frases de efeito enquanto chove.

Eu fiquei agora a pouco, conversando com uma amiga por longos minutos no Facebook. E sabe do que falavamos? De relacionamentos, de casamento, de tentativas ineficazes de mudar a outra pessoa  em prol de nossas vaidades, de relações que nos provocam e de outras que nos despertam cuidados e junto com isso algumas frustrações à tira colo e outras de arrasto. Sabe a que consenso chegamos? Nenhum, por que este tipo de conversa é daqueles que não leva a lugar nenhum e faz a gente ir trocando eternas informações em defesa de nosso ego e por isto sempre temos um item a mais a acrescentar e a defender. A gente pensa que sabe de tudo, que se conhece, mas não sabe de nada e o que fizemos é preencher nossas duvidas com evasivas  e frases de efeito. Mas evasivas e frases de efeito, só servem para tirar a atenção daquilo que não compreendemos mesmo e hoje como está chovendo...

Cartilha para identificar possíveis gays

Noticia que indignou centenas de usuários de redes sociais pelo mundo como o Facebook, foi a cartilha criada pelo governo da Malásia, para identificar crianças homossexuais nas escolas. No país, ter relações sexuais com pessoas do mesmo sexo é crime e pode levar a 20 anos de xilindró. O governo que afirmou estar trabalhando para conter o “problema” da homossexualidade, realizou seminários onde distribuíram um folheto com uma lista de “sintomas” aos professores, para identificar uma criança homossexual de inicio, antes que o problema se agrave. Os sintomas gays, descritos na cartilha são; sentir atração por pessoas do mesmo sexo, ter um corpo musculoso e gostar de exibi-lo, preferir roupas justas e de cores claras, gostar de usar bolsas grandes, assim como camisas com gola V e sem mangas.
Engraçado, mas eu tenho um bando de conhecidos que acreditam que estas caraterísticas descritas acima e que não se aplica somente a crianças e adolescentes, mas também à adultos e que por aqui, eles chamam de "dar pinta", e que serviriam de pistas para identificar gays ou tendenciosos a homossexualidade. Eles certamente acrescentariam mais algumas características (sintomas) a esta lista como; usar brincos na orelha, gel no cabelo, tênis muito coloridos, acessórios como anéis, pulseiras, echarpes... Eu fico pensando, será que eles são malásios e eu nem sabia?

Elogios e criticas aqui no Blog

Eu estava  num grupo de amigos, dia desses, quando surgiu um comentário em forma de brincadeira e que culminou em grandes gargalhadas, inclusive fomentada por mim, de que as pessoas presentes tivessem cuidado no que fossem falar, pois muitas das historias e comentários feitos por elas, eram posteriormente por mim postados aqui no blog, de forma elogiosa ou critica. Entendi a brincadeira descontraída que logo foi trocada por outro assunto, mas que depois fiquei pensando quando cheguei em casa. Na minha opinião, costumo fazer mais criticas do que elogios aqui no blog, até por que os elogios são mais simples e menos complicados de se dizer pessoalmente e são sempre bem aceitos, já que é o que todo mundo quer ouvir, não é mesmo? Na verdade minha intenção não é a de expor as pessoas ou sair por ai postando suas opiniões e particularidades de forma a ultraja-las, mas criar uma linha de liberdade, onde todos que aqui chegam e leem, possam pensar e refletir sobre algumas atitudes e pensamentos humanos, somado a minha opinião à respeito, nem sempre correta e infalível. Além disso tomo sempre o cuidado de ser discreto e de manter os anonimatos. Acredito que este blog, assim como outros que sigo na Internet, seja um exercício democrático de cidadania e algumas outras pluralidades cujo os interesses humanos são comuns. Afinal se aprende muito mais com os erros humanos do que com os acertos, não é mesmo?

Eu juro que não vou mais implicar.

Soube por uma publicação no Facebook, que meu filho fez uma nova tatuagem que eu juro não irei mais implicar, quando ele aparecer aqui em casa para me visitar. Alias, comecei a trabalhar meus sentimentos de aceitação com relação as suas decisões quanto a sua vida e com o que quiser fazer com seu corpo, que somente a ele pertence. Por que estas manifestações paternais de proteção contra a liberdade de escolha dos filhos, já que são livres? Não estou mais me importando se ele ficar  com o corpo todo estampado como o da Penélope Nova, é uma decisão dele e não minha. A aceitação ou rejeição, são apenas elementos de um exercício emocional cujo os pesos podemos colocar ou retirar, aos critérios a que damos importância.
Decidi que devo retirar o peso da barra da rejeição e colocar sobre o da aceitação e o que ele decidir quanto ao seu padrão estético.

Um ledo engano ao alcance da modernidade.

Comprei um par de tênis pela internet, que publiquei minha insatisfação aqui no blog, quanto ao largo prazo de entrega, oferecido pelas transportadoras. Acho que são elas que definem o prazo, não sei. Mas esperar um produto além de dois dias, esta fora de cogitação. Por que não criam uma pagina especifica para agendarem uma data que defina a entrega do produto, ou então avisem por batidas de tambores, não sei? Ninguém mais tem tempo pra isto!
Outra coisa, comprar produtos pela Internet está aquém das vantagens prometidas. Além da demora e toda a burocracia que envolve se produto vier errado, ainda tem o engano de se comprar algo que não é bem aquilo que queríamos. Eu ja desconfiava disto, mas mesmo assim insisti em navegar contra o que eu acreditava e me dei mal. Primeiro que uma foto do produto de nosso interesse, nem sempre condiz com aquilo que desejamos, ja que uma foto por mais qualidade que tenha, compromete por vezes a realidade do que estamos vendo seja na definição real da cor e em outros aspectos gerais  do produto. Desta forma, nada substitui a nossa a percepção do toque direto. Meu tênis por exemplo, parecia na foto, um cinza bem mais escuro do que realmente é, alem da aparência geral que parecia ter mais resistência, cadarços fortes , camurça mais grossa e o pior de tudo, não é confortável. Por isto comprar pela Internet, pode ser um ledo engano sem sair de casa. Para os que não tem do que reclamarem quanto a o prazo de entrega ou qualidade do produto, penso que seja por pura sorte, afinal ela também existe.

Uma puta insatisfeita.

Sol, é isto que estou vendo brilhar daqui da janela da minha casa nesta manhã?. Gritos de crianças na praça aqui em frente? Um sol maravilhoso em contrapartida a esses dias que se mostraram umidos, chuvosos ou nublados? Parece mais uma ilusão!.. 
Mas eu também pareço uma puta insatisfeita com oque a vida tem para oferecer, quando chove quero sol, quando esquenta quero frio. Devo concordar que o tempo ta ficando parecido com o nosso temperamento, intempestivo!

O despertar de um sonho.

Sonhei com meu pai e ele não era o mesmo homem que costumava ser enquanto existia, pois utilizava um outro corpo, uma outra voz, o corpo de um homem desconhecido e uma voz mais delicada, mesmo assim eu sabia que era ele e tratava-o por pai, enquanto ele segurava a minha bagagem que insistia em carregar até o embarque de um aeroporto. 
Eu pretendia viajar para uma cidade desconhecida, que ele insinuava querer me acompanhar embora eu me fizesse de desentendido sobre a sua intenção. Ele me perguntava pra onde eu iria, e quanto tempo ficaria neste lugar, enquanto eu lhe respondia com evasivas e frases reticentes. Não nos olhávamos no olho e enquanto falávamos, parecíamos criar uma grande barreira de timidez que nos distanciava cada vez mais um do outro. Eu me perguntava em cada intervalo de nosso escasso dialogo, o por quê de sua intenção de querer ir comigo se nada mais tínhamos em comum, se não nos víamos a muito tempo e não possuíamos qualquer intimidade para virarmos colegas de viagem. Pensei em despista-lo e então fugir sem que percebesse, mas não conseguiria digerir bem esta atitude covarde, a não ser que eu me forçasse a acordar do sonho. É, eu sabia que tudo aquilo era um sonho e sentia que a unica forma de desfazer aquela situação embaraçosa e ficar sem culpas, era me despertando do sonho, como quem troca o canal da TV.

Uma noite duplamente ganha,

Depois de um dia de trabalho, com um tempo chuvosos e feio desses, lidando com gente mentalmente doente, gente preconceituosa, gente dissimulada e muito chata, eu precisava me distrair com um pouco de entretenimento e somado com arte, melhor ainda. Convidei uma amiga para assistir comigo o show da Tássia Minuzzo no auditório da faculdade de medicina da UFRGS hoje às 19 horas num tributo a Edith Piaf. 
Pena ter sido apenas uma horinha britânica de show batido no relógio e minhas fotos saírem uma merda. Foi uma viajem no tempo a Paris e seus cabarés dos anos 30. No término do show, percebemos dois estudantes (do mesmo sexo), saírem do espetáculo de mãos dadas e esbanjando carinhos na maior naturalidade. A noite estava duplamente ganha, porque a vida não é só feita de dores e mediocridades, mas de arte e autenticidade.

O ambiente menos honesto da minha casa.

Hoje de manhã ao acordar, tomei meu café sentado no safá da sala e isto me causou a sensação de estar num ambiente estranho e impessoal, possivelmente por estar fugindo da força de um hábito por mim estabelecido. Esta frase direta em que iniciei o texto, também me obrigou a revelar nas sub linhas, que eu tomo o café da manhã antes de fazer a higiene pessoal e faz parte de uma das manias que adquiri no decorrer da vida e não sei explicar por qual razão. Como beber um copo de água quase gelada depois do café, como comer um pouquinho de creme dental depois de escovar os dentes, ou dar uma cheiradinha nas axilas para constatar se o desodorante não venceu.
Mas eu não sei o por quê fui a fundo nestas revelações intimas, já que minha intenção ao iniciar esta postagem tem outra intenção que vou retomar agora. Bom, eu estava sentado no sofá da sala bebendo o café da manhã, onde toda a neura começou, lembra?
Primeiro, eu quase nunca sento no sofá da sala, com exceção quanto recebo visitas ou preciso amarrar os cadarços do calçado, bebo meu café de qualquer jeito e qualquer lugar,  jogado sobre a cama, de pé na cozinha ou na janela e até já aconteceu, sentado no vaso sanitário lendo algum jornal com data vencida. O café da manhã, hoje por mim bebido no ambiente social, me fez pensar que talvez nem fosse necessário eu ter este ambiente, a não ser pelo fato de que as vezes recebo visitas e que não são muitas. A sala estabelece pra mim, uma divisão emocional entre minhas atividades sociais, cujas as atitudes são mais cuidosas, cerimoniosas, sociais e a minha intimidade do dia a dia ( no quarto, na cozinha, no banheiro). Talvez eu nem precisasse de sala, se não fosse a necessidade do social, das cerimonias. A sala por ser um ambiente social é também uma especie de cartão de visitas oferecida a o publico que nos frequenta. Enfeitar a sala, significa também nos enfeitarmos para os outros. Acredito que ela seja o lugar menos honesto da nossa casa e não é a toa que o Cazuza disse em sua musica "Bete Balanço"; Sentadas são tão engraçadas, donas de suas salas... Acho que foi isso, me senti engraçado e numa especie de cerimonia!

Eu tô muito chato hoje!

Eu tô cheio dessas opiniões corporativistas que tendem sempre pro mesmo lado, pro mesmo ponto de vista e que faz todo mundo sacudir a cabeça concordando, incorporando a mesma ideia. Na verdade essas opiniões se convergem para o mesmo ponto, por que não tem respostas que se contraponha a altura, estão escassas ou não existem de fato. 
Todos estão no mesmo barco, na mesma convergência de opiniões e sobrevivendo por que ninguém tem respostas. Ninguém possui novidades capaz de mostrar soluções que se diferenciam daquilo que já ouvimos e parecem não dar soluções. As frases que traduzem ideias, podem ter intonações diferentes, verbos, verbetes, adjetivos, sinônimos mais elaborados, sofisticados, educados, mas são as mesmas que ouvimos de todas as bocas e se repetem, se repetem, se repetem.., como num disco arranhado.
Tomara eu conseguisse ouvir idéias diferentes, saídas diferentes, mas isto tá  dificil, quase impossível por que estamos perdidos, de olhos cinzas e sem brilho, vivendo de referenciais alheios. Estamos perdidos em nossos próprios entendimentos, nesses conceitos homogêneos, que todos copiam, que todos repetem por acharem bonito, poético, politicamente correto, sem nos arriscarmos numa contracultura enquanto estamos vivos.

Um ponto no escuro.

Tá chovendo e isto me parece bom se não exceder por muito mais tempo, me dá paz e um sentimento de isolamento benéfico. Uma declaração com firma reconhecida de que vivo só e praticamente todos neste planeta como em colmeias isoladas, a procura do que fazer e no que pensar. 
Comi a generosa fatia de torta de chocolate mole que me mandastes e foi dos deuses. Foi das mais gostosas que lembro ter comido e possivelmente dormirei sem culpas. 
Eu não sei por que ainda estou acordado, se tivesse mais coragem, caminharia agora nesta noite escura e debaixo da chuva, até me encharcar, me arrepiar, me enrugar e depois voltaria pra cama mais leve.

Dois ou tres pontos no escuro.

Se tu me acompanhasse neste passeio pela chuva, ou nos encontrássemos por acaso, seriamos dois. Acho que tres já seriam demais, não é mesmo?..

Postagem em destaque

TÔ PENSANDO QUE:

Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...