Encontro de Nadismo

Lembrando de Débora, filha de uma amiga querida que costuma dizer que é especialista em não fazer nada, me chamou a atenção, um post no blog de Morgana Gualdi Laux, sobre um encontro de Nadismo que ocorreria dia 14/abr/deste ano na av. Wenceslau Escobar 2200, no bairro Tristeza. O encontro contaria com a participação de Marcelo Bohrer que criou o Clube de Nadismo em 2006 com o objetivo de reunir pessoas cujo o dia-a dia ea falta de tempo as tornaram estressadas e viciadas em função de suas ocupações. O clube prega a necessidade de um momento especial onde oferece a oportunidade das pessoas pararem e não fazerem nada. Os eventos e a pratica do nadismo são públicos e acontecem mensalmente dando a chance de seus participantes através do "não fazer nada" relaxarem e refletirem de que forma ocupam seu tempo. Atualmente com a participação de mais de cinco mil sócios em parques por todo o país, o nadismo se difunde e passa cada vez mais ser uma pratica comum nos nossos dias. Veja o site e mate sua curiosidade sobre o assunto:



Cidade das àrvores

Porto Alegre é a cidade das árvores. No últimos três anos, foram plantadas trinta mil mudas. Estima-se que Porto Alegre possua um milhão e duzentos mil árvores em vias públicas, cuja distribuição beneficia um número de pessoas ainda maior que o atingido pelos parque e praças (dados da PortoWebb/procempa). Mas Porto Alegre tem lugares incríveis. Quem já não passou por aquelas ruas arborizadas com árvores centenárias dando a sensação deque estamos numa floresta ou cruzando um túnel verde fora de nosso tempo real, como se fossemos arremeçados magicamente ao passado? Ruas como a Castro Alves, Dona Laura, Luciana de Abreu, Félix da Cunha e tantas outras é o retrato vivo deste passado, combinado a sensações inexplicável que pode ser sentido na pela, no olfato quando passamos por elas. A rua Gonçalves de Carvalho em 5 de junho de 2006, foi decretada Patrimônio Histórico, Cultural, Ecológico e Ambiental pelo decreto municipal 15169/06, tendo sido a primeira rua tombada como tal em todo o país.

Queda do "Muro da Vergonha"

Varias atividades na capital, esta semana, estão colocando em discussão a derrubada ou não do muro da av. Mauá que isola a cidade portoalegrense do rio-lago Guaíba. Denominada por algumas pessoas de Muro da vergonha, por esconder a história de Porto Alegre, o muro foi construído na década de 70 em função da grande enchente que abalou a cidade em 1941. Se a proposta se concretizar, o muro sofrerá a primeira intervenção desde a sua construção. O plano atualmente escolhido é a redução da altura do paredão de concreto com o objetivo de ampliar a visão dos armazéns e do rio para quem circula a pé ou de carro pela a avenida Mauá.
Segundo o diretor do DEP- Departamneto de Esgotos Pluviais, desde a construção do muro, nenhum projeto deu garantias de segurança no caso de um a nova enchente e que na qualidade de diretor ele não assumiria a responsabilidade de ser apontado como culpado caso ocorresse de novo. Sobre a proposta de reduzir pela metade a altura do muro, o diretor prefere não se manifestar uma vez que o DEP não foi ouvido pelo corpo técnico da empresa que encabeça o consórcio selecionado pelo projeto Revitalização do Cais Mauá. O plano deve ainda ser discutido e analizado na Câmara de Vereadores. De acordo com o diretor da empresa concessionada, uma idéia adicional é abrir um canal de comunicação direta com a sociedade por meio de um site, para que a empresa receba opiniões e sugestões.

*Foto da enchente de 1941-
70 mil pessoas desabrigadas
.

Exterminadores

Eu sempre termino por me afastar dos que não acreditam em mim e colocam em duvidas a minha integridade e tem como objetivo doentio apoderarem-se da alma, da vida das pessoas. Agem com falsidade e alimentam-se de sentimentos que chamam de amor com ciumes radicais e sem sentido. Vestem-se de vitimas e sofrem por circunstancias criadas por si mesmas. São escravos de sua própria insanidade e vaidade, caem em suas armadilhas deixando seus egos feridos por um derrotismo que só cabe em seu mundo derrotista. São maus alunos da escola da vida. Não entendem que amor não é posse, propriedade, domínio. Amor é liberdade, respeito e aceitação das diferenças. São insaciáveis, cobradores, responsabilizam os outros por seus sentimentos de frustração. São exterminadores da paz alheia, acreditam em jogos mortais e perseguições. Tentam atingir as pessoas por todos os meios que disponibilizam. Metralham suas vítimas com balas de culpa até sufoca-las, até ve-las cair, até mata-las de vez e apiedando-se depois!

"...Pra quem não sabe amar

Fica esperando
Alguém que caiba no seu sonho
Como varizes que vão aumentando
Como insetos em volta da lâmpada..."

Cazuza
A noite estava com cara de inverno. Vento forte batia nas persianas de minha janela. Abajur ligado, caneta esferografica sobre a folha de papal em branco. Por minutos me senti inverno!
Alinhavei com um amigo a possibilidade de um dia desses pegar o carro e sair para conhecer algumas cidades do interior. Pensamos a principio em Bagé ou Santana do Livramento que faz divisa com o Uruguai. Não sei ao certo porque pensei nestas duas cidades que sempre pareceram tão distantes da minha curiosidade turistica, mas é uma idéia a ser elaborada, de se pensar, por que não?

Bate-papo informal

Noite dessas, cinco mulheres que se conheciam haviam decidido encontrarem-se na casa de uma delas, para conversarem sobre oque lhes viessem a cabeça. Tinham pouco tempo, pois cada uma tinha seu compromisso e então deram uma fugidinha rápida para estarem juntas e dividirem entre si o bate-papo informal, acompanhado de chá e sanduiche aberto. No encontro, piadas, gargalhadas, musica, sonhos e opiniões sobre relações refeitas e desfeitas. Eu apareci no local por puro acidente, havia me comprometido de entregar um documento para uma delas e então quando todos se deram por conta la estava eu: _Bendito ou maldito fruto entre as mulheres!_ Gargalhadas. Mas minha chegada não causou desconforto, nem pra mim e muito menos para elas que continuavam animadas, eufóricas. Voltei para casa pensando o quanto é positivo e se faz necessário estas cumplicidades, esta comunhão de aféto entre as pessoas que se atraem por sentimentos e opiniões afins. Nesta troca de energia positiva, certamente todos ganham atenção, prazer e crescimento pessoal.

Al' zira

"A minha dor é enorme, mas eu sei que não dorme quem zela por nós. Há um Deus sim, há um Deus e esse Deus lá no céu há de ouvir minha voz!..."

Quando eu ouvia Zira, (apelido entre familiares), cantar esta e outras musicas, era pra mim a abertura de outros mundos, mesmo ainda sendo um menino. A minha dor, também era enorme.
Sentada envolta de uma mesa ou num palco de madeira alto, improvisado nas festa de família e amigos, eu pensava que sua dor era realmente tão enorme quanto sua voz. 
Tinha a voz rouca, parecida com a de Maria Bethânia e o olhar tristonho como o de Zilah Machado. Cantava com paixão, sempre acompanhada dos irmãos e marido, músicos de fim de semana, de festas entre os mais chegados. Afinal durante a semana eram feirantes, pedreiros da obra civil.
Portava-se como uma verdadeira dama e artista que era. Uma dama interpretando emoções de rasgar a alma das  pessoas que a assistiam e a sua própria. 

O menino atropelado

Ontem um menino de dez anos foi atropelado ao atravessar a rua por um automóvel dirigido por um jovem que fugiu sem prestar-lhe socorro. Quando cheguei no local para prestar-lhe socorro a comoção em sua volta era geral, pessoas gritavam, choravam, clamavam vingança contra o atropelador desconhecido. A policia tentava acalmar os tumultuosos e os agentes de transito tentavam organizar, nervosos, os veículos que paravam no local atrapalhando ainda mais o tráfego também tumultuado. Depois de alguns minutos a policia localizou o agressor e novas explosões de ira sacudiram a galera de vingadores anônimos. Dentro da ambulância, enquanto examinava-o notei uma fratura em sua perna magrinha e pequenos arranhões pelo corpo. Em seguida, entre um gemido e outro de dor, ele lançou-me um olhar de preocupação e disse:
_Não conta pra minha mãe tio, senão eu frito!
Quando saí de lá, a guerra ainda continuava entre os defensores do menino, o agressor preso e a policia militar que tentava manter a ordem com uma certa desordem.

ENSEADA DOS BARCOS.

Há tarde quando meu colega mencionou a possibilidade de dar uma chegada em Garopaba no domingo, quase me insinuei para acompanha-lo, não fosse ter de trabalhar na segunda-feira pela manhã. Ao contrario de mim ele só voltaria à trabalhar na quarta-feira seguinte, concedendo-lhe maior tempo de aproveitar o passeio sem nenhuma pressa. 
Há alguns anos atrás quando o meu mundo era mais mundo, lembro-me de colocar uma mochila nas costas e aventurar-me estrada á fora em busca de emoções que por um bom período pra mim era sinônimo de praias. Garopaba foi um dos primeiros lugares que conheci, carregando a velha mochila com barraca nas costas e meia dúzia de trocados no bolso, tornando-se pra mim um referencial de paraíso. Não importava dormir no chão duro, ou a falta de banho quente, pois o que realmente importava era a aventura e a sensação da conquista, do "enfim estar lá"  


A cidade hoje, em alguns pontos não parece mais a mesma, pois cresceu muito nestes últimos anos  com aumento do comercio e mansões gigantescas costeando o mar, mas a igreja na subida curva da estrada de pedra, as casas dos barcos de madeira velha e os urubus famintos continuam por lá, como nos velhos tempos da minha calça surrada e do dedo pedindo carona.
Lembro da primeira vez que experimentei  suco de açaí em frente a Prainha, o sabor é horrivel e nunca mais arrisquei beber novamente. A coisa é uma gororoba grossa que gruda na boca para dar energia, isto se a gente não vomitar antes.
A casa de Deise Nunes ainda continua majestosa no alto do morro, algumas pessoas dizem que foi desapropriada por estar em área da Marinha. Não sei se foi realmente desapropriada, a verdade é que nunca vi a ex- mis por lá.

Meu retorno à Garopaba voltou a acontecer agora em novembro de 2010, quando retornava de um fim de semana na Guarda do Embaú e matei um pouco da saudades deste lugar que é um pouco parte de mim.

Revirando gavetas

Hoje de noite minha mãe e eu ficamos revirando gavetas em busca de recordações, fotos e qualquer objeto que lembrasse nosso passado, nossa história. Enquanto mexíamos em alguns documentos velhos e amarelados, alguns corroidos pelo tempo e as traças, íamos fazendo comentários soltos sobre alguns fases que nos marcaram de alegrias ou de tristezas. .Em alguns momentos eu olhei para seu rosto, ora sorridente, ora tristonho e pensei em como eu e ela temos sentimentos em comum e que se agregam harmoniosamente quando nos encontramos e conversamosEste apego em lembrar das coisas do passadode remexer na terra, de plantar folhagens e reavivar lembranças como se tivéssemos a preocupação de um dia vir a esquecer de tudo que vivemos.

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Quando as nossas emoções, alegrias e tristezas passam do tempo, nossos sentimentos humanos ficam acomodados numa cesta do tempo recebendo so...