CANTIGA DE NINAR.


Solidão era uma poeira leve, que cobria a cara dela. E quando o mundo girava, jogava em seu colo pedaços irregulares, que adormeciam em seus braços, feito crianças frágeis e abandonadas.
Às vezes seu olhar se distanciava para as mais profundas incertezas. Mas o mundo lhe confidenciava segredos, com a mesma brutalidade que lhe arrancava pedaços e jogava outros em seu colo, para que pudesse ninar-los.


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