ENTÃO EXISTE OU NÃO EXISTE, RACISMO NESTE PAÍS?


Não feche os olhos nem a boca para o racismo. Racismo é crime inafiançável e imprescritível e deve ser denunciado.

De todas essas balburdias, que se criam nas ruas, em ambientes públicos ou dentro de um transporte coletivo, onde pessoas de culturas diferentes transitam, movidas pelo stress e que não se conhecem; uma coisa tem me deixado mais esperançoso: As pessoas em geral, já estão percebendo certas atitudes que antes não tinha nome e hoje são identificáveis. O racismo e os comportamentos discriminatórias no nosso dia a dia, devem ser combatidos sem que nos calemos diante deste absurdo. Isto faz a gente pensar, e acreditar positivamente, que este mundo esta mudando para melhor!


O AVESSO É O MEU LADO CERTO.


Ser louco é fugir dos padrões convencionais, é não se encaixar em tudo aquilo que a sociedade diz ser normal e que você por obediência deveria seguir a rigor.
Mas você começa a ficar louco, quando passa a pensar, e pensar, e repensar e a questionar as informações que recebe do mundo e descobre que o caminho que deve seguir é o da sua escolha e guiado por suas paixões e verdades, não o caminho que a maioria das pessoas escolheram seguir por medo ou simples obediência.
Enlouquecer é ter um olhar diferente sobre tudo que te cerca, é descobrir que está no contra fluxo e o que de melhor existe em você é o seu avesso transgressor, que luta contra os seus próprios medos, mentiras, preconceitos, discriminações, ódio. Loucura é descobrir que o avesso, é o seu lado certo.

O ANJO DE VARSÓVIA

Eu não poderia deixar de postar aqui no blogue, este feito. Irena Sandler é mais um herói anonimo, salvando 2.500 crianças da morte, nos centros de concentração nazista em Varsóvia. Pessoas como ela, Nicholas Winton e Aracy, devem ser reconhecidas e respeitadas por suas atitudes heroicas, por toda a humanidade.



GUERRILHAS E PLACAS DE SINALIZAÇÃO.

Às vezes existe entre duas pessoas, uma deliciosa lacuna que se preenche de medo e de dificuldades e que acaba levando esta relação sem nome, para uma especie de namoro proibido, não assumido, temeroso, cheio de pitadas de impossibilidades, de brincadeiras disfarçadas e provocações morais com o objetivo de uma desistência...


Não seriam essas pitadas, o tempero que dissimuladamente resguarda seu sabor final? Quantas lutas terão de ser travadas antes que tomemos consciência de que não existe separação, que a guerrilha maior é a interna, com suas placas de sinalização duvidosas que nos mesmos criamos.

O SILENCIO É UMA CARTA ESCONDIDA NA MANGA

Atualmente tenho ficado de boca calada. Me excluo de dar opiniões ou de fazer qualquer comentário critico de caráter politico, social e outros.. Isto talvez seja uma erro, mas num determinado momento da vida, percebemos que tudo parece se tornar irrelevante e que discussões consensuais, são acolhidas por radicais extremistas ou bibelôs que não conseguem manter um dialogo com sensibilidade ou profundidade necessária. Por outro lado a idade tem me pego de surpresa e me mostrado que o silencio pode ser a carta escondida na manga dos que não querem mais jogar.


UMA TORNEIRA QUE PINGA


Uma torneira que pinga, pode ser uma pista, um resumo, uma pequena historia de vida traçada em poucos segundos no cronometro do tempo.
Pode ser uma mentira, uma seção de tortura, um pesadelo, uma imaginação e reverter todo o processo da lógica, do raciocínio, da historia imaginada, contada.
Uma torneira que pinga, nos dá a sensação de que algo não foi terminado, que foi interrompido, que o gesto se desviou de fecha-la por desatenção, distração, que não houve continuidade, não aconteceu. Um ato falho. Uma torneira que pinga, é viciante, é irritante, é torturante como  solidão.

AS VEZES A CASA CAI.

Tenho uma má impressão, quando estou falando com alguém no telefone ou digitando em algumas redes sociais e a pessoa começa a me dizer ou escrever: "Hum!.."
Este "hum!..", é o que afinal de contas? Uma afirmativa de quem concorda ou descorda do que eu estou falando? Ou é uma expressão de duvida, de desconfiança a o que eu poderia, por assim dizer; estar enrolando, enganando, faltando com a verdade? 
Então quando o "hum!" vem acompanhado de um, "aham sei!.." A casa desmorona de vez.



O DIA QUE DUROU 21 ANOS.

"Aqueles que não amam a revolução devem ao menos teme-la." Assim começa o áudio de pronunciamento ao povo brasileiro, que  dá inicio a este documentário sobre o golpe de 64.
Tenho a sensação de que na vida, a história se repete, principalmente para quem conhece um pouco dela.


E agora, José? 
A festa acabou,
a luz apagou,
o povo sumiu,
a noite esfriou..

(Carlos Drummond de Andrade)

O ANJO DE HAMBURGO

Ontem a noite, fui apresentado para Aracy. Quero dizer, a o longa feito por Caco Ciocler, que reconstrói a história dessa mulher fantástica, esposa de Guimarães Rosa, a partir de depoimentos, pesquisa de cartas, lugares por onde ela passou, objetos pessoais deixados por ela e principalmente seu melhor feito. 


Paranaense, de Rio Negro, filha de pai português e mãe alemã e ainda criança, foi morar com os pais em São Paulo. Em 1930, Aracy casou com o alemão Johann Eduard Ludwig Tess, com quem teve o filho Eduardo Carvalho Tess, mas cinco anos depois se separou, indo morar com uma irmã de sua mãe na Alemanha. Por falar quatro línguas (português, inglês, Língua francesa e alemão), conseguiu uma nomeação no consulado brasileiro em Hamburgo, onde passou a ser chefe da Secção de Passaportes.
No ano de 1938, entrou em vigor, no Brasil, a Circular Secreta 1.127, que restringia a entrada de judeus no país. Aracy ignorou a circular e continuou preparando vistos para judeus, permitindo sua entrada no Brasil. Como despachava com o cônsul geral, ela colocava os vistos entre a papelada para as assinaturas. Para obter a aprovação dos vistos, Aracy simplesmente deixava de pôr neles a letra J, que identificava quem era judeu.
Nessa época, João Guimarães Rosa era cônsul adjunto (ainda não eram casados). Ele soube do que ela fazia e apoiou sua atitude, com o que Aracy intensificou aquele trabalho, livrando muitos judeus da prisão e da morte.
Aracy permaneceu na Alemanha até 1942, quando o governo brasileiro rompeu relações diplomáticas com aquele país e passou a apoiar os Aliados da Segunda Guerra Mundial. Seu retorno ao Brasil, porém, não foi tranquilo. Ela e Guimarães Rosa ficaram quatro meses sob custódia do governo alemão, até serem trocados por diplomatas alemães. Aracy e Guimarães Rosa casaram-se, então, no México, por não haver ainda, no Brasil, o divórcio. O livro de Guimarães Rosa "Grande Sertão: Veredas", de 1956, foi dedicado a Aracy.



O documentarista Caco Ciocler, não pode estar presente numa das seções de estreia do filme, então pediu para seu diretor de produções ler esta carta:

“Quando era pequeno, ouvi uma história, a de que o Spielberg não conseguia enquadrar o tubarão. Então ele transformou a fragilidade em potência, filmando apenas a barbatana e deixando que os espectadores imaginassem o monstro. Nosso tubarão, a Aracy, ficou conhecida como a segunda mulher de um grande escritor. Não pudemos enquadrar o marido famoso por questões de direitos autorais. Nos restavam as histórias ouvidas e contadas. Esse filme tem mais a ver com barbatana do que com tubarão. Nosso monstro era frágil, mas tiramos a Aracy do status de mulher de escritor famoso. Me curvo diante dos mestres deste festival e peço licença para mostrar meu experimento”.

Cada ser humano possui uma historia de maior ou de menor importância na vida e esta história pode estar fixada numa das pontas que ordenam politicamente uma sociedade em sua época, fazendo com que algumas atitudes sejam vistas como certa ou errada, um descumprimento de ordem política ou um ato de heroísmo? O fato é que Araçy arriscou a própria vida para salvar pessoas de uma politica desumana, racista e antissemita. Ouviu seu próprio coração, como fez Schindler, Nicholas Winton e tantos outros possíveis anônimos dignos do nosso mais profundo respeito.



PORTO ALEGRE ILUMINADA, NA NOITE DOS MUSEUS.

Uma passeada por Porto Alegre nos finais de semana, quando a cidade não está apressada, movimentada, congestionada pelo transito, é sempre muito bom. Nestes momentos é possível aprecia-la com outro olhar, um olhar mais reflexivo e outras nuncias sobre cada detalhe e angulo empregado em sua arquitetura e seu planejamento urbano. A noite, então, tudo fica mais magico.


















































Tudo se potencializa através de sombras, iluminação em postes antigos, portas, janelas, sacadas, claraboias, que nos transportam para outros tempos, tempos de elegância e também de uma decadência provocada pelo descaso do poder publico e pelas especulações imobiliárias.
Nesta noite de Sábado, 21/05/2016, a cidade abriu as portas de alguns museus, numa peregrinação cultural onde as pessoas podiam não só contemplar os acervos, com uma variedade de obras, mas também apreciar algumas apresentações musicais com a duração de 15 a 30 minutos, abrindo dialogo com as pessoas presentes e a própria cidade. Um olhar diferente; o patrimônio; a arquitetura; a rua; os artistas; o encontro. Noite dos Museus, foi uma excelente ideia patrocinado pela Secretaria de Cultura do Estado e a Vivo.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...