FALANDO A MESMA LÍNGUA.

Existe uma dificuldade das pessoas entenderem que tu não queres um determinado produto por que ele é mais caro que os os outros, mas sim porque tu não aprecias ele para desembolsar tamanho valor. Claro que o valor em alguns casos tem sua importância na escolha, mas nem sempre é um determinante, quando se pode pagar a conta, sem sair completamente quebrado.


Eu estava num restaurante com um grupo de pessoas em Ouro Preto, para beber cerveja. Havíamos feito uma longa caminhada e naquele momento, já noite, cabia bebermos um cerveja para matarmos a cede. O garçom trouxe a carta de bebidas e mesmo com uma variada lista, só havia para o consumo, aquelas artesanais que eu não aprecio o sabor, por que são amargas demais e outras com aquele gosto, de que não convence a proposta... Alem do que, são salgadas demais para uma garrafinha que mal acaba com a cede e já tem que pedir outra. Mesmo assim, ele insistia em apresentar uma versão de uma tal cerveja, que tinha um leve toque de sabor banana. 
Eu ficava pensando, como um leve toque de banana, pode deixar uma cerveja leve e matar a cede, como as industrializadas que eu costumo beber.
-Bom, estamos falando em línguas diferentes! Eu disse pra ele quando me apresentou outra, salientando que o preço era mais baixo.
Eu não gosto de cervejas artesanais. Nenhuma que eu bebi ate agora, me convenceu do contrario. 
-Gosto de cerveja comum, aquela com gosto comum, para pessoas comuns, como eu, possivelmente tu, bebem, bem gelada no bar da esquina!.. Me entendes?
Parece que minha observação franca e sem rodeios, acendeu aquela luzinha de entendimento.
- Ah!.. Se os senhores descerem, no bar ao lado encontrarão e servem bem gelada!
-Isso! É o que precisamos. Respondi enquanto levantávamos da mesa, na direção certa.

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